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LONDRINA/ PR
2019
ADRIANA DA SILVA GONÇALVES ALVES
CAROLINE BACHEGA
EVELIN TATIANE ARMANHI CORDEIRO SAITU
LILIANE MESIANO DE OLIVEIRA
MARIA RENATA HARUMMY SHINTANI MEDEIROS
MICHELE GANGINI DE SOUZA
SARAH REGINA ROZA DE ALMEIDA CAMPOS
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA 3° SEMESTRE
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR EM GRUPO
“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa
escolarização”.
LONDRINA/ PR
2019
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR EM GRUPO
“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa
escolarização”.
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da
UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as
disciplinas de Metodologia Científica, Educação de
jovens e Adultos, História da Educação, Educação
Formal e Não Formal, Didática, Ed – Comunicação Oral
e Escrita, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula
Tutora eletrônica: Regiane Mendes Ribeiro
Tutora de sala: Camila Maria Ferracioli Caetano
ADRIANA DA SILVA GONÇALVES ALVES
CAROLINE BACHEGA
EVELIN TATIANE ARMANHI CORDEIRO SAITU
LILIANE MESIANO DE OLIVEIRA
MARIA RENATA HARUMMY SHINTANI MEDEIROS
MICHELE GANGINI DE SOUZA
SARAH REGINA ROZA DE ALMEIDA CAMPOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................3
2. A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM
BAIXA ESCOLARIZAÇÃO .........................................................................................4
3. CONCLUSÃO ........................................................................................................5
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................10
3
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho vamos abordar a importância da história da educação
na formação do pedagogo, como o professor se torna conhecedor e participante da
história da educação dos momentos de criticidade, luta e obstáculos pela formação
de pessoas que não tinha entendimento da realidade do seu mundo e que não
tinham os conhecimentos necessários para lutar pelos seus direitos de cidadão.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), desenvolvida nas
instituições escolares, foco na análise desse trabalho é a instituição que tem como
função proporcionar o aprendizado àqueles que não tiveram acesso ao ensino em
idade própria, ampliando sua participação nas práticas de aprendizagem.
Porém da construção e consolidação desta ideia, são muitos os
desafios. Os caminhos daqueles que decidem ingressar ou retornar ao papel de
aluno e transforma-se em cidadão letrado, crítico e participativo na sociedade é
bastante árduo, pois exige destas pessoas muito força de vontade e determinação.
Diante das pesquisas e os assuntos vistos sobre a educação e
alfabetização da EJA, percebesse que esta luta vem se desenvolvendo aos longos
dos anos com a preocupação de modo de vida de pessoas oprimidas pelas
desigualdades. Isso nos torna mais consciente e humano ao tratar de educação não
só do adulto, mas do geral.
Paulo Freire lutou por uma educação humana voltada para o
crescimento do ser humano, para ser visto como uma pessoa participativa, que tinha
opiniões próprias, capacidade de se expressar e acreditando que seriam capazes de
conquistar seu direito como cidadão.
Esse texto propõe então uma reflexão sobre o ensino da EJA, no
intuito de colaborar com a formação de leitores capacitados e atuantes no contexto
social.
4
2. “A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM
BAIXA ESCOLARIZAÇÃO”.
Os primeiros vestígios da educação de adultos no Brasil são
perceptíveis durante o processo de colonização, após a chegada dos padres
jesuítas, trazendo a alfabetização e a catequese por volta de 1549.
No final do século XIX, as oportunidades de escolarização eram
muito restritas, acessíveis quase que somente às elites proprietárias e aos homens
livres das vilas e cidades, pode-se dizer que, a uma minoria da população. Com o
fim da Segunda Guerra Mundial e do Estado Novo surge a volta da democracia, e
vale ressaltar que com ela também surgem às primeiras políticas públicas nacionais
destinadas à instrução dos jovens e adultos. Porém, foi por volta de 1947, que o
governo brasileiro lança pela primeira vez a Campanha de Educação de
Adolescentes e Adultos – CEAA, quando se estruturou o Serviço de Educação de
Adultos do Ministério da Educação.
Além da CEAA surgiram diversas outras campanhas como a
Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), a qual atinge
resultados muito positivos com a população das áreas urbanas, porém não obteve
um resultado satisfatório nas regiões rurais que eram mais isoladas, por isso que em
1948, Lourenço filho, desdobrou a campanha em duas, e assim foi criada a
Campanha Nacional de Educação Rural (CNER). Por não mais corresponder ao
novo modo de compreender ao analfabetismo e as preocupações políticas do
período em 1963 ambas as campanhas são extintas.
Em 1960 surge Paulo Freire com a educação popular. Freire
acreditava na troca de saber entre professor e aluno. Não podemos deixar de falar
de Freire quando tratamos sobre educação, não só por que ele era um excelente
educador, mas, também, como construtor de uma proposta de educação para todos
os brasileiros. Paulo Freire queria que as pessoas se tornassem cidadãos críticos de
sua própria realidade, com o golpe militar ele acaba sendo exiliado do país, por que
os representantes militares não queriam que os cidadãos fossem críticos. Com isso
ele se tornou uns dos primeiros brasileiros a ser proibido de pisar no país, mas isso
não o desmotivou, prosseguiu com seu trabalho e disseminando suas ideias ao
redor do mundo. Chegando em 1969 inclusive a dar aula em Harvard nos EUA.
Podendo retornar ao Brasil somente em 1980, 16 anos depois de ser exilado, e ao
5
voltar precisou reaprender seu país.
[...] A conscientização é um compromisso histórico. É também
consciência histórica: é inserção crítica na história, implica que os
homens assumam o papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo.
Exige que os homens criem sua existência com um material que a
vida lhes oferece [...] A conscientização não está baseada sobre a
consciência, de um lado, e o mundo, de outro; por outra parte, não
pretende uma separação.
Ao contrário, está baseada na relação consciência-mundo. (FREIRE,
1980, p. 26-27).
É importante lembrar que esses não foram os únicos movimentos a
respeito da educação de jovens e adultos que foram criados. A função social da
escola vai além do gerar conhecimento, ela proporciona a transmissão de valores a
fim de formar melhores cidadãos para construção de uma sociedade igualitária. É a
formação de indivíduos críticos e criativos que possam exercer plenamente a
cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade.
Ter clareza da função social da escola e do homem que se pretende formar é
essencial, para que a prática pedagógica seja competente e socialmente
comprometida, assim mais claramente as funções do ensino do EJA, mostram para
a sociedade atual seu valor e necessidade de existir. Sendo assim, a educação deve
ser feita de maneira inclusiva, uma vez que por meio disso pode garantir o processo
educacional, com isso a educação leva as pessoas ao conhecimento pleno.
O acesso à Educação serve para que todos possam intervir de modo
consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com
seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das
condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século XXI, o Brasil ainda
possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à
Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e
adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever.
Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou
mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões
haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio.
É notório que a educação brasileira vem passando por uma fase
precária principalmente na educação de jovens e adultos. Os grandes desafios na
educação de jovens e adultos consistem em seu tempo, pois muitos deles
abandonam a escola justamente para trabalhar, com isso seus horários são muito
restritos. Outro fato é o social, onde alguns desses se sentem desconfortáveis por
6
estar em escolas na idade adulta, uma espécie de medo de serem criticados por
seus colegas e amigos. Com isso é necessário uma escola com horários flexíveis
para atender as demandas destes. O Estado, por sua vez, não assume sua
responsabilidade de resolver as questões que levam ao abandono escolar, culpando
estudantes e professores pelo fracasso escolar e fazendo com que a EJA tenha
mais um caráter assistencialista do que de direito, como assegurado pela
Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Segundo o mais recente Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos, publicado
em 2017 pela Unesco, existem no mundo mais de 700 milhões de adultos
analfabetos. Desse total, 115 milhões são jovens, ou seja, têm entre 15 e 24 anos de
idade.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode ser vista como o ápice
do retrato das desigualdades sociais e econômicas do Brasil, isto porque congrega
em si duas faces: as fragilidades de uma escola excludente diante da diversidade e,
no outro extremo, o direito de aprender independentemente da idade. Com isso,
carrega também a responsabilidade de não excluir estas pessoas uma vez mais.
O professor deve estar seguro para tentar quebrar estes bloqueios,
“traumas”, as vezes estes alunos podem estar com sua autoestima muito baixa,
neste caso o papel do professor é essencial para traçar práticas adequadas para
incentiva-los a desenvolver o conhecimento.
A educação no EJA deve ser feita de maneira inclusiva e com
respeito a limitações dos alunos, principalmente pelo fato das suas dificuldades de
aprendizado, pois estes alunos basicamente buscam um resgate da formalidade do
conhecimento a que estão inseridos, assim sendo, o ensino no EJA deve ser
dinâmico na contextualização a fim de garantir um ensino com qualidade.
Dessa forma para se obter esse fim, o professor pode fazer uso de
recursos como data show, dinâmicas de interação, questionários estruturados com
perguntas fechadas e abertas que o direcionam para um discurso livre sobre a
temática, estimulando cada aluno a desenvolver seu pensamento crítico. O processo
avaliativo deve ser feito de forma contínua e de uma forma individual pois cada
aluno tem uma forma de aprendizado.
Mediante essa situação temos o exemplo de Ronaldo, que está
completamente equivocado ao dizer que os alunos da EJA, estão lá apenas para
comer e dormir, e que deixaram para procurar por educação no fim da vida, pois
7
esses alunos como já mencionado, tem uma maneira diferente de aprendizado.
Desta forma, vemos a necessidade de uma formação continuada
aos educadores pois os saberes que cada educador traz são importantes para o
enriquecimento de todos, somente assim estarão preparados para enfrentar a
diversidade do aluno melhorando o aprendizado.
Através desse trabalho, pode-se analisar o processo avaliativo na EJA no
contexto das escolas pesquisadas e compreender o processo de avaliação,
debruçando-se sobre os objetivos, o porquê, e como acontece, visando sempre a
uma educação formativa e nunca um meio de exclusão.
8
3. CONCLUSÃO
Trabalhamos aqui a importância da educação de jovens e adultos
como um direito valioso para que o cidadão possa interagir com a sociedade e ser
pessoas independentes seja por pegar um ônibus, sentar à frente de um computador
e saber manuseá-lo, escrever seu próprio nome e porque não até mesmo assinar
grandes contratos.
Observamos que os alunos retornaram às instituições através da
EJA não só em busca de um certificado ou diploma, esperam mais que apenas ler e
escrever. Enxergam a escola como uma chance, uma oportunidade para um futuro
melhor. Através de nossas propostas visamos uma tentativa de tornar as aulas mais
interessantes e deixar os alunos mais participativos, por tornar o ambiente receptivo
atraente para os alunos que já tiveram um dia de trabalho cansativo ou que não tem
a mesma facilidade de aprender que alguns colegas.
Com as mudanças apresentadas acreditamos no pleno
desenvolvimento do Ensino de Jovens e Adultos tornando este uma organização
mais acolhedora e dinâmica da qual os alunos serão mais beneficiados.
O caminho para chegarmos até aqui foi ardo, passando por
diferentes épocas, por pessoas com diferentes maneiras de pensar, mas ainda não é
o suficiente, a muito o que se pensar e o que se fazer para garantir o direito a
educação a todos os cidadãos de maneira igualitária e inclusiva.
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZAMPIN, Ivan Carlos. A Escola e o Ensino de Jovens e Adultos(EJA): Uma
Função Social. 2017. Disponível em:
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-escola-e-o-ensino-de-jovens-e-
adultos-eja-uma-funcao-social. Acesso em: 28 Mar 2019.
PIERRO, Maria Clara Di. Os desafios para garantir a Educação de Jovens e
Adultos. São Paulo, 2014. Disponível em:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/114/os-desafios-para-garantir-a-educacao-de-
jovens-e-adultos. Acesso em: 28 Mar 2019.
PRESTES, Andreia. ANDRADE, Eliane Ribeiro. Educação de Jovens e Adultos:
avanços e desafios. 2017. Disponível em:
http://www.cartaeducacao.com.br/especiais/vale/educacao-de-jovens-e-adultos-
avancos-e-desafios/. Acesso em: 20 Mar 2019.
MOTUOKA, Ingrid. Os desafios da EJA para incluir quem a escola abandonou.
Disponível em: https://educacaointegral.org.br/reportagens/os-desafios-da-eja-para-
incluir-quem-a-escola-abandonou/. Acesso em: 28 Mar 2019.

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“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”..doc

  • 1. LONDRINA/ PR 2019 ADRIANA DA SILVA GONÇALVES ALVES CAROLINE BACHEGA EVELIN TATIANE ARMANHI CORDEIRO SAITU LILIANE MESIANO DE OLIVEIRA MARIA RENATA HARUMMY SHINTANI MEDEIROS MICHELE GANGINI DE SOUZA SARAH REGINA ROZA DE ALMEIDA CAMPOS SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA 3° SEMESTRE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR EM GRUPO “A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”.
  • 2. LONDRINA/ PR 2019 PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR EM GRUPO “A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”. Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Metodologia Científica, Educação de jovens e Adultos, História da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática, Ed – Comunicação Oral e Escrita, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula Tutora eletrônica: Regiane Mendes Ribeiro Tutora de sala: Camila Maria Ferracioli Caetano ADRIANA DA SILVA GONÇALVES ALVES CAROLINE BACHEGA EVELIN TATIANE ARMANHI CORDEIRO SAITU LILIANE MESIANO DE OLIVEIRA MARIA RENATA HARUMMY SHINTANI MEDEIROS MICHELE GANGINI DE SOUZA SARAH REGINA ROZA DE ALMEIDA CAMPOS
  • 3. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................3 2. A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO .........................................................................................4 3. CONCLUSÃO ........................................................................................................5 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................10
  • 4. 3 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho vamos abordar a importância da história da educação na formação do pedagogo, como o professor se torna conhecedor e participante da história da educação dos momentos de criticidade, luta e obstáculos pela formação de pessoas que não tinha entendimento da realidade do seu mundo e que não tinham os conhecimentos necessários para lutar pelos seus direitos de cidadão. A Educação de Jovens e Adultos (EJA), desenvolvida nas instituições escolares, foco na análise desse trabalho é a instituição que tem como função proporcionar o aprendizado àqueles que não tiveram acesso ao ensino em idade própria, ampliando sua participação nas práticas de aprendizagem. Porém da construção e consolidação desta ideia, são muitos os desafios. Os caminhos daqueles que decidem ingressar ou retornar ao papel de aluno e transforma-se em cidadão letrado, crítico e participativo na sociedade é bastante árduo, pois exige destas pessoas muito força de vontade e determinação. Diante das pesquisas e os assuntos vistos sobre a educação e alfabetização da EJA, percebesse que esta luta vem se desenvolvendo aos longos dos anos com a preocupação de modo de vida de pessoas oprimidas pelas desigualdades. Isso nos torna mais consciente e humano ao tratar de educação não só do adulto, mas do geral. Paulo Freire lutou por uma educação humana voltada para o crescimento do ser humano, para ser visto como uma pessoa participativa, que tinha opiniões próprias, capacidade de se expressar e acreditando que seriam capazes de conquistar seu direito como cidadão. Esse texto propõe então uma reflexão sobre o ensino da EJA, no intuito de colaborar com a formação de leitores capacitados e atuantes no contexto social.
  • 5. 4 2. “A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO”. Os primeiros vestígios da educação de adultos no Brasil são perceptíveis durante o processo de colonização, após a chegada dos padres jesuítas, trazendo a alfabetização e a catequese por volta de 1549. No final do século XIX, as oportunidades de escolarização eram muito restritas, acessíveis quase que somente às elites proprietárias e aos homens livres das vilas e cidades, pode-se dizer que, a uma minoria da população. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e do Estado Novo surge a volta da democracia, e vale ressaltar que com ela também surgem às primeiras políticas públicas nacionais destinadas à instrução dos jovens e adultos. Porém, foi por volta de 1947, que o governo brasileiro lança pela primeira vez a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA, quando se estruturou o Serviço de Educação de Adultos do Ministério da Educação. Além da CEAA surgiram diversas outras campanhas como a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), a qual atinge resultados muito positivos com a população das áreas urbanas, porém não obteve um resultado satisfatório nas regiões rurais que eram mais isoladas, por isso que em 1948, Lourenço filho, desdobrou a campanha em duas, e assim foi criada a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER). Por não mais corresponder ao novo modo de compreender ao analfabetismo e as preocupações políticas do período em 1963 ambas as campanhas são extintas. Em 1960 surge Paulo Freire com a educação popular. Freire acreditava na troca de saber entre professor e aluno. Não podemos deixar de falar de Freire quando tratamos sobre educação, não só por que ele era um excelente educador, mas, também, como construtor de uma proposta de educação para todos os brasileiros. Paulo Freire queria que as pessoas se tornassem cidadãos críticos de sua própria realidade, com o golpe militar ele acaba sendo exiliado do país, por que os representantes militares não queriam que os cidadãos fossem críticos. Com isso ele se tornou uns dos primeiros brasileiros a ser proibido de pisar no país, mas isso não o desmotivou, prosseguiu com seu trabalho e disseminando suas ideias ao redor do mundo. Chegando em 1969 inclusive a dar aula em Harvard nos EUA. Podendo retornar ao Brasil somente em 1980, 16 anos depois de ser exilado, e ao
  • 6. 5 voltar precisou reaprender seu país. [...] A conscientização é um compromisso histórico. É também consciência histórica: é inserção crítica na história, implica que os homens assumam o papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo. Exige que os homens criem sua existência com um material que a vida lhes oferece [...] A conscientização não está baseada sobre a consciência, de um lado, e o mundo, de outro; por outra parte, não pretende uma separação. Ao contrário, está baseada na relação consciência-mundo. (FREIRE, 1980, p. 26-27). É importante lembrar que esses não foram os únicos movimentos a respeito da educação de jovens e adultos que foram criados. A função social da escola vai além do gerar conhecimento, ela proporciona a transmissão de valores a fim de formar melhores cidadãos para construção de uma sociedade igualitária. É a formação de indivíduos críticos e criativos que possam exercer plenamente a cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade. Ter clareza da função social da escola e do homem que se pretende formar é essencial, para que a prática pedagógica seja competente e socialmente comprometida, assim mais claramente as funções do ensino do EJA, mostram para a sociedade atual seu valor e necessidade de existir. Sendo assim, a educação deve ser feita de maneira inclusiva, uma vez que por meio disso pode garantir o processo educacional, com isso a educação leva as pessoas ao conhecimento pleno. O acesso à Educação serve para que todos possam intervir de modo consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século XXI, o Brasil ainda possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever. Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio. É notório que a educação brasileira vem passando por uma fase precária principalmente na educação de jovens e adultos. Os grandes desafios na educação de jovens e adultos consistem em seu tempo, pois muitos deles abandonam a escola justamente para trabalhar, com isso seus horários são muito restritos. Outro fato é o social, onde alguns desses se sentem desconfortáveis por
  • 7. 6 estar em escolas na idade adulta, uma espécie de medo de serem criticados por seus colegas e amigos. Com isso é necessário uma escola com horários flexíveis para atender as demandas destes. O Estado, por sua vez, não assume sua responsabilidade de resolver as questões que levam ao abandono escolar, culpando estudantes e professores pelo fracasso escolar e fazendo com que a EJA tenha mais um caráter assistencialista do que de direito, como assegurado pela Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Segundo o mais recente Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos, publicado em 2017 pela Unesco, existem no mundo mais de 700 milhões de adultos analfabetos. Desse total, 115 milhões são jovens, ou seja, têm entre 15 e 24 anos de idade. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode ser vista como o ápice do retrato das desigualdades sociais e econômicas do Brasil, isto porque congrega em si duas faces: as fragilidades de uma escola excludente diante da diversidade e, no outro extremo, o direito de aprender independentemente da idade. Com isso, carrega também a responsabilidade de não excluir estas pessoas uma vez mais. O professor deve estar seguro para tentar quebrar estes bloqueios, “traumas”, as vezes estes alunos podem estar com sua autoestima muito baixa, neste caso o papel do professor é essencial para traçar práticas adequadas para incentiva-los a desenvolver o conhecimento. A educação no EJA deve ser feita de maneira inclusiva e com respeito a limitações dos alunos, principalmente pelo fato das suas dificuldades de aprendizado, pois estes alunos basicamente buscam um resgate da formalidade do conhecimento a que estão inseridos, assim sendo, o ensino no EJA deve ser dinâmico na contextualização a fim de garantir um ensino com qualidade. Dessa forma para se obter esse fim, o professor pode fazer uso de recursos como data show, dinâmicas de interação, questionários estruturados com perguntas fechadas e abertas que o direcionam para um discurso livre sobre a temática, estimulando cada aluno a desenvolver seu pensamento crítico. O processo avaliativo deve ser feito de forma contínua e de uma forma individual pois cada aluno tem uma forma de aprendizado. Mediante essa situação temos o exemplo de Ronaldo, que está completamente equivocado ao dizer que os alunos da EJA, estão lá apenas para comer e dormir, e que deixaram para procurar por educação no fim da vida, pois
  • 8. 7 esses alunos como já mencionado, tem uma maneira diferente de aprendizado. Desta forma, vemos a necessidade de uma formação continuada aos educadores pois os saberes que cada educador traz são importantes para o enriquecimento de todos, somente assim estarão preparados para enfrentar a diversidade do aluno melhorando o aprendizado. Através desse trabalho, pode-se analisar o processo avaliativo na EJA no contexto das escolas pesquisadas e compreender o processo de avaliação, debruçando-se sobre os objetivos, o porquê, e como acontece, visando sempre a uma educação formativa e nunca um meio de exclusão.
  • 9. 8 3. CONCLUSÃO Trabalhamos aqui a importância da educação de jovens e adultos como um direito valioso para que o cidadão possa interagir com a sociedade e ser pessoas independentes seja por pegar um ônibus, sentar à frente de um computador e saber manuseá-lo, escrever seu próprio nome e porque não até mesmo assinar grandes contratos. Observamos que os alunos retornaram às instituições através da EJA não só em busca de um certificado ou diploma, esperam mais que apenas ler e escrever. Enxergam a escola como uma chance, uma oportunidade para um futuro melhor. Através de nossas propostas visamos uma tentativa de tornar as aulas mais interessantes e deixar os alunos mais participativos, por tornar o ambiente receptivo atraente para os alunos que já tiveram um dia de trabalho cansativo ou que não tem a mesma facilidade de aprender que alguns colegas. Com as mudanças apresentadas acreditamos no pleno desenvolvimento do Ensino de Jovens e Adultos tornando este uma organização mais acolhedora e dinâmica da qual os alunos serão mais beneficiados. O caminho para chegarmos até aqui foi ardo, passando por diferentes épocas, por pessoas com diferentes maneiras de pensar, mas ainda não é o suficiente, a muito o que se pensar e o que se fazer para garantir o direito a educação a todos os cidadãos de maneira igualitária e inclusiva.
  • 10. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ZAMPIN, Ivan Carlos. A Escola e o Ensino de Jovens e Adultos(EJA): Uma Função Social. 2017. Disponível em: http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-escola-e-o-ensino-de-jovens-e- adultos-eja-uma-funcao-social. Acesso em: 28 Mar 2019. PIERRO, Maria Clara Di. Os desafios para garantir a Educação de Jovens e Adultos. São Paulo, 2014. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/114/os-desafios-para-garantir-a-educacao-de- jovens-e-adultos. Acesso em: 28 Mar 2019. PRESTES, Andreia. ANDRADE, Eliane Ribeiro. Educação de Jovens e Adultos: avanços e desafios. 2017. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/especiais/vale/educacao-de-jovens-e-adultos- avancos-e-desafios/. Acesso em: 20 Mar 2019. MOTUOKA, Ingrid. Os desafios da EJA para incluir quem a escola abandonou. Disponível em: https://educacaointegral.org.br/reportagens/os-desafios-da-eja-para- incluir-quem-a-escola-abandonou/. Acesso em: 28 Mar 2019.