SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Baixar para ler offline
1
2022
Licenciatura em Pedagogia
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V - EJA
2
FACULDADE UNIDAS DE CAMPINAS – FACUNICAMPS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
ALESSANDRA ROQUE DE OLIVEIRA
KAROLAINE SANTOS DIAS LOPES
MARIA CRISTINA XAVIER DOS REIS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V - EJA
EDUAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
GOIÂNIA-GO
2022.1
3
ALESSANDRA ROQUE DE OLIVEIRA
KAROLAINE SANTOS DIAS LOPES
MARIA CRISTINA XAVIER DOS REIS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V - EJA
EDUAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Portfólio apresentado como requisito
parcial necessário à aprovação na
disciplina Práticas Pedagógicas V - EJA,
da Faculdade Unida de Campinas -
FacUnicamps.
Orientador: Prof. Dr. Israel Serique dos
Santos.
GOIÂNIA-GO
2022.1
4
1 INTRODUÇÃO
Este portfólio é o registro das atividades acadêmicas realizadas na disciplina
Pesquisa e Prática Pedagógica V e sua elaboração tem por objetivo conhecer e
estabelecer uma conexão com a prática pedagógica na Educação de Jovens e Adultos
(EJA), suas complexidades e competências, sendo de elevação para a formação do
pedagogo e para o campo de trabalho do licenciado.
Considerando a importância de se alcançar o objetivo geral e compreender as
questões referentes à EJA objetivamos .... dizer quais os objetivos específicos do
PORTFÓLIO
O desenvolvimento deste trabalho é importante para a melhoria no ensino da
formação humana, respeitando o meio social do aluno, sua cultura, experiência e
conhecimentos prévios adquiridos ao longo dos anos, sendo assim, podendo
completar com novos saberes. E os educandos buscarem aprimorar sua consciência
crítica, adotando atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da
sua autonomia intelectual.
Além disso, este trabalho é relevante para o desenvolvimento e aprendizado
dos métodos dos grandes conhecedores da educação de jovens e adultos (EJA), no
qual temos como base para elaborar aulas volta para o desenvolvimento e
aprendizado de pessoas com dificuldade, que, por algum motivo, teveram que se
ausentar da educação escolar.
Por fim, pode-se justificar a importância deste trabalho, pois ele nos habilitou
para a elaboração de planos aulas, que podem fazer sentido no universo do aluno,
possibilitando, assim, a aprendizagem e o desenvolvimento educacional dos alunos
da EJA.
Este trabalho está fundamentado nos textos de Ceratti (2007), Pinto (1993 p.
38), Spósito (2010) e Candau (2006). Segundo Ceratti (2007), “[...] na década de 1950,
a alfabetização de adultos teve o propósito de transformar o analfabeto em um leitor
em potencial”. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Para Pinto (1993, p. 38) a educação tem uma função social permanente, para
a sociedade. Para isso é importante que o professor repense seus paradigmas e
5
conscientize que os alunos são sujeitos ativos, constituídos de histórias de vida e
experiências.
Para Spósito (2010), é preciso buscar uma compreensão do processo de
socialização dos jovens em seus espaços não escolares a fim de enriquecer o diálogo
e a experiência no contexto escolar. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Por fim, Candau (2006) afirma que existem diferentes formas de entender o
multiculturalismo presente em nossa sociedade. Podemos por exemplo, compreendê-
lo por meio de uma abordagem meramente descritiva, admitido sua existência e
tentando descrever sua configuração em cada sociedade específica.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Para a realização deste portifólio foram desenvolvidas atividades que
contribuíram para uma percepção mais adequada do trabalho pedagógico na EJA.
Entre estas atividades citamos os erstudos nas unidades da plataforma AVA, através
do referencial teórico; as entrevistas com profissionais de educação da EJA; a
elaboração e execução de um plano de aula desenvolvido para uma turma da EJA, a
análise de planos desenvolvido em sala de aula; e, por fim, a resenha do livro Cartas
para minha avó.
O trabalho desenvolvido segue a seguinte estrutura. Em primeiro lugar tem-se
o referencial teórico comos conteúdos abordados em sala de aula, onde
compreendemos sobre a importância do ensino a Educação de Jovens e Adultos e as
dificuldades existentes. Em seguida, para aprofundar nossos conhecimentos, são
elaboradas entrevistas com pessoas que estão trabalhando nesse meio, onde
conhecemos de fato a realidade e como ocorre o processo de ensino e aprendizagem.
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Como último tópico, é elaborado um plano de aula para
se trabalhar com a EJA, tendo como referência as pesquisas feitas com os
profissionais da área e tudo o que foi trabalhado dentro da instituição física, mediante
os conhecimentos adquiridos por meio das aulas ministradas.
6
2 REFERECIAL TEÓRICO
A preocupação com a educação de jovens e adultos no Brasil inicia-se no
século XX. Com o processo de industrialização e urbanização da época. Esses
acontecimentos tornaram imprescindível a necessidade de profissionais qualificados
no país, pois mais da metade da população da época com 15 anos ou mais era
analfabeta, tornando difícil suprir as necessidades de profissionais capacitados nas
áreas de maior especialização.
A partir disso, o governo federal notou que alfabetizar os cidadãos brasileiros
era fundamental para o crescimento econômico do país. Então, na Constituição
Federal de 1988, era proposta a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário a
todos. E com o objetivo de erradicar o analfabetismo entre jovens foram desenvolvidas
propostas e ações do Governo federal ao longo dos anos, incentivados pelos mesmos
objetivos em realizar uma mudança social com adultos tendo a cultura e a
transformação. Assim buscando uma melhor forma para a nação brasileira veio a
modificação em emancipa-los para que a nação pudesse continuar a desenvolver
estratégias voltadas para a alfabetização.
Diante disso, começa uma outra visão de mudança buscando a criatividade no
mundo deles. A lei federal 5.692 11 de agosto 1971 foi um grande avanço de tornando
obrigatório para aqueles que deixaram de concluir a educação básica…. Já outros
encontraram cursos supletivos, centros de estudos e de ensino a distância. A entrada
precoce de jovens no mercado de trabalho buscava uma exigência. Conciliar o
trabalho com a sua escolarização. A EJA hoje é uma oportunidade para aquele
cidadão, jovem que ficou parado e se perdeu no tempo e agora acordou, sempre há
tempo para recomeçar e avançar.
Precisamos entender que os objetivos da EJA buscam igualdade entre a
sociedade, conciliando com a leitura e a escrita, onde tal função busca melhorar essa
condição. A função reparadora dar o direito a educação escolar a todos, alfabetização
e uma habilidade primordial, com pilares para o desenvolvimento de outras
habilidades. Uma aprendizagem que significa repensar a prática educacional, partir
dos seguintes aspectos diversidade, sendo ele, flexibilização escolar, tendo uma boa
7
sintonia com o ambiente, a prática social concreta e individualismo, com o objetivo de
discutir as metodologias utilizadas na alfabetização de adultos, através de pesquisa
bibliográfica, as mudanças ocorridas na educação de adultos ao longo da história, e
também relatados as medidas tomadas pelos governos com a renovação das
perspectiva acerca da EJA. Após está fundamentação, discutimos como estes jovens
e adultos aprendem e como se dá o processo de ensino.
Aprendizagem e as metodologias utilizadas por alguns educadores de certa
forma não evoluíram, pois tendem a não respeitarem os conhecimentos que os seus
educandos adquiriram ao longo da vida. É preciso renovar as práticas pedagógicas
que atendem as necessidades dos jovens e adultos, valorizando seus conhecimentos
e renovando as perspectivas do aluno da EJA, para obter um ensino e aprendizagem
de qualidade. Podemos observar que a não infantilização dos métodos de
alfabetização de adultos, vem aumentando cada vez mais, com isso aumenta a busca
por pessoas capazes de trabalhar essa modalidade, passando a enriquecer o
processo de ensino- aprendizagem. O que podemos observar que no Brasil, a todo
tempo surgem no processo educacional novas campanhas de alfabetização com a
finalidade de envolver a sociedade na responsabilidade pela educação de adultos,
mostrando sua importância.
Devemos ajudar esses alunos ser reflexivo e crítico, com pensamentos próprio,
trocar experiência e buscar conhecimento de leitura e escrita para serem capazes de
construir suas ideias, pensamentos e pesquisa, sendo ativos em suas relações sociais
e culturais que serão estabelecidas dentro e fora da escola.
Além disso, é de importância não deixar esses jovens e adultos fora da escola
e acabar desistindo dos estudos, que eles possam retomar e concluir. Pois, o
professor precisar entender que esse ser humano necessita estar no mercado, com
qualificações e conhecimentos adequados. E que haja meios de integração da
Educação profissional da EJA com a sociedade o qual o aluno inserido. Entender que
a humanização pelo reconhecimento dos alunos acontece no processo de ensino e
aprendizagem, quando o professor, ao planejar suas aulas, pensa em elaborar
atividades conscientes, como enfatiza o historiador que “A finalidade da educação
está implícita no conteúdo e na forma como é executada.” (PINTO, 1993, p.48).
Dessa forma, o estudo da (EJA) tem o foco na alfabetização com o objetivo de
colocação no mercado de trabalho, inclusão na vida social, e política, amparados pela
8
legislação federal vigente (BRASIL,1988). Que busca além de aprender a ler e
escrever, respeitar as especificidades dos jovens e adultos e suas diversidades
culturais.
Sua existência é desde a nossa colonização com os padres jesuítas que veio
para ensinar os índios, logo com a chegada da família real, com isso, as escolas
passaram por algumas transformações para se adequar aos padrões europeus e
ensinar os filhos dos nobres. Com a chegada do marques do pombal, a expulsão dos
jesuítas deu-se início a organizações das escolas de acordo com interesses do
estado, e o D. Pedro V.l. estabeleceu várias instituições de ensino como, a academia
real militar, escolas noturnas nas quais deveriam ser lecionados a leitura a escrita e
as quatro operações, noção geral, doutrina católica e moral cristã e entre outras.
Sendo formado escolas para professores somente em 1835. A instituição era uma
ferramenta para fortalecer um estado nacional independente para civilizar o povo
brasileiro, visando acabar com a desordem nas ruas. O primeiro censo demográfico
do brasil aconteceu em 1877, que demostrou um índice de analfabetismo grande,
17,7% da população entre 6 e 15 anos havia frequentado a escola, portanto mais de
82% da população não sabiam ler e escrever.
Diante disso, houve grandes problemas relacionado a questões eleitorais e
econômicas. E com o passar do tempo veio várias necessidade para o
desenvolvimento econômico do pais, tendo que elaborar um meio que podia inserir o
povo nessa mudança, na qual o resgate social como objetivo, trouxe os jovens e
adultos para sala de aula respeitando a cultura e os valores individuais, sabendo que
o processo educativo não é um processo neutro, imerso na multiculturalista nos
fazendo aceitar a diversidade cultural, mas sabemos que na realidade o currículo
escolar já não atende os anseios dos alunos, o ensino está muito além das
necessidades dos alunos, o currículo escolar deve ser elaborado de acordo com o
perfil da sociedade no qual está inserida, sabendo que há uma necessidade de
estudos para saber toda a fragilidade da educação, é necessário ser direcionada para
uma educação e aprendizagem significantes e desafiantes no contexto sociopolítico e
cultural.
Sabendo que a escola é um local de construção de novas representações de
cidadania crítica que leva a ter uma compreensão do universo da educação de jovens
e adultos (EJA), mas ignora as questões sociais da educação, priorizando os aspectos
9
intelectuais e cognitivos. Ao longo do tempo se presumia a incapacidade dos alunos
da EJA, levando vários a se distanciar da escola, agora se percebe que o retorno dos
alunos a sala de aula é justamente pela agilidade no processo de conclusão do
período regular de ensino. A escola pública existe déficit muito grande de local
adequado para a realização das aulas, contando com espaços precários, sem
bibliotecas, laboratórios, computadores, ginásios e auditórios e professores que
trabalham em regime de contratação. A escola deve ser um espaço onde os jovens e
adultos questione as condições sociais e desenvolva autoconfiança, autoconsciência
e solidariedade.
Dessa forma, para Paulo Freire educar é um ato político e de grande
importância para a vida de muitos jovens e adultos que não tiveram o direito de
aprender a ler e escrever na infância. Seu método é baseado na didática dialógica,
um caminho seguro para aprendizagem e desenvolvimento, onde tal educador
planejará atividades com situações que envolvem o cotidiano dos alunos, sua
realidade. Podendo, portanto, trabalhar uma realidade social e cultural de vários
grupos, entender em qual lugar estão inseridos. Pois, sem diálogo e troca de
informações a educação se torna impossível. Sendo assim, se torna inviável
professores, detentores do saber, colocar os alunos como pessoas passivas,
engolidores de conteúdo. É preciso trabalhar temas geradores, com isso, Paulo Freire
defendia o desenvolvimento dos sujeitos alfabetizando que constroem seus saberes
a partir das particularidades dos seus mundos e das suas palavras. Freire (1987, p.55)
aponta que:
[...] investigação do ‘tema gerador’, que se encontra contido no ‘universo
temático mínimos’ (os temas geradores de interação), se realizada por meio de
uma metodologia conscientizadora, além de possibilitar sua preensão, insere ou
começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem o mundo.
São eles, jovens e adultos, que trarão para a sala de aula alfabetizadora as
suas temáticas significativas, palavras que podem mudar os seus sentidos, na medida
em que são fruto de reflexões no grupo, com os outros alfabetizando. E ao colocarmos
os alunos a ter uma leitura do mundo ou o ato de ler o mundo é um acontecimento
10
anterior a leitura das palavras, isso facilita o desenvolvimento no processo de ensino.
E mesmo em meio a tantos desafios e desventuras que atravessam os sujeitos, é
possível transformar o mundo por meio da educação, educação essa pensada por
todos e para todos, uma que as pessoas se tornem seres críticos e reflexivos
independente do assunto a ser tratado.
3 ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DA EJA
Entrevistas feitas com profissionais que trabalham na Educação de Jovens e
Adultos, sendo um 01 professor, 01 coordenador e 01 gestor, e também com uma
aluna que está se desenvolvendo nesse processo de ensino. Com a intenção de nos
trazer uma melhor visão desse meio, apresentando as dificuldades e alegrias
existentes. Dessa forma, perceber a importância de o profissional ter um olhar atento
com as dificuldades individual de cada aluno, pois são pessoas que mesmos
cansados, depois de um dia cheio de atividades, estão ali para adquirirem mais
conhecimentos. As entrevistas foram realizadas no Colégio Estadual Severino de
Araújo, localizado na região noroeste, no bairro de Vila Mutirão 2 em Goiânia.
Durante o semestre foram realizadas entrevista com o professor Albiano
Oliveira Rodrigues, com 44 anos de idade, sendo 10 anos trabalhados na EJA.
Atualmente trabalhando como professor de matemática, com sua formação na UFG.
Ele relata que há cinco anos, a faixa etária de alunos matriculados ficou dos vinte e
três acima com um movimento de pessoas mais jovens, sendo que antes eram entre
pessoas de vinte e oito anos em diante. Entretanto, dentre esses 50% são chefes de
família, e 50% da turma são jovens que procura emprego e querem se especializar
em algum campo, onde a maioria obriga saber ao menos ler e escrever.
Quando questionado sobre a maneira de como elabora suas aulas, o mesmo
explica que começa com o estudo de tudo o que é ensinado nos anos iniciais, pois
para um aluno da EJA é importante fazer relembrar, usar o básico de seus
conhecimentos, visto que, muitos ficaram bastante tempo sem estudar. E para as
atividades ele relata que é ideal colocar pra escrever, algo que a maioria gosta e tem
facilidade para o desenvolvimento. Dessa forma, o ensino é voltado para algo prático,
o uso do quadro, papel e caneta, pois a maioria não tem muita paciência para filmes,
palestra. Em razão disso, a explicação se resume ao cansaço do dia – a – dia.
11
Portanto, é importante o professor durante as aulas observar se as atividades
propostas estão sendo realizadas, reservar um horário para fazerem juntos. Com isso,
buscar estar sempre motivando e levantando a autoestima dos alunos. Sendo assim,
seu método avaliativo é através de vistos nos cadernos para atividades realizadas em
sala de aula, atividade avaliativa e prova por semestre.
Em seguida, foi entrevistada a coordenadora Kelly Cristina Resplandes, que
está trabalhando com a EJA a cinco meses, nesta mesma instituição de ensino. E ao
perguntada sobre o desenvolvimento de algum projeto educativo, ela responde que
ainda não estão elaborados nenhum na escola, pois a EJA tem uma característica
diferente em relação aos conteúdos, seguindo trabalhando a BNCC com proposta do
ensino médio, diante disso, os professores estão naquele momento de flexibilização
dos conteúdos. Além do mais, inserir um projeto seria aumentar um pouco a carga
horária dos professores, portanto, nenhum projeto a ser disponibilizado. Os projetos
são propostos pela secretaria e ainda não tiveram nenhum.
Entretanto, ela relata que mediante a esse fato, muitos alunos são estimulados
a estudarem, a grande maioria são frequentes na escola, mesmo com as dificuldades
de algumas matérias, buscam estarem colocando sempre em dia e aprendendo um
pouco mais. Pois, os alunos compreendem o que é a EJA, sendo uma proposta de
ensino que flexibiliza os conteúdos, para alguns deles que começaram o ensino médio
e por algum motivo tiveram que parar os estudos. Portanto, não questionam a forma
que a EJA é conduzida, na verdade eles entendem bem a proposta e se enquadram.
Entretanto, apresentam as dificuldades existentes onde seu desafio é fora da escola,
principalmente com relação ao horário, a grande maioria são trabalhadores, enfrentam
ônibus que atrasa, horário do trabalho e etc. E no caso das alunas tem um agravante
que é os problemas familiares, com a carga emocional e responsabilidade, quando se
tem alguém doente abrem mão da aula pra ajudar.
Todavia, a mesma nos diz o que é necessário para ser um bom coordenador e
a importância no espaço escolar, seguindo com um conselho para quem deseja
trabalhar nessa área, primeiro é de grande importância ter responsabilidade, saber
ouvir outros professores, buscar entender e como funciona a plataforma do estado,
pois é cheia de detalhes, onde qualquer erro pode atrapalhar a vida escolar de uma
pessoa. Assim, estar sempre aperfeiçoando a característica de ouvir, ter um olhar
diferenciado para o aluno, e estar sempre fazendo o diagnóstico porque são pessoas
12
que estão com situação de aprendizado totalmente heterogênico, são alunos que
acabaram de abandonar o ensino médio e outras que estão fora da escola a mais de
vinte anos. Portanto, o trabalho avaliativo com esses alunos é diariamente, um meio
para ver se estão acompanhando o conteúdo e desenvolvendo na disciplina, e estar
sempre flexibilizando para que o aluno se sinta dentro do processo.
Por fim, a coordenadora enfatiza que compreende a dimensão de seu trabalho
para a comunidade, mesmo que todas as etapas de educação sejam importantes, a
EJA tem um sentimento diferente, pois a maioria estão atrás de metas, realizações de
sonhos. E os profissionais da instituição têm a consciência do papel deles para a sala
de aula, o quanto uma boa didática influência no futuro dos alunos para algo melhor.
Logo depois, foi realizada uma entrevista com a diretora da mesma instituição.
Juliana, tem 40 anos, bióloga, trabalha com a EJA exatamente 18 anos. Assim que
saiu da faculdade já começou a dar aula para pessoas da EJA. E hoje se encontra na
direção de uma escola que tem esse foco de trabalhar com o ensino para pessoas
mais velhas. Para Juliana isso é uma satisfação, pois estar inserida e trabalhar nesse
meio é de grande relevância. E quando questionada sobre a relação da comunidade
com a escola, ela relata que costuma ser boa, mesmo estando na gestão apenas dois
meses, está fazendo o máximo para trazer a comunidade para dentro da escola,
porque a troca de experiências é de extrema eficácia.
A escola é exclusiva para a EJA, diante disso, são oito funcionários com as
demais funções, e os professores também são oito, porque são poucas turmas. Já os
alunos, atualmente são 180 matriculados. Antigamente eram por volta de 250, todavia,
a EJA tem muitos problemas com a evasão, e isso se torna um grande desafio para a
instituição. Diante disso, Juliana enfatiza que o papel do diretor é de englobar, estar
inserido em todas as esferas, não ser apenas o diretor, mas ter um olhar atento para
o financeiro, pessoal e pedagógico. Buscar ter conhecimento sobre tudo que acontece
dentro da escola, para que assim compreenda o quanto sua gestão está ajudando os
alunos. Com isso, existem órgãos que administra as escolas da EJA, atualmente a
Seduc é um departamento especializado para esse meio, pois deles vem as
orientações voltadas para ter desenvolvimento diante do ensino e aprendizagem.
A diretora, juntamente com a escola reconhece que a formação continuada é
extremamente importante, assim sendo, o professor precisa estar sempre atualizando
13
e adquirindo novos conhecimentos, estratégias para repassar os conteúdos. Portanto,
a diretora reconhece que seu maior desafio com a EJA é a evasão escolar, nesse
caso, é preciso manter os alunos focados e interessados. O trabalho tem que ser
constante e interpessoal, para estar cativando e motivando, para que assim não venha
abandonar os estudos e concluir de forma prazerosa e com muito aprendizado.
E para finalizar, foi realizada a entrevista com uma aluna de outra instituição,
mas que participa do ensino da EJA. E ao decorrer, podemos perceber com suas
experiências o quanto é significativo ter um ensino de qualidade, poder adquiri
conhecimentos independentemente da idade e dos anos que se passaram.
Luzeni Pereira Dos Santos, com seus 49 anos e naturalidade do estado de
Goiás, está inserida nesse processo de ensino, que mesmo depois de muito tempo
afastada dos estudos, resolveu voltar para aperfeiçoar seus conhecimentos e
aprendizagem, visto que, foi preciso parar de estudar porque as coisas antigamente
eram mais difíceis para conseguir e tudo muito longe, o que dificultava bastante o seu
progresso nos estudos.
Na época estudou até a 5° Série, e por consequência, ao longo de sua vida se
sentiu descriminada por não ter os estudos completos. E atualmente, a necessidade
de aprender, de querer concluir os estudos a fez voltar a escola. Mesmo com as
dificuldades dos materiais utilizados, os meios para estar presente dentro da sala de
aula sejam complicados, o que acaba deixando cansada, principalmente por conta do
trabalho, pois é algo que demanda bastante tempo e esforço físico. Entretanto, a
mesma se esforça e busca se adaptar, aproveitando cada momento que tem para
aprender e tirar suas dúvidas com os professores. Luzenir enfatiza que estudar é
extremamente importante, independente do que acontecer e quiserem tirar tudo que
nos pertencem, algo que não podem tirar é nossos estudos, conhecimentos adquiridos
ao longo de nossas vidas.
14
4 AS ESTRUTURAS DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL
O Colégio Estadual Severiano De Araújo de rede pública se localiza em Rua Z,
quadras 38 Area 1- Vila Mutirão 2, Goiânia - Goiás. A estrutura física da escola se
encontra razoável, necessitando de uma reforma, principalmente a quadra e pinturas
em todas as áreas do colégio. A escola possui as seguintes instalações: biblioteca,
biblioteca ou sala de leitura, pátio descoberto, sala de música/coral, terreirão (área
para prática desportiva sem cobertura, sem piso e sem edificações), banheiro
adequado ao uso dos alunos com deficiência. A escola possui 12 salas, das quais
nenhuma são climatizadas ou são adaptadas para alunos com deficiência. São 22
profissionais que trabalham, sendo professor, coordenação e todas as
áreas da escola. A equipe de profissionais se divide da seguinte forma:
 Administrativos: 2
 Serviços gerais: 4
 Bibliotecário: 2
 Coordenadores: 2
 Alimentação:4
 Pedagogas: 3
 Secretario escolar: 1
 Segurança: 2
 Gestão: 1
A instituição tem horário de funcionamento das...
- Apresentar o espaço geográfico, social, econômico e cultural no qual a
unidade está inserida.
15
- Descrever como está sendo o atendimento dos alunos neste momento de
pandemia.
- Só indicar o nome da instituição de for permitido
5 PLANO DE AULA PARA A EJA
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR NADAL SFREDO
PROFESSOR: Alessandra Roque, Karolaine Santos, Maria Cristina Xavier
ETAPA: 2° ano
CARACTERIZAÇÃO DA TURMA: Uma turma formada por 15 alunos, sendo 8
mulheres e 7 homens, na faixa etária de 30 a 60 anos. Com as seguintes profissões,
como, diarista, vendedor, pedreiro, entregador, cabeleireiro(a), barbeiro, manicure e
entre outras. Uma grande parte com naturalidade do norte e nordeste, com um
domínio parcial na leitura e escrita.
DISCIPLINA: HISTÓRIA
UNIDADE TEMÁTICA: Mundo pessoal: meu lugar no mundo
OBJETO DO CONHECIMENTO/CONTEÚDO: As diferentes formas de organização
da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as relações de amizade.
HABILIDADE:
(EF01HI02-A) Listar os documentos e registros que retratam a sua história de vida,
para aprofundar a consciência de si mesmo (EU).
16
(EF01HI02-B) Conhecer a história de sua da família por meio de recursos imagéticos
de lembranças ou relatos orais, para tomar consciência do OUTRO.
(EF01HI02-C) Explorar os espaços da escola e da comunidade por meio recursos
tecnológicos, fotos, registro de lembranças e visitas culturais, para reconhecer as
conexões do “EU” com o “OUTRO” na formação da comunidade (casa, bairro, escola
e outras) “NÓS”.
(EF01HI02-D) Identificar as relações entre as suas histórias e as histórias de sua
família e de sua comunidade.
METODOLOGIA
a. Aula expositiva sobre a temática.
b. Atividade lúdica/através de troca de informações/diálogo/roda de conversa.
b.1 Título da atividade lúdica: Nossa história
b.2 Objetivo didático:
 Conhecer as diversas situações do dia a dia, como atitudes, hábitos e costumes
herdados de familiares.
 Reconhecer que somos reprodutores e produtores da história.
 Conhecer a própria história e da sociedade que estamos inseridos.
b.3 Orientações: O professor(a) irá pedir com antecedência fotos de familiares dos
alunos de anos atrás ou de sua cidade natal. A ideia inicial é compartilhar algumas
imagens da cidade de tempos atrás e atualmente de onde estão morando, para que
assim possam comparar e conversar sobre as mudanças visíveis do local. E com as
fotos trazidas pelos alunos, eles mesmo irão apresentar para a turma e descrever as
mudanças que ocorreram, mostrando quem está nela, a quanto tempo foi tirada,
mostrando as diferenças de roupas, e exemplificando os usos e costumes daquela
época, trazendo para a sala de aula o que ainda permanece na atualidade,
independente da diferença de anos, portanto, suas transformações e permanências.
E para ajudar na reflexão e desenvolvimento dos alunos, o professor pode estar
fazendo perguntas práticas, como, por exemplo. Como era a cidade anos atrás e como
17
está agora? E o que não mudou? Para as fotografias, as seguintes perguntas. Qual
era a forma de vestir daquela época? E se tem algo que permanece ainda sendo
utilizado? Qual a mudança que mais chamou atenção?
b.4 Participantes: Professor(a) e alunos.
b.5 Tempo de desenvolvimento: 20 minutos
b.6 Material utilizado: Imagens, fotos, folha, lápis de escrever.
AVALIAÇÃO: A avaliação ocorrerá mediante a participação dos alunos, através da
escrita e oralidade com as atividades propostas. Apresentando seus conhecimentos
e ideias com o assunto abordado.
CONTEÚDO
1. INTRODUÇÃO
Para saber nossa história e entender sobre o meio o qual estamos inseridos, é
importante iniciar com a reflexão, o estudo sobre o passado. Dessa forma, buscar
compreender os acontecimentos, passando a ter uma noção de tempo, seus aspectos
sociais e culturais, fazendo sua relação com o presente. E a história de nossa família
é uma forma de conhecimento sobre o passado.
A observação através de imagens, é uma maneira eficaz de compreensão, pois
com elas visualizamos de forma clara as transformações e permanências. O mesmo
ocorre com as fotografias, onde podemos ter uma noção de tempo, identificando a
época em que foi tirada através das roupas, o tipo de fotografia, cenário e etc.
E segundo o historiador Peter Burke, as imagens não devem ser consideradas
simples reflexos de suas épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais
em que elas foram produzidas e, como tal, devem ser submetidas a uma minuciosa
análise, principalmente de seus conteúdos subjetivos. Portanto, no meio educacional,
isso possibilita um desenvolvimento no processo de aprendizagem e ao longo da vida.
18
2. A IDENTIDADE CULTURAL ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA
Saber interpretar signos visuais, com suas especificidades, tornou-se uma
necessidade, pois vivemos em uma era de imagens que nos chegam de forma cada
vez mais rápida, dinâmica e inovadora.
Segundo John Berger (crítico de arte, historiador e romancista), o olhar chega
antes da palavra, ou seja, os seres humanos, antes de aprender a falar, comunicam-
se pela visão. Assim, olhar é um ato de escolha. A percepção de qualquer imagem é
afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos. Com isso, pode-se entender que
toda imagem incorpora uma forma de ver.
A fotografia é uma fonte histórica que demanda por parte do historiador um
novo tipo de crítica. O testemunho é válido, não importando se o registro fotográfico
foi feito para documentar um fato ou representar um estilo de vida. No entanto,
parafraseando Jacques Le Goff, há que se considerar a fotografia, simultaneamente
como imagem/documento e também como imagem/monumento.
FOTOGRAFIA – DOCUMENTOS FOTOGRAFIA – MONUMENTO
No primeiro caso, considera-se a fotografia como índice, como marca de uma
materialidade passada, na qual objetos, pessoas, lugares nos informam sobre
determinados aspectos desse passado - condições de vida, moda, infraestrutura
urbana ou rural, condições de trabalho etc. No segundo caso, a fotografia é um
símbolo, aquilo que, no passado, a sociedade estabeleceu como a única imagem a
ser perenizada para o futuro. Sem esquecer jamais que todo documento é
19
monumento, se a fotografia informa, ela também conforma uma determinada visão de
mundo.
A Fotografia, enquanto registro em imagem, se apresenta como um meio de
retratar a identidade cultural de um povo, de uma população ou de uma nação. O
registro histórico em imagem é anterior ao registro narrativo dos acontecimentos, ou
seja, é anterior à própria escrita. Os homens primitivos, por exemplo, já registravam
sua história; e o faziam pintando desenhos nas paredes das cavernas.
Posteriormente, esse método foi chamado de Pictográfica. Os hieróglifos,
embora já considerados como escrita, também são um exemplo do uso das imagens
como registro.
Embora tenha sido colocada em segundo plano e não primeiro modo de registro
histórico, nota-se a importância da imagem para retratar a identidade cultural. Desse
modo, a fotografia nos dá dimensões que a narrativa não é capaz de fornecer. Por
exemplo, é muito mais eficaz mostrar em registro fotográfico o tipo de vestuário que o
povo de um determinado local utilizava em determinada época do que simplesmente
o fazer através da descrição da escrita. A narrativa nos faz imaginar como teria sido
ou como é. Já a imagem nos faz ver, nos faz comprovar como era ou o que ainda
permanece.
20
Outro fator que nos mostra a importância da imagem enquanto registro da
identidade cultural é que, a fotografia é capaz de retratar uma determinada realidade
à pessoa que a visualiza sem que essa pessoa tenha um prévio conhecimento sobre
o contexto da realidade retratada por aquela foto. Já o texto, para falar de uma
característica de um determinado povo ou região, precisa antes contextualizar. Ou,
quando o texto fala de uma característica sem contextualizá-la, supõe que o leitor já
saiba do que se trata, ou seja, já tenha lido anteriormente sobre o contexto no qual
está inserida aquela determinada característica.
3. DESENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS
21
Antigamente na sociedade burguesa a formação familiar era ligada aos laços
sanguíneos e a habitação em comum cujos membros se limitavam ao pai, mãe e
filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato com a vida social e
o mercado de trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e
com os filhos, desta forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita ao seu
provedor, esse modelo de formação familiar era conhecido como patriarcal e nessa
época o casamento era ligado aos negócios e tido como união eterna.
Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros
contornos, diversas necessidades levaram a mulher a se introduzir no mercado de
trabalho, o que fez com que se tornasse peça importante no provimento financeiro da
família, não sendo raros os casos em que é a única provedora.
Tal fato, por sua vez, vem promovendo o afastamento precoce dos filhos do
convívio familiar e assim fazendo com que dividam o compromisso de educar com a
escola, com tudo isso a figura do pai passou a ser ou mais presente na educação dos
filhos ou em alguns casos a formação familiar não conta mais com essa figura, pois já
existem muitos casos de mães solteiras, viúvas ou separadas que comandam a
família, o que não é diferente com os pais que muitas vezes também estão à frente
de suas famílias sem a ajuda de uma companheira.
22
Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral,
pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo
cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos dias
atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por
homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria
a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não
seguindo os padrões antiquados de antigamente.
Podemos concluir que existem hoje em dia muitos tipos de famílias e que esta
instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas
23
semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem por
isso se desviou os deveres que a família tem em relação a educação, provimento do
sustento, condições de vida dignas e de respeito perante ao indivíduo que a forma.
A formação familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente
ou empurrar essas responsabilidades para as instituições educacionais, o que pode
ser feito é em parceria com a mesma, ambas tomem atitudes que façam com que o
crescimento do indivíduo e sua inserção na sociedade sejam saudáveis.
4. ATIVIDADE
Para refletir mais sobre os acontecimentos, transformações que ocorreram ao
decorrer de nossas vidas. Desenhe uma linha tênue e escreva sobre o que mais
marcou em sua vida, podendo ser algo bom, mediano e ruim. Não esquecer de colocar
nome, idade, o lugar onde nasceu e com quem vive atualmente
EXEMPLO:
24
6 ANÁLISE DOS PLANOS DE AULA DESENVOLVIDOS EM SALA DE AULA
Foram desenvolvidos em sala a apresentação dos planos de aula com o
direcionamento para pessoas da Educação de Jovens e Adultos, um dos temas
propostos foi o “Cerrado Brasileiro”, apresentados pelas alunas Camila, Laura, Karla
e Melissa. Dessa forma, foi possível perceber a importância do Cerrado, que é o
25
segundo maior bioma do Brasil, com uma grande relevância para cada estado de
originalidade, sendo um deles Goiás, o qual estamos localizados.
Diante disso, foram bem esclarecidos os conteúdos, através do uso de
Datashow, com a apresentação de imagens para aprofundar os conhecimentos,
trazendo exemplos do que podem ser encontrados nesse bioma. Houve, portanto,
interação e participação dos alunos, através da leitura e realização das atividades,
entre elas, ao cantar a música ‘’Frutos da Terra (Marcelo Barra)” e a realização de
uma atividade extra com perguntas sobre o assunto tratado, em seguida, podendo
fazer a degustação de comidas típicas da região do Cerrado.
Em seguida, outro plano de aula foi desenvolvido em sala, com o tema “Ciclo
da Água”, apresentado pelas alunas Laura e Wanessa, com uma boa organização do
plano e uma caracterização da turma bem especificada e elaborada, onde podemos
aprender o tema proposto com clareza através da introdução e continuidade da
explicação do assunto abordado, como, por exemplo, onde está a água; para onde
ela vai; sua importância para a vida e sociedade; diante disso, é nos apresentado o
dia mundial da água, quando é celebrado 22 de março. Portanto, houve participação
da turma com a realização das atividades propostas e um bom desenvolvimento dos
materiais utilizados.
Com isso, forma realizadas atividades que influência os conhecimentos prévios
dos alunos com relação a separação das sílabas, levando o aluno a colocar o uso das
palavras chaves que foram ditas ao decorrer da aula. E em seguida, foi proposto um
mapa mental para desenvolverem fazendo uma breve explicação do clico da água,
com o uso de palavras, explicação em pequenos textos ou até mesmo a utilização de
desenhos.
7 RESENHA DO LIVRO “CARTAS PARA MINHA AVÓ”
Em o livro “Cartas Para Minha Vó”, retrata a história da realidade de nossa
sociedade, favorecendo a classe alta, permanência do racismo estrutural, dificuldades
financeiras, abuso sexual e entre outros. A autora Djamila Ribeiro relata fatos que
26
aconteceu com ela, seu trabalho de punho racial que presa pela emoção, delicadeza
ao expor suas experiências através de cartas para sua vó já falecida, mostrando que
mesmo em meios de tantos problemas e dificuldade, nunca desistiu de seus sonhos.
E sendo sua família sempre uma inspiração para seu desenvolvimento em muitos
aspectos da sua vida.
Ela relata de formas detalhadas seus anos de formação abordando temas
ligados aos valores de uma sociedade patriarcal, as dificuldades na inserção numa
sociedade racista e a força perpetua da união entre mulheres. De forma que quando
lemos temos a impressão de já ter vivido os relatos dela, sentindo a importância da
representatividade e a necessidade de rever as práticas educativas e as mídias como
forma de combate essa cultura criminosa, na qual se preparar uma criança negra para
a vida é ser brutalizada o bastante para aprender a lidar com a brutalidade do mundo.
Não podemos deixar de expor o feminismo presente na vida diária, refletir
sobre o assédio, a visão da mulher negra como símbolo sexual e ainda a objetificação
da mulher. Mas o que me chama a atenção é que seus pais não tinham uma formação
educativa satisfatória pois seu pai era estivador e sua mãe dona de casa, entretanto,
à vontade que seus filhos estudassem era muito grande. Dessa forma, estudaram
inglês numa das escolas mais renomadas da região, tinham uma educação numa
escola tradicional, mas aos quatorze anos passou a ensinar as crianças com aulas de
reforço de inglês e português, após a o divórcio dos pais teve que trabalhar numa
banca de pastel, quando passou na faculdade de jornalismo foi trabalhar de limpeza
e servindo café numa empresa para pagar a faculdade.
Sendo assim, ao relacionarmos os acontecimentos de vida da autora e a
pedagogia, com o perfil do aluno da EJA, é notável o quanto de Djamila existem no
mundo, pessoas que trabalham o dia todo e estudam a noite ou vice e versa, pois
precisam pagar sua faculdade. E muitos desistem dos estudos por não terem um
apoio, incentivo. Nesse contexto, as instituições de ensino têm que adequar para o
ensino que se encaixe nas dificuldades, limitações dos seus alunos, aproveitando dos
conhecimentos já existentes deles. Visto que, muitos se esforçam por uma colocação
no mercado de trabalho e no meio social, enfrentando diversos obstáculos, entre ele,
a locomoção para realizar seus estudos.
E o I do art. 208 da Constituição Federal, estabelece que é dever do Estado
garantir a educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de
27
idade, assegurando inclusive a sua oferta gratuita para todos os que não tiveram
acesso a ela na idade própria. E é de grande importância o estado promover auxílio e
instruções as crianças, adultos e trabalhadores, tanto para meio educacional sendo
privada ou pública e entre as famílias.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Está pesquisa teve por finalidade obter maior compreensão sobre a Educação
de Jovens e Adultos, onde por meio da pesquisa de campo constatamos a importância
das políticas públicas de educação e garantir o acesso e a permanência de jovens e
adultos na escola, representando uma possibilidade de efetivar um caminho de
desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que atualizem
seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a
novas formas de trabalho e cultura.
E ao levarmos em consideração, que embora a EJA atenda a muitos jovens
que não trabalham, grande parte do seu público são trabalhadores, que chegam à
escola já com uma carga de experiências de vida que precisa ser levada em conta.
Com isso, o professor precisa ter mente e elaborar uma aula voltada para esses
alunos, com a consciência de que haverá dias onde irão se desenvolver com facilidade
e outros onde o cansaço irá bater mais forte. Sendo assim, é imprescindível que haja
sempre uma aula e atividades bem propostas, produtivas, com fácil desenvolvimento
e aprendizagem, fazendo com que os alunos sejam participativos.
A partir do referencial teórico foi possível conhecer melhor a EJA, os avanços
ocorridos ao longo do tempo, as leis que embasam a modalidade, trazendo isto para
a prática através da pesquisa de campo. Dessa forma, percebe - se que apesar de
todos os avanços a EJA ainda não tem recebido a devida atenção por parte das
políticas de estado, pois ainda persiste nesta modalidade um dilema que não é
exclusivo dela, exemplo, a evasão. Contudo, a mesma ocorre por vários motivos,
sendo apontados pelos alunos e coordenação: falta de profissionais para atender os
alunos, ausência de lanche, cansaço do trabalho e etc.
Para se trabalhar com os alunos da EJA é importante utilizar meio de
integração, para que estes possam participar efetivamente deste processo. E que não
28
sejam apenas alfabetizados, mas também que haja uma preparação para exercer uma
profissão, ter conhecimento sobre o meio o qual estão inseridos e seu
desenvolvimento ao longo dos anos, seja o meio político, cultural, financeiro, entre
outros. Em vista disso, sempre levando em consideração a ética e moral dos alunos.
Pois o papel do educador deve ser o de acreditar nas possibilidades do ser humano,
buscando seu crescimento pessoal e profissional¸ proporcionando-lhes um ensino
significativo, que os levem à análise crítica dos fatos abordados em sala de aula e do
seu meio social.
E as instituições precisam buscar meios de desenvolvimento no processo de
ensino e aprendizagem, fazendo com que o aluno se torne mais participativo, com
conteúdo que devolvam e colaborem mais sobre a realidade do aluno, mesmo que
sejam com pequenas atitudes, porém muitas podem contribuir para a educação de
qualidade da EJA, como, por exemplo, levar os alunos a biblioteca para desvendarem
outro mundo através da leitura, seja pela do professor ou do aluno, produção de textos
oral ou escrito. Portanto, é de relevância incentivar a prosseguir os estudos inclusive
para o nível superior, pois é possível perceber que muitos tem vontade de fazer uma
faculdade, mas não se sentem capazes, por conta da idade e também por falta de
motivação.
Sendo assim, acredita -se que esse trabalho contribuiu para uma melhor
reflexão sobre os dilemas enfrentados na educação de jovens e adultos, para que
possam também pensar e repensar suas práticas pedagógicas quando estiver
atuando na área, manter a mente aberta para todas as possibilidades que essa
modalidade de ensino permite, ele conseguirá enxergar de fato seu aluno. Sendo
capaz de transformar a realidade dele e dessa forma modificar a sua própria realidade.
9 REFERÊNCIAS
https://blog.anhanguera.com/a-importancia-do-eja/
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650040/artigo-208-da-constituicao-
federal-de-1988
https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/8356_5796.pdf
29
ANEXOS
ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS
PROFESSOR
1. Nome.
Albiano Oliveira Rodrigues.
2. Idade.
Tem 44 anos.
3. Formação acadêmica.
Professor de matemática, formado na UFG.
4. Quantos anos trabalha com a EJA?
Trabalha na EJA tem 10 anos.
5. Qual a faixa etária dos estudantes da EJA?
Há cinco anos a faixa etária mudou e ficou a partir dos vinte e três anos a cima, com
movimento de pessoas mais jovens. Dessa forma, hoje temos um movimento de
pessoas mais jovens, antes aos seis anos atrás eram de vinte e oito pra cima.
6. Quantos % são chefes de família?
São 50% chefes de família, entre eles os outros 50% são jovens com o intuito de se
especializar e melhorar seus conhecimentos para o mercado de trabalho.
7. Quais as metodologias utilizadas no processo de ensino-aprendizagem?
Sempre começo pelo início, fazendo uma releitura do que foi ensinado nos anos
iniciais, pois aluno da EJA, ficou muito tempo parado sem estudar, sempre escrevendo
porque aluno da EJA gosta de escrever.
8. Que materiais são utilizados neste processo?
O material é quadro e canetas, os alunos da EJA não têm muita paciência pra ver
filmes, palestra.
9. Como é acompanhado o processo de desenvolvimento dos estudantes?
O acompanhamento é diferente, pois o professor tem que passar olhando se foi feito
a atividade durante a aula, pois ao decorrer do dia é muito difícil para eles fazerem a
atividade. Então quando começo minha aula sempre reservo um horário pra estar
fazendo juntos. Sempre levantam a auto estima do aluno, pra ele se sentir motivado.
10. Quais são os processos avaliativos?
São disponibilizado um visto no caderno, pra estar acompanhando as atividades
realizada, uma atividade avaliativa na sala e a prova por trimestre.
30
COORDENADORA
1. Nome
Kelly Cristina Resplendes.
2. Há quanto tempo você é coordenador do EJA?
Estou trabalhando com a EJA a cinco meses.
3. Qual é o projeto educativo da escola?
Ainda não estamos desenvolvendo nenhum projeto educativo na escola, pois a EJA
tem uma característica diferente em relação aos conteúdos, nós estamos trabalhando
a BNCC, que nos foram propostas pra gente da BNCC do ensino médio, e os
professores estão naquele momento de flexibilização dos conteúdos, inserir um
projeto nesse momento seria aumentar um pouco a carga horária dos professores,
por isso não temos projetos nenhum ainda. Os projetos são propostos que vem da
secretaria e ainda não tivemos nenhuma nesse sentido.
4. Os alunos são estimulados a participar das atividades do EJA?
Sim são constantemente estimulados, o que eu vejo nessa escola é que os alunos
que são frequentes, eles sofrem com conteúdo que eles não dão conta, realmente
eles têm interesse em estar colocando em dia a matéria que estão perdendo, meu
olhar de coordenadora aqui fora é são bastante interessados.
5. Qual a opinião dos estudantes?
Eles têm claro na mente deles o que é a EJA, que é uma proposta de ensino que
flexibiliza os conteúdos porque, alguns deles começaram o ensino médio no regular,
mas por algum motivo tiveram que parar, eles não questionam a forma que a EJA é
conduzida na verdade eles entendem bem a proposta e se enquadram.
6. Qual o maior desafio enfrentados pelos alunos ao chegar na EJA.
O maior é desafio é fora da escola mesmo com relação ao horário, na grande maioria
são trabalhadores, enfrentam ônibus que atrasa, horário do trabalho, no caso das
alunas a gente tem um agravante que é os problemas familiares, que a carga
emocional fica as alunas, se tem alguém doente elas que abrem mão da aula pra
ajudar, nós tivemos muitos casos de dengue, muitas faltaram pra ajudar um familiar
doente, isso é características das alunas, os alunos quase não me apresentaram essa
dificuldade.
7. O que é necessário para ser um bom coordenador e a importância no espaço
escolar?
Eu acho que é ter disponibilidade para ouvir os professores, eu sou nova nessa função
da EJA, a plataforma do estado, entender como funciona, ela é cheia de detalhes
então qualquer erro pode atrapalhar a vida escolar de uma pessoa, estar sempre
31
atento aos documentos, eu acho o desafio maior compreender como a plataforma
funciona estar atendendo aos professores e estar dialogando com eles.
8. Qual conselho daria para quem quer trabalhar com o EJA?
Que a pessoa tenha essa característica de ouvir, ter um olhar diferenciado para o
aluno, e estar sempre fazendo o diagnóstico porque são pessoas que estão com
situação de aprendizado totalmente heterogênico , são alunos que acabaram de
abandonar o ensino médio e outras que estão fora da escola a mais de vinte anos, o
trabalho com esses alunos o professor tem que fazer diariamente pra ver se estão
acompanhando o conteúdo, pra ver se conseguem desenvolver naquela disciplina,
pra estar sempre flexibilizando para que o aluno se sinta realmente dentro do
processo, um olhar carinho, caridoso pra ver aonde esse aluno está no processo.
9. Você tem dimensão do seu trabalho do EJA pra comunidade?
Sim eu entendo que todas as etapas da educação são importantes, mas quando vi
chega na EJA, você tem dimensão do significado de conclusão do ensino médio, que
elas estão atrás de suas metas, aqui temos uma equipe muito comprometida, são
profissionais atentos, o segredo do colégio Severiano é os professores tem essa
consciência do papel deles na sala de aula e quanto a didática influência no futuro
daqueles alunos.
10. Você é da região, isso te influenciou na decisão de trabalhar na região,
sabendo que é muito carente de uma educação de qualidade?
Nasci e cresce na região, quando me formei na federal só tinha em mente de voltar
pra cá, porque sempre observei que as pessoas por não conhecer nossa região tem
muito preconceito, mas a gente vê que o nosso trabalho vai influenciar a vida de
alguém pra melhor.
DIRETOR
1. Nome / idade?
Juliana, tem 40 anos.
2. Há quanto tempo você trabalha na escola e com EJA?
Comecei a 18 anos atrás dando aula pra EJA, sou bióloga assim que saí da faculdade
foi minha primeira turma, dar aula pra EJA. E hoje estou na direção de uma escola
que tem EJA, então pra mim é uma satisfação.
3. como é a relação escola e a comunidade?
Costuma ser boa, aqui estou na gestão apenas dois meses, mas nesse tempo estou
fazendo o máximo pra trazer a comunidade pra dentro da escola, porque é muito
importante essa troca de experiência.
4 . existe um órgão responsável que administra as escolas do EJA?
Sim na Seduc existe um departamento especializado pra EJA, de onde vem as
orientações voltada para o desenvolvimento da EJA.
32
5. Quantos alunos a escola tem matriculados no EJA?
Aqui na escola começou com 250 atualmente temos por volta de 180 alunos, a EJA
tem um problema com evasão, vejo isso desde quando eu dava aula.
6. Qual o número de funcionários administrativos e de professores?
Exclusivo pra EJA temos oito funcionários, e professores oito também porque são
poucas turmas.
7. Qual o papel do diretor?
O papel do direito tem que englobar todos as esferas administrativa, não podemos ser
o diretor, mas passar pelo financeiro, pessoal e pedagógico. As vezes temos que estar
foca no administrativo outra no pedagógico.
8. A gestão escolar perpassa três esferas administrativas, financeira, pessoal e
a pedagógica. De que maneira os diretores escolares podem conciliar a gestão
das três esferas?
Na verdade, o diretor tem que estar integrado de todos os campos que compõe a
gestão, financeiro pedagógico e administrativo, e pessoal o olhar do diretor tem que
estar atento em tudo que acontece dentro da escola, pra saber o quanto sua gestão
está ajudando os alunos.
9. Como a escola vê a formação continuada?
A formação continuada é extremamente importante e professor tem que estar sempre
atualizando.
10. Qual o grande desafio para o diretor da escola do EJA?
O maior desafio do diretor da EJA e a evasão escolar, manter os alunos focados e
interessados, é um desafio o trabalho tem que ser constante e interpessoal para estar
cativando e motivando esses alunos pra que eles não abandonem.
ALUNA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1. Nome.
Luzeni Pereira Dos Santos
2. Idade.
49 Anos
3. Por qual motivo você precisou parar de estudar?
Precisei parar porque as coisas antigamente eram mais difíceis e tudo muito longe, o
que dificultava bastante o meu progresso nos estudos.
4. Naquela época você estudou até que série?
Na época eu estudei até a 5° Série.
33
5. Ao longo da sua vida você se sentiu descriminado por não ter os estudos
completos?
Sim, com certeza!
6. O que fez você retornar à escola?
A necessidade de aprender, e adquirir conhecimento nunca é demais.
7. Você acha adequado o material usado em sala de aula?
Muito diferente da minha época, mas estou tentando entender e me adaptar.
8. Desde que começou já pensou em desistir, parar. Porquê?
Não, nunca pensei. Porque nunca desisto do que eu quero.
9. O que você acha da sua professora(o)?
Eles são ótimos, estou tentando me adaptar porque fiquei muito tempo fora de aula.
10. Quais são as dificuldades para se manter em sala de aula?
A minha dificuldade maior é por causa do trabalho, porque dele demanda bastante
meu tempo e esforço físico o que no final do dia me deixa cansada, mas sempre busco
forças para ir estudar, porque estudar é tudo que meu pai sempre dizia: “pode tirar
tudo de você menos os seus estudos”.
34
35

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a PORTFÓLIO DA EJA KAROL ALESSANDRA CRISTINA 1 (2) (1).pdf

RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERARELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERAUFMA e UEMA
 
Tcc educação de jovens e adultos
Tcc   educação de jovens e adultosTcc   educação de jovens e adultos
Tcc educação de jovens e adultosMarcia Felix
 
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...Thais Araujo
 
Artigo maria de fátima reunião pedagógica
Artigo maria de fátima reunião pedagógicaArtigo maria de fátima reunião pedagógica
Artigo maria de fátima reunião pedagógicaViviane Moreiras
 
Texto referência final
Texto referência  finalTexto referência  final
Texto referência finalEMEF ODL
 
22 a formacao de professores para e jovens e adultos
22 a formacao de professores para e jovens e adultos22 a formacao de professores para e jovens e adultos
22 a formacao de professores para e jovens e adultosKarla Cândido
 
Ensino fundamental 9anos_orientaciones
Ensino fundamental 9anos_orientacionesEnsino fundamental 9anos_orientaciones
Ensino fundamental 9anos_orientacionesEscola Jovem
 
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraCursoTICs
 
Atps educação de jovens e adultos etapa 1,2,3
Atps educação de jovens e adultos  etapa 1,2,3Atps educação de jovens e adultos  etapa 1,2,3
Atps educação de jovens e adultos etapa 1,2,3Rosilenelnunes
 
ECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.pptECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.pptMarianaPerson
 
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOSFORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOSalexcruzsilva
 
Artigo 13
Artigo 13Artigo 13
Artigo 13Ladjane
 
Reflexões pedagógicas
Reflexões pedagógicasReflexões pedagógicas
Reflexões pedagógicasGelson Rocha
 
1 transparencias eja
1 transparencias eja1 transparencias eja
1 transparencias ejaguestd79161
 

Semelhante a PORTFÓLIO DA EJA KAROL ALESSANDRA CRISTINA 1 (2) (1).pdf (20)

10963 15855-1-pb
10963 15855-1-pb10963 15855-1-pb
10963 15855-1-pb
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERARELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EJA-CARUTAPERA
 
Tcc educação de jovens e adultos
Tcc   educação de jovens e adultosTcc   educação de jovens e adultos
Tcc educação de jovens e adultos
 
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...
Ministério da educação secretaria de educação básica departamento de política...
 
Adriana cleide erika
Adriana cleide erikaAdriana cleide erika
Adriana cleide erika
 
Eja
EjaEja
Eja
 
Artigo maria de fátima reunião pedagógica
Artigo maria de fátima reunião pedagógicaArtigo maria de fátima reunião pedagógica
Artigo maria de fátima reunião pedagógica
 
Texto referência final
Texto referência  finalTexto referência  final
Texto referência final
 
A17
A17A17
A17
 
22 a formacao de professores para e jovens e adultos
22 a formacao de professores para e jovens e adultos22 a formacao de professores para e jovens e adultos
22 a formacao de professores para e jovens e adultos
 
Ensino fundamental 9anos_orientaciones
Ensino fundamental 9anos_orientacionesEnsino fundamental 9anos_orientaciones
Ensino fundamental 9anos_orientaciones
 
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
 
Atps educação de jovens e adultos etapa 1,2,3
Atps educação de jovens e adultos  etapa 1,2,3Atps educação de jovens e adultos  etapa 1,2,3
Atps educação de jovens e adultos etapa 1,2,3
 
ECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.pptECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.ppt
 
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOSFORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PONTUANDO DESAFIOS
 
Monografia sobre educação do campo
Monografia sobre educação do campoMonografia sobre educação do campo
Monografia sobre educação do campo
 
Eja 090509224206-phpapp02
Eja 090509224206-phpapp02Eja 090509224206-phpapp02
Eja 090509224206-phpapp02
 
Artigo 13
Artigo 13Artigo 13
Artigo 13
 
Reflexões pedagógicas
Reflexões pedagógicasReflexões pedagógicas
Reflexões pedagógicas
 
1 transparencias eja
1 transparencias eja1 transparencias eja
1 transparencias eja
 

Último

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 

Último (20)

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 

PORTFÓLIO DA EJA KAROL ALESSANDRA CRISTINA 1 (2) (1).pdf

  • 2. 2 FACULDADE UNIDAS DE CAMPINAS – FACUNICAMPS CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA ALESSANDRA ROQUE DE OLIVEIRA KAROLAINE SANTOS DIAS LOPES MARIA CRISTINA XAVIER DOS REIS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V - EJA EDUAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS GOIÂNIA-GO 2022.1
  • 3. 3 ALESSANDRA ROQUE DE OLIVEIRA KAROLAINE SANTOS DIAS LOPES MARIA CRISTINA XAVIER DOS REIS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS V - EJA EDUAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Portfólio apresentado como requisito parcial necessário à aprovação na disciplina Práticas Pedagógicas V - EJA, da Faculdade Unida de Campinas - FacUnicamps. Orientador: Prof. Dr. Israel Serique dos Santos. GOIÂNIA-GO 2022.1
  • 4. 4 1 INTRODUÇÃO Este portfólio é o registro das atividades acadêmicas realizadas na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica V e sua elaboração tem por objetivo conhecer e estabelecer uma conexão com a prática pedagógica na Educação de Jovens e Adultos (EJA), suas complexidades e competências, sendo de elevação para a formação do pedagogo e para o campo de trabalho do licenciado. Considerando a importância de se alcançar o objetivo geral e compreender as questões referentes à EJA objetivamos .... dizer quais os objetivos específicos do PORTFÓLIO O desenvolvimento deste trabalho é importante para a melhoria no ensino da formação humana, respeitando o meio social do aluno, sua cultura, experiência e conhecimentos prévios adquiridos ao longo dos anos, sendo assim, podendo completar com novos saberes. E os educandos buscarem aprimorar sua consciência crítica, adotando atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual. Além disso, este trabalho é relevante para o desenvolvimento e aprendizado dos métodos dos grandes conhecedores da educação de jovens e adultos (EJA), no qual temos como base para elaborar aulas volta para o desenvolvimento e aprendizado de pessoas com dificuldade, que, por algum motivo, teveram que se ausentar da educação escolar. Por fim, pode-se justificar a importância deste trabalho, pois ele nos habilitou para a elaboração de planos aulas, que podem fazer sentido no universo do aluno, possibilitando, assim, a aprendizagem e o desenvolvimento educacional dos alunos da EJA. Este trabalho está fundamentado nos textos de Ceratti (2007), Pinto (1993 p. 38), Spósito (2010) e Candau (2006). Segundo Ceratti (2007), “[...] na década de 1950, a alfabetização de adultos teve o propósito de transformar o analfabeto em um leitor em potencial”. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Para Pinto (1993, p. 38) a educação tem uma função social permanente, para a sociedade. Para isso é importante que o professor repense seus paradigmas e
  • 5. 5 conscientize que os alunos são sujeitos ativos, constituídos de histórias de vida e experiências. Para Spósito (2010), é preciso buscar uma compreensão do processo de socialização dos jovens em seus espaços não escolares a fim de enriquecer o diálogo e a experiência no contexto escolar. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Por fim, Candau (2006) afirma que existem diferentes formas de entender o multiculturalismo presente em nossa sociedade. Podemos por exemplo, compreendê- lo por meio de uma abordagem meramente descritiva, admitido sua existência e tentando descrever sua configuração em cada sociedade específica. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Para a realização deste portifólio foram desenvolvidas atividades que contribuíram para uma percepção mais adequada do trabalho pedagógico na EJA. Entre estas atividades citamos os erstudos nas unidades da plataforma AVA, através do referencial teórico; as entrevistas com profissionais de educação da EJA; a elaboração e execução de um plano de aula desenvolvido para uma turma da EJA, a análise de planos desenvolvido em sala de aula; e, por fim, a resenha do livro Cartas para minha avó. O trabalho desenvolvido segue a seguinte estrutura. Em primeiro lugar tem-se o referencial teórico comos conteúdos abordados em sala de aula, onde compreendemos sobre a importância do ensino a Educação de Jovens e Adultos e as dificuldades existentes. Em seguida, para aprofundar nossos conhecimentos, são elaboradas entrevistas com pessoas que estão trabalhando nesse meio, onde conhecemos de fato a realidade e como ocorre o processo de ensino e aprendizagem. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Como último tópico, é elaborado um plano de aula para se trabalhar com a EJA, tendo como referência as pesquisas feitas com os profissionais da área e tudo o que foi trabalhado dentro da instituição física, mediante os conhecimentos adquiridos por meio das aulas ministradas.
  • 6. 6 2 REFERECIAL TEÓRICO A preocupação com a educação de jovens e adultos no Brasil inicia-se no século XX. Com o processo de industrialização e urbanização da época. Esses acontecimentos tornaram imprescindível a necessidade de profissionais qualificados no país, pois mais da metade da população da época com 15 anos ou mais era analfabeta, tornando difícil suprir as necessidades de profissionais capacitados nas áreas de maior especialização. A partir disso, o governo federal notou que alfabetizar os cidadãos brasileiros era fundamental para o crescimento econômico do país. Então, na Constituição Federal de 1988, era proposta a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário a todos. E com o objetivo de erradicar o analfabetismo entre jovens foram desenvolvidas propostas e ações do Governo federal ao longo dos anos, incentivados pelos mesmos objetivos em realizar uma mudança social com adultos tendo a cultura e a transformação. Assim buscando uma melhor forma para a nação brasileira veio a modificação em emancipa-los para que a nação pudesse continuar a desenvolver estratégias voltadas para a alfabetização. Diante disso, começa uma outra visão de mudança buscando a criatividade no mundo deles. A lei federal 5.692 11 de agosto 1971 foi um grande avanço de tornando obrigatório para aqueles que deixaram de concluir a educação básica…. Já outros encontraram cursos supletivos, centros de estudos e de ensino a distância. A entrada precoce de jovens no mercado de trabalho buscava uma exigência. Conciliar o trabalho com a sua escolarização. A EJA hoje é uma oportunidade para aquele cidadão, jovem que ficou parado e se perdeu no tempo e agora acordou, sempre há tempo para recomeçar e avançar. Precisamos entender que os objetivos da EJA buscam igualdade entre a sociedade, conciliando com a leitura e a escrita, onde tal função busca melhorar essa condição. A função reparadora dar o direito a educação escolar a todos, alfabetização e uma habilidade primordial, com pilares para o desenvolvimento de outras habilidades. Uma aprendizagem que significa repensar a prática educacional, partir dos seguintes aspectos diversidade, sendo ele, flexibilização escolar, tendo uma boa
  • 7. 7 sintonia com o ambiente, a prática social concreta e individualismo, com o objetivo de discutir as metodologias utilizadas na alfabetização de adultos, através de pesquisa bibliográfica, as mudanças ocorridas na educação de adultos ao longo da história, e também relatados as medidas tomadas pelos governos com a renovação das perspectiva acerca da EJA. Após está fundamentação, discutimos como estes jovens e adultos aprendem e como se dá o processo de ensino. Aprendizagem e as metodologias utilizadas por alguns educadores de certa forma não evoluíram, pois tendem a não respeitarem os conhecimentos que os seus educandos adquiriram ao longo da vida. É preciso renovar as práticas pedagógicas que atendem as necessidades dos jovens e adultos, valorizando seus conhecimentos e renovando as perspectivas do aluno da EJA, para obter um ensino e aprendizagem de qualidade. Podemos observar que a não infantilização dos métodos de alfabetização de adultos, vem aumentando cada vez mais, com isso aumenta a busca por pessoas capazes de trabalhar essa modalidade, passando a enriquecer o processo de ensino- aprendizagem. O que podemos observar que no Brasil, a todo tempo surgem no processo educacional novas campanhas de alfabetização com a finalidade de envolver a sociedade na responsabilidade pela educação de adultos, mostrando sua importância. Devemos ajudar esses alunos ser reflexivo e crítico, com pensamentos próprio, trocar experiência e buscar conhecimento de leitura e escrita para serem capazes de construir suas ideias, pensamentos e pesquisa, sendo ativos em suas relações sociais e culturais que serão estabelecidas dentro e fora da escola. Além disso, é de importância não deixar esses jovens e adultos fora da escola e acabar desistindo dos estudos, que eles possam retomar e concluir. Pois, o professor precisar entender que esse ser humano necessita estar no mercado, com qualificações e conhecimentos adequados. E que haja meios de integração da Educação profissional da EJA com a sociedade o qual o aluno inserido. Entender que a humanização pelo reconhecimento dos alunos acontece no processo de ensino e aprendizagem, quando o professor, ao planejar suas aulas, pensa em elaborar atividades conscientes, como enfatiza o historiador que “A finalidade da educação está implícita no conteúdo e na forma como é executada.” (PINTO, 1993, p.48). Dessa forma, o estudo da (EJA) tem o foco na alfabetização com o objetivo de colocação no mercado de trabalho, inclusão na vida social, e política, amparados pela
  • 8. 8 legislação federal vigente (BRASIL,1988). Que busca além de aprender a ler e escrever, respeitar as especificidades dos jovens e adultos e suas diversidades culturais. Sua existência é desde a nossa colonização com os padres jesuítas que veio para ensinar os índios, logo com a chegada da família real, com isso, as escolas passaram por algumas transformações para se adequar aos padrões europeus e ensinar os filhos dos nobres. Com a chegada do marques do pombal, a expulsão dos jesuítas deu-se início a organizações das escolas de acordo com interesses do estado, e o D. Pedro V.l. estabeleceu várias instituições de ensino como, a academia real militar, escolas noturnas nas quais deveriam ser lecionados a leitura a escrita e as quatro operações, noção geral, doutrina católica e moral cristã e entre outras. Sendo formado escolas para professores somente em 1835. A instituição era uma ferramenta para fortalecer um estado nacional independente para civilizar o povo brasileiro, visando acabar com a desordem nas ruas. O primeiro censo demográfico do brasil aconteceu em 1877, que demostrou um índice de analfabetismo grande, 17,7% da população entre 6 e 15 anos havia frequentado a escola, portanto mais de 82% da população não sabiam ler e escrever. Diante disso, houve grandes problemas relacionado a questões eleitorais e econômicas. E com o passar do tempo veio várias necessidade para o desenvolvimento econômico do pais, tendo que elaborar um meio que podia inserir o povo nessa mudança, na qual o resgate social como objetivo, trouxe os jovens e adultos para sala de aula respeitando a cultura e os valores individuais, sabendo que o processo educativo não é um processo neutro, imerso na multiculturalista nos fazendo aceitar a diversidade cultural, mas sabemos que na realidade o currículo escolar já não atende os anseios dos alunos, o ensino está muito além das necessidades dos alunos, o currículo escolar deve ser elaborado de acordo com o perfil da sociedade no qual está inserida, sabendo que há uma necessidade de estudos para saber toda a fragilidade da educação, é necessário ser direcionada para uma educação e aprendizagem significantes e desafiantes no contexto sociopolítico e cultural. Sabendo que a escola é um local de construção de novas representações de cidadania crítica que leva a ter uma compreensão do universo da educação de jovens e adultos (EJA), mas ignora as questões sociais da educação, priorizando os aspectos
  • 9. 9 intelectuais e cognitivos. Ao longo do tempo se presumia a incapacidade dos alunos da EJA, levando vários a se distanciar da escola, agora se percebe que o retorno dos alunos a sala de aula é justamente pela agilidade no processo de conclusão do período regular de ensino. A escola pública existe déficit muito grande de local adequado para a realização das aulas, contando com espaços precários, sem bibliotecas, laboratórios, computadores, ginásios e auditórios e professores que trabalham em regime de contratação. A escola deve ser um espaço onde os jovens e adultos questione as condições sociais e desenvolva autoconfiança, autoconsciência e solidariedade. Dessa forma, para Paulo Freire educar é um ato político e de grande importância para a vida de muitos jovens e adultos que não tiveram o direito de aprender a ler e escrever na infância. Seu método é baseado na didática dialógica, um caminho seguro para aprendizagem e desenvolvimento, onde tal educador planejará atividades com situações que envolvem o cotidiano dos alunos, sua realidade. Podendo, portanto, trabalhar uma realidade social e cultural de vários grupos, entender em qual lugar estão inseridos. Pois, sem diálogo e troca de informações a educação se torna impossível. Sendo assim, se torna inviável professores, detentores do saber, colocar os alunos como pessoas passivas, engolidores de conteúdo. É preciso trabalhar temas geradores, com isso, Paulo Freire defendia o desenvolvimento dos sujeitos alfabetizando que constroem seus saberes a partir das particularidades dos seus mundos e das suas palavras. Freire (1987, p.55) aponta que: [...] investigação do ‘tema gerador’, que se encontra contido no ‘universo temático mínimos’ (os temas geradores de interação), se realizada por meio de uma metodologia conscientizadora, além de possibilitar sua preensão, insere ou começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem o mundo. São eles, jovens e adultos, que trarão para a sala de aula alfabetizadora as suas temáticas significativas, palavras que podem mudar os seus sentidos, na medida em que são fruto de reflexões no grupo, com os outros alfabetizando. E ao colocarmos os alunos a ter uma leitura do mundo ou o ato de ler o mundo é um acontecimento
  • 10. 10 anterior a leitura das palavras, isso facilita o desenvolvimento no processo de ensino. E mesmo em meio a tantos desafios e desventuras que atravessam os sujeitos, é possível transformar o mundo por meio da educação, educação essa pensada por todos e para todos, uma que as pessoas se tornem seres críticos e reflexivos independente do assunto a ser tratado. 3 ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DA EJA Entrevistas feitas com profissionais que trabalham na Educação de Jovens e Adultos, sendo um 01 professor, 01 coordenador e 01 gestor, e também com uma aluna que está se desenvolvendo nesse processo de ensino. Com a intenção de nos trazer uma melhor visão desse meio, apresentando as dificuldades e alegrias existentes. Dessa forma, perceber a importância de o profissional ter um olhar atento com as dificuldades individual de cada aluno, pois são pessoas que mesmos cansados, depois de um dia cheio de atividades, estão ali para adquirirem mais conhecimentos. As entrevistas foram realizadas no Colégio Estadual Severino de Araújo, localizado na região noroeste, no bairro de Vila Mutirão 2 em Goiânia. Durante o semestre foram realizadas entrevista com o professor Albiano Oliveira Rodrigues, com 44 anos de idade, sendo 10 anos trabalhados na EJA. Atualmente trabalhando como professor de matemática, com sua formação na UFG. Ele relata que há cinco anos, a faixa etária de alunos matriculados ficou dos vinte e três acima com um movimento de pessoas mais jovens, sendo que antes eram entre pessoas de vinte e oito anos em diante. Entretanto, dentre esses 50% são chefes de família, e 50% da turma são jovens que procura emprego e querem se especializar em algum campo, onde a maioria obriga saber ao menos ler e escrever. Quando questionado sobre a maneira de como elabora suas aulas, o mesmo explica que começa com o estudo de tudo o que é ensinado nos anos iniciais, pois para um aluno da EJA é importante fazer relembrar, usar o básico de seus conhecimentos, visto que, muitos ficaram bastante tempo sem estudar. E para as atividades ele relata que é ideal colocar pra escrever, algo que a maioria gosta e tem facilidade para o desenvolvimento. Dessa forma, o ensino é voltado para algo prático, o uso do quadro, papel e caneta, pois a maioria não tem muita paciência para filmes, palestra. Em razão disso, a explicação se resume ao cansaço do dia – a – dia.
  • 11. 11 Portanto, é importante o professor durante as aulas observar se as atividades propostas estão sendo realizadas, reservar um horário para fazerem juntos. Com isso, buscar estar sempre motivando e levantando a autoestima dos alunos. Sendo assim, seu método avaliativo é através de vistos nos cadernos para atividades realizadas em sala de aula, atividade avaliativa e prova por semestre. Em seguida, foi entrevistada a coordenadora Kelly Cristina Resplandes, que está trabalhando com a EJA a cinco meses, nesta mesma instituição de ensino. E ao perguntada sobre o desenvolvimento de algum projeto educativo, ela responde que ainda não estão elaborados nenhum na escola, pois a EJA tem uma característica diferente em relação aos conteúdos, seguindo trabalhando a BNCC com proposta do ensino médio, diante disso, os professores estão naquele momento de flexibilização dos conteúdos. Além do mais, inserir um projeto seria aumentar um pouco a carga horária dos professores, portanto, nenhum projeto a ser disponibilizado. Os projetos são propostos pela secretaria e ainda não tiveram nenhum. Entretanto, ela relata que mediante a esse fato, muitos alunos são estimulados a estudarem, a grande maioria são frequentes na escola, mesmo com as dificuldades de algumas matérias, buscam estarem colocando sempre em dia e aprendendo um pouco mais. Pois, os alunos compreendem o que é a EJA, sendo uma proposta de ensino que flexibiliza os conteúdos, para alguns deles que começaram o ensino médio e por algum motivo tiveram que parar os estudos. Portanto, não questionam a forma que a EJA é conduzida, na verdade eles entendem bem a proposta e se enquadram. Entretanto, apresentam as dificuldades existentes onde seu desafio é fora da escola, principalmente com relação ao horário, a grande maioria são trabalhadores, enfrentam ônibus que atrasa, horário do trabalho e etc. E no caso das alunas tem um agravante que é os problemas familiares, com a carga emocional e responsabilidade, quando se tem alguém doente abrem mão da aula pra ajudar. Todavia, a mesma nos diz o que é necessário para ser um bom coordenador e a importância no espaço escolar, seguindo com um conselho para quem deseja trabalhar nessa área, primeiro é de grande importância ter responsabilidade, saber ouvir outros professores, buscar entender e como funciona a plataforma do estado, pois é cheia de detalhes, onde qualquer erro pode atrapalhar a vida escolar de uma pessoa. Assim, estar sempre aperfeiçoando a característica de ouvir, ter um olhar diferenciado para o aluno, e estar sempre fazendo o diagnóstico porque são pessoas
  • 12. 12 que estão com situação de aprendizado totalmente heterogênico, são alunos que acabaram de abandonar o ensino médio e outras que estão fora da escola a mais de vinte anos. Portanto, o trabalho avaliativo com esses alunos é diariamente, um meio para ver se estão acompanhando o conteúdo e desenvolvendo na disciplina, e estar sempre flexibilizando para que o aluno se sinta dentro do processo. Por fim, a coordenadora enfatiza que compreende a dimensão de seu trabalho para a comunidade, mesmo que todas as etapas de educação sejam importantes, a EJA tem um sentimento diferente, pois a maioria estão atrás de metas, realizações de sonhos. E os profissionais da instituição têm a consciência do papel deles para a sala de aula, o quanto uma boa didática influência no futuro dos alunos para algo melhor. Logo depois, foi realizada uma entrevista com a diretora da mesma instituição. Juliana, tem 40 anos, bióloga, trabalha com a EJA exatamente 18 anos. Assim que saiu da faculdade já começou a dar aula para pessoas da EJA. E hoje se encontra na direção de uma escola que tem esse foco de trabalhar com o ensino para pessoas mais velhas. Para Juliana isso é uma satisfação, pois estar inserida e trabalhar nesse meio é de grande relevância. E quando questionada sobre a relação da comunidade com a escola, ela relata que costuma ser boa, mesmo estando na gestão apenas dois meses, está fazendo o máximo para trazer a comunidade para dentro da escola, porque a troca de experiências é de extrema eficácia. A escola é exclusiva para a EJA, diante disso, são oito funcionários com as demais funções, e os professores também são oito, porque são poucas turmas. Já os alunos, atualmente são 180 matriculados. Antigamente eram por volta de 250, todavia, a EJA tem muitos problemas com a evasão, e isso se torna um grande desafio para a instituição. Diante disso, Juliana enfatiza que o papel do diretor é de englobar, estar inserido em todas as esferas, não ser apenas o diretor, mas ter um olhar atento para o financeiro, pessoal e pedagógico. Buscar ter conhecimento sobre tudo que acontece dentro da escola, para que assim compreenda o quanto sua gestão está ajudando os alunos. Com isso, existem órgãos que administra as escolas da EJA, atualmente a Seduc é um departamento especializado para esse meio, pois deles vem as orientações voltadas para ter desenvolvimento diante do ensino e aprendizagem. A diretora, juntamente com a escola reconhece que a formação continuada é extremamente importante, assim sendo, o professor precisa estar sempre atualizando
  • 13. 13 e adquirindo novos conhecimentos, estratégias para repassar os conteúdos. Portanto, a diretora reconhece que seu maior desafio com a EJA é a evasão escolar, nesse caso, é preciso manter os alunos focados e interessados. O trabalho tem que ser constante e interpessoal, para estar cativando e motivando, para que assim não venha abandonar os estudos e concluir de forma prazerosa e com muito aprendizado. E para finalizar, foi realizada a entrevista com uma aluna de outra instituição, mas que participa do ensino da EJA. E ao decorrer, podemos perceber com suas experiências o quanto é significativo ter um ensino de qualidade, poder adquiri conhecimentos independentemente da idade e dos anos que se passaram. Luzeni Pereira Dos Santos, com seus 49 anos e naturalidade do estado de Goiás, está inserida nesse processo de ensino, que mesmo depois de muito tempo afastada dos estudos, resolveu voltar para aperfeiçoar seus conhecimentos e aprendizagem, visto que, foi preciso parar de estudar porque as coisas antigamente eram mais difíceis para conseguir e tudo muito longe, o que dificultava bastante o seu progresso nos estudos. Na época estudou até a 5° Série, e por consequência, ao longo de sua vida se sentiu descriminada por não ter os estudos completos. E atualmente, a necessidade de aprender, de querer concluir os estudos a fez voltar a escola. Mesmo com as dificuldades dos materiais utilizados, os meios para estar presente dentro da sala de aula sejam complicados, o que acaba deixando cansada, principalmente por conta do trabalho, pois é algo que demanda bastante tempo e esforço físico. Entretanto, a mesma se esforça e busca se adaptar, aproveitando cada momento que tem para aprender e tirar suas dúvidas com os professores. Luzenir enfatiza que estudar é extremamente importante, independente do que acontecer e quiserem tirar tudo que nos pertencem, algo que não podem tirar é nossos estudos, conhecimentos adquiridos ao longo de nossas vidas.
  • 14. 14 4 AS ESTRUTURAS DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL O Colégio Estadual Severiano De Araújo de rede pública se localiza em Rua Z, quadras 38 Area 1- Vila Mutirão 2, Goiânia - Goiás. A estrutura física da escola se encontra razoável, necessitando de uma reforma, principalmente a quadra e pinturas em todas as áreas do colégio. A escola possui as seguintes instalações: biblioteca, biblioteca ou sala de leitura, pátio descoberto, sala de música/coral, terreirão (área para prática desportiva sem cobertura, sem piso e sem edificações), banheiro adequado ao uso dos alunos com deficiência. A escola possui 12 salas, das quais nenhuma são climatizadas ou são adaptadas para alunos com deficiência. São 22 profissionais que trabalham, sendo professor, coordenação e todas as áreas da escola. A equipe de profissionais se divide da seguinte forma:  Administrativos: 2  Serviços gerais: 4  Bibliotecário: 2  Coordenadores: 2  Alimentação:4  Pedagogas: 3  Secretario escolar: 1  Segurança: 2  Gestão: 1 A instituição tem horário de funcionamento das... - Apresentar o espaço geográfico, social, econômico e cultural no qual a unidade está inserida.
  • 15. 15 - Descrever como está sendo o atendimento dos alunos neste momento de pandemia. - Só indicar o nome da instituição de for permitido 5 PLANO DE AULA PARA A EJA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR NADAL SFREDO PROFESSOR: Alessandra Roque, Karolaine Santos, Maria Cristina Xavier ETAPA: 2° ano CARACTERIZAÇÃO DA TURMA: Uma turma formada por 15 alunos, sendo 8 mulheres e 7 homens, na faixa etária de 30 a 60 anos. Com as seguintes profissões, como, diarista, vendedor, pedreiro, entregador, cabeleireiro(a), barbeiro, manicure e entre outras. Uma grande parte com naturalidade do norte e nordeste, com um domínio parcial na leitura e escrita. DISCIPLINA: HISTÓRIA UNIDADE TEMÁTICA: Mundo pessoal: meu lugar no mundo OBJETO DO CONHECIMENTO/CONTEÚDO: As diferentes formas de organização da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as relações de amizade. HABILIDADE: (EF01HI02-A) Listar os documentos e registros que retratam a sua história de vida, para aprofundar a consciência de si mesmo (EU).
  • 16. 16 (EF01HI02-B) Conhecer a história de sua da família por meio de recursos imagéticos de lembranças ou relatos orais, para tomar consciência do OUTRO. (EF01HI02-C) Explorar os espaços da escola e da comunidade por meio recursos tecnológicos, fotos, registro de lembranças e visitas culturais, para reconhecer as conexões do “EU” com o “OUTRO” na formação da comunidade (casa, bairro, escola e outras) “NÓS”. (EF01HI02-D) Identificar as relações entre as suas histórias e as histórias de sua família e de sua comunidade. METODOLOGIA a. Aula expositiva sobre a temática. b. Atividade lúdica/através de troca de informações/diálogo/roda de conversa. b.1 Título da atividade lúdica: Nossa história b.2 Objetivo didático:  Conhecer as diversas situações do dia a dia, como atitudes, hábitos e costumes herdados de familiares.  Reconhecer que somos reprodutores e produtores da história.  Conhecer a própria história e da sociedade que estamos inseridos. b.3 Orientações: O professor(a) irá pedir com antecedência fotos de familiares dos alunos de anos atrás ou de sua cidade natal. A ideia inicial é compartilhar algumas imagens da cidade de tempos atrás e atualmente de onde estão morando, para que assim possam comparar e conversar sobre as mudanças visíveis do local. E com as fotos trazidas pelos alunos, eles mesmo irão apresentar para a turma e descrever as mudanças que ocorreram, mostrando quem está nela, a quanto tempo foi tirada, mostrando as diferenças de roupas, e exemplificando os usos e costumes daquela época, trazendo para a sala de aula o que ainda permanece na atualidade, independente da diferença de anos, portanto, suas transformações e permanências. E para ajudar na reflexão e desenvolvimento dos alunos, o professor pode estar fazendo perguntas práticas, como, por exemplo. Como era a cidade anos atrás e como
  • 17. 17 está agora? E o que não mudou? Para as fotografias, as seguintes perguntas. Qual era a forma de vestir daquela época? E se tem algo que permanece ainda sendo utilizado? Qual a mudança que mais chamou atenção? b.4 Participantes: Professor(a) e alunos. b.5 Tempo de desenvolvimento: 20 minutos b.6 Material utilizado: Imagens, fotos, folha, lápis de escrever. AVALIAÇÃO: A avaliação ocorrerá mediante a participação dos alunos, através da escrita e oralidade com as atividades propostas. Apresentando seus conhecimentos e ideias com o assunto abordado. CONTEÚDO 1. INTRODUÇÃO Para saber nossa história e entender sobre o meio o qual estamos inseridos, é importante iniciar com a reflexão, o estudo sobre o passado. Dessa forma, buscar compreender os acontecimentos, passando a ter uma noção de tempo, seus aspectos sociais e culturais, fazendo sua relação com o presente. E a história de nossa família é uma forma de conhecimento sobre o passado. A observação através de imagens, é uma maneira eficaz de compreensão, pois com elas visualizamos de forma clara as transformações e permanências. O mesmo ocorre com as fotografias, onde podemos ter uma noção de tempo, identificando a época em que foi tirada através das roupas, o tipo de fotografia, cenário e etc. E segundo o historiador Peter Burke, as imagens não devem ser consideradas simples reflexos de suas épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais em que elas foram produzidas e, como tal, devem ser submetidas a uma minuciosa análise, principalmente de seus conteúdos subjetivos. Portanto, no meio educacional, isso possibilita um desenvolvimento no processo de aprendizagem e ao longo da vida.
  • 18. 18 2. A IDENTIDADE CULTURAL ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA Saber interpretar signos visuais, com suas especificidades, tornou-se uma necessidade, pois vivemos em uma era de imagens que nos chegam de forma cada vez mais rápida, dinâmica e inovadora. Segundo John Berger (crítico de arte, historiador e romancista), o olhar chega antes da palavra, ou seja, os seres humanos, antes de aprender a falar, comunicam- se pela visão. Assim, olhar é um ato de escolha. A percepção de qualquer imagem é afetada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos. Com isso, pode-se entender que toda imagem incorpora uma forma de ver. A fotografia é uma fonte histórica que demanda por parte do historiador um novo tipo de crítica. O testemunho é válido, não importando se o registro fotográfico foi feito para documentar um fato ou representar um estilo de vida. No entanto, parafraseando Jacques Le Goff, há que se considerar a fotografia, simultaneamente como imagem/documento e também como imagem/monumento. FOTOGRAFIA – DOCUMENTOS FOTOGRAFIA – MONUMENTO No primeiro caso, considera-se a fotografia como índice, como marca de uma materialidade passada, na qual objetos, pessoas, lugares nos informam sobre determinados aspectos desse passado - condições de vida, moda, infraestrutura urbana ou rural, condições de trabalho etc. No segundo caso, a fotografia é um símbolo, aquilo que, no passado, a sociedade estabeleceu como a única imagem a ser perenizada para o futuro. Sem esquecer jamais que todo documento é
  • 19. 19 monumento, se a fotografia informa, ela também conforma uma determinada visão de mundo. A Fotografia, enquanto registro em imagem, se apresenta como um meio de retratar a identidade cultural de um povo, de uma população ou de uma nação. O registro histórico em imagem é anterior ao registro narrativo dos acontecimentos, ou seja, é anterior à própria escrita. Os homens primitivos, por exemplo, já registravam sua história; e o faziam pintando desenhos nas paredes das cavernas. Posteriormente, esse método foi chamado de Pictográfica. Os hieróglifos, embora já considerados como escrita, também são um exemplo do uso das imagens como registro. Embora tenha sido colocada em segundo plano e não primeiro modo de registro histórico, nota-se a importância da imagem para retratar a identidade cultural. Desse modo, a fotografia nos dá dimensões que a narrativa não é capaz de fornecer. Por exemplo, é muito mais eficaz mostrar em registro fotográfico o tipo de vestuário que o povo de um determinado local utilizava em determinada época do que simplesmente o fazer através da descrição da escrita. A narrativa nos faz imaginar como teria sido ou como é. Já a imagem nos faz ver, nos faz comprovar como era ou o que ainda permanece.
  • 20. 20 Outro fator que nos mostra a importância da imagem enquanto registro da identidade cultural é que, a fotografia é capaz de retratar uma determinada realidade à pessoa que a visualiza sem que essa pessoa tenha um prévio conhecimento sobre o contexto da realidade retratada por aquela foto. Já o texto, para falar de uma característica de um determinado povo ou região, precisa antes contextualizar. Ou, quando o texto fala de uma característica sem contextualizá-la, supõe que o leitor já saiba do que se trata, ou seja, já tenha lido anteriormente sobre o contexto no qual está inserida aquela determinada característica. 3. DESENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS
  • 21. 21 Antigamente na sociedade burguesa a formação familiar era ligada aos laços sanguíneos e a habitação em comum cujos membros se limitavam ao pai, mãe e filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato com a vida social e o mercado de trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e com os filhos, desta forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita ao seu provedor, esse modelo de formação familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado aos negócios e tido como união eterna. Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros contornos, diversas necessidades levaram a mulher a se introduzir no mercado de trabalho, o que fez com que se tornasse peça importante no provimento financeiro da família, não sendo raros os casos em que é a única provedora. Tal fato, por sua vez, vem promovendo o afastamento precoce dos filhos do convívio familiar e assim fazendo com que dividam o compromisso de educar com a escola, com tudo isso a figura do pai passou a ser ou mais presente na educação dos filhos ou em alguns casos a formação familiar não conta mais com essa figura, pois já existem muitos casos de mães solteiras, viúvas ou separadas que comandam a família, o que não é diferente com os pais que muitas vezes também estão à frente de suas famílias sem a ajuda de uma companheira.
  • 22. 22 Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente. Podemos concluir que existem hoje em dia muitos tipos de famílias e que esta instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas
  • 23. 23 semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem por isso se desviou os deveres que a família tem em relação a educação, provimento do sustento, condições de vida dignas e de respeito perante ao indivíduo que a forma. A formação familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente ou empurrar essas responsabilidades para as instituições educacionais, o que pode ser feito é em parceria com a mesma, ambas tomem atitudes que façam com que o crescimento do indivíduo e sua inserção na sociedade sejam saudáveis. 4. ATIVIDADE Para refletir mais sobre os acontecimentos, transformações que ocorreram ao decorrer de nossas vidas. Desenhe uma linha tênue e escreva sobre o que mais marcou em sua vida, podendo ser algo bom, mediano e ruim. Não esquecer de colocar nome, idade, o lugar onde nasceu e com quem vive atualmente EXEMPLO:
  • 24. 24 6 ANÁLISE DOS PLANOS DE AULA DESENVOLVIDOS EM SALA DE AULA Foram desenvolvidos em sala a apresentação dos planos de aula com o direcionamento para pessoas da Educação de Jovens e Adultos, um dos temas propostos foi o “Cerrado Brasileiro”, apresentados pelas alunas Camila, Laura, Karla e Melissa. Dessa forma, foi possível perceber a importância do Cerrado, que é o
  • 25. 25 segundo maior bioma do Brasil, com uma grande relevância para cada estado de originalidade, sendo um deles Goiás, o qual estamos localizados. Diante disso, foram bem esclarecidos os conteúdos, através do uso de Datashow, com a apresentação de imagens para aprofundar os conhecimentos, trazendo exemplos do que podem ser encontrados nesse bioma. Houve, portanto, interação e participação dos alunos, através da leitura e realização das atividades, entre elas, ao cantar a música ‘’Frutos da Terra (Marcelo Barra)” e a realização de uma atividade extra com perguntas sobre o assunto tratado, em seguida, podendo fazer a degustação de comidas típicas da região do Cerrado. Em seguida, outro plano de aula foi desenvolvido em sala, com o tema “Ciclo da Água”, apresentado pelas alunas Laura e Wanessa, com uma boa organização do plano e uma caracterização da turma bem especificada e elaborada, onde podemos aprender o tema proposto com clareza através da introdução e continuidade da explicação do assunto abordado, como, por exemplo, onde está a água; para onde ela vai; sua importância para a vida e sociedade; diante disso, é nos apresentado o dia mundial da água, quando é celebrado 22 de março. Portanto, houve participação da turma com a realização das atividades propostas e um bom desenvolvimento dos materiais utilizados. Com isso, forma realizadas atividades que influência os conhecimentos prévios dos alunos com relação a separação das sílabas, levando o aluno a colocar o uso das palavras chaves que foram ditas ao decorrer da aula. E em seguida, foi proposto um mapa mental para desenvolverem fazendo uma breve explicação do clico da água, com o uso de palavras, explicação em pequenos textos ou até mesmo a utilização de desenhos. 7 RESENHA DO LIVRO “CARTAS PARA MINHA AVÓ” Em o livro “Cartas Para Minha Vó”, retrata a história da realidade de nossa sociedade, favorecendo a classe alta, permanência do racismo estrutural, dificuldades financeiras, abuso sexual e entre outros. A autora Djamila Ribeiro relata fatos que
  • 26. 26 aconteceu com ela, seu trabalho de punho racial que presa pela emoção, delicadeza ao expor suas experiências através de cartas para sua vó já falecida, mostrando que mesmo em meios de tantos problemas e dificuldade, nunca desistiu de seus sonhos. E sendo sua família sempre uma inspiração para seu desenvolvimento em muitos aspectos da sua vida. Ela relata de formas detalhadas seus anos de formação abordando temas ligados aos valores de uma sociedade patriarcal, as dificuldades na inserção numa sociedade racista e a força perpetua da união entre mulheres. De forma que quando lemos temos a impressão de já ter vivido os relatos dela, sentindo a importância da representatividade e a necessidade de rever as práticas educativas e as mídias como forma de combate essa cultura criminosa, na qual se preparar uma criança negra para a vida é ser brutalizada o bastante para aprender a lidar com a brutalidade do mundo. Não podemos deixar de expor o feminismo presente na vida diária, refletir sobre o assédio, a visão da mulher negra como símbolo sexual e ainda a objetificação da mulher. Mas o que me chama a atenção é que seus pais não tinham uma formação educativa satisfatória pois seu pai era estivador e sua mãe dona de casa, entretanto, à vontade que seus filhos estudassem era muito grande. Dessa forma, estudaram inglês numa das escolas mais renomadas da região, tinham uma educação numa escola tradicional, mas aos quatorze anos passou a ensinar as crianças com aulas de reforço de inglês e português, após a o divórcio dos pais teve que trabalhar numa banca de pastel, quando passou na faculdade de jornalismo foi trabalhar de limpeza e servindo café numa empresa para pagar a faculdade. Sendo assim, ao relacionarmos os acontecimentos de vida da autora e a pedagogia, com o perfil do aluno da EJA, é notável o quanto de Djamila existem no mundo, pessoas que trabalham o dia todo e estudam a noite ou vice e versa, pois precisam pagar sua faculdade. E muitos desistem dos estudos por não terem um apoio, incentivo. Nesse contexto, as instituições de ensino têm que adequar para o ensino que se encaixe nas dificuldades, limitações dos seus alunos, aproveitando dos conhecimentos já existentes deles. Visto que, muitos se esforçam por uma colocação no mercado de trabalho e no meio social, enfrentando diversos obstáculos, entre ele, a locomoção para realizar seus estudos. E o I do art. 208 da Constituição Federal, estabelece que é dever do Estado garantir a educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de
  • 27. 27 idade, assegurando inclusive a sua oferta gratuita para todos os que não tiveram acesso a ela na idade própria. E é de grande importância o estado promover auxílio e instruções as crianças, adultos e trabalhadores, tanto para meio educacional sendo privada ou pública e entre as famílias. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Está pesquisa teve por finalidade obter maior compreensão sobre a Educação de Jovens e Adultos, onde por meio da pesquisa de campo constatamos a importância das políticas públicas de educação e garantir o acesso e a permanência de jovens e adultos na escola, representando uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura. E ao levarmos em consideração, que embora a EJA atenda a muitos jovens que não trabalham, grande parte do seu público são trabalhadores, que chegam à escola já com uma carga de experiências de vida que precisa ser levada em conta. Com isso, o professor precisa ter mente e elaborar uma aula voltada para esses alunos, com a consciência de que haverá dias onde irão se desenvolver com facilidade e outros onde o cansaço irá bater mais forte. Sendo assim, é imprescindível que haja sempre uma aula e atividades bem propostas, produtivas, com fácil desenvolvimento e aprendizagem, fazendo com que os alunos sejam participativos. A partir do referencial teórico foi possível conhecer melhor a EJA, os avanços ocorridos ao longo do tempo, as leis que embasam a modalidade, trazendo isto para a prática através da pesquisa de campo. Dessa forma, percebe - se que apesar de todos os avanços a EJA ainda não tem recebido a devida atenção por parte das políticas de estado, pois ainda persiste nesta modalidade um dilema que não é exclusivo dela, exemplo, a evasão. Contudo, a mesma ocorre por vários motivos, sendo apontados pelos alunos e coordenação: falta de profissionais para atender os alunos, ausência de lanche, cansaço do trabalho e etc. Para se trabalhar com os alunos da EJA é importante utilizar meio de integração, para que estes possam participar efetivamente deste processo. E que não
  • 28. 28 sejam apenas alfabetizados, mas também que haja uma preparação para exercer uma profissão, ter conhecimento sobre o meio o qual estão inseridos e seu desenvolvimento ao longo dos anos, seja o meio político, cultural, financeiro, entre outros. Em vista disso, sempre levando em consideração a ética e moral dos alunos. Pois o papel do educador deve ser o de acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional¸ proporcionando-lhes um ensino significativo, que os levem à análise crítica dos fatos abordados em sala de aula e do seu meio social. E as instituições precisam buscar meios de desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem, fazendo com que o aluno se torne mais participativo, com conteúdo que devolvam e colaborem mais sobre a realidade do aluno, mesmo que sejam com pequenas atitudes, porém muitas podem contribuir para a educação de qualidade da EJA, como, por exemplo, levar os alunos a biblioteca para desvendarem outro mundo através da leitura, seja pela do professor ou do aluno, produção de textos oral ou escrito. Portanto, é de relevância incentivar a prosseguir os estudos inclusive para o nível superior, pois é possível perceber que muitos tem vontade de fazer uma faculdade, mas não se sentem capazes, por conta da idade e também por falta de motivação. Sendo assim, acredita -se que esse trabalho contribuiu para uma melhor reflexão sobre os dilemas enfrentados na educação de jovens e adultos, para que possam também pensar e repensar suas práticas pedagógicas quando estiver atuando na área, manter a mente aberta para todas as possibilidades que essa modalidade de ensino permite, ele conseguirá enxergar de fato seu aluno. Sendo capaz de transformar a realidade dele e dessa forma modificar a sua própria realidade. 9 REFERÊNCIAS https://blog.anhanguera.com/a-importancia-do-eja/ https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650040/artigo-208-da-constituicao- federal-de-1988 https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/8356_5796.pdf
  • 29. 29 ANEXOS ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS PROFESSOR 1. Nome. Albiano Oliveira Rodrigues. 2. Idade. Tem 44 anos. 3. Formação acadêmica. Professor de matemática, formado na UFG. 4. Quantos anos trabalha com a EJA? Trabalha na EJA tem 10 anos. 5. Qual a faixa etária dos estudantes da EJA? Há cinco anos a faixa etária mudou e ficou a partir dos vinte e três anos a cima, com movimento de pessoas mais jovens. Dessa forma, hoje temos um movimento de pessoas mais jovens, antes aos seis anos atrás eram de vinte e oito pra cima. 6. Quantos % são chefes de família? São 50% chefes de família, entre eles os outros 50% são jovens com o intuito de se especializar e melhorar seus conhecimentos para o mercado de trabalho. 7. Quais as metodologias utilizadas no processo de ensino-aprendizagem? Sempre começo pelo início, fazendo uma releitura do que foi ensinado nos anos iniciais, pois aluno da EJA, ficou muito tempo parado sem estudar, sempre escrevendo porque aluno da EJA gosta de escrever. 8. Que materiais são utilizados neste processo? O material é quadro e canetas, os alunos da EJA não têm muita paciência pra ver filmes, palestra. 9. Como é acompanhado o processo de desenvolvimento dos estudantes? O acompanhamento é diferente, pois o professor tem que passar olhando se foi feito a atividade durante a aula, pois ao decorrer do dia é muito difícil para eles fazerem a atividade. Então quando começo minha aula sempre reservo um horário pra estar fazendo juntos. Sempre levantam a auto estima do aluno, pra ele se sentir motivado. 10. Quais são os processos avaliativos? São disponibilizado um visto no caderno, pra estar acompanhando as atividades realizada, uma atividade avaliativa na sala e a prova por trimestre.
  • 30. 30 COORDENADORA 1. Nome Kelly Cristina Resplendes. 2. Há quanto tempo você é coordenador do EJA? Estou trabalhando com a EJA a cinco meses. 3. Qual é o projeto educativo da escola? Ainda não estamos desenvolvendo nenhum projeto educativo na escola, pois a EJA tem uma característica diferente em relação aos conteúdos, nós estamos trabalhando a BNCC, que nos foram propostas pra gente da BNCC do ensino médio, e os professores estão naquele momento de flexibilização dos conteúdos, inserir um projeto nesse momento seria aumentar um pouco a carga horária dos professores, por isso não temos projetos nenhum ainda. Os projetos são propostos que vem da secretaria e ainda não tivemos nenhuma nesse sentido. 4. Os alunos são estimulados a participar das atividades do EJA? Sim são constantemente estimulados, o que eu vejo nessa escola é que os alunos que são frequentes, eles sofrem com conteúdo que eles não dão conta, realmente eles têm interesse em estar colocando em dia a matéria que estão perdendo, meu olhar de coordenadora aqui fora é são bastante interessados. 5. Qual a opinião dos estudantes? Eles têm claro na mente deles o que é a EJA, que é uma proposta de ensino que flexibiliza os conteúdos porque, alguns deles começaram o ensino médio no regular, mas por algum motivo tiveram que parar, eles não questionam a forma que a EJA é conduzida na verdade eles entendem bem a proposta e se enquadram. 6. Qual o maior desafio enfrentados pelos alunos ao chegar na EJA. O maior é desafio é fora da escola mesmo com relação ao horário, na grande maioria são trabalhadores, enfrentam ônibus que atrasa, horário do trabalho, no caso das alunas a gente tem um agravante que é os problemas familiares, que a carga emocional fica as alunas, se tem alguém doente elas que abrem mão da aula pra ajudar, nós tivemos muitos casos de dengue, muitas faltaram pra ajudar um familiar doente, isso é características das alunas, os alunos quase não me apresentaram essa dificuldade. 7. O que é necessário para ser um bom coordenador e a importância no espaço escolar? Eu acho que é ter disponibilidade para ouvir os professores, eu sou nova nessa função da EJA, a plataforma do estado, entender como funciona, ela é cheia de detalhes então qualquer erro pode atrapalhar a vida escolar de uma pessoa, estar sempre
  • 31. 31 atento aos documentos, eu acho o desafio maior compreender como a plataforma funciona estar atendendo aos professores e estar dialogando com eles. 8. Qual conselho daria para quem quer trabalhar com o EJA? Que a pessoa tenha essa característica de ouvir, ter um olhar diferenciado para o aluno, e estar sempre fazendo o diagnóstico porque são pessoas que estão com situação de aprendizado totalmente heterogênico , são alunos que acabaram de abandonar o ensino médio e outras que estão fora da escola a mais de vinte anos, o trabalho com esses alunos o professor tem que fazer diariamente pra ver se estão acompanhando o conteúdo, pra ver se conseguem desenvolver naquela disciplina, pra estar sempre flexibilizando para que o aluno se sinta realmente dentro do processo, um olhar carinho, caridoso pra ver aonde esse aluno está no processo. 9. Você tem dimensão do seu trabalho do EJA pra comunidade? Sim eu entendo que todas as etapas da educação são importantes, mas quando vi chega na EJA, você tem dimensão do significado de conclusão do ensino médio, que elas estão atrás de suas metas, aqui temos uma equipe muito comprometida, são profissionais atentos, o segredo do colégio Severiano é os professores tem essa consciência do papel deles na sala de aula e quanto a didática influência no futuro daqueles alunos. 10. Você é da região, isso te influenciou na decisão de trabalhar na região, sabendo que é muito carente de uma educação de qualidade? Nasci e cresce na região, quando me formei na federal só tinha em mente de voltar pra cá, porque sempre observei que as pessoas por não conhecer nossa região tem muito preconceito, mas a gente vê que o nosso trabalho vai influenciar a vida de alguém pra melhor. DIRETOR 1. Nome / idade? Juliana, tem 40 anos. 2. Há quanto tempo você trabalha na escola e com EJA? Comecei a 18 anos atrás dando aula pra EJA, sou bióloga assim que saí da faculdade foi minha primeira turma, dar aula pra EJA. E hoje estou na direção de uma escola que tem EJA, então pra mim é uma satisfação. 3. como é a relação escola e a comunidade? Costuma ser boa, aqui estou na gestão apenas dois meses, mas nesse tempo estou fazendo o máximo pra trazer a comunidade pra dentro da escola, porque é muito importante essa troca de experiência. 4 . existe um órgão responsável que administra as escolas do EJA? Sim na Seduc existe um departamento especializado pra EJA, de onde vem as orientações voltada para o desenvolvimento da EJA.
  • 32. 32 5. Quantos alunos a escola tem matriculados no EJA? Aqui na escola começou com 250 atualmente temos por volta de 180 alunos, a EJA tem um problema com evasão, vejo isso desde quando eu dava aula. 6. Qual o número de funcionários administrativos e de professores? Exclusivo pra EJA temos oito funcionários, e professores oito também porque são poucas turmas. 7. Qual o papel do diretor? O papel do direito tem que englobar todos as esferas administrativa, não podemos ser o diretor, mas passar pelo financeiro, pessoal e pedagógico. As vezes temos que estar foca no administrativo outra no pedagógico. 8. A gestão escolar perpassa três esferas administrativas, financeira, pessoal e a pedagógica. De que maneira os diretores escolares podem conciliar a gestão das três esferas? Na verdade, o diretor tem que estar integrado de todos os campos que compõe a gestão, financeiro pedagógico e administrativo, e pessoal o olhar do diretor tem que estar atento em tudo que acontece dentro da escola, pra saber o quanto sua gestão está ajudando os alunos. 9. Como a escola vê a formação continuada? A formação continuada é extremamente importante e professor tem que estar sempre atualizando. 10. Qual o grande desafio para o diretor da escola do EJA? O maior desafio do diretor da EJA e a evasão escolar, manter os alunos focados e interessados, é um desafio o trabalho tem que ser constante e interpessoal para estar cativando e motivando esses alunos pra que eles não abandonem. ALUNA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1. Nome. Luzeni Pereira Dos Santos 2. Idade. 49 Anos 3. Por qual motivo você precisou parar de estudar? Precisei parar porque as coisas antigamente eram mais difíceis e tudo muito longe, o que dificultava bastante o meu progresso nos estudos. 4. Naquela época você estudou até que série? Na época eu estudei até a 5° Série.
  • 33. 33 5. Ao longo da sua vida você se sentiu descriminado por não ter os estudos completos? Sim, com certeza! 6. O que fez você retornar à escola? A necessidade de aprender, e adquirir conhecimento nunca é demais. 7. Você acha adequado o material usado em sala de aula? Muito diferente da minha época, mas estou tentando entender e me adaptar. 8. Desde que começou já pensou em desistir, parar. Porquê? Não, nunca pensei. Porque nunca desisto do que eu quero. 9. O que você acha da sua professora(o)? Eles são ótimos, estou tentando me adaptar porque fiquei muito tempo fora de aula. 10. Quais são as dificuldades para se manter em sala de aula? A minha dificuldade maior é por causa do trabalho, porque dele demanda bastante meu tempo e esforço físico o que no final do dia me deixa cansada, mas sempre busco forças para ir estudar, porque estudar é tudo que meu pai sempre dizia: “pode tirar tudo de você menos os seus estudos”.
  • 34. 34
  • 35. 35