SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
ESCOLA AGRÍCOLA DO PAJEÚ
PARASITOLOGIA
PROFESSOR RAFAEL QUESADO VIDAL
ENFERMEIRO
Curso Técnico de Enfermagem
SERRA TALHADA
PROTOZOÁRIOS
 Relação parasito-hospedeiro.
 Tipos de associação entre os animais.
1. Harmônicas;
2. Desarmônicas;
 Exemplos.
 Competição (girafa X girafa);
 Canibalismo (leões X leões);
 Predatismo (leões X zebas);
 Parasitismo (A. Lumbricóides X Humanos);
 Comensalismo (peixe X tubarão);
 Mutualismo: as duas espécies se beneficiam (cupins X
protozoários);
 Simbiose: Pelo menos uma da espécie se beneficia (bovinos X
protozoários).
PROTOZOÁRIOS
 Ação do parasita sobre o hospedeiro.
 Ação mecânica (A. Lumbricóides e Giárdia);
 Ação traumática (Plasmodium);
 Ação irritativa (A. Lumbricóides);
 Ação enzimática (entamoeba histolytica);
 Ação espoliativa (A. Lumbricóides);
 Ação tóxica (A. Lumbricóides);
 Anóxia (Plasmodium).
PROTOZOÁRIOS
 Conceitos epidemiológicos de doenças.
 Período de incubação: é o intervalo entre a exposição ao agente e o
aparecimento da enfermidade.
 Doença clínica: são indivíduos infectados que apresentam sinais e
sintomas clínicos.
 Doença subclínica: são indivíduos infectados que não apresentam
sinais e sintomas da doença.
PROTOZOÁRIOS
 Conceitos epidemiológicos de doenças.
PROTOZOÁRIOS
 Dinâmica da distribuição de doenças na
população.
 Endemia: é a presença constante de uma doença em uma população
de determinada área geográfica.
 Epidemia: é a ocorrência de uma doença em uma determinada
população, que se caracteriza por uma elevação progressiva,
inesperada e descontrolada, ultrapassando aos valores esperados.
 Pandemia: são as epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários
países e/ou continentes.
PROTOZOÁRIOS
 Medidas preventivas.
 Prevenção primária: medidas que procuram impedir que o individuo
adoeça, controlando os fatores de risco.
 Prevenção secundária: medidas aplicáveis aos indivíduos que se
encontram sob a ação do agente patogênico.
 Prevenção terciária: consiste na prevenção de incapacidades através
de medidas destinadas a reabilitação, aplicada na fase que esteja
ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença.
PROTOZOÁRIOS
 Medindo saúde e doença.
 Coeficiente de incidência da doença:
Casos NOVOS da doença em determinada comunidade e tempo x 10n
População da área no mesmo tempo
 Coeficiente de prevalência da doença:
Casos PRESENTES da doença em determinada comunidade e tempo x 10n
População da área no mesmo tempo
 Coeficiente de letalidade:
Mortes devido à doença em determinada comunidade e tempo x 100
Casos da doença na mesma área e tempo
 Coeficiente geral de mortalidade:
Número de óbitos em determinada comunidade e ano x 1.000
População estimada para 01 de julho do mesmo ano
PROTOZOÁRIOS
 Introdução.
 São microorganismos cuja classificação é feita com base nas
estruturas de locomoção que eles apresentam;
 Todos são seres eucariontes, ou seja, possuem núcleo celular
organizado dentro de uma carioteca, a maioria são heterótrofos;
 A locomoção desses micro-organismos no meio aquático é feita
através de: ciliados, flagelados, pseudópodes e esporozoários;
 Vivem em água doce ou salgada;
 A reprodução geralmente é assexuada.
AMEBÍASE
 Introdução.
 Leva a óbito anualmente
100.000 pessoas no mundo;
 Apesar da alta mortalidade,
apenas 10% dos infectados
apresentam algum sintoma da
doença;
 Entamoeba díspar (casos
assintomáticos);
 Entamoeba histolytica (casos
sintomáticos);
AMEBÍASE
 Biologia.
 Os trofozoíto da E. histolytica
vivem no intestino grosso,
podendo penetrar na mucosa e
invadir outros órgãos como
(fígado, pulmão, rins)
provocando ulceras;
 A locomoção se dá por
pseudópodes, a ingestão de
alimentos por fagocitose e a
multiplicação por divisão binária.
AMEBÍASE
 Ciclo biológico.
 É monoxênico (quando o parasita tem apenas um hospedeiro em
sua vida), o ciclo se inicia pela ingestão do cisto maduro, juntos de
alimentos e água contaminados. Em seguida passa pelo estômago
chegando até o intestino delgado, onde ocorre a disseminação dos
metacistos. Esses por sua vez, sofrem sucessivas divisões nucleares
dando origem a outros trofozoítos que iram colonizar o intestino
grosso e ai iram transforma-se em cistos que serão eliminados nas
fezes.
AMEBÍASE
AMEBÍASE
 Transmissão.
 Ocorre por ingestão de
cistos maduros presentes
em água ou alimentos
contaminados por dejetos
humanos ou por moscas;
 OBS: os portadores
assintomáticos que
manipulam alimentos são
os principais
disseminadores dessa
doença.
AMEBÍASE
 Manifestações clínicas.
 Formas assintomáticas: 80 a 90% dos
casos são assintomáticos, sendo o
diagnóstico através da detecção de
cistos nas fezes;
 Forma sintomática disentérica: ocorre
cólicas intestinais e diarréia com até 10
evacuações por dia, tenesmo e fezes
mucossanguinolentas podendo haver
prostração e desidratação;
 Forma extra-intestinal: é rara,
entretanto muito grave. A forma mais
comum é o abscesso amebiano no
fígado, causando a tríade (dor no QSD,
febre e hepatomegalia). Outros órgãos
atingidos são o pulmão, rins e cérebro.
AMEBÍASE
 Período de incubação.
 Muito difícil de se determinar, indo de 7 dias até 14 meses.
 Diagnóstico.
 Clínico: muito difícil de se determinar, principalmente pela
superposição de sintomas com outras doenças parasitarias;
 Laboratorial: através do exame de fezes;
 Imunológico: ELISA (indicado na amebíase extra-intestinal);
AMEBÍASE
 Epidemiologia.
 Atualmente 480 milhões de pessoas no mundo estão infectadas,
sendo que apenas 10% são sintomáticas;
 É endêmica em todas as áreas não apresentando surtos;
 Atinge todas as idades, com maior prevalência nos adultos;
 Os cistos permanecem viáveis por cerca de 20 dias exposto a luz
solar.
AMEBÍASE
 Tratamento.
 Metronidazol: 500 mg 3x/dia durante 5 a 10 dias em adultos. Em
crianças 35 mg/kg/dia 3x/dia por 5 dias.
 Secnidazol: 2 g em dose única em adulto. Crianças 30 mg/kg/dia
durante 5 dias.
 Tinidazol: 2 g em dose única para adulto. 1g em dose única para
criança.
AMEBÍASE
 Profilaxia.
 Exames frequentes dos manipuladores de alimentos;
 Combate as moscas;
 Lavar sempre as mãos;
 Ferver as verduras por pelo menos 15 minutos em 3 gotas de iodo/3
L de água;
GIARDÍASE
 Introdução.
 É um flagelado do
intestino delgado. Nos
países em
desenvolvimento a giárdia
é umas das causas mais
comuns de diarréia entre
crianças, que em
conseqüência da
infecção, muitas vezes,
apresentam problemas de
má nutrição e déficit do
desenvolvimento.
GIARDÍASE
 Ciclo biológico.
 É um parasita monoxeno. Após a ingestão do cisto, o
desencistamento é iniciado no meio ácido do estômago e
completado no duodeno e jejuno, onde ocorre a colonização do
intestino delgado pelos trofozoítos, que se multiplicam por divisão
binária migrando para o seco, logo em seguida onde ocorre o
encistamento e sua eliminação nas fezes.
GIARDÍASE
GIARDÍASE
 Transmissão.
 Através de alimentos e água contaminados;
 De pessoas a pessoas quando uma está contaminada,
principalmente em locais com aglomerados de gente;
 Através de contatos homossexuais;
 E através de contatos com animais domésticos infectados.
GIARDÍASE
 Imunidade.
 Estudos tem apontado para o desenvolvimento de imunidade
contra a giárdia em seres humanos, baseado em:
1. A natureza autolimitante da infecção;
2. A detecção de anti-corpos específicos contra a giárdia;
3. A maior suscetibilidade de indivíduos imunocomprometidos à
infecção;
4. A menor suscetibilidade de indivíduos de áreas endêmicas à
infecção, quando comparados aos visitantes;
5. A participação da IgA no impedimento da adesão dos trofozoítos
à superfície do epitélio intestinal.
GIARDÍASE
 Sintomatologia.
 A maioria das infecções são assintomáticas, e ocorrem tanto em
adulto quanto em crianças, que muitas vezes podem eliminar cistos
nas fezes por até seis meses.
 Nos indivíduos sintomáticos podem apresentar: diarréia do tipo
aquosa, explosiva de odor fétido, acompanhada de gases com
distensão e dores abdominais, esteatorréia, com perda de peso
associada a má absorção de vitaminas, ferro e gordura.
 Geralmente a diarréia causada pela giárdia não vem acompanhada
de sangue.
GIARDÍASE
 Diagnóstico.
 Clínico: a sintomatologia mais indicativa em crianças é: diarréia com
esteatorréia, irritabilidade, náuseas, vômitos, perda de apetite e
dores abdominais.
 Laboratorial: o parasitológico pode encontrar cistos nas fezes,
confirmando assim a infecção.
 Imunológico: ELISA (é um teste imunoenzimático que permite a
detecção de anticorpos no plasma sanguíneo, baseia-se na
interação antigeno-anticorpo).
GIARDÍASE
 Epidemiologia.
 A giárdia é encontrada em todo mundo, principalmente entre
crianças de zero a dez anos;
 Normalmente é adquirida pela ingestão de cistos provenientes de
água da rede pública tratada incompletamente;
 A giárdia tem sido reconhecida atualmente como o agente da
“diarréia dos viajantes” que viajam para zonas endêmicas;
 Os cistos resistem até dois meses no meio exterior. É resistente ao
processo de cloração da água e resiste por muito tempo em baixo
das unhas;
 É frequentemente encontrada em ambientes coletivos;
 Babás e manipuladores de alimentos podem ser fonte de infecção.
GIARDÍASE
 Tratamento.
 Metronidazol: 20 mg/kg durante 7 a 10 dias para crianças, por via
oral. A dose para adulto é de 250 mg, 2x/dia.
 Secnidazol: 2 g em dose única. Crianças com menos de 5 anos, 125
mg 2x/dia durante 5 dias.
 Tinidazol: 2 g em dose única para adulto. 1g em dose única para
criança.
GIARDÍASE
 Profilaxia.
 Higiene pessoal;
 Destino correto das fezes;
 Proteção dos alimentos e
tratamento da água;
 Fervura da água;
 Utilizar filtro de areia;
 Tratamento dos animais
domésticos.
REFERÊNCIA
 NEVES D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. Editora
Atheneu. 2004.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROFAE. Parasitologia e
Microbiologia. Módulo 1. Brasília – DF, 2003.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Trichuris trichiura - PDF/PPT
Trichuris trichiura - PDF/PPTTrichuris trichiura - PDF/PPT
Trichuris trichiura - PDF/PPT
 
Esquistossomose
EsquistossomoseEsquistossomose
Esquistossomose
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Aula helmintos
Aula helmintosAula helmintos
Aula helmintos
 
Esquistossomose
Esquistossomose Esquistossomose
Esquistossomose
 
Trichuris trichiura
Trichuris trichiuraTrichuris trichiura
Trichuris trichiura
 
Amebíase
AmebíaseAmebíase
Amebíase
 
Cadeia de infecção e controle de infecção
Cadeia de infecção e controle de infecção Cadeia de infecção e controle de infecção
Cadeia de infecção e controle de infecção
 
Seminário métodos e técnicas do ensino
Seminário  métodos e técnicas do ensinoSeminário  métodos e técnicas do ensino
Seminário métodos e técnicas do ensino
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Aula de Parasitologia Médica sobre a Malária
Aula de Parasitologia Médica sobre a MaláriaAula de Parasitologia Médica sobre a Malária
Aula de Parasitologia Médica sobre a Malária
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris LumbricoidesAscaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
 
Geardíase
GeardíaseGeardíase
Geardíase
 
Plasmodium
PlasmodiumPlasmodium
Plasmodium
 
Seminário sobre Helmintos
Seminário sobre HelmintosSeminário sobre Helmintos
Seminário sobre Helmintos
 
Doenças causadas por bacterias
Doenças  causadas por bacteriasDoenças  causadas por bacterias
Doenças causadas por bacterias
 
Teniase e cisticercose
Teniase e cisticercoseTeniase e cisticercose
Teniase e cisticercose
 

Semelhante a Parasitologia: Protozoários e Doenças

Semelhante a Parasitologia: Protozoários e Doenças (20)

Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Saneamento
SaneamentoSaneamento
Saneamento
 
Principais protozooses.pptx
Principais protozooses.pptxPrincipais protozooses.pptx
Principais protozooses.pptx
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Resumo parasitoses e diarreia aguda
Resumo parasitoses e diarreia agudaResumo parasitoses e diarreia aguda
Resumo parasitoses e diarreia aguda
 
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaAula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
 
PARASITOLOGIA.pdf
PARASITOLOGIA.pdfPARASITOLOGIA.pdf
PARASITOLOGIA.pdf
 
Amebíase
AmebíaseAmebíase
Amebíase
 
Centro de educação profissional - CEL
Centro de educação profissional - CELCentro de educação profissional - CEL
Centro de educação profissional - CEL
 
Reino protoctista
Reino protoctistaReino protoctista
Reino protoctista
 
Amebíase e toxoplasmose
Amebíase e toxoplasmoseAmebíase e toxoplasmose
Amebíase e toxoplasmose
 
Gíardia lamblia presentation
Gíardia lamblia presentationGíardia lamblia presentation
Gíardia lamblia presentation
 
Amebíase
AmebíaseAmebíase
Amebíase
 
Aula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdfAula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdf
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Helmintos-2014.pdf
Helmintos-2014.pdfHelmintos-2014.pdf
Helmintos-2014.pdf
 
Reino monera, protista
Reino monera, protistaReino monera, protista
Reino monera, protista
 

Último

Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 

Parasitologia: Protozoários e Doenças

  • 1. ESCOLA AGRÍCOLA DO PAJEÚ PARASITOLOGIA PROFESSOR RAFAEL QUESADO VIDAL ENFERMEIRO Curso Técnico de Enfermagem SERRA TALHADA
  • 2. PROTOZOÁRIOS  Relação parasito-hospedeiro.  Tipos de associação entre os animais. 1. Harmônicas; 2. Desarmônicas;  Exemplos.  Competição (girafa X girafa);  Canibalismo (leões X leões);  Predatismo (leões X zebas);  Parasitismo (A. Lumbricóides X Humanos);  Comensalismo (peixe X tubarão);  Mutualismo: as duas espécies se beneficiam (cupins X protozoários);  Simbiose: Pelo menos uma da espécie se beneficia (bovinos X protozoários).
  • 3. PROTOZOÁRIOS  Ação do parasita sobre o hospedeiro.  Ação mecânica (A. Lumbricóides e Giárdia);  Ação traumática (Plasmodium);  Ação irritativa (A. Lumbricóides);  Ação enzimática (entamoeba histolytica);  Ação espoliativa (A. Lumbricóides);  Ação tóxica (A. Lumbricóides);  Anóxia (Plasmodium).
  • 4. PROTOZOÁRIOS  Conceitos epidemiológicos de doenças.  Período de incubação: é o intervalo entre a exposição ao agente e o aparecimento da enfermidade.  Doença clínica: são indivíduos infectados que apresentam sinais e sintomas clínicos.  Doença subclínica: são indivíduos infectados que não apresentam sinais e sintomas da doença.
  • 6. PROTOZOÁRIOS  Dinâmica da distribuição de doenças na população.  Endemia: é a presença constante de uma doença em uma população de determinada área geográfica.  Epidemia: é a ocorrência de uma doença em uma determinada população, que se caracteriza por uma elevação progressiva, inesperada e descontrolada, ultrapassando aos valores esperados.  Pandemia: são as epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários países e/ou continentes.
  • 7. PROTOZOÁRIOS  Medidas preventivas.  Prevenção primária: medidas que procuram impedir que o individuo adoeça, controlando os fatores de risco.  Prevenção secundária: medidas aplicáveis aos indivíduos que se encontram sob a ação do agente patogênico.  Prevenção terciária: consiste na prevenção de incapacidades através de medidas destinadas a reabilitação, aplicada na fase que esteja ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença.
  • 8. PROTOZOÁRIOS  Medindo saúde e doença.  Coeficiente de incidência da doença: Casos NOVOS da doença em determinada comunidade e tempo x 10n População da área no mesmo tempo  Coeficiente de prevalência da doença: Casos PRESENTES da doença em determinada comunidade e tempo x 10n População da área no mesmo tempo  Coeficiente de letalidade: Mortes devido à doença em determinada comunidade e tempo x 100 Casos da doença na mesma área e tempo  Coeficiente geral de mortalidade: Número de óbitos em determinada comunidade e ano x 1.000 População estimada para 01 de julho do mesmo ano
  • 9. PROTOZOÁRIOS  Introdução.  São microorganismos cuja classificação é feita com base nas estruturas de locomoção que eles apresentam;  Todos são seres eucariontes, ou seja, possuem núcleo celular organizado dentro de uma carioteca, a maioria são heterótrofos;  A locomoção desses micro-organismos no meio aquático é feita através de: ciliados, flagelados, pseudópodes e esporozoários;  Vivem em água doce ou salgada;  A reprodução geralmente é assexuada.
  • 10. AMEBÍASE  Introdução.  Leva a óbito anualmente 100.000 pessoas no mundo;  Apesar da alta mortalidade, apenas 10% dos infectados apresentam algum sintoma da doença;  Entamoeba díspar (casos assintomáticos);  Entamoeba histolytica (casos sintomáticos);
  • 11. AMEBÍASE  Biologia.  Os trofozoíto da E. histolytica vivem no intestino grosso, podendo penetrar na mucosa e invadir outros órgãos como (fígado, pulmão, rins) provocando ulceras;  A locomoção se dá por pseudópodes, a ingestão de alimentos por fagocitose e a multiplicação por divisão binária.
  • 12. AMEBÍASE  Ciclo biológico.  É monoxênico (quando o parasita tem apenas um hospedeiro em sua vida), o ciclo se inicia pela ingestão do cisto maduro, juntos de alimentos e água contaminados. Em seguida passa pelo estômago chegando até o intestino delgado, onde ocorre a disseminação dos metacistos. Esses por sua vez, sofrem sucessivas divisões nucleares dando origem a outros trofozoítos que iram colonizar o intestino grosso e ai iram transforma-se em cistos que serão eliminados nas fezes.
  • 14. AMEBÍASE  Transmissão.  Ocorre por ingestão de cistos maduros presentes em água ou alimentos contaminados por dejetos humanos ou por moscas;  OBS: os portadores assintomáticos que manipulam alimentos são os principais disseminadores dessa doença.
  • 15. AMEBÍASE  Manifestações clínicas.  Formas assintomáticas: 80 a 90% dos casos são assintomáticos, sendo o diagnóstico através da detecção de cistos nas fezes;  Forma sintomática disentérica: ocorre cólicas intestinais e diarréia com até 10 evacuações por dia, tenesmo e fezes mucossanguinolentas podendo haver prostração e desidratação;  Forma extra-intestinal: é rara, entretanto muito grave. A forma mais comum é o abscesso amebiano no fígado, causando a tríade (dor no QSD, febre e hepatomegalia). Outros órgãos atingidos são o pulmão, rins e cérebro.
  • 16. AMEBÍASE  Período de incubação.  Muito difícil de se determinar, indo de 7 dias até 14 meses.  Diagnóstico.  Clínico: muito difícil de se determinar, principalmente pela superposição de sintomas com outras doenças parasitarias;  Laboratorial: através do exame de fezes;  Imunológico: ELISA (indicado na amebíase extra-intestinal);
  • 17. AMEBÍASE  Epidemiologia.  Atualmente 480 milhões de pessoas no mundo estão infectadas, sendo que apenas 10% são sintomáticas;  É endêmica em todas as áreas não apresentando surtos;  Atinge todas as idades, com maior prevalência nos adultos;  Os cistos permanecem viáveis por cerca de 20 dias exposto a luz solar.
  • 18. AMEBÍASE  Tratamento.  Metronidazol: 500 mg 3x/dia durante 5 a 10 dias em adultos. Em crianças 35 mg/kg/dia 3x/dia por 5 dias.  Secnidazol: 2 g em dose única em adulto. Crianças 30 mg/kg/dia durante 5 dias.  Tinidazol: 2 g em dose única para adulto. 1g em dose única para criança.
  • 19. AMEBÍASE  Profilaxia.  Exames frequentes dos manipuladores de alimentos;  Combate as moscas;  Lavar sempre as mãos;  Ferver as verduras por pelo menos 15 minutos em 3 gotas de iodo/3 L de água;
  • 20. GIARDÍASE  Introdução.  É um flagelado do intestino delgado. Nos países em desenvolvimento a giárdia é umas das causas mais comuns de diarréia entre crianças, que em conseqüência da infecção, muitas vezes, apresentam problemas de má nutrição e déficit do desenvolvimento.
  • 21. GIARDÍASE  Ciclo biológico.  É um parasita monoxeno. Após a ingestão do cisto, o desencistamento é iniciado no meio ácido do estômago e completado no duodeno e jejuno, onde ocorre a colonização do intestino delgado pelos trofozoítos, que se multiplicam por divisão binária migrando para o seco, logo em seguida onde ocorre o encistamento e sua eliminação nas fezes.
  • 23. GIARDÍASE  Transmissão.  Através de alimentos e água contaminados;  De pessoas a pessoas quando uma está contaminada, principalmente em locais com aglomerados de gente;  Através de contatos homossexuais;  E através de contatos com animais domésticos infectados.
  • 24. GIARDÍASE  Imunidade.  Estudos tem apontado para o desenvolvimento de imunidade contra a giárdia em seres humanos, baseado em: 1. A natureza autolimitante da infecção; 2. A detecção de anti-corpos específicos contra a giárdia; 3. A maior suscetibilidade de indivíduos imunocomprometidos à infecção; 4. A menor suscetibilidade de indivíduos de áreas endêmicas à infecção, quando comparados aos visitantes; 5. A participação da IgA no impedimento da adesão dos trofozoítos à superfície do epitélio intestinal.
  • 25. GIARDÍASE  Sintomatologia.  A maioria das infecções são assintomáticas, e ocorrem tanto em adulto quanto em crianças, que muitas vezes podem eliminar cistos nas fezes por até seis meses.  Nos indivíduos sintomáticos podem apresentar: diarréia do tipo aquosa, explosiva de odor fétido, acompanhada de gases com distensão e dores abdominais, esteatorréia, com perda de peso associada a má absorção de vitaminas, ferro e gordura.  Geralmente a diarréia causada pela giárdia não vem acompanhada de sangue.
  • 26. GIARDÍASE  Diagnóstico.  Clínico: a sintomatologia mais indicativa em crianças é: diarréia com esteatorréia, irritabilidade, náuseas, vômitos, perda de apetite e dores abdominais.  Laboratorial: o parasitológico pode encontrar cistos nas fezes, confirmando assim a infecção.  Imunológico: ELISA (é um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos no plasma sanguíneo, baseia-se na interação antigeno-anticorpo).
  • 27. GIARDÍASE  Epidemiologia.  A giárdia é encontrada em todo mundo, principalmente entre crianças de zero a dez anos;  Normalmente é adquirida pela ingestão de cistos provenientes de água da rede pública tratada incompletamente;  A giárdia tem sido reconhecida atualmente como o agente da “diarréia dos viajantes” que viajam para zonas endêmicas;  Os cistos resistem até dois meses no meio exterior. É resistente ao processo de cloração da água e resiste por muito tempo em baixo das unhas;  É frequentemente encontrada em ambientes coletivos;  Babás e manipuladores de alimentos podem ser fonte de infecção.
  • 28. GIARDÍASE  Tratamento.  Metronidazol: 20 mg/kg durante 7 a 10 dias para crianças, por via oral. A dose para adulto é de 250 mg, 2x/dia.  Secnidazol: 2 g em dose única. Crianças com menos de 5 anos, 125 mg 2x/dia durante 5 dias.  Tinidazol: 2 g em dose única para adulto. 1g em dose única para criança.
  • 29. GIARDÍASE  Profilaxia.  Higiene pessoal;  Destino correto das fezes;  Proteção dos alimentos e tratamento da água;  Fervura da água;  Utilizar filtro de areia;  Tratamento dos animais domésticos.
  • 30. REFERÊNCIA  NEVES D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. Editora Atheneu. 2004.  MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROFAE. Parasitologia e Microbiologia. Módulo 1. Brasília – DF, 2003.