1. TRABALHO DE PARASITOLOGIA
TEMA: AMEBÍASE
GRUPO II
Gustavo Ribeiro, Heloiza Gaiozo, Karen Fernandes,
Renata Martinez, Vivianne Menezes e Thatiane Castro
2. O que é Amebíase?
A amebíase, também conhecida por disenteria amebiana, é uma infecção
parasitária que acomete o intestino. Ela é bastante comum em áreas do mundo
onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam
expostos à contaminação fecal.
Causas
AAmebíase é causada pelo micro-organismo Entamoeba histolytica, que invade o
corpo humano e pode trazer diversos sintomas, ou não, aos pacientes.
Transmissão
A doença é transmitida através de contaminação fecal e pode ser manifestada
dentro ou fora do intestino. A ingestão do protozoário pode ser feita através de
comidas ou bebidas contaminadas ou pode ser contraído, ainda, através do
contato direto com o material fecal.
3. Colocar na boca qualquer objeto que tenha entrado em contato direto ou
indireto com as fezes de um infectado;
Ingerir algo, como água ou comida, que esteja contaminada com o protozoário;
Ingerir cistos de E. histolytica (ovos) contraídos de superfícies ou dedos
contaminados;
Sexo oral ou anal desprotegido com infectado.
Principais meios de transmissão
Grupos de Risco
Desnutridos;
Gestantes;
Pacientes que sofrem de câncer;
Pessoas que tem problemas com o alcoolismo;
Pessoas que utilizam corticoides para inibir o sistema imunológico;
Pessoas que mantêm relações sexuais sem proteção;
Crianças e idosos;
Habitantes de áreas com saneamento básico precário;
Visitantes a áreas com saneamento básico precário.
4. Sintomatologia
Das pessoas contaminadas por E. histolytica, somente 10-20% ficam doentes com
sua infecção. Esta pequena porcentagem que adoece desenvolve sintomas entre
duas e quatro semanas após o primeiro contato com o parasita.
Fadiga;
Perda de peso involuntária;
Tenesmo (dor retal durante a evacuação);
Desconforto, cólicas intestinais e gases em excesso;
Evacuação de fezes pastosas, com muco e sangue ocasional.
Sintomas Leves
Sintomas Graves
Evacuação de fezes líquidas, com sangue ocasional;
Evacuação de dez a vinte vezes ao dia;
Sensibilidade abdominal;
Perfuração intestinal;
Febre e vômitos;
Complicações
Abcesso hepático;
Danos a órgãos vitais;
Efeitos colaterais medicamentosos.
5. Amebíase Cutânea
Múltiplas úlceras cutâneas, causadas por E. histolytica, na área do glúteo e
períneo em paciente indiano soropositivo.
A inoculação externa da E. histolytica ocorre normalmente através da prática do
sexo anal, ou por contato do parasita em forma de trofozoíto com pele não-íntegra.
A incidência é mais comum no ânus, períneo, glúteo e nas genitálias tanto
masculina quanto feminina.
6. Entamoeba histolytica - Morfologia
Vacúolo Contrátil
Recolhe o excesso de
água na célula e o
expulsa por contração
brusca, participando
do movimento dos
pseudópodos.Pseudópodos
Projeções temporárias
da parede celular,
criando “falsos pés”
para a locomoção.
Vacúolos Digestórios
Efetuam a absorção de
nutrientes do meio
externo da célula.
Núcleo
Regula o metabolismo e
armazena informações
genéticas da célula.
Endoplasma
Parte líquida, interna
do citoplasma, que
circunda o núcleo.
Ectoplasma
Membrana plasmática
externa, em contato
com a parede celular.
7. Ciclo de Vida
O parasita libera cistos (ovos) que podem sobreviver meses no mesmo local em
que foram depositados. Esses lugares costumam ser o chão, a água e até mesmo
as próprias fezes. Ter relações sexuais desprotegidas também pode ser um meio
de infecção.
Os cistos possuem 15 mícrons e, após entrarem no corpo humano, passam pela
parte ácida do estômago e, já no intestino delgado, se rompem e geram oito
trofozoítos cada. Alguns desses trofozoítos se multiplicam e causam doenças, já
outros se transformam em cistos que não se aderem à mucosa e são expelidos do
corpo pelas fezes.
Após invadir o corpo humano o parasita pode ficar instalado no intestino de dias até
anos, mas geralmente ele se hospeda de duas a quatro semanas, causando
sintomas ou não, sendo que a grande maioria dos pacientes não sentem sintomas
e nem sabem que ficaram com o parasita no corpo.
8. Ciclo da Entamoeba histolytica - Infecção não Invasiva
Cisto de Quatro
Núcleos
Excretado
através das
fezes, infecta
água potável e
alimentos.
Cisto Maduro
Viaja da boca até
o intestino
delgado, onde se
rompe.
Excistação
Um Metacisto
de quatro
núcleos emerge
e se divide três
vezes e cada
núcleo se divide
uma vez,
produzindo oito
trofozoítos.
Trofozoítos
Migram para o
intestino grosso.
Cissiparidade
Trofozoítos se
multiplicam, e
uma parte se
tornará cistos,
enquanto outra
manterá a forma
original e se
alojará no
intestino.
Pré-Cisto
Forma arredondada,
menor que trofozoíto,
gerada no cólon.
Cisto Imaturo de
Um Núcleo
Cisto Imaturo de
Dois Núcleos
Contaminação
Via oral, através
de água e
alimentos
contaminados.
9. Ciclo da Entamoeba histolytica - Infecção Invasiva
Cisto Maduro
Viaja da boca até
o intestino
delgado, onde se
rompe.
Excistação
Um Metacisto
de quatro
núcleos emerge
e se divide três
vezes e cada
núcleo se divide
uma vez,
produzindo oito
trofozoítos.
Trofozoítos
Migram para o
intestino grosso.
Cissiparidade
Trofozoítos se
multiplicam, e
uma parte se
tornará cistos,
enquanto outra
manterá a forma
original e se
alojará no
intestino.
Contaminação
Via oral, através
de água e
alimentos
contaminados.
Órgãos vitais,
como o cérebro,
coração, fígado,
pulmões e rins,
são atingidos.
Trofozoítos
invadem a
mucosa intestinal.
Em seguida,
entram na
corrente
sanguínea do
infectado.
MAIS AFETADO
10. Incidência da Doença no Mundo
A doença atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano, mas somente 100.000
pessoas morrem por conta da amebíase e suas complicações. A amebíase é
endêmica na América Latina, Índia, Sudoeste Asiático e África. Nessas áreas
duas a cada três pessoas terão a doença, mas, na maioria dos casos, não há
problemas, pois os sintomas não são perceptíveis.
11. Incidência da doença no território brasileiro por região (2006)
19% 11%
6,5%
Em dados mais
recentes, não
regionalizados, o
Brasil indica uma
incidência da doença
em até 11% da
população.
NORTE
SUL
SUDESTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
12. Diagnóstico
O diagnóstico é feito por médicos proctologistas, infectologistas,
gastroenterologistas e até mesmo clínico geral. Os exames que costumam detectar
a doença são:
Tomografia;
Ressonância magnética;
Ecografia.
Para confirmar o diagnóstico, punções de abscessos e exames de sangue também
podem ser realizados para detectarem anticorpos contra o parasita. Exames de
fezes e exames laboratoriais são feitos para ver se a função hepática sofreu
alteração e se houve dano ao fígado. Realizar uma colonoscopia poderá detectar
se o parasita E. histolytica invadiu também o cólon ou o intestino.
Ao marcar a consulta com o médico, pode ser que ele faça perguntas frequentes de
como e quando surgiram os sintomas, se você tem ido muitas vezes ao banheiro
diariamente e se viajou para algum lugar com condições ruins de saneamento
básico.
13. Tratamento da Amebíase
Metronidazol
Tem 250mg e vem em
caixas entre 20 e 70
comprimidos.
Geralmente a posologia é
de 500mg a cada 6 horas,
durante 5 a 7 dias na
amebíase intestinal e de 7 a
10 dias na extra-intestinal.
Benzoilmetronidazol
Vem na forma líquida de
40mg/mL em embalagens de
100mL, que acompanha um
copinho com medida.
Geralmente a posologia é de
20mg/kg a cada 6 horas,
durante 5 a 7 dias na
amebíase intestinal e de 7 a
10 dias na extra-intestinal.
Annita (Nitazoxanida)
Geralmente a
posologia é de 500mg
a cada 12 horas,
durante 3 dias. Não há
informações sobre
tratamento de
amebíase invasiva
O tratamento com antiparasitários é frequentemente indicado para cura da
amebíase e sua indicação é largamente usada nas regiões onde o saneamento
básico é deficiente e por isso, com maior índice de contaminação.
14. Convivendo com o problema
A doença só volta se o tratamento não for feito corretamente, tirando isso, em duas
semanas a pessoa está curada da amebíase e poderá voltar a ter uma vida normal,
sem alterações no estilo de vida ou na alimentação.
Cuidados extras durante o tratamento
Seguir os horários de medicação conforme prescrição médica;
Evitar ingerir bebidas alcoólicas;
Manter uma boa alimentação;
Evitar alimentos gordurosos;
Ingerir muito líquido;
15. Profilaxia na Comunidade
A amebíase é uma doença causada pela má-higiene e falta ou precariedade de
serviços sanitários básicos, além de estar diretamente ligada à regiões onde se
predominam a pobreza, ignorância e analfabetismo. Sua prevenção na comunidade
pode ser feita através de:
Educação preventiva;
Obras de saneamento básico;
Projetos sociais de acesso a banheiros (Melhorias Sanitárias Domiciliares -
FUNASA);
Acesso a itens de higiene pessoal a preços acessíveis ou de maneira
subsidiada.
Cuidados Essenciais
Manter-se sempre com a higiene em dia;
Lavar os alimentos antes de consumi-los;
Não realizar atividades sexuais sem proteção;
Não consumir água diretamente da fonte sem que haja filtração dela;
Evite queijos, leites e produtos lácteos sem que eles sejam pasteurizados;
Lavar frutas e verduras antes de comê-las;
Evitar se alimentar em locais que você não confia na higiene;
Beber água somente engarrafada.
16. Profilaxia no consumo de Água de fonte Mineral
Na nossa região e em grande parte do país, temos o costume de buscar água de
fontes naturais (minas) sempre que possível. Embora a maioria delas seja testada
constantemente, com vários relatórios emitidos sobre a qualidade da água,
devemos sempre tomar um cuidado extra, recomendado pelo Ministério da Saúde.
Uso do Hipoclorito de Sódio (Solução a 2,5%)
É um Desinfetante para Tratamento de
Água para Consumo Humano. Deve
ser utilizado em toda água que não
passou por processo de tratamento,
mas é considerada potável, ou em água
que passou por tratamento precário.
Recomenda-se o uso de duas gotas
por litro de água, com um período de
espera de 30 minutos.
Um segundo uso para o Hipoclorito de
Sódio é a lavagem desinfetante de
frutas e vegetais.
17. Profilaxia em Viagens
Se você está visitando uma região ou país com condições sanitárias precárias,
deve-se tomar algumas precauções
Consumir leite, queijo, ou outros laticínios sem pasteurização;
Tomar água em bebedouros ou da torneira sem ferver;
Consumir bebidas com cubos de gelo;
Comer frutas e vegetais que não foram descascados por você;
Consumir alimentos ou bebidas de vendedores ambulantes ou barracas de rua;
Consumir alimentos ou bebidas de estabelecimentos de má-higiene visível.
O que NÃO fazer
O que é SEGURO
Consumir água mineral engarrafada, desde que o lacre não tenha sido violado;
Tomar água da torneira, fervida por, pelo menos, um minuto;
Tomar bebidas gaseificadas, desde que proceda de latas e garrafas lacradas.
18. Profilaxia em Acampamentos
Nem sempre quando vamos acampar conseguimos carregar toda a água
necessária para o consumo. Nesse caso, temos uma solução prática e muito
eficiente de apenas dois passos:
Passo I - Filtro de Água Portátil de 1 mícron ou menos
Remove os sedimentos da água e ajuda a
eliminar algumas das bactérias e
protozoários na sua fina “rede” interna.
Passo II - Tabletes de Dióxido de Cloro
Transforma a água sem sedimentos em
água potável através da purificação pelo
cloro.
19. Esperamos que tenham gostado da nossa apresentação.
Muito obrigado pela atenção!
20. FontesdePesquisa
• Slideshare - pt.slideshare.com
• Apresentação Amebíase (2015) - https://pt.slideshare.net/lipamufca/amebases-20151
• Blog Ciências e Viver - cienciaseviver.blogspot.com.br
• Amebíase - http://cienciaseviver.blogspot.com.br/2014/07/amebiase-ou-infeccao-por-
entamoeba_7.html
• Wikipédia (em inglês) - en.wikipedia.org
• Ciclo de Vida da Entamoeba histolytica -
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a1/Entamoeba_histolytica_life_cycle-
en.svg
• Só Biologia - www.sobiologia.com.br
• Morfologia - http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/bioprotista2.php
• Consulta Remédios - www.consultaremedios.com.br
• Resumo Amebíase - https://consultaremedios.com.br/crsaude/o-que-e-amebiase-
sintomas-tratamento-prevencao-remedio-e-cura/problemas-de-saude/sua-saude
• Medscape (em inglês) - www.medscape.com
• Amebíase Cutânea - http://www.medscape.com/viewarticle/467073
• Estatísticas Internacionais - http://emedicine.medscape.com/article/212029-overview#a5
• CDC (EUA - em inglês) - www.cdc.gov
• Informações gerais - https://www.cdc.gov/parasites/amebiasis/general-info.html