O documento discute a racionalidade científica e a questão da objetividade do conhecimento científico. Aborda a perspectiva de Thomas Kuhn sobre o assunto, destacando que o conhecimento científico fornece uma interpretação da realidade e não a descreve exatamente como ela é, e que há momentos em que novos modelos científicos substituem os antigos através de revoluções científicas.
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
Este é um trabalho da área da Administração Científica. Ele é útil para professores e estudiosos das Ciências da Administração, alunos e estudantes, além de empresários, executivos e gestores que praticam a Administração profissionalmente. Oferece aqui um estudo de caso que serve de inspiração para empresas e organizações produtivas em geral, no sentido de oferecer diretrizes para a criação de espaços sociais em que os indivíduos possam participar de relações verdadeiramente auto-gratificantes.
O objetivo geral deste estudo é identificar ações e práticas administrativas que podem ser empreendidas em organizações produtivas para aumentar seu grau de racionalidade substantiva, em especial com relação ao processo de tomada de decisões.
A estratégia utilizada foi a de pesquisa etnográfica, feita in loco, no Bando Árvore Sagrada, uma organização produtiva, não constituída legalmente, sem fins econômicos ou lucrativos de Florianópolis, Santa Catarina.
Foram revisados autores do paradigma crítico da Teoria das Organizações, buscando uma contextualização macro-social para o estudo criterioso do objeto de estudo. Esta revisão foi concentrada especialmente na “abordagem substantiva das organizações” proposta por Alberto Guerreiro Ramos (1981), com complementação de Maurício Serva (1996, 1997) e Karl Polanyi (2000).
Foram descritas as características singulares do Bando Árvore Sagrada, tais como a autogestão, sua atuação política como uma Zona Autônoma Temporária e o componente terapêutico da Soma e da capoeira angola. A análise prosseguiu com o estudo do processo de tomada de decisão por consenso na organização, para maior entendimento da auto-realização e da racionalidade substantiva na mesma. Por fim, foram feitas considerações a respeito das ações substantivas na prática administrativa do Bando Árvore Sagrada, e discutida sua extrapolação para outras organizações substantivas em outros contextos.
Através de revisão bibliográfica e pesquisa etnográfica, foram identificadas diversas práticas e ações administrativas de predominância substantiva, tanto na organização instrumental econômica Grupo Semco (SEMLER, 2003, 2006) quanto na isonomia substantiva Bando Árvore Sagrada.
O objetivo do curso é identificar os diferentes saberes que os alunos trazem,valorizando-os como conhecimentos importantes no processo ensino-aprendizagem, além de destacar os principais aspectos que pontuaram as aulas que versam sobre o tema conhecimento.O curso busca sintetizar os aspectos mais significativos sobre o conhecimento.
Evolução da organização do pensamento na civilização cristã ocidental, distinguindo e enfatizando as duas mais importantes correntes de pensamentos: o positivismo e o materialismo histórico dialético.
Evolução da organização do pensamento na civilização cristã ocidental, distinguindo e enfatizando as duas mais importantes correntes de pensamentos: o positivismo e o materialismo histórico dialético.
Apresentação sobre a Metamorfose da Ciência, baseada em artigo homônimo do professor doutor Marco Elia, do Instituto Tércio Paciti de Aplicações Computacionais (INCE/UFRJ). Link para o artigo: http://pt.scribd.com/doc/87479786/Metamorfose-da-Ciencia-Marco-Elia
1. Tema
IV
Conhecimento
e
Racionalidade
Científica
e
Tecnológica
2.
ESTATUTO
DO
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
2.3
A
Racionalidade
Científica
e
a
Questão
da
Objectividade
2. IV
Conhecimento
e
Racionalidade
Científica
e
Tecnológica
2.
Estatuto
do
Conhecimento
Científico
15 ∎ a racionalidade científica e a questão da objectividade ∎ Kuhn ∎ Pensar Azul 11.º
3. 2.3
A
Racionalidade
Científica
e
a
Questão
da
Objectividade
Sumário
O
conceito
de
objectividade
científica
A
perspectiva
de
Thomas
Kuhn
KUHN
1922-‐1996
4. Problema
O
conhecimento
científico
é
objectivo?
15 ∎ a racionalidade científica e a questão da objectividade ∎ Kuhn ∎ Pensar Azul 11.º
5. A
ciência
é
rigorosa.
É
também
objectiva?
Se
definirmos
conhecimento
objectivo
como
um
conhecimento
que
descreve
a
realidade,
tal
como
ela
é,
independentemente
das
características
do
investigador
e
das
condições
em
que
a
investigação
é
realizada,
então,
o
conhecimento
científico,
apesar
de
ter
um
grande
grau
de
exactidão
e
de
rigor,
não
pode
ser
considerado
objectivo
porque
depende:
dos
métodos
e
instrumentos
usados
(só
capta
da
realidade
aquilo
que
os
instrumentos
permitem)
da
participação
activa
do
ser
humano
naquilo
que
conhece
6. Conceito
de
objectividade
científica
Mas
se
definirmos
objectividade
como
a
qualidade
própria
do
conhecimento
que
é
reconhecido
e
partilhado
por
toda
a
comunidade
científica,
em
virtude
do
rigor
metodológico
que
permite
a
qualquer
investigador
repetir
todas
as
operações
lógico-‐matemáticas
e
experimentais
e
obter
sempre
os
mesmos
resultados,
então,
temos
de
aceitar
o
carácter
relativamente
objectivo
das
teorias
científicas.
7. O
conhecimento
científico
é
uma
interpretação
da
realidade
Podemos
afirmar
que:
1 o
conhecimento
científico
não
traduz
a
realidade
tal
como
ela
é
em
si
mesma,
nem
é
a
única
maneira
de
enquadrar
a
realidade
o
conhecimento
científico
fornece-‐nos
uma
2 visão
da
realidade
segundo
a
perspectiva
da
razão,
que
vê
a
vasta
ordem
do
Universo,
matéria
viva
e
inanimada,
como
um
sistema
material
governado
por
regras
que
a
mente
humana
pode
apreender
8. Há
mais
formas
de
interpretar
a
realidade
Há
diferentes
visões
da
realidade:
a
visão
científica
do
mundo
1 não
responde
a
todas
as
nossas
preocupações:
«mostra-‐nos
o
que
existe,
mas
não
o
que
é
que
se
há-‐de
fazer
com
isso»
2 O
conhecimento
científico
é
uma
3
Todas
estas
interpretações
têm
das
formas
do
saber
origem
no
espanto,
humano,
mas
a
Política,
na
curiosidade
perante
a
Arte,
o
Direito
o
mundo
e
na
procura
ou
a
Religião
apresentam
de
sentido
para
outras
visões
da
realidade
a
existência
9. A
ciência
moderna
até
ao
século
XIX
Ao
estudarmos
a
história
da
Ciência,
damo-‐nos
conta
de
que
até
aos
finais
do
século
XIX
existiu
um
modelo
da
racionalidade
(uma
chave
explicativa)
que
assentava
no
determinismo.
10. A
Ciência
no
século
XX
A
partir
do
início
do
século
XX,
devido
às
novas
teorias
da
Física
(a
física
quântica)
e
ao
reconhecimento
de
que
há
fenómenos
que
não
obedecem
ao
determinismo
(princípio
de
incerteza),
ocorreu
uma
revolução
na
epistemologia
que
alterou
o
modelo
de
racionalidade
até
então
aceite
pela
comunidade
científica.
11. Epistemologia
de
Thomas
Kuhn
Neste
contexto,
o
epistemólogo
Thomas
Kuhn,
ao
pretender
compreender
o
processo
das
transformações
ocorridas
nas
ciências,
foi
levado
a
estudar
o
desenvolvimento
histórico
da
Ciência.
O
que
Kuhn
constatou
foi
que
há
momentos
em
que
ideias
científicas
aceites
são
substituídas
por
outras
radicalmente
novas
e
em
que
o
próprio
modelo
geral
de
explicação
KUHN
se
transforma
radicalmente.
12. Exemplos
de
alteração
do
modelo
científico
Foi
o
que
aconteceu
na
astronomia
no
século
XVI,
quando
Nicolau
Copérnico
propôs
o
heliocentrismo
(em
substituição
do
geocentrismo),
ou
na
biologia,
no
século
XIX
,
quando
Charles
Darwin
propôs
a
teoria
da
evolução
das
espécies
ou,
no
século
XX
com
a
teoria
da
relatividade
de
Albert
Einstein.
13. Revoluções
científicas
Nos
casos
referidos
(heliocentrismo,
evolução
das
espécies
e
relatividade),
as
novas
propostas
de
explicação
do
funcionamento
da
Natureza
obrigaram
a
rever
o
modo
como
se
concebia
a
realidade
nos
domínios
da
Astronomia,
da
Biologia
e
da
Física.
Kuhn
chamou
revoluções
científicas
às
transformações
radicais
dos
modelos
em
que,
numa
determinada
época,
assenta
a
visão
do
mundo.
14. Conceito
de
paradigma
Kuhn
chamou
paradigma
ao
conjunto
dos
conceitos
fundamentais
e
dos
procedimentos
padronizados
que
orientam
e
determinam
a
prática
científica
numa
dada
época.
15. Ciência
normal
e
ciência
extraordinária
Segundo
Kuhn,
a
comunidade
científica
realiza
a
investigação
dentro
dos
moldes
de
um
ciência
paradigma
(ciência
normal).
normal
Ao
surgirem
anomalias
(factos-‐problema)
não
explicáveis
à
luz
dos
padrões
aceites,
entra-‐se
num
momento
de
crise
e
polémica
(ciência
extraordinária),
durante
o
qual
ciência
extraordinária
se
confrontam
hipóteses
de
solução
para
as
«anomalias».
16. Incomensurabilidade
dos
paradigmas
Da
situação
de
crise
e
de
conflito
entre
os
conservadores
e
os
inovadores,
surgem
duas
alternativas:
ou
se
desenvolve
uma
ou
se
alarga
e
reformula
revolução
científica
com
o
paradigma
de
modo
a
imposição
de
um
novo
a
solucionar
as
anomalias
paradigma
explicativo
e
explicar
os
novos
dados
Quando
se
impõe,
o
novo
paradigma
estabelece
uma
nova
maneira
de
ver
a
realidade,
incompatível
com
o
paradigma
anterior.
É
a
incomensurabilidade
dos
paradigmas.
17. Como
é
que
os
cientistas
mudam
de
paradigma?
A
escolha
de
um
paradigma
depende:
1
de
factores
objectivos
Características
de
uma
boa
teoria
científica:
2 de
factores
subjectivos
…
a
exactidão
a
consistência
o
alcance
a
simplicidade
a
fecundidade
18. Dificuldades
na
aplicação
de
critérios
Principais
dificuldades
na
escolha
de
uma
teoria
(factores
objectivos
e
subjectivos):
1
os
defensores
de
teorias
imprecisão
na
aplicação
3 diferentes
são
como
falantes
individual
de
linguagens
diferentes
dos
critérios
4
dificuldade
de
comunicação
entre
teorias
diferentes
2 conflitos
entre
os
critérios
(incomensurabilidade
dos
paradigmas)
19. A
nova
teoria
impõe-‐se
A
nova
teoria
impõe-‐se,
pois:
1 leva
alguns
cientistas
a
interessar-‐se
por
2 leva
outros
a
tentar
ela,
discutindo-‐a
ajustar
a
velha
teoria
convence
outros
3 das
suas
vantagens
20. Resumo
um
conhecimento
rigoroso
objectivo
no
sentido
de
ter
e
credível,
partilhável
por
o
acordo
de
toda
a
comunidade
toda
a
comunidade
científica,
que
pode
testar
a
sua
científica,
mas
não
reproduz
validade,
repetindo
as
fielmente
a
realidade
operações
lógico-‐matemáticas
descritas
e
chegar
sempre
a
um
mesmo
resultado
21. Resumo
a
escolha
de
uma
teoria
depende
de
uma
mistura
de
factores
objectivos
e
subjectivos
Thomas
Kuhn,
depois
de
a
Ciência
evolui
de
forma
descontínua
investigar
há
períodos
de
ciência
normal,
em
que
o
modo
como
vigora
um
determinado
paradigma
evolui
a
Ciência,
há
momentos
de
crise,
ou
de
ciência
extraordinária,
de
que
pode
resultar,
quer
a
correcção
e
conclui
que
alargamento
do
paradigma
quer
a
sua
substituição
por
outro
neste
caso,
há
uma
revolução
científica:
dá-‐
se
uma
ruptura
no
modo
de
conceber
a
realidade
o
novo
paradigma
consagra
uma
visão
da
Ciência
e
da
realidade
totalmente
nova
e
incompatível
com
a
anteriormente
adoptada
este
novo
paradigma
transforma-‐se
em
«ciência
normal»,
e
será
sujeito
ao
mesmo
processo
de
confrontação
22. Resumo
Ciência
normal
Revolução
científica
Paradigma
A
Novo
paradigma
Incomensurabilidade
dos
paradigmas
Dificuldade
em
mudar
de
paradigma
A
mudança
depende
da
pressão
da
comunidade
científica
sobre
os
indivíduos
23. Exercício
Indique
os
conceitos
em
falta
nos
espaços
em
branco.
A convicção de que existem relações fixas e necessárias entre fenómenos
naturais é o determinismo.
Os modelos teóricos descritivos e interpretativos que combinam e interligam
conjuntos de leis e hipóteses explicativas coerentes são teorias científicas.
24. Exercício
Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações
V
/
F
Albert
Einstein
propôs
a
teórica
heliocêntrica.
?
F
Charles
Darwin
propôs
a
teoria
da
evolução
das
espécies.
?
V
Nicolau
Copérnico
propôs
a
teoria
da
relatividade.
?
F
25. Exercício
Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações
V
/
F
Chama-‐se
ciência
paradigmática
ao
processo
de
renovação
de
uma
teoria
científica.
?
F
Chama-‐se
ciência
extraordinária
ao
período
de
crise
e
polémica
durante
o
qual
se
confrontam
hipóteses
de
solução
para
as
«anomalias».
?
V
Chama-‐se
revoluções
científicas
às
transformações
radicais
dos
regimes
políticos
com
poder
sobre
a
investigação
científica.
?
F
26. Exercício
Diga
quais
são
as
afirmações
verdadeiras
e
quais
são
as
falsas.
Afirmações
V
/
F
Chama-‐se
incomensurabilidade
dos
paradigmas
à
impossibilidade
de
comparar
os
paradigmas
com
o
senso
comum.
?
F
Chama-‐se
incomensurabilidade
dos
paradigmas
à
impossibilidade
de
comparar
os
paradigmas
mediante
um
critério
comum,
por
serem
modelos
incompatíveis
entre
si.
?
V
Revoluções
científicas
são
as
transformações
radicais
dos
modelos
em
que
assenta
a
visão
do
mundo
de
uma
determinada
época.
?
V
27. Glossário
• Teorias
científicas
São
modelos
teóricos
descritivos
e
interpretativos
que
combinam
e
interligam
conjuntos
de
leis
e
hipóteses
explicativas
coerentes,
permitindo
deduzir
novas
leis
ou
formular
hipóteses
com
vista
à
explicação
de
novos
factos.
28. Glossário
Determinismo
É
a
convicção
de
que
existem
relações
fixas
e
necessárias
entre
fenómenos
naturais,
de
tal
modo
que
o
que
acontece
não
poderia
deixar
de
acontecer
porque
está
ligado
a
causas
anteriores.
29. Glossário
Paradigma
No
contexto
da
reflexão
epistemológica
de
Thomas
Khun,
designa
o
conjunto
dos
conceitos
fundamentais
e
dos
procedimentos
padronizados
aceites
pela
comunidade
científica
que
orienta
e
determina
a
prática
científica.
30. Glossário
Ciência
normal
Designação
atribuída
por
Thomas
Kuhn
ao
desenvolvimento
da
Ciência
realizado
no
respeito
pelas
crenças
básicas
e
pelos
procedimentos
padronizados
próprios
de
um
dado
paradigma.
31. Glossário
Ciência
extraordinária
Designação
atribuída
por
Thomas
Kuhn
aos
momentos
de
crise
e
confronto
entre
propostas
explicativas
novas,
incompatíveis
com
as
concepções
e
os
procedimentos
do
«velho»
paradigma.
Uma
fase
de
ciência
normal
dá
lugar
a
uma
outra
de
ciência
extraordinária
que,
por
sua
vez,
passará
a
ciência
normal,
e
assim
sucessivamente.
32. Glossário
Incomensurabilidade
dos
paradigmas
Conceito
criado
por
Thomas
Kuhn
para
designar
a
impossibilidade
de
comparar
os
paradigmas
mediante
um
critério
comum,
uma
vez
que
propõem
modos
de
conceber
a
realidade
e
a
Ciência
incompatíveis
entre
si.
33. Tema
IV
Conhecimento
e
Racionalidade
Científica
e
Tecnológica
2.
ESTATUTO
DO
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
2.3
A
Racionalidade
Científica
e
a
Questão
da
Objectividade