O documento descreve a teoria de Thomas Kuhn sobre a evolução da ciência através de revoluções científicas. A ciência evolui de um paradigma para o próximo através de períodos de ciência normal intercalados com crises e revoluções. Uma revolução científica ocorre quando um novo paradigma incompatível substitui o antigo após enfrentar resistência inicial da comunidade científica.
2. A evolução da ciência
Paradigma 1
Ciência Normal
Crise
Várias anomalias
REVOLUÇÃO
Paradigma 2
Ciência Normal
Várias anomalias
Crise
…
Ciência
extraordinária
Ciência
extraordinária
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
3. FILOSOFIA 11.º ano
Pré-ciência
Ausência de um paradigma ou modo comum de ver
e resolver problemas.
Ciência normal
Um paradigma rege e orienta a
investigação da comunidade científica.
Ciência extraordinária
Divergência e rivalidade entre paradigmas
alternativos.
Revolução científica
(Um novo paradigma substitui o antigo.)
Novo período de ciência
normal.
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
4. A revolução científica
A revolução científica é o processo mais ou menos lento e mais ou
menos conflituoso que se traduz na substituição do paradigma
existente por um novo paradigma incompatível com aquele.
FILOSOFIA 11.º ano
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
5. Aspetos importantes
1. A comunidade científica começa por resistir à mudança.
2. O novo paradigma ou modelo explicativo só tem possibilidades de
ser adotado se conseguir explicar faCtos que o modelo anterior não
conseguia explicar.
FILOSOFIA 11.º ano
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
A revolução científica
6. Aspetos importantes
3. A mudança de paradigma é uma nova forma de ver o mundo,
apesar de se olhar para um mesmo mundo: não é simplesmente uma
nova forma de interpretar o mundo.
FILOSOFIA 11.º ano
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
A revolução científica
7. Aspetos importantes (3)
«Kuhn nunca nega que Lavoisier e Priestley – adversário da nova teoria
– olhavam para o mesmo mundo químico, para os mesmos gases e
combustíveis. Nega que viam os mesmos objetos. […] Os cientistas
podem olhar para o mesmo mundo e ver coisas diferentes. Voltando a
Lavoisier e Priestley, ambos “olharam para” o ar puro: Lavoisier viu
oxigénio ao passo que Priestley viu ar desflogisticado (recusou dar-lhe o
nome de oxigénio). Isto implica uma diferença de mundivisões, não de
mundos. Eles não interpretaram de modo diferente o que viram. Viram
coisas diferentes.»
Lisa Bortolotti, Introdução à Filosofia da Ciência, Lisboa, Gradiva, p. 232
FILOSOFIA 11.º ano
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
A revolução científica
8. Aspetos importantes
4. Se o novo paradigma é aceite e triunfa, quem resiste a aceitá-lo
isola-se da comunidade científica e, a bem dizer, deixando de
pertencer a uma comunidade de praticantes, deixa de ser um
cientista.
As revoluções científicas não são muito frequentes: acontecem de vez
em quando, o que denota uma certa resistência dos cientistas à
mudança.
FILOSOFIA 11.º ano
Thomas Kuhn e a evolução da ciência
A revolução científica