1) O documento discute as perspectivas da ciência espírita, analisando a relação entre ciência e espiritismo.
2) Apresenta definições de ciência, destacando a importância da metodologia científica. A ciência busca explicar a realidade de forma racional e metódica.
3) Discute classificações das ciências, dividindo-as entre formais e factuais, ideográficas e nomotéticas. O objetivo é entender a natureza dos fenômenos estudados e a metodologia aplicada a cada tipo de
O documento discute a epistemologia, apresentando seu conceito e relações com a ciência e filosofia. Aborda brevemente a história da ciência na Antiguidade, Modernidade e Contemporaneidade, e concepções epistemológicas como o Círculo de Viena, Popper e Kuhn.
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º períodoRita Gonçalves
Este documento resume um texto sobre epistemologia e ciência da informação. Trata-se de um trabalho acadêmico de alunas do curso de biblioteconomia sobre o conceito de epistemologia e sua relação com a ciência da informação. Aborda definições de epistemologia ao longo da história e como diferentes pensadores contribuíram para seu desenvolvimento.
O documento descreve a evolução do método científico desde Galileu Galilei no século XVI até Karl Popper no século XX. Destaca Galileu como o fundador da ciência moderna e do método indutivo, e como Descartes, Bacon e Newton contribuíram para o desenvolvimento do método científico. Finalmente, discute como as ideias de Popper questionaram a indução e defenderam o método dedutivo de teste de teorias por meio de falsificação.
Este documento resume os capítulos 2, 3 e 4 do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí. Descreve as três concepções históricas de ciência, as características das ciências antigas e modernas, como ocorrem rupturas epistemológicas e revoluções científicas, os objetos e métodos das ciências da natureza e humanas, e as contribuições da fenomenologia, estruturalismo e marxismo para as ciências humanas.
Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico Edimar Sartoro
O documento discute os diferentes tipos de conhecimento ao longo da história humana, desde o medo e o misticismo dos povos antigos até o desenvolvimento da ciência moderna. Apresenta as características e exemplos dos principais tipos de conhecimento: popular, científico, filosófico e religioso. Explica como a ciência evoluiu para explicar sistematicamente os fenômenos naturais através de métodos verificáveis.
Metodologia Científica I - Epistemologia - Eduardo HenriqueEduardo Lima
Teoria que toma as ciências como objeto de investigação tentando reagrupar: a) a crítica do conhecimento científico; b) a filosofia das ciências; c) a história das ciências. (JÁPIASSÚ; MARCODES, 1996)
Aula 1 conceitos e concep ã§ãµes de ciãªnciaRoberto Mubarac
O documento discute os fundamentos da epistemologia, definindo-a como o estudo do conhecimento científico e abordando seus objetivos, como refletir sobre a relação entre sujeito e objeto do conhecimento. Também apresenta brevemente diferentes concepções de ciência ao longo da história e suas abordagens para a construção do conhecimento.
O documento discute o que é filosofia, descrevendo-a como uma forma de pensamento crítico que questiona ideias estabelecidas e busca entender os fundamentos da realidade. A filosofia não fornece respostas prontas, mas sim estimula a reflexão sobre diversos campos como ciência, religião, política e arte. O documento também lista alguns dos principais campos da filosofia como lógica, ética e metafísica.
O documento discute a epistemologia, apresentando seu conceito e relações com a ciência e filosofia. Aborda brevemente a história da ciência na Antiguidade, Modernidade e Contemporaneidade, e concepções epistemológicas como o Círculo de Viena, Popper e Kuhn.
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º períodoRita Gonçalves
Este documento resume um texto sobre epistemologia e ciência da informação. Trata-se de um trabalho acadêmico de alunas do curso de biblioteconomia sobre o conceito de epistemologia e sua relação com a ciência da informação. Aborda definições de epistemologia ao longo da história e como diferentes pensadores contribuíram para seu desenvolvimento.
O documento descreve a evolução do método científico desde Galileu Galilei no século XVI até Karl Popper no século XX. Destaca Galileu como o fundador da ciência moderna e do método indutivo, e como Descartes, Bacon e Newton contribuíram para o desenvolvimento do método científico. Finalmente, discute como as ideias de Popper questionaram a indução e defenderam o método dedutivo de teste de teorias por meio de falsificação.
Este documento resume os capítulos 2, 3 e 4 do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí. Descreve as três concepções históricas de ciência, as características das ciências antigas e modernas, como ocorrem rupturas epistemológicas e revoluções científicas, os objetos e métodos das ciências da natureza e humanas, e as contribuições da fenomenologia, estruturalismo e marxismo para as ciências humanas.
Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico Edimar Sartoro
O documento discute os diferentes tipos de conhecimento ao longo da história humana, desde o medo e o misticismo dos povos antigos até o desenvolvimento da ciência moderna. Apresenta as características e exemplos dos principais tipos de conhecimento: popular, científico, filosófico e religioso. Explica como a ciência evoluiu para explicar sistematicamente os fenômenos naturais através de métodos verificáveis.
Metodologia Científica I - Epistemologia - Eduardo HenriqueEduardo Lima
Teoria que toma as ciências como objeto de investigação tentando reagrupar: a) a crítica do conhecimento científico; b) a filosofia das ciências; c) a história das ciências. (JÁPIASSÚ; MARCODES, 1996)
Aula 1 conceitos e concep ã§ãµes de ciãªnciaRoberto Mubarac
O documento discute os fundamentos da epistemologia, definindo-a como o estudo do conhecimento científico e abordando seus objetivos, como refletir sobre a relação entre sujeito e objeto do conhecimento. Também apresenta brevemente diferentes concepções de ciência ao longo da história e suas abordagens para a construção do conhecimento.
O documento discute o que é filosofia, descrevendo-a como uma forma de pensamento crítico que questiona ideias estabelecidas e busca entender os fundamentos da realidade. A filosofia não fornece respostas prontas, mas sim estimula a reflexão sobre diversos campos como ciência, religião, política e arte. O documento também lista alguns dos principais campos da filosofia como lógica, ética e metafísica.
O documento discute três concepções históricas de ciência: racionalista (baseada na dedução matemática), empirista (baseada na observação e experimentação) e construtivista (modelos explicativos, não representação da realidade). Também contrasta ciência antiga e moderna, e discute o surgimento das ciências humanas no século XIX.
O documento discute o método científico, descrevendo seu desenvolvimento histórico e as etapas do método experimental: observação, hipótese, experimentação, generalização e teoria. Explica que o método foi inspirado por Galileu e Descartes e se tornou fundamental para o progresso das ciências naturais.
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...Paulo Lima
Este documento discute as interfaces entre ciência, epistemologia e pesquisa educacional. A ciência é entendida como a produção do conhecimento humano que se amplia e refaz constantemente. A epistemologia fornece ferramentas para analisar criticamente a ciência. A pesquisa educacional estuda o fenômeno da educação e como objeto em construção, reunindo contribuições científicas e epistemológicas.
Este documento discute as conexões entre ciência, epistemologia e pesquisa educacional em três frases:
1) A ciência, epistemologia e pesquisa educacional estão interconectadas e a epistemologia serve como veículo para reflexão crítica sobre a ciência e seu desenvolvimento.
2) A questão epistemológica na pesquisa educacional possibilita a reflexão necessária neste campo e transforma, revisa e repensa o universo estudado.
3) A pesquisa epistemológica deve ser trabalhada a partir dos aspectos hist
O documento discute a relação entre conhecimento filosófico e científico. Inicialmente, o conhecimento filosófico englobava todo o saber racional na Grécia Antiga, sem distinção entre filosofia e ciência. Posteriormente, o conhecimento se dividiu em filosófico, sobre generalidades, e científico, sobre particulares. Atualmente, embora distintos, filosofia e ciência permanecem em interação, com a filosofia da ciência integrando ambos.
Epistemologia do conhecimento cientifico blogRosilda Jesus
A autora analisa a construção histórica do conhecimento científico sob uma perspectiva epistemológica e filosófica. Ela argumenta que o ensino da ciência deve estimular a criatividade e a reflexão crítica sobre os métodos e estruturas do conhecimento científico, em vez de aplicá-los de forma passiva. A autora também discute como diferentes culturas ao longo da história desenvolveram formas distintas de saber, com os gregos sendo os primeiros a sistematizar a filosofia e a forma do con
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historiaThaina Rodrigues
Ciencia na Historia:Ao longo da historia, se estabeleceu três concepções de ciência:
A concepção racionalista: no qual afirma que a ciência e um conhecimento racional, dedutivo e demonstrativo, sendo assim e capaz de provar a verdade necessária e universal.
A concepção empirista: Afirma que a ciência é uma interpretação dos fatos, baseada em observações e experimentos, de forma que a experiência não tem o papel somente de identificar, verificar e confirmar conceitos, mas também de produzi-los.
A concepção construtivista: considera que a ciência e uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade, ou seja, precisa construir conceitos para chegar ao resultado.
Diferença entre Ciência Antiga e Ciência Moderna
Ciências da natureza: As ciências da natureza estuda fatos prováveis submetidos a procedimentos de experimentação; estabelece leis universais entre os fatos estudados; concebem que a natureza é um conjunto articulado de seres e acontecimentos interdependentes ligados ou por relações necessárias de causa e efeito subordinação e dependência, ou por relações entre funções invariáveis e ações variáveis; buscam freqüentes regularidades, freqüências e invariantes dos fenômenos.
As ciências humanas, estudam o homem. Os seus campos de estudos são:
*Psicologia * Sociologia
*Economia * Antropologia
*Historia * Lingüística
*Psicanálise
1) O documento discute a metodologia científica, definindo-a como o estudo dos caminhos do saber. 2) Aborda a evolução da inteligência humana do medo e misticismo para a ciência, e define ciência. 3) Apresenta os tipos de pesquisa científica, incluindo experimental, exploratória, social, histórica e teórica.
O documento discute as características do conhecimento científico, incluindo objetividade, hipóteses testáveis e linguagem rigorosa. Também aborda os mitos da ciência como cientificismo e a suposta neutralidade científica. A filosofia é apresentada como analisando os fundamentos e alcance da ciência.
A moral antiga e a moral moderna, de Victor BrochardJaimir Conte
1) O documento discute as diferenças entre a moral antiga e a moral moderna.
2) Na moral antiga, conceitos como dever, obrigação e lei moral estavam ausentes, ao contrário da moral moderna que se baseia nesses conceitos.
3) Outras diferenças incluem a concepção de Deus (infinito e onipotência ausentes na visão antiga), matéria (entendida de forma diferente) e consciência (sem equivalente na língua grega e latina).
1) O documento descreve a história da ciência desde a Antiguidade até autores contemporâneos, abordando temas como a revolução científica e o método científico. 2) Inclui também uma seção sobre racionalismo vs empirismo e sobre os filósofos Descartes, Kant, Popper e Kuhn. 3) Fornece exemplos de dedução e indução e discute a falseabilidade como critério de Popper para avaliar teorias científicas.
O documento discute o conceito de ciência, seu desenvolvimento histórico e métodos. Apresenta as definições de ciência como conhecimento sistemático obtido através do método científico e discute sua evolução desde o medo dos fenômenos naturais até a abordagem sistemática da atualidade. Também diferencia os tipos de conhecimento e métodos de pesquisa científica.
Este documento resume os principais elementos da epistemologia e história da ciência, descrevendo a evolução do conhecimento desde os filósofos gregos até as teorias contemporâneas. Apresenta os principais pensadores que contribuíram para o avanço científico, como Galileu Galilei e Isaac Newton, e correntes como o Positivismo Lógico e a obra de Kuhn, Popper e Feyerabend. Conclui que a ciência continua em evolução através do desafio constante de novas teorias.
O documento discute a classificação das ciências ao longo da história, desde a classificação de Aristóteles até as classificações modernas. Apresenta as principais formas como as ciências foram categorizadas por diferentes pensadores, incluindo divisões entre ciências teóricas, práticas e poéticas; abstratas, abstratos-concretas e concretas; exatas, naturais e humanas. Conclui que as classificações servem para fins didáticos, mas que na prática as ciências se inter-relacionam e estão em constante evolução
1) O documento discute a evolução do conhecimento científico desde os primórdios da humanidade até a era moderna.
2) Ele descreve os três estágios da evolução humana em relação ao conhecimento - medo, misticismo e ciência - e períodos históricos importantes como a Revolução Científica.
3) O documento também destaca características-chave da ciência, como a busca por princípios explicativos e uma visão unitária da realidade baseada na racionalidade e objetividade.
O documento discute os fundamentos da ciência, como o método científico, e diferentes abordagens epistemológicas como positivismo, funcionalismo, estruturalismo e hermenêutica. Também apresenta os campos das ciências naturais e humanas.
O documento discute a evolução histórica do método científico e dos paradigmas epistemológicos nas ciências naturais e humanas. Aborda como o método científico surgiu como forma de conhecimento baseada na observação empírica em oposição à abordagem metafísica. Também explica como as ciências humanas passaram a seguir os mesmos princípios das ciências naturais e como novos paradigmas como o funcionalismo e estruturalismo emergiram.
1. Popper criticou a visão indutivista da ciência defendida pelo Círculo de Viena e propôs o critério da falseabilidade, onde teorias científicas são hipóteses que podem ser refutadas por observações.
2. Ele defendia que nenhuma teoria pode ser estabelecida de forma definitiva e que a ciência progride por conjecturas e refutações sucessivas.
3. Popper também criticou visões políticas autoritárias em obras como "A Sociedade Aberta e Seus Inimigos" e defendeu a
Design e ilustração de trabalho de Filosofia apresentado em grupo na Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Gostei muito de projetar e apresentar apresentar esse trabalho.
1) O documento discute a pluralidade das existências através da reencarnação, citando opiniões de Allan Kardec, André Luiz e outros espíritas.
2) Apresenta argumentos a favor da reencarnação como forma de progredir espiritualmente através de múltiplas vidas e solucionar problemas como aptidões inatas e desigualdades entre as pessoas.
3) Questiona a visão de uma única existência, apontando que não explica diversidade de capacidades e conhecimentos prévios em algumas crianças.
O documento fala sobre uma grande transição para um mundo de regeneração e bênçãos, onde o sacrifício e o testemunho silencioso pelo amor serão necessários. Pede que sejamos Espíritos que demonstrem a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas para ajudar na mudança moral inevitável com a transição planetária.
Este documento discute o papel dos Espíritos nos fenômenos da Natureza. Afirma que os Espíritos agem como agentes da vontade de Deus para agitar, acalmar ou dirigir os elementos da Natureza. Também sugere que a mitologia antiga que atribuía deuses específicos a diferentes fenômenos naturais não estava totalmente errada, já que Espíritos de diferentes ordens presidem e executam esses fenômenos da Natureza.
O documento discute três concepções históricas de ciência: racionalista (baseada na dedução matemática), empirista (baseada na observação e experimentação) e construtivista (modelos explicativos, não representação da realidade). Também contrasta ciência antiga e moderna, e discute o surgimento das ciências humanas no século XIX.
O documento discute o método científico, descrevendo seu desenvolvimento histórico e as etapas do método experimental: observação, hipótese, experimentação, generalização e teoria. Explica que o método foi inspirado por Galileu e Descartes e se tornou fundamental para o progresso das ciências naturais.
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...Paulo Lima
Este documento discute as interfaces entre ciência, epistemologia e pesquisa educacional. A ciência é entendida como a produção do conhecimento humano que se amplia e refaz constantemente. A epistemologia fornece ferramentas para analisar criticamente a ciência. A pesquisa educacional estuda o fenômeno da educação e como objeto em construção, reunindo contribuições científicas e epistemológicas.
Este documento discute as conexões entre ciência, epistemologia e pesquisa educacional em três frases:
1) A ciência, epistemologia e pesquisa educacional estão interconectadas e a epistemologia serve como veículo para reflexão crítica sobre a ciência e seu desenvolvimento.
2) A questão epistemológica na pesquisa educacional possibilita a reflexão necessária neste campo e transforma, revisa e repensa o universo estudado.
3) A pesquisa epistemológica deve ser trabalhada a partir dos aspectos hist
O documento discute a relação entre conhecimento filosófico e científico. Inicialmente, o conhecimento filosófico englobava todo o saber racional na Grécia Antiga, sem distinção entre filosofia e ciência. Posteriormente, o conhecimento se dividiu em filosófico, sobre generalidades, e científico, sobre particulares. Atualmente, embora distintos, filosofia e ciência permanecem em interação, com a filosofia da ciência integrando ambos.
Epistemologia do conhecimento cientifico blogRosilda Jesus
A autora analisa a construção histórica do conhecimento científico sob uma perspectiva epistemológica e filosófica. Ela argumenta que o ensino da ciência deve estimular a criatividade e a reflexão crítica sobre os métodos e estruturas do conhecimento científico, em vez de aplicá-los de forma passiva. A autora também discute como diferentes culturas ao longo da história desenvolveram formas distintas de saber, com os gregos sendo os primeiros a sistematizar a filosofia e a forma do con
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historiaThaina Rodrigues
Ciencia na Historia:Ao longo da historia, se estabeleceu três concepções de ciência:
A concepção racionalista: no qual afirma que a ciência e um conhecimento racional, dedutivo e demonstrativo, sendo assim e capaz de provar a verdade necessária e universal.
A concepção empirista: Afirma que a ciência é uma interpretação dos fatos, baseada em observações e experimentos, de forma que a experiência não tem o papel somente de identificar, verificar e confirmar conceitos, mas também de produzi-los.
A concepção construtivista: considera que a ciência e uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade, ou seja, precisa construir conceitos para chegar ao resultado.
Diferença entre Ciência Antiga e Ciência Moderna
Ciências da natureza: As ciências da natureza estuda fatos prováveis submetidos a procedimentos de experimentação; estabelece leis universais entre os fatos estudados; concebem que a natureza é um conjunto articulado de seres e acontecimentos interdependentes ligados ou por relações necessárias de causa e efeito subordinação e dependência, ou por relações entre funções invariáveis e ações variáveis; buscam freqüentes regularidades, freqüências e invariantes dos fenômenos.
As ciências humanas, estudam o homem. Os seus campos de estudos são:
*Psicologia * Sociologia
*Economia * Antropologia
*Historia * Lingüística
*Psicanálise
1) O documento discute a metodologia científica, definindo-a como o estudo dos caminhos do saber. 2) Aborda a evolução da inteligência humana do medo e misticismo para a ciência, e define ciência. 3) Apresenta os tipos de pesquisa científica, incluindo experimental, exploratória, social, histórica e teórica.
O documento discute as características do conhecimento científico, incluindo objetividade, hipóteses testáveis e linguagem rigorosa. Também aborda os mitos da ciência como cientificismo e a suposta neutralidade científica. A filosofia é apresentada como analisando os fundamentos e alcance da ciência.
A moral antiga e a moral moderna, de Victor BrochardJaimir Conte
1) O documento discute as diferenças entre a moral antiga e a moral moderna.
2) Na moral antiga, conceitos como dever, obrigação e lei moral estavam ausentes, ao contrário da moral moderna que se baseia nesses conceitos.
3) Outras diferenças incluem a concepção de Deus (infinito e onipotência ausentes na visão antiga), matéria (entendida de forma diferente) e consciência (sem equivalente na língua grega e latina).
1) O documento descreve a história da ciência desde a Antiguidade até autores contemporâneos, abordando temas como a revolução científica e o método científico. 2) Inclui também uma seção sobre racionalismo vs empirismo e sobre os filósofos Descartes, Kant, Popper e Kuhn. 3) Fornece exemplos de dedução e indução e discute a falseabilidade como critério de Popper para avaliar teorias científicas.
O documento discute o conceito de ciência, seu desenvolvimento histórico e métodos. Apresenta as definições de ciência como conhecimento sistemático obtido através do método científico e discute sua evolução desde o medo dos fenômenos naturais até a abordagem sistemática da atualidade. Também diferencia os tipos de conhecimento e métodos de pesquisa científica.
Este documento resume os principais elementos da epistemologia e história da ciência, descrevendo a evolução do conhecimento desde os filósofos gregos até as teorias contemporâneas. Apresenta os principais pensadores que contribuíram para o avanço científico, como Galileu Galilei e Isaac Newton, e correntes como o Positivismo Lógico e a obra de Kuhn, Popper e Feyerabend. Conclui que a ciência continua em evolução através do desafio constante de novas teorias.
O documento discute a classificação das ciências ao longo da história, desde a classificação de Aristóteles até as classificações modernas. Apresenta as principais formas como as ciências foram categorizadas por diferentes pensadores, incluindo divisões entre ciências teóricas, práticas e poéticas; abstratas, abstratos-concretas e concretas; exatas, naturais e humanas. Conclui que as classificações servem para fins didáticos, mas que na prática as ciências se inter-relacionam e estão em constante evolução
1) O documento discute a evolução do conhecimento científico desde os primórdios da humanidade até a era moderna.
2) Ele descreve os três estágios da evolução humana em relação ao conhecimento - medo, misticismo e ciência - e períodos históricos importantes como a Revolução Científica.
3) O documento também destaca características-chave da ciência, como a busca por princípios explicativos e uma visão unitária da realidade baseada na racionalidade e objetividade.
O documento discute os fundamentos da ciência, como o método científico, e diferentes abordagens epistemológicas como positivismo, funcionalismo, estruturalismo e hermenêutica. Também apresenta os campos das ciências naturais e humanas.
O documento discute a evolução histórica do método científico e dos paradigmas epistemológicos nas ciências naturais e humanas. Aborda como o método científico surgiu como forma de conhecimento baseada na observação empírica em oposição à abordagem metafísica. Também explica como as ciências humanas passaram a seguir os mesmos princípios das ciências naturais e como novos paradigmas como o funcionalismo e estruturalismo emergiram.
1. Popper criticou a visão indutivista da ciência defendida pelo Círculo de Viena e propôs o critério da falseabilidade, onde teorias científicas são hipóteses que podem ser refutadas por observações.
2. Ele defendia que nenhuma teoria pode ser estabelecida de forma definitiva e que a ciência progride por conjecturas e refutações sucessivas.
3. Popper também criticou visões políticas autoritárias em obras como "A Sociedade Aberta e Seus Inimigos" e defendeu a
Design e ilustração de trabalho de Filosofia apresentado em grupo na Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Gostei muito de projetar e apresentar apresentar esse trabalho.
1) O documento discute a pluralidade das existências através da reencarnação, citando opiniões de Allan Kardec, André Luiz e outros espíritas.
2) Apresenta argumentos a favor da reencarnação como forma de progredir espiritualmente através de múltiplas vidas e solucionar problemas como aptidões inatas e desigualdades entre as pessoas.
3) Questiona a visão de uma única existência, apontando que não explica diversidade de capacidades e conhecimentos prévios em algumas crianças.
O documento fala sobre uma grande transição para um mundo de regeneração e bênçãos, onde o sacrifício e o testemunho silencioso pelo amor serão necessários. Pede que sejamos Espíritos que demonstrem a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas para ajudar na mudança moral inevitável com a transição planetária.
Este documento discute o papel dos Espíritos nos fenômenos da Natureza. Afirma que os Espíritos agem como agentes da vontade de Deus para agitar, acalmar ou dirigir os elementos da Natureza. Também sugere que a mitologia antiga que atribuía deuses específicos a diferentes fenômenos naturais não estava totalmente errada, já que Espíritos de diferentes ordens presidem e executam esses fenômenos da Natureza.
O documento descreve sete estágios de como as pessoas podem conhecer a Deus através de fatores religiosos, sociais e biológicos. Cada estágio representa uma visão diferente de Deus e corresponde a um mundo social diferente e uma reação biológica diferente. O objetivo é alcançar o sétimo e último estágio de conhecimento absoluto e bem-aventurança de Deus.
Santo Agostinho foi um importante teólogo e filósofo cristão nascido na Argélia no século IV. Ele sistematizou a doutrina cristã com influências do neoplatonismo e foi fundamental na arquitetura intelectual da Igreja Católica. Suas obras mais influentes incluem Confissões, Da Cidade de Deus e tratados sobre a Santíssima Trindade. Sua filosofia enfatizou a graça divina, a hierarquia da criação e a busca do homem por Deus.
[1] O documento descreve os estudos doutrinários realizados no Centro Espírita "18 de Abril" em 1948, divididos em quatro períodos ao longo do ano. [2] O segundo período, de agosto a novembro, foi dedicado à interpretação da doutrina à luz do Livro dos Espíritos, discutindo temas como Deus, reencarnação e leis morais. [3] Os estudos eram realizados por um dos diretores do centro e publicados em folhetos graças ao apoio da Gr
A Igreja define os anjos como seres criados por Deus para servirem o bem. Demônios são explicados como espíritos que se rebelaram contra Deus e agora dedicam-se ao mal, tentando desviar os homens do caminho do bem. A doutrina dos anjos e demônios nega os atributos de um Deus justo e bom, pois não é razoável que Deus tenha criado seres destinados ao mal.
O documento discute a evolução da mente e do sexo no ser humano. Afirma que a mente se desenvolve em direção à sabedoria através do aprimoramento do instinto, enquanto o sexo evolui para o amor através da liberação da libido. Prediz que um dia a mente será a única coisa que existirá, gloriosa em sabedoria e amor na comunhão divina.
Este documento discute o olhar do psiquiatra brasileiro Antônio Xavier de Oliveira sobre o espiritismo e o transe mediúnico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. Xavier de Oliveira via o espiritismo como catalisador de doença mental e desqualificava pacientes que apresentavam familiaridade com o transe mediúnico. Ele procurava estreitar as relações entre espiritismo e loucura estabelecidas pelo discurso médico-psiquiátrico da época.
1) O documento discute as descrições do inferno pagão e cristão, notando que os cristãos acrescentaram sofrimentos físicos e eternos.
2) Alguns teólogos veem essas descrições como alegorias, não realidades literais.
3) Visões de inferno em éxtase podem ser influenciadas pelas crenças da pessoa, não revelações objetivas.
1) O cérebro é o instrumento utilizado pelo espírito para manifestar sua inteligência no mundo material, mas a inteligência é um atributo do espírito e não do cérebro.
2) Estudos com dinossauros e chimpanzés mostram que um cérebro maior não necessariamente significa maior inteligência, já que chimpanzés demonstram inteligência apesar de terem cérebros menores, enquanto dinossauros agiam principalmente por instinto.
3) Embora haja uma correlação entre tamanho cerebral e inteligência, diferen
O documento discute a figura de Yeoschuah, o Grande Arquiteto do Universo, na tradição martinista. Yeoschuah é o nome místico dado a Cristo nesta tradição, inspirado pela cabala cristã. Cristo é visto como um enviado divino que se manifestou em diferentes épocas para guiar a humanidade, não como Deus encarnado. Sua principal missão foi reparar a criação e abrir caminho para a evolução espiritual humana através da imitação de sua vida.
O documento discute o estado dos espíritos entre encarnações, chamados de espíritos errantes. Explica que o estado errante é normal e pode durar de horas a milhares de anos, e que durante esse período os espíritos podem progredir observando seus erros passados. Também destaca que mesmo os espíritos mais evoluídos podem se encarnar em missões, e que a vida espiritual é a verdadeira vida, permanente, enquanto a encarnada é passageira.
1) O homem sempre acreditou que a vida futura seria feliz ou infeliz de acordo com suas obras. Então, criou o inferno com base em sua experiência terrena de sofrimentos, imaginando um lugar de torturas e aflições como castigo.
2) Tanto o inferno pagão quanto o cristão descreviam um lugar de fogo e tormentos, refletindo as ideias da época sobre punição.
3) A existência de um limbo onde as almas permanecem em situação indefinida contraria a noção de justiça div
O documento discute como a energia das pirâmides pode beneficiar as pessoas. Explica que as pirâmides concentram energia cósmica que pode ajudar a equilibrar as energias do corpo humano e tratar problemas de saúde. Também descreve diferentes tipos de pirâmides e como elas podem ser usadas para melhorar a saúde das pessoas e em outros contextos como na agricultura.
O documento discute os conceitos de clarividência e vidência mediúnica segundo Allan Kardec. A clarividência é a visão hiperfísica que permite ver espíritos. Há médiuns videntes que vêem espíritos acordados ou sonhando. A vidência pode ser ativa, com o sensitivo projetando-se para perceber o mundo espiritual, ou passiva, recebendo imagens telepaticamente. A clarividência sonambúlica ocorre quando a alma vê durante o sono, enquanto a vidência mediúnica depende do
A conclusão do documento resume que embora o progresso tenha sido feito, mais trabalho precisa ser feito para alcançar os objetivos. Algumas áreas precisam de mais atenção do que outras para melhorar ainda mais a situação. Esforços contínuos são necessários para sustentar os ganhos alcançados.
Adolfo Bezerra de Menezes nasceu no Ceará em 1831 e faleceu no Rio de Janeiro em 1900. Ele se destacou como médico, político e espírita, sendo um dos principais difusores do Espiritismo no Brasil através de seus escritos no jornal O País. Bezerra de Menezes teve uma vida dedicada aos mais necessitados e à propagação da Doutrina Espírita.
Este documento resume uma palestra virtual sobre fazer o bem sem ostentação. A palestrante discute como a Doutrina Espírita ensina que o bem deve ser feito secretamente e sem esperar recompensas. Ela também alerta sobre os perigos da vaidade e orgulho que podem levar médiuns a se exibirem ao invés de fazerem o bem sinceramente.
O documento resume as principais concepções de ciência ao longo da história, incluindo a concepção racionalista, empirista e construtivista. Também discute classificações de ciência de acordo com a complexidade do objeto de estudo e se é formal ou factual. Finalmente, antecipa tópicos futuros como tipos de ciências e o lugar da computação neste contexto.
O documento discute como a ciência se desenvolveu ao longo da história, inicialmente enfrentando oposição da Igreja Católica durante a Idade Média, mas depois florescendo durante o Renascimento. Também descreve o desenvolvimento das ciências sociais para estudar a sociedade e o homem, e como a realidade científica depende da percepção de cada cientista.
O documento discute a evolução do conhecimento humano desde as primeiras reflexões sobre questões existenciais até o desenvolvimento da ciência moderna. Aborda temas como o pensamento mítico, religioso e filosófico na Antiguidade; a lógica aristotélica e a escolástica na Idade Média; e o surgimento do método científico experimental no Renascimento.
O documento discute a evolução do conhecimento humano desde as primeiras reflexões sobre questões existenciais até o desenvolvimento da ciência moderna. Aborda temas como o pensamento mítico-religioso, a filosofia escolástica, o Renascimento e o método experimental, culminando na caracterização do positivismo e seu paradigma de análise da sociedade.
O documento apresenta uma síntese da evolução da ciência no mundo ocidental desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Discute os principais marcos históricos como o surgimento da filosofia pré-socrática e da cosmologia, o desenvolvimento da ciência moderna a partir dos séculos XVI-XVII e as características das ciências da natureza e humanas. Também aborda temas como os diferentes paradigmas de verdade e conhecimento ao longo do tempo.
Este documento discute aspectos do método científico e apresenta algumas observações sobre a natureza da ciência. Apresenta a distinção entre teorias fenomenológicas e explicativas e discute o problema da indução, questionando como se pode justificar proposições universais a partir de observações particulares.
1) Há críticas à noção de universalidade da ciência contemporânea devido à sua ligação com fatores sociais e culturais.
2) A ciência pode ser vista sob três dimensões: como trabalho intelectual, atividade social e parte do sistema ciência-tecnologia.
3) A relação ciência-tecnologia é específica da ciência moderna e levanta questões sobre a dominação ocidental dos conhecimentos.
Imaginário e ciênciaImaginário e ciência: novas perspectivas do conhecimento ...Marta Caregnato
O documento discute as novas perspectivas do conhecimento na contemporaneidade, comparando o paradigma científico cartesiano com o emergente. O novo paradigma integra a subjetividade e emoção na construção do conhecimento, enxergando razão, paixão e emoção como estratégias para compreender a realidade de forma conectada. Ele também valoriza a transdisciplinaridade sobre a disciplinaridade, unindo diferentes saberes.
Este documento discute a evolução dos paradigmas da ciência e suas influências na constituição do sujeito. Apresenta como os paradigmas mudaram ao longo da história, passando de explicações sobrenaturais para abordagens racionais e, posteriormente, positivistas. Argumenta que o paradigma atual precisa superar a fragmentação do conhecimento produzida pelos paradigmas anteriores para entender a constituição do sujeito na intersubjetividade.
1. O documento discute a importância da metodologia científica no ensino superior, destacando que ela ensina os estudantes a buscar respostas às suas dúvidas de forma rigorosa e sistemática.
2. A metodologia científica não é um simples conteúdo a ser decorado, mas sim uma ferramenta para que os estudantes possam realizar estudos e pesquisas em qualquer área do conhecimento.
3. Diferentes tipos de conhecimento são discutidos, incluindo o conhecimento empírico
O documento discute a relação entre filosofia e ciência, afirmando que a filosofia foi o primeiro conhecimento sistemático e deu origem a todas as ciências. Embora filosofia e ciência possam ser concebidas separadamente, elas mantêm uma relação próxima e complementar, com a filosofia fornecendo fundamentos ontológicos, metodológicos e éticos para o conhecimento científico.
O documento discute a relação entre filosofia e ciência ao longo da história. A filosofia foi a primeira forma de conhecimento sistemático e deu origem às ciências modernas. Embora filosofia e ciência possam ser conceitualizadas separadamente, elas mantêm uma relação próxima e complementar, com a filosofia fornecendo fundamentos epistemológicos e metodológicos para o conhecimento científico.
1) O documento discute os diferentes tipos de conhecimento, incluindo o conhecimento teológico, filosófico, empírico, científico e senso comum. 2) Aborda a evolução do conhecimento humano desde a antiguidade até a idade moderna, quando a ciência passou a ter maior importância. 3) Aponta que a neutralidade científica é um mito, já que os pesquisadores são influenciados por suas formações e valores.
O documento discute diferentes tipos de conhecimento e métodos científicos. Apresenta conhecimento empírico, filosófico, teológico e científico, e métodos como dedutivo, indutivo e hipotético-dedutivo. Também classifica as ciências em formais vs empíricas, e estas em naturais vs sociais.
O documento discute vários aspectos da Idade Moderna entre os séculos XV e XVIII, incluindo o domínio da Igreja sobre o conhecimento, o trabalho de Nicolau Maquiavel sobre o absolutismo e o poder do Estado, e como o Iluminismo e o Renascimento mudaram a forma de pensar da sociedade.
Este documento discute as concepções de estudantes do ensino médio sobre ciência e cientistas. Ele apresenta ideias de filósofos sobre epistemologia das ciências e defende a necessidade de introduzir elementos da cultura científica no ensino de ciências nas escolas.
Este documento discute a natureza da ciência e da pesquisa científica, com foco na contribuição da filosofia ao longo dos tempos. Apresenta os principais tipos de conhecimento e como as concepções de ciência impactam a pesquisa. Também aborda a pesquisa científica, o papel do pesquisador e a importância das instituições de ensino na produção e reconstrução do conhecimento.
O documento discute a teoria e prática científica, definindo conceitos como método, epistemologia, observação, hipótese, verificação experimental e leis. Também aborda a diferença entre lei e teoria, o método científico, indução e dedução. Por fim, analisa o desenvolvimento das ciências humanas e métodos como funcionalismo, estruturalismo e fenomenologia.
O documento discute como o meio em que o médium se encontra influencia as manifestações espíritas. Espíritos superiores podem se comunicar mesmo em meios imperfeitos, mas preferem meios sinceros e instruídos. O tipo de Espírito presente em uma reunião depende do caráter e intenções dos participantes.
Este documento discute a mediunidade e como os médiuns podem melhorar seu dom espiritual através do estudo, trabalho, amor e meditação. Ele enfatiza a importância de os médiuns se transformarem em instrumentos espiritualizados para transmitir as mensagens de Jesus Cristo. O documento também descreve a transição da Era da Matéria para a Era do Espírito e como cada pessoa pode começar esse processo de auto-transformação substituindo sentimentos negativos por positivos.
O documento discute o fenômeno da ectoplasmia, no qual substâncias são liberadas pelo corpo de médiuns durante sessões espíritas. Explica que a ectoplasmia é formada pelo ATP nas células e pode se condensar em objetos ou figuras sob a influência de campos organizadores. Também analisa pesquisas sobre a composição da ectoplasmia e seu possível papel na manifestação de fenômenos paranormais.
O documento descreve um procedimento de apometria para realizar em casa uma vez por semana ou diariamente. Ele inclui pedir proteção a Deus e Jesus, ler um trecho do Evangelho, pedir auxílio a equipes espirituais, criar campos de força protetores ao redor da casa, limpar as energias negativas com luz violeta e verde, tratar espíritos em desarmonia e elevar o padrão vibratório do ambiente com um jardim e riacho.
O documento descreve um procedimento de apometria para realizar em casa uma vez por semana ou diariamente. Ele inclui pedir proteção a Deus e Jesus, ler um trecho do Evangelho, pedir auxílio a equipes espirituais, criar campos de força protetores ao redor da casa, limpar as energias negativas com luz violeta e verde, tratar espíritos em desarmonia e elevar o padrão vibratório do ambiente com um jardim e riacho.
O documento discute como a apometria, uma técnica de cura espiritual, pode ser combinada com princípios de física quântica para lidar com situações envolvendo realidades paralelas e entidades extraterrestres. Ele alerta que trabalhar com essas realidades requer elevar a vibração energética e canalizar a energia do amor cristão para evitar conflitos e manipulação. Recomenda cautela ao lidar com contatos extraterrestres, já que nem todos têm intenções pacíficas.
O documento discute a técnica da apometria e como ela pode ser combinada com a física quântica para tratar de situações envolvendo realidades paralelas e extraterrestres. Explica que a apometria funciona na 4a dimensão e não pode acessar realidades mais sutis sozinha, necessitando elevar o padrão vibracional. Aconselha cuidado ao lidar com contatos extraterrestres, já que muitos grupos ainda não alcançaram seu Cristo interno e podem manipular os humanos.
O documento discute como a apometria, uma técnica de cura espiritual, pode ser combinada com princípios de física quântica para lidar com situações envolvendo realidades paralelas e entidades extraterrestres. Ele alerta que trabalhar com essas realidades requer elevação vibracional e entendimento da energia Ki para modificar padrões quânticos de forma a transmutar energias negativas sem criar bloqueios. Recomenda que o amor e a justiça guiem qualquer interação para evitar contaminação e delegar
Esta oração inicial pede proteção e auxílio divino para realizar trabalhos de apometria quântica e radiestesia cromática, invocando a intercessão de vários seres espirituais como Deus, Cristo, anjos, mestres ascencionados e mentores para envolver os presentes com um manto de proteção azul e dourado e guiá-los no trabalho.
Esta oração inicial pede proteção e auxílio divino para realizar trabalhos de apometria quântica e radiestesia cromática, invocando a intercessão de vários seres espirituais como Deus, Cristo, anjos, mestres ascencionados e mentores para envolver os presentes com um manto de proteção azul e dourado e guiá-los no trabalho.
O documento discute a importância da reforma íntima no tratamento de apometria. Explica que a reforma íntima é o esforço para se tornar uma melhor pessoa através de pensamentos, palavras e ações positivas, enquanto o tratamento de apometria é um tratamento espiritual baseado no trabalho de Allan Kardec. Contém que o tratamento de apometria não é suficiente sozinho, sendo necessária a reforma íntima para evitar recaídas nos erros do passado.
O documento descreve a técnica de apometria cósmica, uma forma de medicina espiritual que conecta o terapeuta ao "Mundo Maior" para curar obsessores e obsediados. Explica que a apometria utiliza a mente do terapeuta para abrir portais interdimensionais e permitir que médicos espirituais realizem cirurgias e tratamentos. Também discute a ideia de uma "Supermente" formada pela união dos subconscientes coletivos de todos os seres vivos no planeta.
O documento descreve a história e os princípios do Tai Chi Chuan. Começou como uma arte marcial desenvolvida por monges taoístas para autodefesa e saúde. Consiste em movimentos suaves e circulares baseados na filosofia yin-yang. Oferece benefícios como equilíbrio, flexibilidade e redução do estresse.
O documento fornece instruções sobre primeiros socorros, incluindo reanimação cardiopulmonar, choque elétrico, corpos estranhos e engasgos. Detalha procedimentos como ventilação boca-a-boca, massagem cardíaca, manobra de Heimlich e desobstrução das vias aéreas em crianças. Também lista números de emergência.
O documento discute a auriculopuntura, descrevendo sua história, anatomia da orelha, métodos de aplicação e alguns pontos comuns. A auriculopuntura é um método terapêutico que usa a orelha para avaliar desequilíbrios energéticos e tratar doenças por meio da inserção de agulhas em pontos específicos.
Este resumo apresenta:
1) Uma revista digital sobre artes marciais e cultura oriental chamada Budo.
2) O editor da revista explica que ela será profissional e gratuita, abordando técnicas, filosofia e cultura oriental de forma respeitosa.
3) A primeira edição inclui glossário de Aikido, artigo sobre estratégia no Taekwondo, e entrevista com mestre de artes marciais.
Este documento discute as causas e soluções controversas da SIDA. Apresenta argumentos de que o HIV não é a causa da SIDA e sim uma síndrome tóxica e nutricional causada por exposição crônica a agentes estressantes para o sistema imunológico, como drogas, pobreza, desnutrição e falta de antioxidantes. Também questiona as evidências de que o HIV foi isolado e purificado, e que as provas para HIV realmente indicam infecção por este vírus.
O documento apresenta um resumo histórico da Medicina Tradicional Chinesa, desde suas origens até os dias atuais. Aborda os principais conceitos como Tao, os meridianos de energia e a teoria yin-yang, além dos métodos terapêuticos como acupuntura, moxabustão e fitoterapia. Também descreve os principais textos médicos chineses ao longo da história e como a medicina tradicional foi reconhecida e integrada ao sistema de saúde da China moderna.
1) O documento é um resumo sobre xamanismo escrito por Ana Vitória Vieira Monteiro. 2) Aborda temas como a arte do êxtase, o teatro e a experiência extática, o xamanismo arcaico, as plantas de poder e o funcionamento do cérebro humano no estado de iluminação. 3) Tem o objetivo de compartilhar conhecimentos sobre o xamanismo de forma a promover o autoconhecimento.
( Espiritismo) # - andre henrique - a revolucao do espirito # perspectivas da ciencia espirita(1)
1. A r e v o l u ç ã o d o E s p í r i t o
P e r s p e c t i v a s d a C i ê n c i a E s p í r i t a
"Uma das ironias da ciência é que os pesquisadores em
todos os campos parecem gostar de decidir quem de suas fileiras
está transpondo os limites aceitáveis da invenção em busca do
conhecimento científico - quem é culpado de inventar algo que
pertença mais ao domínio da pseudo ciência ou mesmo da religião.
Como o falecido filósofo Herbert Marcuse observou uma vez, a
ciência não é isenta de juízos de valor, e embora desenvolver
'teorias de panqueca' para explicar a origem das galáxias e
dividir os primeiros trilionésimos de trilionésimo de segundo da
criação do universo possam ser aceitáveis, certas reflexões
sobre outros assuntos não o são."
John Brockman1
Introdução.
Num momento cultural em que a Ciência e a Tecnologia representam para a nossa
sociedade o voto de Minerva com relação à maioria dos conceitos e valores, é justo esperarmos que
nossas mais íntimas conjecturas encontrem, no contexto científico, sua abordagem, validação ou
abandono.
Mesmo não sendo a única forma de conhecimento aceitável, e apesar de não se ter
encontrado um sentido completo para a palavra "verdade", a sociedade ocidental elegeu a Ciência como
sua representante gnoseológica, suprema intermediária entre o universo e a mente humana.
Entretanto, a Ciência não pode ser desvinculada dos valores humanos, pois é
construída por homens e, como tal, sujeita à axiologia dos que a fazem. Ainda que idealizada como
elemento neutro, ela tem sido resultante de influências outras além do puro desejo de conhecimento.
Fatores econômicos, sociais e políticos depositam no seu fluxo contribuições que a fazem dirigir-se para
este ou aquele aspecto sempre que se impõe uma necessidade. Face a esse panorama, salientamos a
citação de Brockman, na abertura deste trabalho, como significativo termômetro para analisar o
relacionamento entre a Ciência e o Espiritismo, cujo aspecto científico vem sendo pouco considerado e,
por vezes, ignorado pelos pesquisadores, leigos e, inclusive, por muitos espíritas.
Neste trabalho não pretendemos uma tese sobre a Ciência ou o Espiritismo
isoladamente, mas uma discussão sobre a interseção e a interação entre eles. Não intentamos a inovação
de valores ou conceitos, mas o resgate, pela reflexão crítica, do íntimo relacionamento entre os dois,
relacionamento este firmado pela metodologia científica utilizada na pesquisa mediúnica e desenvolvido
na obra de Allan Kardec. Além disso, pretendemos transportar esses conceitos para a realidade atual onde
a Ciência e o Espiritismo tiveram seu desenvolvimento natural face às profundas modificações de uma
moderna tecnologia e da avançada estrutura de conhecimentos, hoje conquistados, acerca da Natureza.
Sentindo a necessidade de retomar a questão do aspecto científico do Espiritismo,
de identificar e definir a abrangência e os métodos desse aspecto, pretendemos promover discussões e
não necessariamente encerrá-las. Nosso interesse é o de apresentar pontos para reflexão, esperando que
aqueles cuja visão não coincida com a nossa, e aqueles que algo tenham a acrescentar, possam nos
encontrar neste terreno de indagações e críticas.
1
- BROCKMAN, Jonh. - Einstein, Gertrude Stein, Wittgenstein e Frankstein: reinventando o universo. Companhia das Letras. 1ª edição.
Parte V. Introdução. pg. 277. . Companhia das Letras. São Paulo. 1988.
2. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 2
Salientamos que é nossa obrigação discutir os conceitos ora retomados porque a
existência dos fatos estudados pelo Espiritismo nos obriga a um posicionamento. Ou o Espiritismo está
certo em suas representações . e precisa ser desenvolvido como ciência, ou está equivocado e precisa ser
corrigido através de uma melhor representação .Mas em ambos os casos precisamos conhecê-lo. Desse
conhecimento brotará a crítica e a reflexão necessárias para darmos um passo a mais no sentido de
elucidar os fatos por ele abordados.
Iniciamos o trabalho com uma análise sobre a Ciência e sua metodologia,
procurando esclarecer o papel e os objetivos do conhecimento científico. Em seguida pensamos o
Espiritismo analisando brevemente seu surgimento, seu contexto e, muito particularmente, a influência
recebida pelo Positivismo de Augusto Comte. E para concluir apresentamos o modelo de conhecimento
espírita sob seu tríplice aspecto - Ciência , Filosofia e Religião - como uma forma coerente de abordar o
conhecimento, de representá-lo e de utilizá-lo no sentido da nossa transformação e da sociedade em que
vivemos.
A Ciência e sua Metodologia.
"Representamos uma civilização científica: e isso significa uma civilização na qual o
conhecimento e sua integridade são cruciais. " Jacob Bronowski
2
A idéia de uma civilização científica nos moldes definidos por Bronowski levou a
sociedade ocidental a uma restruturação de conhecimentos e valores na busca de uma melhor integridade
para eles. Verificar se o que sabemos é correto e conseguir novos meios para conhecer o que hoje
ignoramos é o papel da Ciência e o compromisso de sua metodologia. Mas a definição destes termos,
ciência e metodologia, é em si mesmo um objeto de estudo que, levado a efeito pela filosofia da ciência,
deve nortear o pensamento humano sobre suas próprias descobertas e representações.
Definições
Antes de qualquer discussão sobre a temática da ciência, urge procurar uma
delimitação para o sentido da palavra ciência de maneira que se possa identificar as características
centrais do conhecimento científico. Só a a partir daí poderemos analisar o Espiritismo em seu aspecto
de ciência. Nossa pergunta é: o que é ciência?
Vejamos algumas definições:
"a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do homem entender e explicar racionalmente
a natureza, buscando formular leis que, em última instância, permitam a atuação humana." -
Andery
"Enquanto tentativa de explicar a realidade, a ciência se caracteriza por ser uma atividade
metódica. É uma atividade que, ao se propor conhecer a realidade, busca atingi-la através de
ações passíveis de serem reproduzidas" - Andery
3
"Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou
fenômenos." - Enciclopédia Delta Larousse
4
"a ciência não é um sistema de conceitos, mas, antes, um sistema de enunciados." -
Popper
5
2
- BRONOWSKI, Jacob - A Escalada do Homem. cap. 13. pg437. Editora Universidade de Brasília. 2ª edição,1983.
3
- ANDERY, Maria Amália e outros. - Para compreender a ciência. . Introdução. pgs. 15 e 16. EDUC. Rio de Janeiro.1988
4
- Grande Enciclopédia Delta Larousse
5
- POPPER, Karl R. - A Lógica da Pesquisa científica. cap 1. pg. 35. 2ª ed. São Paulo. Cultrix
3. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 3
"a ciência pode ser definida por meio de regras metodológicas" - Popper
6
"A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático
conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação." - Lakatos
7
"A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos
metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma
natureza." - Lakatos
8
Por estas definições podemos observar que a ciência está fundamentalmente
relacionada ao problema da metodologia. A preocupação central é a de proporcionar um conteúdo de
conhecimentos que possam ser tomados como verdadeiros ou prováveis; e, segundo a opinião de
Popper9
, que possam ser falseados por uma ou mais experiências. Assim, a este sistema de enunciados
elaborados racionalmente, fundamentados na experiência empírica, e passíveis de falseabilidade
através de experiências denominamos ciência.
Destacamos o conceito de falseabilidade pela experiência porque ele foi introduzido
por Popper. Na sua concepção, o conhecimento científico é eminentemente dedutivo no sentido de que
somente a experimentação possibilita a confirmação de uma idéia. E, singularmente, Popper propõe que
uma representação da natureza só seja considerada conhecimento científico se formos capazes de
estabelecer um critério, chamado critério de falseabilidade, através do qual a experiência possa
comprovar que aquela representação, proposta como conhecimento científico, é falsa. Assim para que
um conhecimento seja dito científico ele necessariamente deve estar aberto à possibilidade de estar
errado. Além disso, somente a experimentação ao longo do tempo pode assegurar a permanência - ou não
- de uma dada explicação ou teoria. Daí, segundo Popper, o conhecimento científico ser eminentemente
dedutivo.
Para não nos determos em definições e obter uma abordagem mais significativa
sobre o sentido de ciência, é preciso analisar alguns aspectos relacionados à sua estrutura , seus objetivos,
sua função e objetos de pesquisa. Para tanto, apresentamos o pensamento de Eva Maria Lakatos10
sobre o
assunto. Segundo ela as ciências possuem:
a) objetivo ou finalidade. Preocupação em distinguir a característica
comum ou as leis gerais que regem determinados eventos.
b) objeto. Subdividido em:
• material - aquilo que se pretende estudar, analisar,
interpretar ou verificar de modo geral;
• formal - o enfoque especial, em face das diversas ciências
que possuem o mesmo objeto material.
c) função. Aperfeiçoamento, através do crescente acervo de
conhecimentos, da relação do homem com o seu mundo.
6
- POPPER, Karl R. - A Lógica da Pesquisa científica. cap 2. pg. 56. 2ª ed. São Paulo. Cultrix
7
- LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade - Metodologia Científica. cap.1. pg.23. Editora Atlas. 1ª edição. São Paulo.
1985
8
- LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade - Metodologia Científica. cap.1. pg.22. Editora Atlas. 1ª edição. São Paulo.
1985
9
- Vide "A lógica da pesquisa científica" de K. R. Popper.
10
- LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade - Metodologia Científica. cap. 1. pg.24. Editora Atlas. 1ª edição. São Paulo.
1985
4. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 4
Dessa maneira, no contexto das ciências, os objetivos se voltam para a aquisição de
conhecimentos e técnicas que nos possibilitem o entendimento das leis que regem determinados
fenômenos. Esses fenômenos são os objetos da ciência, o ponto sob o qual converge o interesse do
conhecimento. Assim a ciência é utilizada como ferramenta cuja função é identificar e definir
mecanismos que permitam o refinamento desse conhecimento
A partir desses critérios - objetivo, objeto e função - pode-se propor algumas
classificações para as ciências. Na verdade muitas são as classificações que se têm proposto. Para tomar
uma delas, apresentamos a classificação dada por Mario Bunge:11
CIÊNCIA
FORMAL
FACTUAL
Lógica
Matemática
NATURAL
CULTURAL
Física
Química
Biologia
Sociologia
Econômia
História
O quadro nos mostra a estrutura de classificação proposta por Bunge. A divisão da
ciência em formal e factual leva em consideração, entre outros, a diferença da natureza dos objetos, da
espécie de enunciados e a distinção das metodologias aplicadas na comprovação dos enunciados.
Merece destaque o sentido dado aos adjetivos formal e factual quando aplicado às
ciências:
• Formal - Estudo de idéias. Os objetos destas ciências são
enunciados analíticos cuja verdade depende unicamente do
significado de seus termos e de sua coerência lógica.
• Factual - Estudo de fatos. Seus objetos, além de enunciados
analíticos possuem relação com fatos aos quais os enunciados se
referem e a partir dos quais são elaborados. 12
É importante ressaltar que existem pontos de contato muito sutis entre um e outro
conceito, e que, a rigor, essa divisão é meramente simbólica e não absoluta. Porém, de maneira geral, as
ciências se classificam em estudo de enunciados - ou idéias - e estudo de fatos. Apesar da variação de
nomenclatura adotada, a idéia dessa divisão permanece aproximada entre os diversos autores.
No tocante às ciências factuais, de acordo com os objetos de seu interesse,
poderemos ainda dividí-las em dois tipos:
• Ideográficas - cujos fatos experimentados não estão sujeitos ao
controle e à repetição laboratoriais;
11
- LAKATOS, Eva Maria e Marina de Andrade Marconi - Metodologia Científica. cap. 1. pg.26. Editora Atlas.1ª edição.São Paulo. 1985
12
- Para uma discurssão mais detalhada consultar : LAKATOS, Eva Maria e Marina de Andrade Marconi - Metodologia Científica. cap. 1.
pg.28, 29 e 25. Editora Atlas. 1ª edição. São Paulo. 1985
5. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 5
• Nomotéticas - cujos fatos experimentados podem ser submetidos
ao controle e à repetição em laboratório.
Essa distinção procura estabelecer características metodológica que devem ser
dadas a cada tipo de ciência de acordo com a natureza dos objetos sob sua responsabilidade, e com os
experimentos que podem ser aplicados para validação e refutação das teorias acerca desses fenômenos.
Porém, a própria classificação é uma proposta para as ciências estabelecidas na atualidade, significando
que outras propostas e abordagens poderão surgir.
A Ciência como representação.
Lembramos ainda que existe uma opinião segundo a qual a ciência não passa de um
conjunto de idéias, coordenadas pela mente humana e dispostas de tal forma que se torna possível a
compreensão de um universo limitado de fatos e fenômenos. Um representante destas idéias é apontado
por John Brockman:
"A idéia de que a realidade não é mais que a rede imaterial e transitória de nossa
linguagem descritiva já foi formulada de vários modos por vários pensadores importantes. Um
dos mais eminentes dentre eles foi o físico alemão Werner Heisenberg que, em seu agora
famoso princípio da incerteza, demonstrou que a realidade em seu nível mais fundamental, ou
subatômico, é mais "criada" do que observada pelos físicos."
13
Edwin M. Bartee apresenta o mesmo pensamento:
"A solução de um problema não depende da natureza do problema verdadeiro, mas da
natureza do problema percebido. (...) Admitindo que algumas percepções podem, teoricamente,
ser totalmente isomórficas à situação real, torna-se essencial reconhecer que ainda assim se
tratam de percepções."
14
Posto isso, podemos perceber que a ciência também pode ser entendida como uma
forma de representação da realidade, mas uma representação respaldada na observação criteriosa
de fatos, através de uma abordagem meticulosa, metódica e sistemática.
Somos partidários desta idéia, segundo a qual, a ciência se mostra como uma forma
de interação entre o homem e a realidade, uma ponte que o ser utiliza, entre tantas, para compreender o
seu universo. Essa representação possibilita a ação do homem sobre a realidade; pois uma vez
dominadas as leis que regem os fenômenos, a tecnologia se encarrega de encontrar aplicação para os
princípios formulados pela Ciência.
Nos dias atuais, em que a Ciência foi eleita como a representação mais precisa da
realidade, devemos destacar o fato de que essa escolha se deu em detrimento de outras formas de
percepção. Tal conduta estabeleu para a Ciência um aspecto popular de infalibilidade, errôneo segundo
os próprios pesquisadores. Mas apesar de não ser infalível, a opinião da Ciência passou a ser o voto de
Minerva nas questões relativas ao entendimento e representação do universo. As demais representações,
oriundas da Religião ou da Filosofia, foram, a priori, consideradas inadequadas ou falsas.
Para entender o processo que determinou essa postura cultural é preciso discutir
algo sobre a história da ciência.
13
- BROCKMAN, Jonh. - Einstein, Gertrude Stein, Wittgenstein e Frankstein: reinventando o universo. Companhia das Letras. 1ª edição
14
- BARTEE, Edwin M. , apostila sobre MRP ( Método de resoluçãode problemas)
6. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 6
Breve história da Ciência.
Uma das características mais fundamentais do conhecimento científico é o fato dele
ser racional. A ciência surgiu exatamente da tentativa de opor um conhecimento racional a uma
explicação mítica do mundo, uma explicação baseada em crenças e em outros valores subjetivos. A noção
de racionalidade pode ser melhor analisada a partir do seguinte trecho extraído do livro Para
compreender a ciência:
"Razão, logos - em seu sentido original - significa, por um lado, reunir e ligar e, por outro,
calcular, medir; ambas relacionadas ao pensar, uma atividade fundamental da inteligência. (...) O
conhecimento racional se opõe ao mítico, pois é um conhecimento sobre o qual se problematiza
e não simplesmente se crê; um conhecimento no qual a explicação é demonstrada através da
discussão, da exposição clara de argumentos e não apenas relatada, revelada oralmente; um
conhecimento que busca uma intersubjetividade e não é mero fruto de um sentimento coletivo;
um conhecimento em que se busca explicar e não encontrar modelos exemplares da realidade;
um conhecimento que possibilita um movimento crítico, que possibilita sua superação e a dos
mitos, e não se propõe como acabado, fechado(...); um conhecimento onde as explicações
deixam de ser frutos da ação de seres sobrenaturais e divinos, que agem a despeito do próprio
homem, para se tornarem explicações baseadas em mecanismos imanentes à natureza ou ao
próprio homem em sua ação sobre a natureza(...)"
15
Essa característica racional do conhecimento científico surgiu pela primeira vez na
Grécia num período que vai do século VII ao século I a.C. Caracterizou-se pelas tentativas de
racionalmente explicar o Universo e dar-lhe outras causas que não os deuses. A racionalização dessas
explicações ocorreram, em sua maioria, sem o apoio da observação experimental baseada numa
metodologia específica, o que fez com que a racionalidade grega propusesse uma representação do
universo baseada na noção de um organismo com suas leis e "vontades".
A ciência grega e a cultura judaica.
Apesar de dar início a um período de explicações racionais acerca da Natureza, a
cultura científica da Antigüidade Grega não se assemelha com as concepções científicas que ora
adotamos.
A origem da especulação racional é atribuída a Tales - de Mileto - um filósofo
jônico cuja preocupação era identificar o elemento primitivo do universo. Tentando identificar uma razão
para a phisys - Física ou Natureza - Tales identificou na água o elemento primitivo do universo,
colocando nela a origem de todas as coisas e desenvolveu um sistema de leis para explicar o
comportamento desse elemento primitivo. Posteriormente a Física, o estudo da Natureza - de seus
princípios e leis, recebeu de Aristóteles atenção especial . O livro "Física" de Aristóteles estabeleceu um
novo marco para a cultura humana. Tratava-se da exposição de um sistema completo para explicar a
natureza e as leis do elemento material, identificado na Natureza.
Vejamos a análise de R. Hooykaas sobre esse ponto de vista grego:
"(...) o mundo era um organismo vivo, a divina fonte de todos os seres vivos - e até dos
deuses. (...) Os filósofos jônicos encaravam a própria natureza como uma divindade, um ser
eterno em processo de contínua auto-regeneração. (...) não importa quão divergentes possam
ter sido as diferentes concepções dos filósofos pré-socráticos, ainda assim, como salientou O.
Gilbert, 'toda a especulação dos jônicos e dos eleáticos, e até mesmo dos pitagóricos, nada mais
é que a busca da divindade: isto é, da substância divina que determina e dirige o
desenvolvimento do mundo'."
16
15
- ANDERY, Maria Amália e outros. - Para compreender a ciência. Parte 1. pg. 23. EDUC. RIO DE JANEIRO. 1988.
16
- HOOYKAAS, R. - A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Editora Universidade de Brasília. 1988 . pg 13
7. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 7
E acrescenta:
"(...) a fabricação e a geração representavam o aspecto racional e organístico da
concepção grega. "
17
Essas palavras de Hooykaas demonstram que a postura grega frente à Natureza,
apesar de ter determinado o rumo das especulações filosóficas e científicas, não se aproxima da noção de
ciência que hoje possuímos. Trata-se de uma resposta ao pensamento mítico vigente naquela cultura, uma
resposta que ainda procura relacionar a Natureza com as concepções humanas e moldar o universo
segundo os parâmetros de idéias e não de observações humanas. Tal concepção levou o homem a tomar,
perante os fatos, uma postura conseqüente:
"Os produtos da Natureza são inteligíveis por serem o resultado da auto-reprodução de
formas racionais."- Hooykaas
18
O antigo homem grego concebeu a Natureza como algo limitado pela razão, pelas
idéias e concepções humanas, ou seja, o que não fosse racional - para o homem - não poderia existir
porque ela não age de maneira absurda, mas seguindo uma ordem passível de ser concebida pelo
pensamento humano.
Por tudo isso a ciência grega se constituiu na busca das razões da Natureza, da
forma como o mundo se conformava à concepção humana. A regra do dia foi estabelecida por Protágoras
quando disse - "o homem é a medida de todas as coisas."
Outra cultura que merece destaque na opinião de Hooykaas é a cultura judaica.
Mesmo não tendo uma ciência formulada, os judeus ofereceram uma visão diferente para a representação
da natureza. Diferente da postura grega, a cultura judaica atribuía à Natureza uma hierarquia distinta.
Para os judeus ela era uma criação de Deus - ao contrario do organismo vivo dos gregos - e não estava
submetida aos moldes dos homens. Quando Deus disse "faça-se e luz", a luz se fez. O fato, na concepção
judaica, foi esse, e não caberia ao homem julgar se isso era ou não racional, mas apenas estudar e
procurar uma explicação que possibilitasse o entendimento do observado.
Para os gregos era preciso racionalizar e explicar os fenômenos conforme as idéias
humanas; para os judeus importava observar os fatos e explicá-los não segundo a razão, mas a
observação. Como conseqüência dessa concepção a postura do homem, na cultura judaica, era a de
identificar os fatos, estudá-los e, se possível, controlá-los.
A ciência medieval.
A Idade Média caracterizou-se por uma infeliz tentativa de reunir numa só cultura
os pensamentos gregos e judaicos. Enquanto o Movimento Cristão optava por atalhos19
e se degenerava
na concepção católica, a ciência foi se limitando aos moldes do pensamento de Aristóteles com seus
modelos físicos e metafísicos. Frente a isso podemos compreender o sentido das palavras de Hooykaas:
"A ciência medieval não deu um passo no sentido de eliminar os principais vícios
inerentes à postura grega em face da natureza, pois nela deparamos novamente a mesma
subestimação do poder humano e a mesma deificação da natureza; a mesma superestimação
da razão humana e a mesma depreciação do trabalho manual."
20
17
- HOOYKAAS, R. - A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Editora Universidade de Brasília. 1988. pg. 29
18
- HOOYKAAS, R. - A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Editora Universidade de Brasília. 1988 . pg. 29
19
Vide o conjunto de artigos "O atalho" de autoria de Luciano dos Anjos publicados em O REFORMADOR - coleção de 1973. Editora
FEB.
20
- HOOYKAAS, R. - A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Editora Universidade de Brasília. 1988. pg. 15
8. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 8
"A natureza era considerada como um poder semi-independente, e quando as coisas
aconteciam de acordo com a natureza isso significava que seguiam um modelo que pareceria
racional à mente humana, um modelo descoberto por Aristóteles. (...) A ordem regular da
natureza era considerada como algo instituído por Deus, embora suscetível de ser anulada por
Ele de forma sobrenatural (o termo é significativo), ao realizar um milagre."
21
Estas idéias a respeito do mundo fizeram da cultura medieval uma caricatura do
saber humano; a união perfeita de dois aspectos curiosos e que redundou em nada. O esforço de Tomás
de Aquino em interpretar o pensamento cristão nas bases aristotélicas resultou numa representação
estética do mundo dissociada, porém, da realidade. A beleza desse conhecimento trouxe, no entanto,
terríveis conseqüências para os períodos imediatamente seguintes. Deslumbrados com o dourar das
palavras os homens esqueceram de analisar o sentido experimental das proposições. A Ciência
desapareceu do contexto e deu lugar a uma infindável discussão no campo da escolástica - ou seja, dentro
de padrões distorcidos já que o valor das idéias não estava consignado nas observações, mas adequado a
princípios dogmáticos já estabelecido pela crença em voga e apresentados como inquestionáveis.
Razão e Experiência
Foi no final do século XVI e início do XVII que a ciência conseguiu desvencilhar-se
das rígidas estruturas do preconceituoso racionalismo grego e lançar mão da observação e experiência
como critérios de validação. As contribuições de Johanes Kepler e Ticho Brahe foram de caráter
fundamental. As formulações matemáticas feita por Kepler para explicar as órbitas elípticas dos planetas
e repensar o sistema heliocêntrico de Copérnico foram baseadas nas observações de Ticho Brahe cuja
dedicação à técnica e paixão pelas coisas precisas possibilitaram a formulação de uma visão
matematicamente consistente da astronomia22
. O esforço de Brahe no sentido de utilizar a medição e a
observação representou a primeira oportunidade de crescimento significativo na metodologia científica e
graças às suas observações e medidas a teorização de Kepler pode ser desenvolvida.
Contemporâneo de Kepler e Brahe, o italiano Galileu Galilei entrou para a história
como o marco fundamental da disputa entre a fé cega e a razão luminosa. Procurando aferir as teorias
aristotélicas Galileu propõe uma nova visão da Física e sua obra "Duas Novas Ciências" representa um
marco na evolução do pensamento humano. A postura de Galileu na tentativa de verificar se aquilo que
era racional era de fato real retoma e desenvolve a estrutura do pensar judaico que posicionava o homem
como observador das "irracionalidades de Deus". Observemos os seguintes trechos retirados da
introdução à edição brasileira de "Duas Novas Ciências":
"... Galileu não só ridiculariza e ataca a teoria aristotélica tradicional dos elementos, mas
propõe uma alternativa metodológica baseada na observação e no experimento como principal
critério da verdade. É interessante o uso de experimentos para refutar argumentos verbais
apresentados pela teoria aristotélica."
23
Seguindo essa linha Galileu destaca em seus escritos:
"Penso que discussões sobre problemas da Física devem tomar como ponto de partida
não a autoridade de passagens das Escrituras, mas, sim, experiências sensíveis e suas
necessárias demonstrações. Deus não é revelado com menor excelência nos atos da Natureza
do que nas afirmações sagradas da Bíblia."
24
Aqui, a proposta é que o problema da ciência deixe de ser teologicamente estético -
no sentido de que não se pretende mais a exaltação da Perfeição e Racionalidade da Obra Divina - e
21
- HOOYKAAS, R. - A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Editora Universidade de Brasília. 1988. pg 31
22
- Para maiores detalhes sobre Kepler e Brahe consultar - KOESTLER, Arthur. O homem e o Universo..Parte IV. Caps 1-11. 2ª ed.
IBRASA. São Paulo. 1989.
23
- MARICONDA, Pablo Rubén - in introdução ao livro DUAS NOVAS CIÊNCIAS de Galileu Galilei. 1ª edição .Nova Stella. pg XV.
24
- Galileu - citado por BRONOWSKI, Jacob in - A Escalada do Homem. Editora Universidade de Brasília. 2ª edição,1983. pg. 209.
9. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 9
desloque-se para o terreno da quantificação matemática pela observação do real. Embora Galileu tenha
sido tomado como marco dessa modificação, as contribuições de Kepler e Brahe não podem ser
desmerecidas.25
A introdução na observação e experiência no processo de validação do conhecimento
trouxe nova luz para o pensar humano, possibilitou o surgimento de um pequeno facho que iluminaria os
séculos porvindouros.
Nesse contexto surge a necessidade do MÉTODO.
A essa época surge uma voz que dá o toque de reunir para os conhecimentos
dispersos. Francis Bacon, espírito pratico e perspicaz, apresenta uma nova visão para a Ciência. No seu
"Novum Organon" ele propõe:
"O homem enquanto ministro e intérprete da natureza, só faz e compreende tanto quanto
lhes permitem suas observações sobre a ordem da natureza... mais do que isso não conhece,
nem é capaz de conhecer."
26
Vemos que a temática central, proposta por Bacon, passa a ser a observação da
natureza para verificação do nosso conhecimento sobre ela, a experimentação como elemento validador
das nossas representações acerca da Natureza. Essa concepção, porém, limita o mecanismo do
conhecimento à experiência dos sentidos.
A formulação de "O Discurso sobre o Método" de René Descartes posiciona a
dúvida como forma de apreender a verdade e estabelece princípios de lógica para verificação do que é
real.
As idéias de Descartes baseavam-se no presuposto de uma dicotomia entre os dois
princípios existentes no Universo: Espírito e Matéria. Na concepção cartesiana esses elemento
constituiam os fundamentos de duas realidades paralelas. Essas realidades, material e espiritual, jamais
interagiam em virtude de suas naturezas serem absolutamente díspares. A essa postura seguiram-se
severas críticas com relação à existência do Espírito.
Uma das conseqüência da dúvida concernente à existência do Espírito foi a
solidificação de uma concepção mecanicista da Natureza, segundo a qual o Universo seria uma máquina,
um mecanismo movido por forças e cuja explicação sistematizava relações entre causas e efeitos. A
Mecânica, oriunda dos trabalhos de Isaac Newton, conseguiu eminentes conquistas com esta
interpretação do universo como máquina. Isso definiu o rumo a ser tomado pela Ciência ao ponto de
séculos depois, com o advento da quântica e da relatividade homens como Einstein, Dirac, Plank, Bohr e
Heinsemberg encontrarem extremas dificuldades para reposicionar a interpretação da Natureza em bases
transcendentes à da mecânica newtoniana.
O Método Científico
A necessidade de métodos para validação do conhecimento foi a etapa conseqüente
do processo de observação e experiência. Não basta apenas observar, tornava-se preciso delimitar
critérios de observação, isolar o essencial do secundário e relacionar causas a efeitos.
A metodologia científica se propõe, então, a definir regras e procedimentos que
darão segurança e validade ao exercício de conhecer.
Vejamos algumas observações sobre método científico:
"O método científico é um conjunto de concepções sobre o homem, a natureza e o
próprio conhecimento, que sustentam um conjunto de regras de ação, de procedimentos
prescritos para se construir conhecimento científico" - Andery
27
25
Sobre o assunto consultar a obra "Netuno" de Isaac Asimov e "O Homem perante o Universo" de Arthur Koestler
26
- DURANT, Will - História da Filosofia. cap. III. pg 136. Edição "Livros do Brasil" Lisboa.
10. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 10
"Método é um procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para conseguir-
se alguma coisa, seja material ou conceitual." - Bunge
28
"Método científico é um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais a) se propõe
os problemas científicos e b) colocam-se à prova as hipóteses científicas" - Lakatos
29
Observamos particularmente a última definição. Enquanto as outras duas se baseiam
na idéia de propor procedimentos para validação, esta procura distinguir a forma de propor os problemas
e de resolvê-los. Caracteriza duas etapas distintas do procedimento científico: a proposição metódica do
problema e a explicação sistemática dele.
Neste ponto, fica bem destacado o papel da ciência como representação de uma
realidade metodicamente percebida e sistematicamente explicada. Portanto, um sistema que permanece
válido até que novas observações o contrariem e exijam novas representações para a explicação dos fatos.
Essa opinião é igualmente apresentada por Karl Popper e Thomas Kuhn em "Lógica
da Pesquisa Científica" e "A estrutura das revoluções científicas", respectivamente.
Para Popper a falseabilidade é utilizada como critério para definir,
metodologicamente, até quando uma representação da Natureza permanecerá válida.
Da mesma forma, para Kuhn, a noção de paradigmas caracteriza a prática da ciência
normal, que explora a representação do Universo até que revoluções coloquem em xeque essa mesma
representação quando, então, a ciência desloca-se para um enfoque especial à procura de novos
paradigmas.
Em ambos os casos, a idéia de conhecimento científico como representação, e a
necessidade de método para erigir esse mesmo conhecimento, fica suficientemente realçada.
Para compreender a Ciência.
A concepção científica da humanidade tem evoluído com o passar dos tempos.
Merece ser considerada a proposta de Karl Raimund Popper. Ele vê a ciência como uma interpretação
parcial e temporária de uma realidade existente; uma interpretação atualizável porém nunca exata.
Essa mesma percepção é apresentada por Albert Einstein e Leopold Infield em "A
Evolução da Física":
"Em nosso esforço para compreender a realidade somos algo semelhante a um homem
tentando compreender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros
em movimento, até ouve o seu tique-taque, mas não tem meio algum de abrir a caixa. Se for
engenhoso, poderá formar alguma imagem de um mecanismo que seria o responsável por todas
as coisas que observa, mas jamais poderá estar bem certo de que sua imagem seja a única
capaz de explicar as suas observações. Jamais poderá comparar esta imagem com o
mecanismo real e não pode sequer imaginar a possibilidade ou o significado de tal comparação.
Mas certamente acredita que, com o aumento de seus conhecimentos, a sua imagem da
realidade se tornará cada vez mais simples e explicará uma gama cada vez maior de suas
impressões sensoriais. Pode também acreditar na existência do limite ideal de conhecimento e
que a mente humana dele se aproxima. Poderá chamar este limite ideal de a verdade objetiva"
30
27
- ANDERY, Maria Amália e outros. - Para compreender a ciência. Introdução. pg 16. EDUC,1988.
28
- citado por LAKATOS, Eva Maria e Marina de Andrade Marconi - Metodologia Científica. cap. 1. pg.41. Editora Atlas.1ª edição.São
Paulo. 1985
29
- citado por LAKATOS, Eva Maria e Marina de Andrade Marconi - Metodologia Científica. cap. 1. pg.41. Editora Atlas.1ª edição.São
Paulo. 1985
30
- Einstein, Albert e INFIELD, Leopold - A Evolução da Física - Zahar Editores. São Paulo.1980. 4ª ed. pg. 36
11. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 11
Esta visão da Ciência como representação e explicação de uma realidade percebida,
sujeita a mudanças e atualizações estabeleceu um novo parâmetro para as concepções humanas que da
Antiga Grécia às concepções de Popper pretende estabelecer a Ciência como uma das tentativa humana
de encontrar padrões e estabelecer relações que nos permitam compreender o mundo através da
proposição de modelos.
Além disso, em 1962, com o lançamento do livro "A estrutura das revoluções
científicas", Thomas Kuhn critica o conceito de ciência, e de método científico, apresentando uma
noção ainda mais explícita da ciência como representação temporal de problemas, percebidos e propostos
a partir de determinadas idéias que são compartilhadas pelas comunidades científicas: os paradigmas.
Nesse sentido ele esclarece 31
:
"A pesquisa eficaz raramente começa antes que uma comunidade científica pense ter
adquirido respostas seguras para perguntas como: quais são as entidades fundamentais que
compõem o universo? como interagem essas entidades umas com as outras e com os sentidos?
que questões podem ser legitimamente feitas a respeito de tais entidades e que técnicas podem
ser empregadas na busca de soluções?"
Tal visão recoloca o papel da filosofia no contexto da ciência e introduz o conceito
de paradigma como pressupostos, leis, métodos e técnicas aceitas e demonstradas para uma comunidade
científica e que fundamenta todo o trabalho de pesquisa daquela comunidade.
Como teremos a oportunidade de demonstrar, esse foi exatamente o procedimento
de Kardec ao abordar a questão do espírito: identificar a natureza do problema; os métodos que poderiam
ser aplicados na solução dele; as entidades fundamentais que deveriam ser tomados como pressupostos
para a colocação dos problemas; as experiências que poderiam ser feitas para validar as hipóteses e,
conforme a proposta de Popper, os fatos que falseariam a teoria no caso de ocorrem. Essa lucidez
kardequiana foi o motivo mais forte pelo qual Camille Flammarion referiu-se ao Codificador do
Espiritismo como "o bom senso encarnado".32
O Espiritismo.
Origens.
O Espiritismo surgiu na França a 18 de abril de 1857, com o lançamento da obra "O
Livro dos Espíritos". Essa data desponta, no entanto, como um ponto crucial em que culmina um trabalho
de quase uma década.
Os fatos que deram origem ao Espiritismo ocorrem desde que se tem notícia do
homem, posto que todas as culturas reportam-se a comunicações efetuadas entre vivos e "mortos". No
entanto, foi a partir de 31 de março de 1848 que o mundo ocidental pareceu se preocupar mais com os
fenômenos de comunicação mediúnica. Após os fenômenos de Hydesville, o mundo inteiro foi invadido
pela chamada dança das mesas. Em 1854, por intermédio do Sr. Fortie, seu amigo pessoal, Hyppolyte
Léon Denizard Rivail, entrou em contato com os referidos fenômenos. Após três anos de pesquisas vem a
lume "O Livro dos Espíritos". Nele está a assinatura de Allan Kardec, pseudônimo de Rivail. Surgia o
Espiritismo como uma doutrina de origens científica, de caráter filosófico e de conseqüências
religiosas.33
O Espiritismo se apresentou como uma nova visão para os problemas até então
relegados ao campo do maravilhoso e do sobrenatural, mas a primeira preocupação do Prof. Rivail foi
justamente a de reposicionar o problema sob o ponto de vista do natural. Dessa preocupação com a
31
- KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. Editora Perspectivas.1992. 3ª edição. pg. 23.
32
- Conforme se pode verificar no "Discurso pronuciado junto ao túmulo de Allan Kardec" por Camille Flammarion inserido no livro
"Obras Póstumas" de Allan Kardec - FEB. 22ª edição. pg. 24.
33
- Para maiores detalhes consultar as obras "História do Espiritismo" de Arthur Conan Doyle e "Allan Kardec" de Zêus Wantuil e
Francisco Thiesen.
12. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 12
maneira de propor e tratar o problema evidencia-se uma postura metódica que busca definir o universo
no qual o problema está inserido.
Apesar de a comunicação com os Espíritos estar reportada ao longo de toda a
história da humanidade como uma relação mística, de caráter maravilhoso e sobrenatural Rivail efetua
pesquisas como quem está lidando com uma potência da natureza cujo tratamento deve ser de observação
e crítica; dúvida e ponderação e não mais uma crença cega ou obstinada negação. Cabia-lhe a
observação metódica partindo da verificação da veracidade dos fatos até à explicação dele por um
sistema de leis que possibilitassem o entendimento humano.
Aplicando aos "fatos espíritas" a mesma metodologia empregada para analisar os
problemas científicos da época, Kardec deu um passo decisivo na abordagem de uma área que, até então,
permanecia intocável para a Ciência. Propondo questões e compilando leis através de uma abordagem
metódica e sistematizada, ele desafiava outros pesquisadores a examinar os fatos e propor novos modelos
com suas respectivas soluções para os fatos observados. Vejamos suas palavras:
"Resumimos nas proposições seguintes o que havemos expendido:
1º Todos os fenômenos espíritas têm por princípio a existência da alma, sua sobrevivência
ao corpo e suas manifestações.
2º Fundando-se numa lei da Natureza, esses fenômenos nada têm de maravilhosos, nem de
sobrenaturais, no sentido vulgar desses palavras.
3º Muitos fatos são tidos por sobrenaturais, porque não se lhes conhece a causa: atribuindo-
lhes uma causa, o E s p i r i t i s m o o s r e p õ e n o d o m í n i o d o s f e n ô m e n o s
n a t u r a i s .
4º Entre os fatos qualificados de sobrenaturais, muitos há cuja impossibilidade o Espiritismo
demonstra, incluíndo-os em o número das crenças supersticiosas.
5º Se bem reconheça um fundo de verdade em muitas crenças populares, o Espiritismo de
modo algum dá sua solidariedade a todas as histórias fantásticas que a imaginação há criado.
6º Julgar do Espiritismo pelos fatos que ele não admite é dar prova de ignorância e tirar todo
valor à opinião emitida.
7º A explicação dos fatos que o Espiritismo admite, suas causas e conseqüências morais,
forma toda uma ciência e toda uma filosofia, que reclama estudo sério, perseverante e
aprofundado.
8º O Espiritismo não pode considerar crítico sério, senão aquele que tudo tenha visto,
estudado e aprofundado com a paciência e a perseverança de um observador consciencioso;
que do assunto saiba tanto quanto qualquer adepto instruído; que haja, por conseguinte, haurido
seus conhecimentos algures, que não nos romances da ciência; aquele a quem não se possa
opor fato algum que lhe seja desconhecido, nenhum argumento de que não já não haja cogitado
e cuja refutação faça, não por meio de mera negação. mas por meio de outros argumentos mais
peremptórios; aquele, finalmente, que possa indicar, para os fatos averiguados, causa mais
lógica do que a que lhes aponta o Espiritismo. Tal crítico ainda está por aparecer."
34
Diante dessas palavras, observamos que a postura do Espiritismo, frente aos
fenômenos observados - e que antes eram enquadrados no campo do maravilhoso e do sobrenatural - , é a
de lhes assinalar uma causa natural, que estivesse fundamentada numa visão realística da natureza,
despojada de mitos ou crenças irracionais. Os fenômenos são colocados do ponto de vista de uma
filosofia global que pressupõem, como toda e qualquer ciência, a existência de entidades básicas no
universo, as quais fundamentam a explicação desses mesmos fenômenos.
34
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. FEB.55ª edição. 1987. pg.30-31.
13. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 13
Dessa forma, Kardec efetuava, com toda propriedade, uma revolução na maneira de
abordar a questão do espírito, a qual permanecia relegada ao plano da Filosofia, da Religião e do
Misticismo. Sua postura é inicialmente a de tentar identificar, no problema, uma solução coerente com o
mecanicismo vigente na Ciência de então.
Tentando identificar explicações de caráter puramente "material" Kardec depara-se
com anomalias expressivas que impossibilitam o enquadramento dos fenômenos nos moldes da Ciência
corrente. Sua postura é idêntica à referenciada por Thomas Kuhn:35
"Confrontando com uma anomalia reconhecidamente fundamental, o primeiro esforço
teórico do cientista será, com freqüência, isolá-la com maior precisão e dar-lhe uma estrutura.
Embora consciente de que as regras da ciência normal não podem estar totalmente certas,
procurará aplicá-las mais vigorosamente do que nunca, buscando descobrir precisamente onde
e até que ponto elas podem ser empregadas eficazmente na área de dificuldades."
Esta posição de Kardec fica bem destacada na introdução de O Livro dos Espíritos,
quando ele descreve:
"Se tal fenômeno (o das mesas girantes)
36
se houvesse limitado ao movimento de objetos
materiais, poderia explicar-se por uma causa puramente física. Estamos longe de conhecer
todos os agentes da Natureza ou todas as propriedades dos que conhecemos: a eletricidade
multiplica diariamente os recursos que proporciona ao homem e parece destinada a iluminar a
Ciência de uma Luz nova. Nada de impossível haveria, portanto, em que a eletricidade
modificada por certas circunstâncias, ou qualquer outro agente desconhecido, fosse a causa dos
movimentos observados. O fato de que a reunião de muitas pessoas aumenta a potencialidade
da ação parecia vir em apoio dessa teoria, visto poder-se considerar o conjunto dos assistentes
como uma pilha múltipla, com seu potencial na razão direta do número dos elementos." -
Destaques nossos -
É clara a postura de Kardec. Primeiramente ele pretendeu aplicar aos fenômenos
sob análise dos crivos da ciência corrente, com seus métodos, pressupostos, e conceitos. O fato de
procurar, na eletricidade, uma possível explicação para os fenômenos mostra seu rigor metodológico de
buscar primeiramente nos elementos conhecidos, ou paradigmáticos, como propõe Kuhn, as causas
desses mesmos fenômenos. Não encontrando porém, lança mão de novas alternativas ao colocar o
problema para o campo da Ciência.
Mas, conforme o destacamos acima, a Ciência não é isenta de juízos de valor e o
assunto não recebeu a abordagem merecida. Os sábios da época, representantes da Ciência, tratavam da
questão com desdém, como se ela não existisse. A Ciência de então procurava abordar o problema
segundo o ponto de vista mecânico e a influência do Positivismo foi marcante, tanto no sentido da
abordagem kardequiana como na negação dos sábios de então. É Kardec quem destaca:
"Até aí, como se vê, tudo pode caber no domínio dos fatos puramente físicos e
fisiológicos. Sem sair desse âmbito de idéias, já havia ali, no entanto, matéria para estudos
sérios e dignos de prender a atenção dos sábios. Porque assim não aconteceu?"
37
A pergunta é incisiva e podemos imaginar uma resposta. Ocorre que os fatos fugiam
dos limites da ciência de então. As teorias e pressupostos não se aplicavam à nova ordem de fatos que ali
se demonstrava. Muitos querendo verificar a realidade deles pretenderam reproduzir o fenômeno a seu
bel prazer, acreditando que ele se dava de conformidade com os preparativos humanos, como ocorre
com os estudos físicos.
35
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. Editora Perspectivas.1992. 3ª edição. pg. 23.
36
O Fenômeno das mesas girantes foi que deu início às pesquisas em torno da mediunidade. Para maiores detalhes consultar as obras
"História do Espiritismo" de Arthur Conan Doyle e "Allan Kardec" de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen.
37
KARDEC. Allan. O Livro dos Espíritos. Introdução. FEB. 56ª edição. 1982. pg.18.
14. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 14
"Mas ocorreu - diz Kardec - que o fenômeno nem sempre lhes correspondeu à expectativa
e, do fato de não se haver produzido constantemente à vontade deles e segundo a maneira de
se comportarem na experimentação, concluíram pela negativa. Mau grado porém, ao que
decretaram, as mesas - pois que há mesas - continuam a girar e podemos dizer com Galileu:
todavia, elas se movem!. Acrescentaremos que os fatos se multiplicaram de tal modo que
desfrutam hoje do direito de cidade, não mais se cogitando senão de lhes achar uma explicação
racional."
38
Foi então que o Espiritismo se apresentou como uma ciência que pretende oferecer
uma explicação racional e coerente com os fatos observados, livre do espírito de sistema. Criticado pelos
religiosos por ser demasiadamente metódico e racional no trato com fenômenos espirituais, e enquanto os
cientistas lhe acusavam se ressucitar o mito do Espírito, o Espiritismo apresentava fatos e conclusões
inaugurando a fase crítica da revolução do espírito.
O Positivismo de Augusto Comte ( 1798 - 1845 ).
Para melhor entendimento do contexto e da dimensão do Espiritismo, precisamos
vislumbrar o horizonte cultural da França no século XIX. Em particular, sob o ponto de vista da Ciência,
necessitamos observar o movimento Positivista de Augusto Comte e tentar apreender quais as influências
que esse movimento teve sobre o Espiritismo.
O Positivismo surge como uma nova visão da forma como o homem tem se
relacionado, ao longo do tempo, com a Natureza. Assume a postura de instrutor do intelecto humano e
pretende elevar o homem no sentido de abranger pela explicação, dita positiva, os fenômenos observados.
Mas o movimento positivista tem como proposta central uma tentativa de transformar a Ciência em
Religião.
Observemos as citações sobre o Positivismo colocadas por Maria Amália Andery :
"Comte elabora (...) uma proposta para as ciências, pretende ser o fundador de uma nova
ciência - a sociologia e funda uma religião"
39
E Verdenal destaca:
"...Em última análise o positivismo é a fórmula filosófica que permite transmutar a ciência
em religião: a ciência desembaraçada de todo além teórico da especulação, converte-se em
religião despojada de perspectiva teológica e reduzida aos fatos da prática religiosa: os ritos
sociais."
40
O pensamento de Comte propõe em primeiro lugar três momentos para a historia da
humanidade: o estado teológico, o metafísico e o positivo. E, de maneira sistemática, pretende aplicar
esses estados a todos os episódios da aventura humana. Cada estado, segundo Comte, é caracterizado por
abordagens e pressupostos próprios. O teológico pela busca de causas divinas e sobrenaturais para os
fenômenos do Universo; o metafísico por causas e forças abstratas, ainda personificadas e com moto
próprio; e o positivo pelo busca de um mero relacionamento entre causa e efeito na explicação, que mais
se assemelha a uma descrição, dos fenômenos.41
38
idem.
39
- ANDERY, Maria Amália e outros. - Para compreender a ciência. EDUC,1988. pg. 381
40
- VERDENAL, R. - in A Filosofia Positiva de Augusto Comte - Citado por ANDERY in Para compreender a ciência. EDUC,1988. pg.
381
41
"...cada uma das nossas principais concepções, cada ramo de nossos conhecimentos, passa sucessivamente por três estados teóricos
diferentes: o estado teológico ou fictício, o estado metafísico ou abstrato, o estado científico ou positivo. / No estado teológico o
espírito humano, ao dirigir suas pesquisas essencialmente no sentido da natureza íntima dos seres, das causas primeiras e finais de
todos os efeitos que impressionam, numa palavra, no sentido dos conhecimentos absolutos, representa os fenômenos como
15. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 15
Essa interpretação positiva da evolução humana trouxe uma conseqüência particular
para a abordagem científica. A Ciência deixou de ocupar-se com as causas dos fenômenos no sentido de
identificar-lhes as origens; importava agora uma abordagem descritiva que relacionasse causas a efeitos
no sentido de explicar o como e não o porquê. Para Comte o conhecimento científico é baseado na
observação de fatos e nas relações entre eles. Essas relações são estabelecidas pelo raciocínio e
excluem as tentativas de descobrir a origem, ou uma causa subjacente aos fenômenos. São, na
verdade, descrições das leis que os regem, nada mais.
É importante destacar que a visão da Natureza como um grande mecanismo, a visão
mecanicista, teve uma influência decisiva na tomada desse rumo por parte da Ciência. A conseqüência
mais direta para esse tipo de abordagem foi o fortalecimento de uma visão exclusivamente materialista do
Universo, visão essa assumida pela Ciência e sistematizada no campo da História e da Economia com o
advento do Materialismo Histórico Dialético de Karl Max e Friederich Engels.
O pensamento de Comte, exposto no Positivismo, tem alguns pressupostos que
também merecem ser considerados, vejamos:
• A natureza é um conjunto de leis eternas e imutáveis.
• O progresso é uma sucessão linear de aquisições cuja base
fundamental e a ordem.
• O conhecimento científico é real porque parte do real.
Merece destacar o último pressuposto de Comte, que nos leva a ver o conhecimento
científico como absoluto, não uma representação da nossa percepção da realidade, mas a formulação
da realidade em si mesma. Para Comte a metodologia da ciência deve ser a ordem. A partir daí o
progresso é sempre crescente e linear porque o conhecimento adquirido é absolutamente correto e,
portanto, não tem que se preocupar com o que já foi "conhecido".
O tempo se encarregou de demonstrar o quão errada estava essa posição.
O Espiritismo - seu aspecto de ciência.
"O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.
Como ciência prática ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos;
como filosofia ele compreende todas as circunstâncias morais que decorrem dessas relações.
"Podemos definí-lo assim: 'O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da
destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.' " - Allan Kardec
42
Vemos que Kardec procurou caracterizar o Espiritismo como uma ciência e
enfaticamente qualificou-o de ciência de observação. Segundo ele, este caráter científico do Espiritismo é
decorrente do método empregado para a construção do conhecimento:
produzidos pela ação direta e contínua de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos, cuja intervenção arbitrária explica
todas as anomalias aparentes do universo. / No estado metafísico os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas,
verdadeiras entidades (abstrações personificadas) inerentes aos diversos seres do mundo, e concebidas como capazes de engendrar
por elas próprias todos os fenômenos observados, cuja explicação, consiste então em designar para cada um a entidade que lhe
corresponde. / No estado positivo o espírito humano, reconhecendo a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a
procurar a origem e o destino do universo, assim como a conhecer as causas íntimas dos fenômenos, para se dedicar unicamente a
descobrir, pelo uso bem combinado da razão e da observação, suas leis efetivas, isto é, suas relações invariáveis de sucessão e
similitude. A explicação dos fatos, reduzida então a termos reais, não é, desde então, mais do que a ligação estabelecida entre os
diversos fenômenos particulares e alguns fatos gerais, cujo número os progressos da ciência tendem a diminuir." - COMTE, Augusto
- citado em "História dos filósofos Ilustrada pelos textos" de A. Vergez e D. Huisman - 5ª ed. Rio de Janeiro. Freitas Bastos, 1982.
pgs.291 e 292.
42
- KARDEC, Allan - O que é o Espiritismo. I.D.E. 15ª ed. São Paulo. 1983. pg. 10
16. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 16
"Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as
ciências positivas, aplicando o método experimental.
43
( destaques nossos)
Com o termo ciência positiva Kardec faz referência ao Positivismo. Sem pretender
vincular o Espiritismo à interpretação sistêmica de Comte, destaca, contudo, o caráter de objetividade
que as pesquisas espíritas possuíam com relação ao emprego do método experimental. O Espiritismo agiu
com os fenômenos sob sua análise da mesma forma que o Positivismo propunha a análise dos fenômenos
físicos: identificando os efeitos e procurando-lhes uma explicação objetiva e racional.
Foi exatamente o emprego deste método experimental que conferiu no alvorecer do
século XVII o caráter de distinção ao conhecimento científico. As experiências de Brahe e Galileu
trouxeram as questões científicas do terreno das indagações para o campo da observação experimental.
Este foi o mesmo método empregado por Kardec: trouxe a problemática do Espírito do plano
especulativo para o ambiente da observação. Os fatos lá estavam e necessário era se lhes dessem alguma
explicação. O Espiritismo surgiu então como um sistema doutrinário de caráter científico, quando se
reporta aos fatos observados e experimentados, e de caráter filosófico quando reflete a respeito das
conseqüências dessas explicações para o pensamento e conduta humanos.
No entanto, o Espiritismo se apresenta de maneira distinta das ciências do século
XIX , tanto em proposição de problemas quanto no objeto de suas pesquisas. É este objeto de reflexão
que distingue o Espiritismo enquanto disciplina científica.
Recorramos à percepção de Kardec:
"Assim como a Ciência, propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio
material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora,
como este último princípio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o
princípio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar
completo sem o conhecimento do outro. "
44
O Objeto de pesquisa do Espiritismo: as leis do princípio espiritual.
A partir da concepção racionalista dos gregos, a Ciência definiu-se como uma
pesquisa de elementos naturais. Procurando identificar nos fenômenos uma causa que não fosse
sobrenatural e o homem pretendeu compreender as leis que regem os fenômenos sob sua observação.
Quando a Ciência veio a libertar-se das amarras da religião, procurou assentar sua
atenção sobre a Física como estudo da Natureza. Esse estudo baseou-se na pesquisa sobre o elemento
material. O elemento espiritual foi suprimido da especulação pois pertencia ao domínio da teologia. Era
um mistério, e como os mitos gregos, deveria permanecer assim. Haviam portanto dois elementos: um
material - acessível ao conhecimento humano pelas vias da observação; espiritual, o outro - inacessível à
percepção e ao entendimento humanos.
Nos chamados milagres, que eram fenômenos sobrenaturais, as leis da matéria eram
quebradas e a ação do elemento espiritual permanecia misteriosa, inacessível, misticamente dogmática.
Kardec, como codificador do Espiritismo, observa que:
"As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam no
método experimental, até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à
matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas."
45
Como coisas metafísicas Kardec engloba aquelas cuja base está no elemento
espiritual, que estão além da física (na concepção aristotélica e newtoniana).
43
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 20
44
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 21
45
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 20
17. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 17
É preciso lembrar a noção de matéria vigente no século XIX era a de uma
substância formada por átomos "sólidos", indivisíveis. Além disso, o pensamento cartesiano estabeleceu
um princípio de dicotomia entre Espírito e Matéria como duas realidade absolutamente distintas que de
modo algum interagem.
O elemento material fundamentava a concepção da física mecanicista e fornecia a
base para as pesquisas da Ciência. Pesquisar o elemento material era pesquisar o que estava na Natureza.
O elemento espiritual referia-se ao sobrenatural e para o progresso da Ciência, então materialista, devia
ser ignorado, posto que não existia, que não estava na Natureza. A pesquisa da Ciência voltava-se para a
aplicação de métodos experimentais no estudo dos fenômenos da matéria - como era entendida. Os
métodos aplicados baseavam-se nas concepções mecânicas e procuravam identificar o como e não o
porquê das coisas, seguindo o pensamento positivista. Destacamos que os métodos de pesquisa
empregados na obtenção do conhecimento voltavam-se para a análise de elementos materiais. A tradição
científica havia se especializado na compreensão deste elemento: o material.
O Espiritismo vem buscar novos referenciais para a explicação dos fatos sob sua
observação, e para isso, procura entender as leis que regem o elemento espiritual. Entretanto, o "elemento
espiritual" referido por Kardec é de ordem diferente. Esse "elemento espiritual" apresenta-se sob diversas
e distintas formas; possui leis de regência próprias e é responsável pela explicação de inúmeros
fenômenos até então inexplicáveis.
Na proposição dos elementos fundamentais do Universo, o Espiritismo coloca:
! DEUS - inteligência Suprema e causa primária de todas as coisas.
! ESPÍRITO - o elemento inteligente do universo;
! MATÉRIA - o elemento do qual o Espírito se serve e sobre o qual,
ao mesmo tempo, atua; e
! FLUIDO UNIVERSAL - elemento intermediário entre o Espírito e
a Matéria.
Como podemos ver, as entidades fundamentais no processo de proposição de novas
leis, está colocada. A discussão do Espiritismo sobre os fatos está baseada, como qualquer outra ciência,
em pressupostos filosóficos. Deus, Espírito e Matéria são os elementos basilares do Cosmo; mas ao
elemento material necessário é acrescentar-se o Fluido Universal, um elemento com características
bastante peculiares e que funciona, sob algumas de suas transformações, como a "matéria" do mundo
espiritual. Para uma análise mais aprofundada a respeito dos elementos fundamentais do Universo na
visão espírita, recomendamos a leitura do capítulo IV do livro "O PASSE - SEU ESTUDO, SUAS
TÉCNICAS, SUA PRÁTICA" de Jacob Melo.
Em "O Livro dos Espíritos" na questão 23 a Kardec questiona:
"Qual a natureza íntima do Espírito?
- Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós ele nada é, por não ser
palpável. Para nós entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada
não existe."
46
A resposta deixa bem claro que o Espírito é um ser "substancial" e não uma
abstração idealizada. Esse ponto de vista a respeito do Espírito colocou o Espiritismo numa posição de
vanguarda para analisar os fenômenos da mediunidade. Uma vez que o Espírito era em si mesmo alguma
coisa, a idéia de agir sobre a matéria já não permanecia tão absurda quanto o era na concepção de
Descartes. Para Kardec ficou tão clara a realidade da substância que na questão 28 ele propõe:
46
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos. FEB. 56ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 59
18. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 18
"Pois que o Espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a
confusão dar aos dois elementos gerais (Espírito e Matéria) as designações de - matéria
inerte e matéria inteligente?
As palavras pouco nos importam. Compete a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos
entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca
dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos
fere os sentidos."
47
Não é sem oportunidade a colocação de Kardec. Para os extremados soa, inclusive,
como um ponto de vista que corrobora o Materialismo. Na verdade, o que se pretende é destacar o caráter
de realidade do elemento inteligente do universo.
Uma vez que entendemos os elementos fundamentais colocados pelo Espiritismos
para equacionar o Universo, podemos identificar que o elemento espiritual que é objeto de pesquisa da
ciência espírita, é, por assim dizer, bastante espiritual, daí porque a colocação de Kardec a respeito da
interação e cooperação da Ciência com o Espiritismo:
"O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o
Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria;
ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam o apoio e a comprovação.
48
" - Kardec ( grifos originais -
Voltaremos a comentar esta citação na página 19)
A Ciência estudaria o elemento material e suas leis, o Espiritismo, o elemento
espiritual..
Espiritismo e Ciência.
Kardec não entende o Espiritismo como de competência da Ciência vigente no
século XIX.. Por ser materialista a abordagem científica e pelos métodos de pesquisa que procuravam as
leis do elemento material, a Ciência, de então, enquanto método de pesquisa e pelos objetos de estudo
que elegeu, colocava-se, em sua própria constituição, à distância do estudo do elemento espiritual,
relegando-o ao campo do sobrenatural.
Afirmando que:
"Desde que a Ciência sai da observação material dos fatos, em se tratando de os apreciar
e explicar, o campo está aberto às conjecturas."
Kardec conclui:
47
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos. FEB. 56ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 60
48
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 21
19. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 19
"As ciência ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que se pode experimentar
e manipular livremente; os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de
vontade própria e que nos provam a cada instante não se acharem subordinadas aos nossos
caprichos. As observações não podem, portanto, serem feitas da mesma forma; requerem
condições especiais e outro ponto de partida. Querer submetê-las aos processos comuns de
investigação é estabelecer analogias que não existem. A Ciência propriamente dita, é, pois,
como ciência
49
, incompetente para se pronunciar na questão do Espiritismo: não tem que se
ocupar com isso e qualquer que seja o seu julgamento, favorável ou não, nenhum peso poderá
ter. O Espiritismo é o resultado de uma convicção pessoal, que os sábios, podem adquirir,
abstração feita da qualidade de sábios. Pretender deferir a questão à Ciência equivaleria a
querer que a existência ou não da alma fosse decidida por uma assembléia de físicos ou de
astrônomos. Com efeito, o Espiritismo está todo na existência da alma e no seu estado depois
da morte. (...) Vedes, portanto, que o Espiritismo não é da alçada da ciência."
50
( grifos nossos)
E, por fim, complementa:
"(...) desde que se trata de uma manifestação que se produz com exclusão das leis da
Humanidade, ela escapa à competência da ciência material, visto que não pode explicar-se
por algarismos, nem por uma força mecânica."
51
(grifos nossos)
Nossa primeira observação a respeito desse trecho é o sentido das palavras Ciência,
com "C" maiúsculo e ciência com "c" minúsculo. Pelo contexto em que ele vem utilizando esses termos,
poderíamos substituir ciência com "c" minúsculo por método utilizado e então a expressão torna-se mais
clara e possibilita melhor entendimento das seguintes palavras contidas em "A Gênese" sobre o
Espiritismo e a Ciência.
"O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o
Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria;
ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam o apoio e a comprovação.
52
" - Kardec ( grifos originais)
E prossegue:
"Pela sua substância, (o Espiritismo) alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da
Natureza, com relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor
daquelas leis. (...)
Vemos então que a reserva colocada por Kardec ao estudo dos fatos "espíritas" por
parte da Ciência trata-se de uma coerência com os objetos e métodos desta própria ciência, que se auto
restringiu à pesquisa dos objetos materiais e das leis que os regem, os quais são passíveis de explicação
por algarismos e forças mecânicas. Os fatos que se apresentavam não se enquadravam nesta ordem de
fenômenos, daí a afirmação de Kardec de que o Espiritismo não era da alçada da ciência, de então,
enquanto enfoque metodológico.
Entretanto, a restrição não se faz de maneira absoluta. Kardec pôde perceber que o
Espiritismo estudava uma potência da Natureza, o Espírito, e que, portanto, não poderia seguir um
caminho isolado. Sabia que o elemento espiritual não atuava sozinho e reconhecia que alguns tópicos
estudados pelo Espiritismo, necessariamente seriam abordados pelas demais ciências. Daí a suas
criteriosas observações a respeito dos pontos de contatos entre o Espiritismo e as outras ciências:
49
- Observe-se que Kardec faz uma distinção entre a Ciência - propriamente dita - com C maiúsculo e ciência com c minúsculo.
50
- KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos. FEB. 56ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pgs. 28 e 29
51
- Idem . pg. 30
52
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 21
20. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 20
"Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque,
se novas descobertas lhe demonstrasse estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se
modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará."
53
Essas percepções acerca do Espiritismo deixam bem caracterizada a posição de
Kardec com relação à estrutura do conhecimento espírita, que não é de modo algum fechado em si
mesmo. Ele entendia o Espiritismo como uma representação de nossas atuais percepções acerca de uma
determinada ordem de fatos - os espirituais; e propunha que esta representação não fosse estática, mas
continuamente atualizável como o resto do conhecimento científico.
Cabe ressaltar que a representação dos fenômenos espirituais colocada pelo
Espiritismo possui como fundamento a observação de fatos e a experimentação segundo as técnicas
permitidas pela tecnologia vigente. Desse modo, foi na observação dos fatos que o Espiritismo
fundamentou sua metodologia de conhecimento.
Observemos, novamente, as palavras de Kardec a respeito do método experimental:
"As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam
sobre o método experimental, até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável
à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas."
54
E com relação ao Espiritismo, ele destaca:
"Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as
ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam que não
puderam ser explicados pelas leis conhecidas; ele (o Espiritismo) os observa, compara, analisa
e, remontando dos efeitos às causas, chega às leis que os rege; depois deduz-lhe as
conseqüências e busca as aplicações úteis."
55
(grifos nossos)
Afirmando categoricamente56
que não são os fatos que vêm a posteriori confirmar a
teoria, mas a teoria é que vem subseqüentemente explicar e resumir os fatos, Kardec acrescenta:
"O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha
evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação."
57
Essa posição levou o Espiritismo a uma situação de vanguarda na pesquisa dos
fenômenos espirituais.
A abordagem espírita - metodologia aplicada ao elemento espiritual.
A abordagem que o Espiritismo propõe às questões envolvendo o Espírito estão em
plena coerência com o conceito de que metodologia científica " é um conjunto de procedimentos por
intermédio dos quais a) se propõe os problemas científicos e b) colocam-se à prova as hipóteses
científicas" 58
É assim que a primeira proposta do Espiritismo com relação à maneira de abordas
as questões pertinentes aos Espíritos seja uma mudança sobre a forma como o problema é proposto.
Analisemos a opinião de Kardec continua em o Livro dos Médiuns:
53
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pgs 44 e 45.
54
- Kardec, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 20
55
- Kardec, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 20
56
- in A Gênese, cap. 1 item 14.FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982
57
- KARDEC, Allan - A Gênese. FEB 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 44
58
- LAKATOS, Eva Maria e Marina de Andrade Marconi - Metodologia Científica. cap. 1. pg.41. Editora Atlas.1ª edição.São Paulo. 1985
21. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 21
"A dúvida, no que concerne à existência dos Espíritos, tem como causa primária a
ignorância acerca da verdadeira natureza deles. Geralmente, são figurados como seres à parte
na criação e de cuja existência não está demonstrada a necessidade."
59
E propõe:
"O Espírito não é, pois, um ponto, uma abstração; é um ser limitado e circunscrito, ao qual
só falta ser visível e palpável, para se assemelhar aos seres humanos."
60
Essa maneira de propor o Espírito como uma potência da natureza cuja existência
possui um caráter substancial e não abstrato, removeu as barreiras da abordagem metodológica, segundo
a qual o Espírito era inacessível à pesquisa científica por tratar-se de uma abstração. Kardec devolve o
Espírito para o plano real e pretende abordá-lo com o mesmo enfoque com que a ciência do seu século
estudava a Matéria: como uma das potências da Natureza.
Seguindo essa linha de proposição, Kardec defini o Espiritismo como:
"..ciência que trata da natureza origem e destino dos Espíritos, bem como de suas
relações com o mundo corporal. "
61
O problema passou a ser percebido com método; pode ser resolvido com um sistema
de leis explicativas, que ressaltaram da observação e abriu-se para as críticas e correções que, segundo a
percepção de Kardec, necessariamente ocorreriam com o desenvolvimento natural da pesquisa.
É ele mesmo quem propõe que a melhor forma de combater a explicação espírita é
oferecendo uma mais adequada aos fatos observados, em sua totalidade e não isoladamente; isto é,
oferecendo uma teoria que explicasse de uma só vez e com a mesma elegância os fatos estudados pelo
Espiritismo.
A abordagem kardequiana mostrou-se tão segura que imediatamente surgiram outras
posições como as da Metapsiquica Francesa, de Charles Richet, e da Parapsicologia Alemã; como outras
tentativas para explicação dos fatos analisados. Eminentes pesquisadores engajaram-se na elucidação dos
fatos estudados pelo Espiritismo. Homens como Friederich Zölnner, Alexandre Aksakof, Gustave Geley,
Cammile Flammarion, Cesare Lombroso, Gabriel Dellane; William Crockes; Albert de Rochas;
Crawford; Bozzano, entre outros dedicaram suas pesquisas aos fenômenos em questão. Mas esses
mesmos fenômenos permanecem, até o momento, desprezados pela chamada ciência oficial - ainda não
destituída dos seus juízos de valor.
Apesar deste elemento espiritual ser desprezado pela dita ciência oficial ressaltamos
aqui as palavras de Brockman inseridas na introdução:
"Uma das ironias da ciência é que os pesquisadores em todos os campos parecem gostar
de decidir quem de suas fileiras está transpondo os limites aceitáveis da invenção em busca do
conhecimento científico e quem é culpado de inventar algo que pertença mais ao domínio da
pseudo ciência ou mesmo da religião. "
É preciso que se retome as opiniões de Kardec acerca da postura da Ciência. Se ela
deseja demonstrar que o Espiritismo está errado deve fazê-lo com a observação dos fatos por ele
estudados. Se insiste que estes fatos não existem então demonstre que eles são realmente impossíveis de
acontecer e se ocorrem apresente explicações mais coerentes acerca das observações. O Espiritismo será
o primeiro a seguir-lhe, conforme afirmou Kardec.
Os fatos existem e não se pode fugir deles. O Espiritismo apresenta suas conclusões
baseadas em observações e apoiadas numa metodologia e portanto, é uma explicação de caráter
59
- KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns. FEB.48ª ed. Rio de Janeiro.1983. pg. 16
60
- KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns. FEB.48ª ed. Rio de Janeiro.1983. pg.20
61
- KARDEC, Allan - O que é o Espiritismo. FEB. 24ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg.50
22. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 22
científico. A explicação espírita está proposta. É preciso que outras apareçam para que se possa avaliar
qual a que melhor representa a realidade dos fenômenos observados.
Podemos verificar, então, que o Espiritismo possui um aspecto de ciência muito
bem definido: procura, através da observação e experimentação, extrair uma representações das leis que
regem os fenômenos espirituais, aqueles cuja origem se encontra no elemento espiritual, que seja coerente
com os fatos sob observação.
Contudo, o Espiritismo não tem apenas o caráter científico. É filosófico e religioso
também. E isso tem sido motivo de profundos desentendimentos e incompreensões.
Natureza do conhecimento Espírita.
O Conhecimento Espírita transcende ao caráter puramente científico. Pela sua
essência deságua numa estrutura de conhecimento filosófico que implica num redimensionamento da
postura do sujeito com relação ao universo conhecido, objeto de suas reflexões.
Como forma de conhecimento o Espiritismo precisa acompanhar a posição da
Ciência, e divide com ela fatias do seu objeto de pesquisa, já que na atualidade é tendência que o
"elemento espiritual" possa fazer parte das conjecturas científicas, que deixam de ser estritamente
"materiais".
Vale ressaltar que uma tendência à qual a Doutrina Espírita não está inclinada é a de
estabelecer seus princípios como verdades incontestáveis. O Espiritismo, desde Kardec, reconhece seu
caráter representativo e atualizável. É Kardec mesmo que propõe aos opositores do Espiritismo que
expliquem melhor, isto é, com um modelo mais adequado o conjunto de fenômenos que o Espiritismo
explica.
A estrutura da Doutrina Espírita é de origem humana e espiritual, já que é um
conhecimento oriundo dos Espíritos, mas a sua representação, validação e sistematização são de caráter
essencialmente humanos, confeccionados pelos homens. Por este mesmo motivo não está isenta de erros,
inerentes à interpretação e representação das questões. A pedra de toque utilizada para a validação dos
princípios, mais do que as idéias, são os fatos.
A postura espírita perante o Universo é bastante semelhante à postura das outras
ciências: O Espiritismo, partindo de alguns pressupostos fundamentais, como a existência de Deus e da
Alma, em observando fatos objetivos, compõe um modelo explicativo para o fenômeno e testa se o
modelo é adequado aos fatos observados. Tal modelo é aceito até que a experimentação demonstre que
ele está equivocado. então, outro modelo é proposto.
Enquanto ciência o Espiritismo interpreta um conjunto objetivo e restrito de fatos,
para a partir das leis que estes demonstram, e que os homens interpretam, edificar um conjunto de
conhecimentos filosóficos capazes de simbolizar o universo na idéia humana. Importante perceber que na
elaboração da Filosofia Espírita entram não somente os dados da Ciência Espírita, mas de todo o
conhecimento científico, daí o afirmar Kardec que a Ciência e o Espiritismo se completam. Com base
nesta elaboração filosófica é que decorre, por uma necessidade de coerência entre teoria e prática, uma
mudança de comportamento ético, decorrente da Filosofia Espírita. Para aquelas que se detém na ciência
espírita, a mudança de comportamento é uma abstração carente de sentido pois somente o caráter
filosófico do Espiritismo induz a uma nova postura ética. Daí o afirmar Kardec:
"Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso."
62
O aspecto religioso do Espiritismo ressalta dos seus pressupostos: Deus, existência
da alma, etc. E principalmente pelo caráter de revivecência da ética cristã, igualmente decorrente de sua
filosofia. Além disso, a proposta de levar o homem a uma experiência existencial de auto-realização pelo
progresso; pelo desenvolvimento dos potenciais intuitivos e pela comunhão e integração consigo, com o
próximo e com Deus - que o Espiritismo propõem, caracterizam-no como uma religião transcendente aos
ritos e dogmas.
62
- KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos. FEB. 56ª ed. Rio de Janeiro. 1982. pg. 484
23. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 23
O conhecimento espírita é um conhecimento de tríplice aspecto. Está fundamentado
na Ciência, edifica-se na Filosofia e evidencia-se na prática. É a prática, coerente com a filosofia, o
caráter fundamental da religião espírita. A religião espírita não se mostra no culto realizado no templo,
mas como expressão de viver, como atividade prática, exercício de vida, na coerência entre saber e agir,
um mecanismo profundo de sentir e experienciar a vida.
O não entendimento deste aspecto tríplice do Espiritismo tem levado alguns a
posições extremadas e atitudes incoerentes com a essência da Doutrina Espírita. A tendência
eminentemente religiosa ou a pura especulação filosófica ou ainda a fria pesquisa científica são aspectos
isolados que não possuem a coerência que o Espiritismo lhes dá. A estrutura de conhecimento do
Espiritismo é uma proposta de educação integral para personalidade humana.
Uma dimensão do conhecimento que não pode ser desprezada pelo Espiritismo é a
Arte. Como mecanismo de conhecimento e vivência, a arte desperta realidades para a alma de maneira
inexprimível em argumentos lógicos. Kardec preocupava-se com a questão. Encontramos em Obras
Póstumas as seguintes afirmações a respeito do assunto:
"Assim como a arte cristã sucedeu à arte pagã, transformando-a, a arte espírita será o
complemento e a transformação da arte cristã"
63
E complementa:
"Sem dúvida, o Espiritismo abre à arte um campo inteiramente novo, imenso e ainda
inexplorado."
64
De fato, a opinião de Kardec vai até aí: esta profunda influência que o Espiritismo
teria sobre a Arte. Sua opinião é de que a Filosofia Espírita erigiria uma Arte Espírita, mas como uma
demonstração descritiva.
Entretanto, a simples preocupação com o caso, por parte do Codificador do
Espiritismo, deixa-nos ainda mais à vontade para apontar a Arte como um dimensão extra para a
Natureza do conhecimento espírita. Ciência, Filosofia, Religião e Arte seriam, pois, aspectos de
percepção para tornar o Espírito educado para a realidade da vida.
A proposta de educação integral que o Espiritismo vem apresentar à humanidade
pretende colocá-la no plano do desenvolvimento de todas as potencialidades para uma íntima integração
do ser consigo, com o próximo e com Deus. Mas essa integração não é apenas de caráter racional; é
também de conotação profundamente afetiva.65
Reflexões finais
63
- KARDEC, Allan. Obras Póstumas. FEB. 22ª ed. Rio de Janeiro. 1987. pg.158.
64
- KARDEC, Allan. Obras Póstumas. FEB. 22ª ed. Rio de Janeiro. 1987. pg.158.
65
- Em Setembro de 1993, tivemos a oportunidade de trocar idéias com um companheiro das lides espíritas, o Dr. André Luiz Peixinho,
que, n ocasião, nos apresentou a Arte como um elemento adicional à natureza do conhecimento espírita. Na época, o confrade nos
apresentou o modelo, que reproduzimos abaixo, sobre as percepções do homem.
Razão
Sensação
Intuição
Sentimento
Religião
Arte
Ciência
Filosofia
O esquema nos mostra que tipo de percepção predomina em cada ramo do conhecimento. O modelo parece ser uma proposta de
concepção holística, proveniente da teoria do hólon de Arthur Koestler. Mas não nos foi dado identificar, efetivamente, a fonte.
24. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 24
Pudemos verificar que o Espiritismo possui um aspecto de ciência. Porém não
podemos afirmar que tal aspecto vem sido desenvolvido no Movimento Espírita de maneira geral.
É preciso se destaque dois elementos no contexto do Espiritismo: o Espiritismo
enquanto conhecimento - A Doutrina Espírita; e o Espiritismo enquanto fenômeno social - o Movimento
Espírita. A Doutrina Espírita é de caráter tríplice. Deve ser observado sob este ponto de vista. Sua
estrutura é bidirecional, influência os demais ramos do conhecimento e é por eles influenciada. Está
naturalmente sujeita ao progresso e esforça-se por fazê-lo. O Movimento Espírita é de iniciativa de
grupos. Recebe influência direta da Doutrina Espírita e pretende ser a aplicação desta. Mas nem sempre é
isto o que ocorre. Aqui é que vamos identificar a estagnação do aspecto científico do Espiritismo.
Por motivos os mais variados possíveis, cuja análise não cabem neste contexto, o
Movimento Espírita de modo geral descuidou-se do aspecto científico da Doutrina Espírita.
A pesquisa espírita precisa ser ressucitada. Enquanto a Ciência evoluiu, o aspecto
científico do Espiritismo permaneceu centrado no século XIX.
Hoje se dispõem de modernos arsenais tecnológico cujo emprego poderão trazer
significativas conquistas para elucidação de problemas pertinentes ao Espiritismo . Urge retomar a linha
traçada por Kardec, mas é preciso igualmente cautela. Não se faz ciência apenas com boa vontade, outros
requisitos são necessários. E na retomada deste aspecto não podemos correr o risco de menosprezar os
demais. O Espiritismo é uma estrutura de conhecimento coerente e não podemos perder de vista essa
estrutura.
Necessário que o Movimento Espírita procure mecanismos para desenvolver a
pesquisa espírita sem perder o contexto global do Espiritismo. Pretender isolar o conhecimento espírita
dos demais ramos do saber é cometer um erro de proporções desastrosas, assim como desprezá-lo é
equívoco de mesmo escalão.
O Espiritismo possui um aspecto de ciência. Negar isto é ignorar os fatos ocorridos
ao longo de toda a história da humanidade. Se este aspecto não está desenvolvido é por causa do
movimentos humanos, não da estrutura do conhecimento ou pela inexistência de fatos.
À medida que a Ciência oficial se aproxima dos problemas propostos pelo
Espiritismo, e ao mesmo tempo tenta ignorá-los; vemos, mais uma vez, a caracterização do pensamento
humano repleto de juízos, preconceitos e valores. Por não mover-se apenas por motivos de conhecimento
é que a Ciência ainda não voltou-se para o estudo do Espírito. Não existe financiamento. Não há
interesses econômicos. Afinal, tudo que poderá ficar demonstrado é que no homem só existe uma
máquina biológica cuja existência esta limitada pelo fenômeno da morte, como afirma o materialismo; ou
que existe o Espírito, que sobrevive e antevive à existência terrena, que seu objetivo é o progresso
através de múltiplas experiências, que o mundo espiritual é um fato e que precisamos modificar nossas
condutas diante dessas realidades - como afirma o Espiritismo.
A metodologia colocada por Kardec para abordar as questões até então relegadas ao
plano do maravilhoso e do sobrenatural, colocaram o Espiritismo, diante do fenômeno espiritual, na
condição de vanguardeiro. Kardec não apenas apresentou o problema, mas soube dar-lhe uma solução
baseada em estruturas de conotação filosófica, e em leis passíveis de experimentação e análise.
Do ponto de vista de Thomas Kuhn, diríamos ele efetuou uma revolução na
estrutura do pensar humano concernente ao Espírito. Levantou questões e ousou respondê-las. Outros
seguiram seus passos; outros mais ainda o farão por quê os fatos permanecem, e com eles, a explicação
espírita.
Estará absolutamente certa? Kardec considera que não. Considera-se um elemento
de princípio, responsável pelas bases iniciais mas que o tempo saberá apontar falhas e desenvolver.
Soube colocar o Espiritismo numa posição de abertura para que pudesse se desenvolver a posteriori.
A revolução espiritual de que tratamos destacou a figura deste pesquisador Allan
Kardec como um homem de visão abrangente. Soube reunir abordagens tão distintas quais as da Ciência,
da Filosofia e da Religião, para abordar um mesmo problema e, ainda assim, permanecer nos limites da
coerência. Seus resultados foram desafiadores. Sua resposta para os que o criticaram, ou criticam, é ainda
25. A revolução do Espírito - Perspectivas da ciência espírita pág. 25
a mesma: que apresentem um conjunto de idéias - de paradigmas, diria Kuhn, capazes de explicar e
resolver, de maneira mais adequada, os problemas estudados pelo Espiritismo.
E, enquanto a ciência normal permanece avaliando as suas teorias de panqueca,
permanecemos com Brockamn e Marcuse à espera de que "certas reflexões sobre outros assuntos"
possam, de igual forma, ser convenientemente consideradas.
Nosso esforço é recuperar reflexões. O Espiritismo tem um aspecto científico que
precisa ser revitalizado. O homem tem aspectos espirituais que precisam ser estudados. Então, que
possam os espíritas cuidar do primeiro problema, e que a ciência oficial considere o segundo. É tempo de
ouvirmos o voto de Minerva. É tempo de considerar a urgente necessidade de ponderar essa revolução do
Espírito. Traçar novos rumos para a Ciência Espírita e propor-lhe novas perspectivas afinal, num
momento cultural em que a Ciência e a Tecnologia representam para a nossa sociedade o voto de
Minerva com relação à maioria dos conceitos e valores, é justo esperarmos que nossas mais íntimas
conjecturas encontrem, no contexto científico, sua abordagem, validação ou abandono.
André HenriqueAndré HenriqueAndré HenriqueAndré Henrique
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