Cultura monástica, popular e cortesã
Aparecimento das universidades
Papel da Igreja no quotidiano
Peregrinações
Ordens mendicantes
Arte Românica
Arte Gótica
3.
Cultura Monástica
Desenvolvida pelos monges nos mosteiros
Mosteiros eram centros Culturais:
Escolas monásticas – Ensino era em latim e tinha
como base a Bíblia e a doutrina da Igreja.
Oficinas de cópias de livros – greco-romanos,
cristãos e muçulmanos
Bibliotecas – com manuscritos antigos onde
estava preservada a sabedoria ancestral.
Em Portugal destacaram-se os mosteiros de:
Lorvão
Santa Cruz de Coimbra,
Alcobaça
São Vicente de Lisboa
5.
Cultura Cortesã
Desenvolvida nas cortes de reis
e nos palácios e castelos dos
senhores
Reis e grandes senhores
começam a rodear-se de uma
numerosa corte.
Surgem inúmeras diversões de
Corte:
Banquetes
Caça
Torneios
Jogos de tabuleiro
6.
Cultura Cortesã
Aparecem os Jograis e Trovadores - que
recitavam e cantavam
Cantigas de gesta (poema épico narrativo
medieval que celebra os feitos de heróis do
passado)
Cantigas de amigo (o assunto era a ausência
de um amigo, confidenciava o amor e a
saudade)
Cantigas de amor (o único tema tratado era o
amor pela sua dama)
Cantigas de escárnio e maldizer (fazia-se a
sátira/ a sociedade em geral – a vida da corte,
as dificuldades económicas de certos estratos
sociais, as aspirações da burguesia e aspectos
caricatos da vida das camadas populares.
7.
Cultura Cortesã
Ai eu, coitada, como vivo en gran
cuidado
por meu amigo, que hei alongado!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!
Afonso X ou Sancho I
Se eu podesse desamar
a quen me sempre desamou,
e podess'algún mal buscar
a quen me sempre mal buscou!
Assí me vingaría eu,
se eu podesse coita dar,
a quen me sempre coita deu.
Pero da Ponte
Foi un día Lopo jograr
a casa dun infançón cantar,
e mandou-lh'ele por don dar
tres couces na garganta;
e fui-lh'escass', a meu cuidar,
segundo com'el canta.
Martin Soares
8.
Cultura Cortesã
Literatura
Romances de cavalaria (relatam
feitos lendários de cavaleiros como
a corte do rei Artur)
Vida dos santos (relatam a vida de
santos)
Crónicas (textos históricos que
relatam os acontecimentos – de um
reinado ou dinastia - por ordem
cronológica)
Literatura genealógica (relatam
feitos valorosos de famílias nobres)
9.
Cultura Popular
Desenvolvida nos
campos e cidades
Assentava, sobretudo, na
tradição oral - estava ligada
às lendas, cantares de
trabalho e contos
Os jograis divulgavam-nas
nas feiras e romarias.
Era transmitida oralmente
de terra em terra e de
geração em geração
10.
Cultura Popular
Pois nossas madres van a San Simón
de Val de Prados candeas queimar,
nós, as meninhas, punhemos d'andar
con nossas madres, e elas entón
queimen candeas por nós e por si,
e nós, meninhas, bailaremos i.
Nossos amigos todos lá irán
por nos veer e andaremos nós
bailand'ant'eles, fremosas, en cos,
e nossas madres, pois que alá van,
queimen candeas por nós e por si,
e nós, meninhas, bailaremos i.
Nossos amigos irán por cousir
como bailamos, e poden veer,
bailar moças de mui bon parecer,
e nossas madres, pois lá queren ir,
queimen candeas por nós e por si,
e nós, meninhas, bailaremos i.
Pero de Viviães
11.
Cultura Popular
As romarias, os mercados e as
feiras atraíam músicos,
malabaristas e dançarinos.
Encontrava-se aí:
• Bailes, dança
• Procissões
• Música popular
• Saltimbancos
• Declamação de poesia
12.
Aparecimento das
Universidades
As escolas monásticas e episcopais eram para
formação religiosa, insuficiente para as
populações das cidades (interessada em
conhecimentos administrativos e comerciais)
Surgem associações de estudantes e professores
(Universidades ou Estudos gerais) onde se
promove um estudo racional de:
Teologia
Direito
Medicina
13.
14.
Estudos Gerais
Lisboa/Coimbra
1290 - Criação do Estudo Geral
Português por D. Dinis em Lisboa,
após autorização do Papa, com as
Faculdades de Artes, Direito Canónico
(Cânones), Direito Civil (Leis) e
Medicina.
1308 - O Estudo Geral passa para
Coimbra.
1338 – Volta a regressar a Lisboa
1354 – Volta para Coimbra
1377 - Novo regresso a Lisboa
1537 – Instalação definitiva em
Coimbra
16.
Igreja
A Igreja tinha variadas
utilizações, servia de local de:
Culto
Resolução de conflitos recorrendo
ao Padre
Proclamações e avisos
Reuniões
Local de diversão onde se
ouviam jograis, trovadores e se
representavam autos
17.
Religião
Marco da vida quotidiana
Igreja marca o ritmo e o horário de
trabalho
Sinos marcavam o início e o fim do
trabalho
Festas religiosas marcavam os dias de
descanso
As horas de oração marcavam o ritmo
dos dias
Cerimónias religiosas marcavam toda a
vida do Homem
Baptismo
Crisma
Penitência
Comunhão
Extrema Unção
18.
Religião
Pecados e Penitências
“As penas mais violentas abrangiam quinze anos de penitência, com proibição de receber os
sacramentos, jejuns e mortificações contínuas.(...) Recebiam-nas os sodomitas (...) os
incestuosos (...) os incendiários de igrejas e os assassinos de clérigos (...).”
“ Pecava ( ... ) foi torpe em comer ou
em beber, abrindo muito a boca ou
soando com os beiços, como besta,
ou vertendo os manjares ou o vinho
por si ou por a mesa, ou metendo
torpemente toda a mão ou todos os
dedos em escudela(...)”
“ Se algum se banhou em banho com
as mulheres e as viu nuas, e ainda a
sua mulher mesma, jejue dois dias em
pão e água.”
“Quase todas as penitências podiam, no
entanto, ser remidas por oração ou por
esmola. A um dia a pão e água equivaliam
quarenta salmos rezados de joelhos ou
setenta rezados em pé, acompanhados de
caridade de dar de comer a um pobre. Cinco
dinheiros faziam o mesmo serviço remissório.
(...) facilitava a absolvição dos pecadores
ricos que distribuíam pelos pobres e pelos
cofres da igreja somas avultadas.( ... ) era um
meio de enriquecer o clero e promover a
assistência aos pobres(...)”
20.
Paganismo
Mantêm-se o culto naturalista
com a crença em :
Signos
Estrelas
Maus olhados
Encantamentos
Agoiros
Magia
21.
Ordens Mendicantes
“(…) Viver em obediência, pobreza e
castidade (…).
Os irmãos não terão nada de próprio,
nem casa, nem terra, nem coisa
nenhuma, mas como peregrinos e
estrangeiros neste mundo, servindo o
Senhor em pobreza e humildade, sigam
pedindo esmolas confiadamente.”
Regra de S. Francisco, 1223
22.
Ordens Mendicantes
Surgem como reação ao luxo, em que viviam
muitos membros do clero.
Viviam do seu trabalho e de esmolas
Prestavam assistência aos mais necessitados
Estavam em constante contacto com a
população
As duas ordens religiosas que vão defender
o ideal de pobreza e de humildade são:
1209 – Franciscanos, fundada por S.
Francisco de Assis.
1215 – Dominicanos, fundada por S.
Domingos de Gusmão.
24.
Românico
Estilo artístico surgido nos finais do século X
e inícios do século XI, e que se prolonga até ao
século XIII, nalgumas zonas da Europa
Ocidental.
O seu nome foi-lhe atribuído pelos
historiadores de arte devido às influências
romanas.
De carácter essencialmente religioso
(igrejas e conventos), civil (Domus
Municipalis de Bragança ) e militar
(castelos).
Igreja de St. Nectaire
Sé velha de Coimbra
26.
Paredes robustas e grossas
Reforçadas com contrafortes
Interiores com pouca iluminação
Igreja da Cedofeita - Porto Vézelay, Borgonha
Mosteiro de Santa María la Real de Irache - Ayegui - Aiegi
Românico
Características
27.
Planta em cruz latina
Catedral de Santiago de Compostela
Nave central
Naves laterais
Cruzeiro ou Transepto
Deambulatório
Absidíolos
Românico
Características
28.
Escultura nos tímpanos, arquivoltas e capitéis
Capiteis historiados ou com monstros grotescos para lembrar e
afastar o mal
Tímpano Portal Sul, Santiago de
Compostela, Galiza
Românico
Características
33.
Gótico
Estilo artístico surgido na Europa entre os
séculos XII e XIII e que se prolonga até ao séc.
XV
Nome criado por Vasari com fortes
conotações pejorativas, designando um
estilo somente digno de bárbaros e
vãndalos
Ligado ao desenvolvimento económico das
cidades e ao crescimento da burguesia
Associado ao fortalecimento do poder real
Catedral de Colónia
40. Mais modesto
Ligado sobretudo a mosteiros
Surge em alguns castelos
Gótico
Em Portugal
Mosteiro de Leça do Balio
Mosteiro de Alcobaça
Santa Maria da Feira
42.
Cultura Monástica – Cultura desenvolvida nos mosteiros pelos
monges
Cultura Cortesã – Cultura desenvolvida nas cirtes de reis e de
grandes senhores
Cultura popular – Cultura do povo, tradicionalmente de
transmissão oral, onde se incluem danças, cantares, lendas e
contos.
Jogral – poeta e músico ambulante que ganhava a vida
divertindo o público das cortes ou nas feiras.
Trovador – Poeta nobre que compunha trovas para serem
cantadas
Universidades – Corporação de pessoas, com direitos especiais,
concedidos pelo papa ou pelos reis: acolhia alunos de qualquer
parte, tinha um conjuntos de mestres que ensinavam as diferentes
disciplinas e no final concediam uma licenciatura.
43. 1. Caracterizar as culturas monástica, cortesã e
popular.
2. Explicar o aparecimento das universidades.
3. Justificar a importância da Igreja na Idade Média
4. Identificar as principais zonas de destino dos
peregrinos.
5. Identificar as ordens mendicantes.
6. Explicar o que eram as ordens mendicantes.
7. Identificar vestigios de paganismo na idade
média.
8. Caracterizar o Românico.
9. Caracterizar o Gótico.
Metas
O que deves saber desta matéria