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A REVOLUÇÃO RUSSA
CAPÍTULO 2 PÁG. 24
3º ANO – HISTÓRIA – PROF.ª. MARÍLIA PIMENTEL
Revolução Russa - 1917
• A Revolução Russa foi o
movimento responsável pela
implantação da primeira
experiência de um Estado
Socialista de moldes marxistas na
história.
• Contrário à expectativa de seus
idealizadores, o primeiro governo
de trabalhadores não foi
implantado em um país
prioritariamente industrial, como
a Inglaterra, por exemplo, mas
em uma monarquia absolutista
de base rural.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• Por volta de 1880, a Rússia era
um país com 22 milhões de km²
essencialmente agrário.
• A maioria de sua população era
formada por camponeses recém-
saídos da servidão (abolida em
1861), que viviam em extrema
penúria, tendo de pagar altos
impostos ao governo pelo uso da
terra.
• O imperador era chamado Czar e
governava de modo absolutista,
com apoio da nobreza rural e da
Igreja Ortodoxa.
Família do Czar Nicolau II
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• A partir dessa época, a
realidade socioeconômica do
país começou a mudar: com
mais de um século de atraso
em relação à Inglaterra, a
Rússia começou a se
industrializar.
• Tal fato aconteceu
prioritariamente devido à
entrada maciça de capitais
franceses, sob a forma de
empréstimos ou investimentos
diretos.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• Em consequência disso, o número de fábricas multiplicou-se, acelerou-
se a urbanização e surgiram grandes núcleos industriais em cidades
como Moscou e São Petersburgo.
• Esses centros passaram a abrigar uma próspera burguesia industrial e
um numeroso operariado concentrado em torno de grandes fábricas.
MEMBROS DA ELITE MULHERES RUMO AO TRABALHO
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• Vivendo em condições
precárias estes operários,
desalojados do campo
devido ao fim da servidão,
enfrentavam jornadas de
até 12 horas de trabalho,
sob disciplina rigorosa, em
troca de salários
baixíssimos.
• Além disso, suas moradias e
alimentação eram precárias.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• Reagindo a esta situação opressiva, o operariado russo
começou a promover greves, motins e passeatas para exigir
melhores condições de vida e de trabalho.
• Surgiram partidos populares fortemente influenciados pelas
ideias socialistas trazidas da Europa pelos intelectuais russos.
• O mais consistente dentre eles foi o Partido Operário Social
Democrata Russo, fundado em 1898 por intelectuais
marxistas.
o Marxismo, conjunto de ideias
desenvolvidas por Karl Marx (1818-
1883) centradas na crítica da
exploração capitalista e na defesa da
construção do socialismo.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Causas
• Duramente perseguido pela Okrana (Polícia Política do Czar) o Partido Operário foi
desmantelado e muitos de seus líderes foram obrigados a se exilar e comandar o
grupo de fora do país.
• Em 1903, o partido foi dividido devido a divergências internas.
• Surgiram dois grupos: os bolcheviques (maioria) e mencheviques (minoria).
• O quadro abaixo apresenta algumas dessas diferenças entre os dois grupos:
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
O domingo sangrento
• A situação da Rússia tornou-se ainda
mais tensa após a guerra contra o
Japão, entre os anos de 1904 e 1905.
• As sucessivas derrotas militares
exibiram a ineficiência do regime
czarista e contribuíram para
aprofundar a crise interna,
aumentando a insatisfação popular.
• Para conter a onda de protestos, que
vinham se avolumando dia a dia, o
governo simplesmente redobrava a
violência.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
O domingo sangrento
• A 9 de janeiro de 1905, em
São Petersburgo, os
soldados abriram fogo
contra os operários que
apenas pretendiam entregar
uma petição ao czar
pedindo-lhe melhorias nas
condições de vida.
• Em decorrência desse
episódio, que ficou
conhecido como o
“Domingo Sangrento”,
explodiram greves, motins e
rebeliões sociais por todo o
país.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
O domingo sangrento
• Os militares também se sublevaram,
é dessa época a célebre revolta dos
marinheiros do encouraçado
Potemkim, no Mar Negro,
imortalizada pelo filme de Sergei
Einsensein, de 1926.
• Todos esses movimentos rebeldes
eram organizados e liderados por
comitês de soldados, operários e
camponeses, chamados Sovietes,
que nasceram e se multiplicaram
rapidamente após o “domingo
sangrento”.
Cena do filme O Encouraçado
Potemkin (1925)
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
O domingo sangrento
• Disposto a diminuir a pressão popular, o Czar Nicolau II prometeu convocar a
Duma , ou seja, uma assembleia legislativa que poria fim ao absolutismo dos
czares, elaborando uma constituição para o país.
• A promessa conseguiu diminuir e enfraquecer oposições.
• Meses depois, porém, com a situação sob controle, o czar mandou reprimir
violentamente os rebeldes e seus sobreviventes.
• A Duma foi dominada pelo czar.
• As rebeliões populares de 1905 não conseguiram derrubar
o czarismo.
• Entretanto, segundo a avaliação do próprio Lênin (Vladimir
Ilitich Ulianov), líder da Revolução Russa, os eventos
daquele ano serviram de “ensaio geral” para a revolução.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
A revolução russa de 1917
• A participação desastrosa da Rússia na
Primeira Guerra Mundial multiplicou as
tensões no interior da sociedade e
possibilitou o surgimento de uma nova e
forte onda revolucionária.
• Iniciada a guerra, o governo do Czar
Nicolau II enviou para os campos de
batalha um exército que, embora
possuísse 15 milhões de homens, era
extremamente mal treinado e não tinha
sequer fuzis, botas e cobertores
suficientes para todos.
• Esse exército sofreu contínuas derrotas
frente aos alemães.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
A revolução russa de 1917
• Decorridos dois anos e meio de
guerras, já tinham morrido mais de
três milhões de soldados russos e
outros tantos haviam desertado.
• A população civil russa também
padecia com a guerra: o sistema de
transportes entrara em colapso, a
produção agrícola caíra, o desemprego
aumentara, o preço dos alimentos
disparara e a fome atingira a maioria.
Soldados russos na Primeira Guerra Mundial
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
A revolução russa de 1917
• Diante dessa situação desesperadora, uma
gigantesca onda de protestos sacudiu o país.
• Uma passeata organizada por mulheres e
operários em março de 1917, na cidade de
São Petersburgo, deu início ao movimento
revolucionário.
• A cavalaria czarista reprimiu os manifestantes,
mas unidades do exército os apoiaram.
• A rebeldia alastrou-se rapidamente pelos
grandes centros industriais e pelo interior da
Rússia.
• A população exigia o fim do czarismo.
• Sete dias depois de iniciado o movimento, o
czar abdicou.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Revolução burguesa –
Revolução branca
• Logo após a abdicação de Nicolau II, formou-se um governo
provisório, presidido pelo Príncipe Lvov, mas comandado
por Alexander Kerensky, um político, que na prática,
mostrou-se conservador e de caráter burguês.
• Já no início de sua gestão, o novo governo
frustrou as expectativas populares,
declarando que a Rússia não sairia da
guerra e nem aprovaria a reforma agrária
pretendida por milhões de camponeses.
• Por causa disso, recomeçaram as lutas
populares, mais uma vez lideradas pelos
Sovietes, células revolucionárias
bolcheviques.
O Czar Nicolau II (à esquerda) e o líder Menchevique, Alexander Kerenski
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Revolução burguesa –
Revolução branca
• Vendo-se ameaçado, o governo burguês fez algumas concessões:
• Beneficiado por essa anistia, Lênin retornou do exílio em abril de
1917 e, no dia seguinte, expôs as Teses de Abril, sintetizadas no
slogan
• Nesse documento, o mais importante líder bolchevique afirmava
que o governo provisório era imperialista e que, por isso, os Soviets
deviam lutar para conquistar o poder imediatamente.
• Instituiu o direito de livre expressão e associação;
• Libertou os presos políticos;
• Deu consentimento para que os exilados voltassem ao país.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Revolução burguesa –
Revolução branca
• Ao mesmo tempo em que o
exército russo sofria novos
reveses no exterior,
internamente o governo
provisório não tomava
providências para resolver os
grandes problemas sociais.
• Consequência disso é que os
bolcheviques foram
ganhando força junto aos
operários, camponeses e
soldados.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Prisioneiros Russos
Revolução Bolchevique
• Em outubro, tendo à frente Lênin e Trotsky, os bolcheviques
ocuparam os principais edifícios públicos de São Petersburgo e
entregaram a chefia do governo à Lênin, que passou a exercer o
cargo de Presidente do Conselho de Comissários do Povo.
• Assim que assumiu o poder, o governo leninista adotou um
conjunto de medidas de grande repercussão social:
* Enviou imediatamente um pedido de paz aos alemães. Em 3 de março de
1918, pelo Tratado de Brest-Litovsky, assinou a paz com a Alemanha.
* Efetuou a reforma agrária. Confiscou milhões de hectares de terras dos
grandes proprietários e os distribuiu entre milhares de camponeses.
* Nacionalizou bancos, indústrias e estradas de ferro. Várias dessas empresas
passaram a ser controladas por representantes dos operários.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Guerra civil
• Em poucas semanas, os chamados russos brancos, inimigos da revolução
socialista, montaram um numeroso exército sob a liderança de antigos
oficiais czaristas a fim de investir contra o governo bolchevique.
• Para auxiliar os russos brancos, as grandes nações capitalistas, como a
Inglaterra, França e Estados Unidos, desembarcaram tropas em diversos
pontos do território russo.
• Dispostos a resistir, os bolcheviques criaram o Exército Vermelho, cujo
comando coube a Lev Davidovitch Braustein, conhecido como Trotsky.
• Em 1918, iniciou-se então, uma sangrenta guerra civil, que se prolongou
por três anos e foi vencida pelo exército vermelho.
• Com a vitória sobre seus inimigos, os bolcheviques, organizados pelo
Partido Comunista, firmaram-se no poder.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
A NEP – Nova Política
Econômica
• Depois de duas guerras
consecutivas – uma externa e
outra interna – a economia russa
encontrava-se fortemente
abalada, registrando uma queda
acentuada da produção agrícola
e industrial.
• Visando a reerguer o país, Lênin
adotou a Nova Política
Econômica (NEP), um programa
econômico que apresentava ao
mesmo tempo medidas
socialistas e capitalistas.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
A NEP – Nova Política
Econômica
• A NEP permitia, por exemplo, que
• O estado socialista, por sua vez, reservava-se o direito de controlar o comércio
exterior, a rede bancária, o sistema de transportes, comunicações e a indústria de
base.
• A Nova Política Econômica surtiu o efeito esperado e o país começou a se reerguer
economicamente.
• Em dezembro de 1932, um grande congresso que reuniu diferentes povos do
extinto Império russo, decidiu formar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), federação cujo principal estado era a Rússia.
* as indústrias com menos de vinte funcionários funcionassem em regime de
empresa privada;
* Os camponeses comercializassem livremente as sobras das colheitas;
* Os capitais estrangeiros entrassem no país sob a forma de empréstimos e
financiamentos diretos.
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Stalinismo
• Em 1924, com a morte de
Lênin, assistiu-se na URSS a
uma terrível luta pelo poder
entre dois líderes
bolcheviques: Trotsky e Stalin.
• Trotsky, o organizador do
Exército Vermelho, defendia a
ideia de que era necessário
expandir o socialismo para
outros países.
• Segundo ele, se a Rússia
ficasse isolada, as grandes
nações capitalistas liquidariam
a revolução.
Josef StalinLeon Trótsky
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Stalinismo
• Já Stalin afirmava que a URSS
deveria primeiro se consolidar
como nação socialista para,
depois, influenciar outros
países a fazerem sua
revolução.
• Stalin, cujo nome verdadeiro
era Jossip Vissiarovitch
Dougachivili, venceu a disputa
e instalou-se no poder por
quase trinta anos, de 1924 até
1953, ano de sua morte.
STÁLIN: Protetor dos povos
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Stalinismo
• Durante esse tempo, implantou uma ditadura
brutal e policialesca.
• A seu mando milhares de pessoas, entre elas
centenas de líderes socialistas, foram fuzilados ou
exilados na Sibéria.
• Trotsky também foi uma vítima fatal da repressão
stalinista.
• Mesmo tendo fugido, foi morto a golpes de
marreta por um emissário do “Grande Guia do
Socialismo”.
• No plano econômico, Stalin suprimiu a NEP,
adotou os chamados planos quinquenais.
• Por meio deles, a União Soviética desenvolveu-se
rapidamente, tornando-se uma grande potência
mundial. TRÓTSKY: inimigo do Estado
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Resumo
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Resumo
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
Capítulo 2 – pág. 25
PERGUNTAS
E RESPOSTAS
• Pág. 29 : Compreendendo (1 a 4);
• Pág. 31: Compreendendo (1 a 3);
• Pág. 34: Compreendendo (1 a 4);

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2 revolução russa

  • 1. A REVOLUÇÃO RUSSA CAPÍTULO 2 PÁG. 24 3º ANO – HISTÓRIA – PROF.ª. MARÍLIA PIMENTEL
  • 2. Revolução Russa - 1917 • A Revolução Russa foi o movimento responsável pela implantação da primeira experiência de um Estado Socialista de moldes marxistas na história. • Contrário à expectativa de seus idealizadores, o primeiro governo de trabalhadores não foi implantado em um país prioritariamente industrial, como a Inglaterra, por exemplo, mas em uma monarquia absolutista de base rural. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 3. Causas • Por volta de 1880, a Rússia era um país com 22 milhões de km² essencialmente agrário. • A maioria de sua população era formada por camponeses recém- saídos da servidão (abolida em 1861), que viviam em extrema penúria, tendo de pagar altos impostos ao governo pelo uso da terra. • O imperador era chamado Czar e governava de modo absolutista, com apoio da nobreza rural e da Igreja Ortodoxa. Família do Czar Nicolau II Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 4. Causas • A partir dessa época, a realidade socioeconômica do país começou a mudar: com mais de um século de atraso em relação à Inglaterra, a Rússia começou a se industrializar. • Tal fato aconteceu prioritariamente devido à entrada maciça de capitais franceses, sob a forma de empréstimos ou investimentos diretos. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 5. Causas • Em consequência disso, o número de fábricas multiplicou-se, acelerou- se a urbanização e surgiram grandes núcleos industriais em cidades como Moscou e São Petersburgo. • Esses centros passaram a abrigar uma próspera burguesia industrial e um numeroso operariado concentrado em torno de grandes fábricas. MEMBROS DA ELITE MULHERES RUMO AO TRABALHO Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 6. Causas • Vivendo em condições precárias estes operários, desalojados do campo devido ao fim da servidão, enfrentavam jornadas de até 12 horas de trabalho, sob disciplina rigorosa, em troca de salários baixíssimos. • Além disso, suas moradias e alimentação eram precárias. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 7. Causas • Reagindo a esta situação opressiva, o operariado russo começou a promover greves, motins e passeatas para exigir melhores condições de vida e de trabalho. • Surgiram partidos populares fortemente influenciados pelas ideias socialistas trazidas da Europa pelos intelectuais russos. • O mais consistente dentre eles foi o Partido Operário Social Democrata Russo, fundado em 1898 por intelectuais marxistas. o Marxismo, conjunto de ideias desenvolvidas por Karl Marx (1818- 1883) centradas na crítica da exploração capitalista e na defesa da construção do socialismo. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 8. Causas • Duramente perseguido pela Okrana (Polícia Política do Czar) o Partido Operário foi desmantelado e muitos de seus líderes foram obrigados a se exilar e comandar o grupo de fora do país. • Em 1903, o partido foi dividido devido a divergências internas. • Surgiram dois grupos: os bolcheviques (maioria) e mencheviques (minoria). • O quadro abaixo apresenta algumas dessas diferenças entre os dois grupos: Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 9. O domingo sangrento • A situação da Rússia tornou-se ainda mais tensa após a guerra contra o Japão, entre os anos de 1904 e 1905. • As sucessivas derrotas militares exibiram a ineficiência do regime czarista e contribuíram para aprofundar a crise interna, aumentando a insatisfação popular. • Para conter a onda de protestos, que vinham se avolumando dia a dia, o governo simplesmente redobrava a violência. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 10. O domingo sangrento • A 9 de janeiro de 1905, em São Petersburgo, os soldados abriram fogo contra os operários que apenas pretendiam entregar uma petição ao czar pedindo-lhe melhorias nas condições de vida. • Em decorrência desse episódio, que ficou conhecido como o “Domingo Sangrento”, explodiram greves, motins e rebeliões sociais por todo o país. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 11. O domingo sangrento • Os militares também se sublevaram, é dessa época a célebre revolta dos marinheiros do encouraçado Potemkim, no Mar Negro, imortalizada pelo filme de Sergei Einsensein, de 1926. • Todos esses movimentos rebeldes eram organizados e liderados por comitês de soldados, operários e camponeses, chamados Sovietes, que nasceram e se multiplicaram rapidamente após o “domingo sangrento”. Cena do filme O Encouraçado Potemkin (1925) Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 12. O domingo sangrento • Disposto a diminuir a pressão popular, o Czar Nicolau II prometeu convocar a Duma , ou seja, uma assembleia legislativa que poria fim ao absolutismo dos czares, elaborando uma constituição para o país. • A promessa conseguiu diminuir e enfraquecer oposições. • Meses depois, porém, com a situação sob controle, o czar mandou reprimir violentamente os rebeldes e seus sobreviventes. • A Duma foi dominada pelo czar. • As rebeliões populares de 1905 não conseguiram derrubar o czarismo. • Entretanto, segundo a avaliação do próprio Lênin (Vladimir Ilitich Ulianov), líder da Revolução Russa, os eventos daquele ano serviram de “ensaio geral” para a revolução. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 13. A revolução russa de 1917 • A participação desastrosa da Rússia na Primeira Guerra Mundial multiplicou as tensões no interior da sociedade e possibilitou o surgimento de uma nova e forte onda revolucionária. • Iniciada a guerra, o governo do Czar Nicolau II enviou para os campos de batalha um exército que, embora possuísse 15 milhões de homens, era extremamente mal treinado e não tinha sequer fuzis, botas e cobertores suficientes para todos. • Esse exército sofreu contínuas derrotas frente aos alemães. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 14. A revolução russa de 1917 • Decorridos dois anos e meio de guerras, já tinham morrido mais de três milhões de soldados russos e outros tantos haviam desertado. • A população civil russa também padecia com a guerra: o sistema de transportes entrara em colapso, a produção agrícola caíra, o desemprego aumentara, o preço dos alimentos disparara e a fome atingira a maioria. Soldados russos na Primeira Guerra Mundial Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 15. A revolução russa de 1917 • Diante dessa situação desesperadora, uma gigantesca onda de protestos sacudiu o país. • Uma passeata organizada por mulheres e operários em março de 1917, na cidade de São Petersburgo, deu início ao movimento revolucionário. • A cavalaria czarista reprimiu os manifestantes, mas unidades do exército os apoiaram. • A rebeldia alastrou-se rapidamente pelos grandes centros industriais e pelo interior da Rússia. • A população exigia o fim do czarismo. • Sete dias depois de iniciado o movimento, o czar abdicou. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 16. Revolução burguesa – Revolução branca • Logo após a abdicação de Nicolau II, formou-se um governo provisório, presidido pelo Príncipe Lvov, mas comandado por Alexander Kerensky, um político, que na prática, mostrou-se conservador e de caráter burguês. • Já no início de sua gestão, o novo governo frustrou as expectativas populares, declarando que a Rússia não sairia da guerra e nem aprovaria a reforma agrária pretendida por milhões de camponeses. • Por causa disso, recomeçaram as lutas populares, mais uma vez lideradas pelos Sovietes, células revolucionárias bolcheviques. O Czar Nicolau II (à esquerda) e o líder Menchevique, Alexander Kerenski Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 17. Revolução burguesa – Revolução branca • Vendo-se ameaçado, o governo burguês fez algumas concessões: • Beneficiado por essa anistia, Lênin retornou do exílio em abril de 1917 e, no dia seguinte, expôs as Teses de Abril, sintetizadas no slogan • Nesse documento, o mais importante líder bolchevique afirmava que o governo provisório era imperialista e que, por isso, os Soviets deviam lutar para conquistar o poder imediatamente. • Instituiu o direito de livre expressão e associação; • Libertou os presos políticos; • Deu consentimento para que os exilados voltassem ao país. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 18. Revolução burguesa – Revolução branca • Ao mesmo tempo em que o exército russo sofria novos reveses no exterior, internamente o governo provisório não tomava providências para resolver os grandes problemas sociais. • Consequência disso é que os bolcheviques foram ganhando força junto aos operários, camponeses e soldados. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25 Prisioneiros Russos
  • 19. Revolução Bolchevique • Em outubro, tendo à frente Lênin e Trotsky, os bolcheviques ocuparam os principais edifícios públicos de São Petersburgo e entregaram a chefia do governo à Lênin, que passou a exercer o cargo de Presidente do Conselho de Comissários do Povo. • Assim que assumiu o poder, o governo leninista adotou um conjunto de medidas de grande repercussão social: * Enviou imediatamente um pedido de paz aos alemães. Em 3 de março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsky, assinou a paz com a Alemanha. * Efetuou a reforma agrária. Confiscou milhões de hectares de terras dos grandes proprietários e os distribuiu entre milhares de camponeses. * Nacionalizou bancos, indústrias e estradas de ferro. Várias dessas empresas passaram a ser controladas por representantes dos operários. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 20. Guerra civil • Em poucas semanas, os chamados russos brancos, inimigos da revolução socialista, montaram um numeroso exército sob a liderança de antigos oficiais czaristas a fim de investir contra o governo bolchevique. • Para auxiliar os russos brancos, as grandes nações capitalistas, como a Inglaterra, França e Estados Unidos, desembarcaram tropas em diversos pontos do território russo. • Dispostos a resistir, os bolcheviques criaram o Exército Vermelho, cujo comando coube a Lev Davidovitch Braustein, conhecido como Trotsky. • Em 1918, iniciou-se então, uma sangrenta guerra civil, que se prolongou por três anos e foi vencida pelo exército vermelho. • Com a vitória sobre seus inimigos, os bolcheviques, organizados pelo Partido Comunista, firmaram-se no poder. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 21. A NEP – Nova Política Econômica • Depois de duas guerras consecutivas – uma externa e outra interna – a economia russa encontrava-se fortemente abalada, registrando uma queda acentuada da produção agrícola e industrial. • Visando a reerguer o país, Lênin adotou a Nova Política Econômica (NEP), um programa econômico que apresentava ao mesmo tempo medidas socialistas e capitalistas. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 22. A NEP – Nova Política Econômica • A NEP permitia, por exemplo, que • O estado socialista, por sua vez, reservava-se o direito de controlar o comércio exterior, a rede bancária, o sistema de transportes, comunicações e a indústria de base. • A Nova Política Econômica surtiu o efeito esperado e o país começou a se reerguer economicamente. • Em dezembro de 1932, um grande congresso que reuniu diferentes povos do extinto Império russo, decidiu formar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), federação cujo principal estado era a Rússia. * as indústrias com menos de vinte funcionários funcionassem em regime de empresa privada; * Os camponeses comercializassem livremente as sobras das colheitas; * Os capitais estrangeiros entrassem no país sob a forma de empréstimos e financiamentos diretos. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 23. Stalinismo • Em 1924, com a morte de Lênin, assistiu-se na URSS a uma terrível luta pelo poder entre dois líderes bolcheviques: Trotsky e Stalin. • Trotsky, o organizador do Exército Vermelho, defendia a ideia de que era necessário expandir o socialismo para outros países. • Segundo ele, se a Rússia ficasse isolada, as grandes nações capitalistas liquidariam a revolução. Josef StalinLeon Trótsky Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 24. Stalinismo • Já Stalin afirmava que a URSS deveria primeiro se consolidar como nação socialista para, depois, influenciar outros países a fazerem sua revolução. • Stalin, cujo nome verdadeiro era Jossip Vissiarovitch Dougachivili, venceu a disputa e instalou-se no poder por quase trinta anos, de 1924 até 1953, ano de sua morte. STÁLIN: Protetor dos povos Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 25. Stalinismo • Durante esse tempo, implantou uma ditadura brutal e policialesca. • A seu mando milhares de pessoas, entre elas centenas de líderes socialistas, foram fuzilados ou exilados na Sibéria. • Trotsky também foi uma vítima fatal da repressão stalinista. • Mesmo tendo fugido, foi morto a golpes de marreta por um emissário do “Grande Guia do Socialismo”. • No plano econômico, Stalin suprimiu a NEP, adotou os chamados planos quinquenais. • Por meio deles, a União Soviética desenvolveu-se rapidamente, tornando-se uma grande potência mundial. TRÓTSKY: inimigo do Estado Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 26. Resumo Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 27. Resumo Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25
  • 28. Capítulo 2: Revolução Russa – Pág. 25 Capítulo 2 – pág. 25 PERGUNTAS E RESPOSTAS • Pág. 29 : Compreendendo (1 a 4); • Pág. 31: Compreendendo (1 a 3); • Pág. 34: Compreendendo (1 a 4);