2. UNIDADE 2 : DA REPÚBLICA À ERA VARGAS
CAPÍTULO 5 A INSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
CAPÍTULO 6 SOCIEDADE E ECONOMIA NA PRIMEIRA
REPÚBLICA
CAPÍTULO 7
REVOLTAS NA PRIMEIRA REPÚBLICA
CAPÍTULO 8 ERA VARGAS (1930-1945)
4. Compreender a organização política da Primeira
República;
Conhecer as mudanças implantadas pelo Estado
brasileiro na passagem do regime monárquico
para o republicano, as medidas de governo e as
propostas da primeira Constituição.
o Republicanismo;
o Primeira Constituição;
o República da Espada.
5. O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser
designado pelos historiadores de diferentes modos:
República Oligárquica, República do “Café-com-Leite”, República Velha –
quando se usa o tempo cronológico como referência – ou Primeira República –
denominação utilizada pelo historiador Boris Fausto e que também
empregaremos nesta aula.
Os anos entre 1889 e 1894 correspondem aos Governos Militares de Deodoro da
Fonseca e de Floriano Peixoto, responsáveis pela instalação e consolidação do
Regime Republicano.
Já o período de 1894 a 1930 corresponde à fase em que o país foi governado
por civis ligados, em grande parte, à Oligarquia Rural, sobretudo de São Paulo,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Essa fase foi marcada pela influência dos grandes fazendeiros – principalmente
os cafeicultores – muitos deles conhecidos como “Coronéis”.
Na Primeira República, a política funcionava na base de troca de favores.
Na economia, além da agricultura exportadora, predominantemente cafeeira,
houve significado desenvolvimento da indústria.
Ampliou-se o número de operários, que organizaram os primeiros
movimentos para lutar pelos direitos trabalhistas.
6. Republicanismo é a ideologia a qual
uma nação é governada como uma república
e o chefe de Estado é indicado por métodos
não hereditários, frequentemente através
de eleições.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Republicanismo
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
7. O governo de D. Pedro II passava por uma
grande crise, com muitos desgastes nas
relações entre o Estado e suas bases de
apoio:
Oposição ao governo imperial por
conta do trabalho escravo;
Conflitos entre o Imperador e a Igreja
Católica;
Alguns militares não concordavam com
o governo de D. Pedro II;
Em 1888, a abolição da escravatura
desagradou aos grandes fazendeiros e
proprietários de escravos.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2 ed – São Paulo, 2009
Imagem: Carneiro & Gaspar/ Retrato de D. Pedro II/ Public
Domain.
Final do século XIX:
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
8. Proclamação da República – União entre o exército e os cafeicultores
paulistas.
Pretendiam mudar a forma de governo sem revolucionar a sociedade
brasileira.
Por isso, não houve interesse, por parte das elites, em convocar a
população em geral para participar desse processo
Estes dois grupos, porém, divergiam quanto a forma de governar o país,
sendo possível identificarmos dois projetos de governo diferenciados:
8
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
9. Sendo necessidade de se consolidar a República e evitar
uma reação monarquista, a opção política para os
primeiros anos do novo formato de governo foi o da
direção dos militares, dessa forma temos a República
Velha dividida em dois períodos:
República da Espada (1889 – 1894) – dos governos
militares, e,
República dos Coronéis (1894 – 1930 ) – dos governos
civis ligados aos coronéis.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
10. REPÚBLICA DA ESPADA
(1889 – 1894)
Período em que o Brasil foi governado por
dois presidentes militares: Mal. Deodoro
da Fonseca (1889 – 1891) e Mal. Floriano
Peixoto (1891-1894)
Deodoro da Fonseca
Floriano Peixoto
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
11. Fase provisória
— Governo de Militares
— Exército, Fazendeiros do Café,
Camadas Médias Urbanas,
Igreja
— República dos Estados Unidos
do Brasil
— Marechal Deodoro da Fonseca
Rui Barbosa
O Governo Mal. Deodoro da Fonseca (1889-1891):
(15/11/1889 – 24/02/1891)
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
12. Medidas Provisórias:
Regime federativo
Províncias = Estados
Fim da Guarda Nacional
Dissolução das Câmaras e Assembleias
Nomeação de Intendentes e Governadores
Reforma do Código Penal
Grande Naturalização
Convocação da Assembleia Constituinte
Banimento da Família Real (17/11/1889)
“Ordem e Progresso” na Bandeira Nacional
Separação da Igreja do Estado:
# Fim do Padroado e Beneplácito
# Secularização dos Cemitérios
# Registro Civil
# Casamento Civil
Reformas:
# Judiciária
# Ensino
# Financeira
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
13. REFORMA FINANCEIRA: Encilhamento
17/01/1890: Reforma Financeira
(Rui Barbosa)
Razões:
# Abolição da Escravidão
# Trabalho Assalariado
# Emissão monetária
# Bancos de SP, BA, RJ, RS
# Crédito Popular (Juros módicos)
# Estímulo a Indústria e Produção
Interna
# Aumento das Tarifas Alfandegárias a
Produtos Estrangeiros
# Acordos com os EUA
# Represália dos Bancos Ingleses e
Franceses
Emissão de Papel-Moeda
sem lastro
Especulação na Bolsa de
Valores
Crise Econômica
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
14. 14
INFLAÇÃO
• Os bancos
emitiram muito
mais dinheiro que
o necessário.
• A circulação de
quantidade de
moeda superior à
produção real da
economia trouxe
como resultado a
inflação.
EMPRESAS-FANTASMAS
• Criação de
empresas-
fantasmas para
obter o crédito
facilitado dos
bancos..
• o dinheiro emitido
não se convertia,
em muitos casos,
em produção.
ESPECULAÇÃOFINANCEIRA
• Na Bolsa de
Valores do Rio de
Janeiro, em busca
pelo lucro fácil,
comprava-se
ações para esperar
sua rápida
valorização e
vendê-las por um
preço maior.
• A maioria das
empresas existiam
apenas no papel,
ou seja, não
produziam nada.
Consequência: gerou uma das maiores crises econômico-financeiras da recém-criada
República brasileira, ligada basicamente a três elementos:
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
15. 15
É provável que o nome dado à crise – Encilhamento – tenha surgido da especulação
desenfreada.
O termo encilhar significa arrear o cavalo, preparando-o para a corrida.
Os investidores eram comparados a apostadores tentando a sorte no jogo.
E a febre continua desesperadamente. Caricatura de Pereira Neto sobreo Encilhamento,. Revista Ilustrada, julho de 1890.fundação
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
16. 16
Rui Barbosa na época
do Encilhamento
Pelos seus resultados,
a reforma financeira
acabou despertando
críticas entre os
cafeicultores, que não
aceitavam medidas
que valorizassem mais
a indústria que o café,
e até mesmo entre os
ministros
republicanos.
Pressionado, Rui Barbosa
demitiu-se do cargo em janeiro
de 891.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
17. A constituição (1891)
República Federativa com autonomia para os estados.
3 poderes: executivo, legislativo (bicameral) e judiciário.
Voto universal masculino (excluindo-se mulheres, menores de
21 anos, analfabetos, mendigos, padres e soldados)
o Voto Aberto , Eleições Diretas
A Constituinte elege indiretamente o primeiro Presidente
Pres. Gen. Deodoro da Fonseca, Vice Gen. Floriano
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
18. Foram mantidos, no início da
República, o mecanismo de
exclusão que impedia a
participação popular nas
decisões políticas do país.
No decorrer do período
republicano, no entanto, os
segmentos sociais excluídos da
vida política do país passariam a
lutar não só pelo direito de
participar, mas também de fazê-
lo sem pressões.
Ao longo do século XX: o voto
tornou-se secreto e, aos poucos,
as mulheres, os religiosos e os
analfabetos assim como os
jovens maiores de 16 anos,
adquiriram o direito de votar.
- Não é por
falar mal,
mas com
franqueza,
eu esperava
outra coisa.
Eu
também.
REPÚBLICA
MONARQUIA
CHARGE DE k. Lixto publicada na revista
Fon-Fon, em 1909. fundação Biblioteca
Nacional, Rio de Janeiro.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
19. Atritos entre o presidente (avesso à ideia de democracia ou
oposição) e o parlamento (controlado majoritariamente por
cafeicultores desejosos de maior descentralização política).
Novembro /1891 – Deodoro fecha o congresso e decreta Estado de
Sitio.
Reação de diversos setores contra o gesto do presidente:
cafeicultores, setores do exército, greve de trabalhadores da
Estrada de Ferro Central do Brasil e marinha.
Membros da Marinha – liderados pelo almirante Custódio José de
Melo – ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro, no episódio que
ficou conhecido como Primeira Revolta da Armada.
Diante de situação tão critica, Deodoro renunciou à presidência,
em 23 de novembro de 1891.
Seu cargo foi ocupado pelo vice-presidente, Floriano Peixoto.
Governo constitucional de Deodoro da Fonseca (1891)
20. Governo de Floriano Peixoto (1891 - 1894):
Consolidador da República (apelidado
de “Marechal de Ferro” devido a
firmeza de suas atitudes em relação a
seus opositores.
Medidas populares no RJ (apoio
popular) : redução de aluguéis,
construção de casas populares,
destruição de cortiços e eliminação de
imposto sobre a carne para baixar o
preço.
Crise inicial pela posse: “Manifesto
dos 13 generais” (1892 – eleições
presidenciais, contra ação de Floriano
= generais afastados e reformados.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
21. Revolução Federalista (RS 1893 – 1895)
— PRR – Júlio de Castilhos: “castilhistas” ou “ pica-paus”, defensores de
uma república positivista ultracentralizada.
X
— PF – Gaspar Silveira Martins: “maragatos”, defensores de maior
autonomia para o poder legislativo e descentralização política. Alguns
eram antigos membros do partido liberal durante a monarquia, por isso,
eram identificados como partidários da monarquia.
— Floriano apoia o PRR de Júlio de Castilhos;
— Revolta também conhecida como “Revolução da Degola”.
II Revolta da Armada (RJ 1893): novamente a marinha se opõe ao
presidente e ameaça bombardear o RJ. Floriano compra navios dos EUA
e reprime os revoltosos. Os revoltosos da armada chegaram a se unir
aos federalistas do RS. Ambos foram derrotados.
História. Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
22. Somente respostas
Pág. 75 (1 a 3);
Pág. 77 (1 a 3 );
De olho na universidade pág. 79 –
questão 1.
HISTÓRIA . Capítulo 5– pág. 72 A instituição da República
24. Trabalhar os conceitos de oligarquia, coronelismo,
política dos governadores e política do café com leite;
Comparar as eleições da República Velha com s de
hoje;
Refletir sobre o uso da máquina do governo para
favorecer um grupo social, tomando por base o
Convênio de Taubaté;
Conhecer o processo de industrialização durante a
República Velha e compreender a trajetória de grupos
de imigrantes entrados no Brasil na época.
o Coronelismo;
o Clientelismo;
o Voto de cabresto;
o Política dos
governadores;
o Política do café
com leite;
o Estrutura
agroexportadora;
o Imigração.
25. Durante o Império, apenas pequena
parcela de brasileiros participava das
eleições.
Para ser eleitor, era preciso ter uma
renda anual de, no mínimo, 100 Mil
Réis – em 1881, foi aprovada uma Lei
que estabelecia 200 Mil Réis como
exigência de renda para o eleitor e
excluía o voto dos analfabetos.
Na última década do Império, o país tinha
uma população de aproximadamente, 12
Milhões de Habitantes.
Então, apenas 1% participava do
processo eleitoral.
Situação política: O Poder dos Grandes Fazendeiros – Sistema Eleitoral
voto masculino
80%
ANALFABETOS
20%
ALFABETIZADOS
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
26. Com a República, o número
de eleitores cresceu em
relação ao Império.
Mas não chegou a alcançar
10% da população do país.
Acabou o Voto
Censitário – baseado
na renda econômica –
e foi instituído o voto
aberto masculino para
os maiores de 21
anos.
Pág. 81
Voto aberto = “voto de cabresto”
27. 27
VOTO ABERTO
O voto aberto permitia aos chefes
políticos locais conhecer o voto
dos eleitores e, assim, pressioná-
los e manipulá-los de acordo com
seus interesses políticos.
A Comissão Verificadora no
Congresso Nacional, julgava os
resultados eleitorais. Mas seu
trabalho se realizava em sintonia
com os interesses do grupo
político dominante no momento.
essa prática de impedir que o
candidato da oposição assumisse o
cargo para o qual fora eleito ficou
conhecida como degola.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
28. Fotografia do início do séc.
XX retratando os líderes
políticos do Ceará, entre
eles, o padre Cícero, que
comandou a política local
como apoio dos “coronéis”
da região. (pág. 82)
Entretanto, continuavam sem direito a
voto as mulheres, os analfabetos, os
padres e os soldados.
A rigor, tanto no Império quanto na
Primeira República as mulheres e os
pobres ficaram excluídos do processo
eleitoral.
No Império, a exclusão deu-se
principalmente pela renda.
Já na Primeira República, pelo
analfabetismo.
Além disso, como o voto era aberto, os
chefes políticos locais continuavam
interferindo violentamente nas eleições.
Entre eles destacavam-se os Coronéis,
razão pela qual esse sistema de
dominação ficou conhecido como
Coronelismo.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
29. Coronelismo
No Período Regencial, os fazendeiros com postos de comando
na Guarda Nacional recebia o título de “Coronel”.
Mesmo depois de extinta a Guarda em 1918, o Título de
Coronel continuou a ser atribuído aos Grandes Proprietários de
Terras da Primeira República.
Atualmente, a economia brasileira tem uma produção
industrial e agrícola bastante diversificada, além de um
destacado e complexo setor de serviços.
Cerca de 80% da população do país vive em áreas urbanas –
IBGE 2003.
Durante a Primeira República, a situação era bem diferente,
observe:
Em 1920, a economia brasileira era essencialmente
agrícola.
Quase 70% da população em atividade trabalhava na
agricultura.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
30. Donos de armazéns, médicos, advogados, prefeitos, vereadores,
delegados, juízes, padres, professores – todos procuravam se aproximar
dos coronéis em busca de favores, o que caracterizava o Clientelismo.
Clientelismo:
Na época, era a prática de premiar com Favores Públicos o grupo de
pessoas que demonstrava Fidelidade Política aos coronéis.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
31. Voto de Cabresto
Em troca dos “favores”, os Coronéis exigiam que os eleitores
votassem nos candidatos por eles indicados – prefeito,
governador, presidente da república, vereadores, deputados e
senadores.
Quem se negasse ficava sujeito aos jagunços ou capangas que
trabalhavam nas fazendas e compunham grupos armados que
perseguiam os inimigos do coronel.
Cumprindo ordens dos fazendeiros, os jagunços procuravam
controlar o voto de cada eleitor, pois, como vimos, naquela época
a votação não era secreta.
O eleitor declarava publicamente em quem estava votando.
O voto abeto, dado sob pressão ficou conhecido como Voto de
Cabresto, expressão popular que significava voto obrigado,
imposto pelos Coronéis contra a vontade do Eleitor.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
32. 32
Além do voto de cabresto, os
Coronéis praticavam fraudes para
que seus candidatos vencessem as
eleições:
Documentos eram falsificados
para que menores e
analfabetos pudessem votar;
pessoas falecidas eram
inscritas como eleitoras; urnas
eram violadas e votos
adulterados.
Muitas fraudes eram
feitas também na
contagem de votos.
Falsificação de
documentos
para que
menores e
analfabetos
pudessem
votar;
Inscrição de
pessoas
falecidas como
eleitoras;
Violação de
urnas e
adulteração
das cédulas de
votação;
Contagem
errônea dos
votos, com
favorecimento
do candidato
do coronel.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
34. Voto de Cabresto
Rede de Poder
O coronel mais famoso em cada município ou região estabelecia as
alianças com outros fazendeiros para eleger o Governador do Estado.
Depois de eleito, o Governador retribuía o apoio recebido dos
coronéis destinando verbas para a construção de obras – como praças,
estradas e escolas – nos municípios por eles controlados.
A política Estadual também funcionava, em certa medida, como troca
de favores.
Em virtude dessas alianças, o poder político de cada estado tendia a
permanecer nas mãos de um mesmo grupo.
No final do mandato, cada Governador passava o poder para um
parente ou correligionário.
Nessa rede de transmissão de poder montada pelas Oligarquias
Agrárias, o coronelismo desempenhava importante papel, costurando
o fio das alianças na base da troca de favores, da dependência política
pessoal – Clientelismo – e da corrupção.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
35. Voto de Cabresto Entretanto, o coronelismo
não teve a mesma força
política e social em todos os
lugares do Brasil.
Em certas regiões do interior
do Nordeste, os Coronéis
tinham muito poder,
organizando até mesmo
forças militares próprias.
Já em São Paulo, Minas
Gerais e no Rio Grande do
Sul, a força do coronelismo
dissolvia-se dentro de outras
estruturas do poder:
O partido político, a
administração do Governo
Estadual, etc.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
37. Voto de CabrestoPolítica dos Governadores
Campos Sales, político e fazendeiro paulista,
foi o segundo Presidente Civil da República e
um dos principais responsáveis pelo Sistema
de Alianças entre Governadores de Estado e
Governo Federal.
Esse Sistema de Alianças que ficou conhecido
como Política dos Governadores, consistia
basicamente na troca de favores.
Os Governadores do Estado davam seu apoio
ao Governo Federal, ajudando a eleger
Deputados Federais e Senadores favoráveis ao
Presidente.
O Presidente, em retribuição, apoiava os
Governadores concedendo mais verbas,
empregos e favores para seus Aliados
Políticos.
Campos
Sales
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
38. Voto de Cabresto
A política dos Governadores reproduzia, no plano Federal a rede de
compromissos e o clientelismo que já ligava os coronéis – chefes
políticos municipais – e os Governadores dentro dos Estados.
Nessa época, não existia no país uma Justiça Eleitoral
independente.
Havia no Congresso Nacional uma Comissão Verificadora das
eleições, para julgar os resultados eleitorais.
Embora fosse órgão do Poder Legislativo, a Comissão
Verificadora trabalhava a serviço do Presidente da República
e podia distorcer o resultado das urnas, aprovando os nomes
dos Deputados e Senadores da situação – que apoiavam o
Governo – e impondo obstáculos ao reconhecimento da
vitória dos candidatos da oposição.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
39. 39
Caricatura de Nogueira Accioly,
“dono do Ceará”.
Caricatura do oligarca
pernambucano, Rosa e Silva,
abraçando o Piauí.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
40. Voto de Cabresto
Política do Café-com-leite
Por meio de tantas alianças e fraudes, as Oligarquias Agrárias estiveram no
poder durante boa parte da Primeira República.
Em São Paulo e em Minas Gerais, elas estavam organizadas em torno de
dois partidos políticos: O PRP – Partido Republicano Paulista – e o PRM –
Partido Republicano Mineiro.
Fazendo coligações com os proprietários rurais dos demais estados, os
políticos de Minas Gerais e de São Paulo lideravam a vida política do país,
embora a união dessas Oligarquias não explique toda a história política
dessa época.
No entanto, podemos dizer, de modo geral, que quase todos os Presidentes
da República desse período foram eleitos com o apoio dos paulistas ligados
ao PRP e dos mineiros ligados ao PRM.
São Paulo era o primeiro estado em produção de CAFÉ; Minas Gerais era o
segundo e destacava-se também pela produção de LEITE.
Nasceu daí o apelido para a Aliança entre PRP e PRM: Política do Café-com-
Leite.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
41. Presidentes da República Oligárquica (1894-1930)
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
44. Situação Econômica
Economia Basicamente Agrícola
Vimos que o advento do Regime Republicano não provocou
alterações substanciais na vida brasileira.
No plano econômico, a estrutura dominante do país manteve seus
traços gerais, ou seja, uma economia baseada na produção de
matérias-primas e gêneros tropicais destinados à exportação e
sujeitas às oscilações do mercado internacional.
Os principais produtos agrícolas de exportação sofriam a
concorrência de outros países.
Assim, as exportações brasileiras acabavam se concentrando em um
único produto: o Café.
Destacam-se também, no período, as produções de açúcar,
algodão, borracha e cacau.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
45. Voto de Cabresto
Na tabela seguinte, podemos observar os produtos agrícolas que se
destacaram nas exportações brasileiras no período de 1889 a 1933.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
46. Café: Líder das Exportações
O Café representou mais de 50% dos lucros das exportações brasileiras
durante quase todo o período correspondente à Primeira República.
Sem concorrentes de peso no mercado internacional, o Brasil chegou a
abastecer dois terços do mercado mundial de Café.
Entusiasmados com os lucros e contando com a mão-de-obra imigrante
assalariada, os cafeicultores aumentaram desmedidamente as
plantações.
Como resultado, a produção ultrapassou as necessidades de consumo do
produto e, no início do Século XX, a economia cafeeira começou a
enfrentar crises de super produção, com a oferta do café maior do que a
procura.
Resultado: os preços caíram e acumularam-se imensos estoques do
produto.
Em 1905, esses estoques chegaram a 11 Milhões de Sacas de 60 Kg cada,
que representavam cerca de 70% do consumo mundial de Um Ano.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
47. Situação EconômicaConvênio de Taubaté
Com o apoio dos Parlamentares Federais, os
fazendeiros de café realizaram, em 1906, na
cidade paulista de Taubaté, uma reunião com a
finalidade de encontrar soluções para a crise de
superprodução.
Nessa reunião, que ficou conhecida como
Convenção de Taubaté, os fazendeiros
propuseram que o Governo Federal comprasse a
produção de café que ultrapassasse a procura do
mercado.
O excedente seria estocado pelo Governo para
serem vendidos quando os preços
normalizassem.
Para comprar esse café o Governo faria
empréstimos no exterior.
As propostas do Convênio de Taubaté acabaram
sendo aceitas pelo Governo.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
48. Com a compra do excedente, o
preço do café não caía e os
cafeicultores não tinham
prejuízos.
Os estoques do Governo
aumentavam, e nunca
aparecida uma boa
oportunidade para vendê-los
ao mercado externo.
Para os cafeicultores, que
continuavam plantando cada vez
mais, o prejuízo era um Problema
do Governo, pois seus lucros
estavam garantidos.
Alguns utilizaram parte
desses lucros para investir
no setor industrial.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
49. Situação Econômica
Açúcar: Vendas no Mercado
Interno
O açúcar, que até 1830 era o principal
produto brasileiro de exportação.
Foi perdendo sua posição devido,
basicamente, à concorrência do
açúcar de beterraba produzido na
Alemanha, Bélgica e França.
Além disso, a produção do açúcar de
cana em Cuba e Porto Rico, ex-
colônias espanholas dominadas pelos
Estados Unidos, possuía tarifas
preferenciais nesse país.
Diante da concorrência internacional,
o açúcar produzido no Brasil passou a
ser vendido, cada vez mais, no
mercado interno.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
50. Situação Econômica
Algodão: Consumo Interno
Entre 1821 e 1830, o algodão ocupou o segundo lugar na pauta das
exportações brasileiras.
Nas décadas seguintes, entrou em decadência devido à
concorrência da produção algodoeira dos Estados Unidos, que
gradativamente conquistou o mercado internacional.
Dois fatores influíram em favor da produção Norte-Americana: a
menor distância entre os Estados Unidos e a Europa, o que
barateava o custo do transporte, e a melhor qualidade dessa
produção, que contava com recursos técnicos e grande
disponibilidade de mão-de-obra e terras.
Durante a Guerra de Secessão (1861-1865), o norte dos EUA
bloqueou as exportações algodoeiras do Sul, e os produtores de
algodão do Brasil aproveitaram essa situação para suprir as
necessidades das indústrias têxteis da Europa.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
51. Assim, no período de 1861 a 1870, o
algodão voltou a ocupar o segundo
lugar na pauta das exportações
brasileiras.
Terminada essa década de glória, o
produto entrou novamente em
declínio no mercado externo.
Sua produção destinou-se, então,
às indústrias de fiação e
tecelagem em expansão no país.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
52. Borracha: Fugaz Esplendor Amazônico
Produzida a partir do látex extraído de seringueiras originárias da
Amazônia, a borracha tornou-se, a partir de 1840, um produto de
crescente procura nos países industrializados.
Servia de matéria-prima para a fabricação de pneus,
inicialmente de bicicletas e depois de automóveis.
Na Amazônia encontrava-se a maior reserva de seringueiras do
mundo, e o Brasil passou a suprir praticamente toda a demanda
mundial de borracha, escoando sua produção pelos por tos de
Manaus e Belém.
Nessa época, a região amazônica conheceu súbito esplendor,
que, todavia, durou apenas três décadas (1891-1918).
A produção da borracha brasileira exigia constante penetração
na mata em busca de seringais nativos.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
53. Situação Econômica A dificuldade de acesso aos
seringais elevava os custos de
transporte, fazendo com que os preços
da borracha aumentassem.
A produção brasileira era insuficiente
para atender a demanda do mercado,
e cresciam as necessidades do produto
nos centros industrializados.
Nessa conjuntura, países europeus, como
Inglaterra e Holanda investiram no cultivo
de seringais em áreas de sua dominação
colonial – Malásia, Ceilão e Indonésia.
Desenvolvendo um plantio especialmente
planejado para o aproveitamento
industrial, essas regiões, em pouco tempo,
superara o extrativismo praticado nos
seringais brasileiros.
A partir de 1920, a borracha brasileira
praticamente não tinha mais lugar no
mercado internacional.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
54. Situação Econômica
Cacau: Crescimento na Primeira República
Cultivado no Sul da Bahia, principalmente nos municípios de Itabuna e
Ilhéus, o cacau teve destino semelhante ao da borracha no mercado
externo.
Paralelamente ao aumento de consumo de chocolates na Europa e
nos Estados Unidos, a produção brasileira de cacau cresceu durante
toda a Primeira República.
Os Ingleses, entretanto, investiram na produção de cacau na região
africana da Costa do Ouro, área sob seu domínio – a região da Costa
do Ouro, hoje, integra Gana – tal como sucedeu como a borracha
em pouco tempo o produto dessa região conquistou os mercados
internacionais, fazendo declinar a produção do cacau brasileiro.
Os números deixam claro essa situação:
Em 1935, o Brasil exportou 100 Mil Toneladas de cacau, enquanto a
Costa do Ouro exportou 260 Mil Toneladas.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
55. Imigração e IndustrializaçãoMudanças Sociais e Econômicas no País
Juntamente com os Estados Unidos, a Argentina e o Canadá, o Brasil foi
um dos países que mais receberam imigrantes – Europeus e Asiáticos –
na época contemporânea.
No período de 1890 a 1930, estima-se que entraram no país mais de
3,5 Milhões de Imigrantes.
Seduzidos por incentivos e anúncios de prosperidade que o Governo
Brasileiro divulgava no exterior, esses imigrantes vinham em busca
de trabalho e melhores condições de vida.
Muitos sonhavam em enriquecer no Brasil: fare l’América – fazer
a América – como diziam os italianos.
Nessas quatro décadas, os Italianos representaram,
aproximadamente, 33% do total dos imigrantes que chegaram ao
Brasil, seguidos pelos Portugueses – 29% – e os Espanhóis – 15% –
outros grupos percentualmente menores foram os de Alemães,
Japoneses, Sírio-libaneses, Russos, Lituanos, Austríacos, etc.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 90 Sociedade e economia na Primeira República
56. Imigração e Industrialização
Entre os Estados brasileiros, São Paulo
recebeu o maior número de imigrantes –
cerca de 57% do total – isso se explica, em
boa medida, pela expansão da economia
cafeeira – que abria milhares de postos de
trabalho – e pela política do Governo
Paulista de incentivo à imigração –
propaganda no exterior, concessão de
passagens, alojamentos.
A contínua vinda de imigrantes contribuiu
para muitos aspectos da vida social,
principalmente nas regiões Sudeste e Sul do
país.
Os imigrantes foram responsáveis por
transformações na alimentação, nos hábitos
e rotinas de trabalho, nos valores culturais,
etc.
Imigração e industrialização
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
58. Indústrias e Movimento
Operário
A Primeira República (1889-
1930), período de grande
vigor da economia cafeeira,
foi também a época em que a
industrialização ganhou
impulso, em parte devido à
expansão dos cafezais: com
as crises de superprodução,
muitos produtores de café
aplicaram parte de seus
lucros na indústria.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
59. Crescimento Industrial
Em 1889, havia no Brasil
pouco mais de 600 fábricas,
nas quais trabalhavam 54 Mil
Operários.
Trinta e Um anos depois,
existiam no país cerca de
13 Mil Indústrias, que
empregavam 275 Mil
operários.
Havia ainda 233 Usinas
de Açúcar, onde
trabalhavam 18 Mil
Operários, e 231
Salinas, que
empregavam cerca de
5 Mil Trabalhadores.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
61. Imigração e Industrialização
Concentrando 31% das indústrias, o principal centro da
industrialização brasileira era o Estado de São Paulo, onde viviam os
mais importantes produtores de café do país.
Em São Paulo havia também um grande número de ex-escravos e
imigrantes que viviam do trabalho da agricultura.
Muitos desses trabalhadores deixaram o campo e, em busca de
novas oportunidades de vida, acabaram constituindo mão-de-obra
para o setor industrial.
Também se destacaram, pela concentração industrial, os
estados do Rio Grande do Sul – 13,3% – Rio de Janeiro – 11,5%
– Minas Gerais – 9,3%.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
62. Em 1928, a renda do setor industrial
superou, pela primeira vez, a renda da
agricultura.
A industrialização, que dava emprego
para um número crescente de
operários, foi um fator de mudança na
composição da sociedade.
Antes desse período, grande parte da
força política e social ficava no setor
rural.
Com o avanço da industrialização, o
setor urbano cresceu em importância:
Operários e setores médios urbanos
passaram a exigir cada vez mais o direito
de participar da vida política e econômica
do país.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
63. Jornada de trabalho: segunda a sábado, até 15 horas por dia (às vezes, também aos
domingos).
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
64. Lutas Operárias
As condições de trabalho do operariado nos anos da
Primeira República eram bastante desfavoráveis.
Em geral, trabalhava-se de segunda a sábado, até 15
horas por dia – às vezes, também aos domingos – os
operários ganhavam pouquíssimo, o que obrigava
toda família a trabalhar.
Não havia salário mínimo, direito a férias, paramento
por horas extras ou uma Legislação limitando a
extensão da jornada de trabalho.
O trabalhador, quando demitido, não tinha direito a
aviso prévio ou qualquer indenização.
As instalações das fábricas geralmente eram ruins,
com pouco espaço e ambiente mal iluminados,
quentes e sem ventilação, não havia cuidado com a
higiene nem com a segurança dos locais de serviço.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
65. Imigração e Industrialização
Assim, eram freqüentes entre os operários os acidentes de trabalho
e doenças, cujas principais vítimas eram as crianças – que, às vezes,
sofriam outras formas de violência.
Os trabalhadores menores, de 7 a 14 anos, eram as principais vitimas
dos mestres – chefe de operários – e contra-mestres – encarregado
do comando de equipes de trabalho – que castigavam com
espancamentos, sopapos, pontapés e puxões de orelha.
Contra isso, criou-se, em 1917, um Comitê Popular de Agitação
contra a exploração de menores operários.
Os mestres e contra-mestres também seduziam as mulheres
operárias em troca de máquinas mais produtivas ou de melhores
salários.
Caso não cedessem às suas propostas, elas eram perseguidas com
multa, descontos ou máquinas enguiçadas.
Os inúmeros acidentes, os baixos salários, as longas jornadas sem
descanso provocaram protestos e reivindicações dos operários.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
66. Imigração e Industrialização
Surgiram, então, várias forma de
organização operária, entre elas o
Sindicato, que lutaram pela conquista
de direitos trabalhistas e sociais.
Dentre as correntes políticas que
influenciaram o movimento operário,
destacou-se, de início, o Anarquismo.
Mas havia outras tendências atuantes
no movimento operário, como a
Corrente Católica, que procurava
afastar os trabalhadores da influência
Anarquista e Socialista, e o
Sindicalismo Revolucionário, que
defendia a greve como principal
instrumento de luta dos operários na
busca de conquistas amplas.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
67. A luta Pela Autonomia Feminina
No Período Colonial, a grande parte das mulheres de “boa
família” viviam submissas aos homens e trancadas em
casa.
Durante o Império, um maior número de mulheres passou
a ser visto pelas ruas, embora fosse comum encontrá-las na
companhia vigilante do pai ou do marido.
Na República, no entanto, a mulher foi dando passos
decisivos para romper o círculo fechado que a oprimia.
A força de trabalho da mulher, passou a ser intensamente
requisitada em nossas primeiras fábrica, tornando-se
maioria em diversos setores, como o têxtil e o de
alimentos.
Apesar de exploradas as mulheres operárias contribuíram
na luta pela autonomia feminina, mesmo recebendo
salário inferior aos dos homens, igualavam-se a eles ao sair
dos lares para trabalhar nas fábricas e completar o
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
68. Fábrica de linhas/tecidos de algodão em São Paulo. Foto de 1917. note a presença
significativa de mulheres e crianças.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
69. Rompendo com a Submissão
Elas mostravam que podiam executar outros trabalhos além das
tradicionais profissões de enfermeira e professora.
Apesar do elevado número de trabalhadoras presentes nos primeiros
estabelecimentos fabris brasileiros, não se deve supor que elas foram
progressivamente substituindo os homens e conquistando mercado de
trabalho fabril.
Ao contrário, as mulheres vão sendo progressivamente expulsas das
fábricas, na medida em que avançam a industrialização e a
incorporação da força de trabalho masculina.
As barreiras enfrentadas pelas mulheres para participar do mundo dos
negócios eram sempre muito grandes, independentemente da classe
social a que pertencessem.
Da variação salarial, à intimidação física, da desqualificação
intelectual ao assédio sexual, elas tiveram sempre de lutar contra
inúmeros obstáculos para ingressar em um campo definido – pelos
homens – como “naturalmente masculino”.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
70. Um dos fatores que contribuíram para abalar o mito da
inferioridade feminina foi o surgimento do cinema no Brasil, em
1907.
Por meio de diversos filmes, as mulheres foram estimuladas a tomar
contato com um mundo fora dos limites do lar.
Descobriram um modelo dinâmico de mulher, reflexo de uma
sociedade moderna e industrializada.
Belas e encantadoras, muitas personagens femininas de Hollywood
eram psicologicamente fortes, determinadas e participativas.
O Advento da República e suas mudanças institucionais fizeram
nascer, também, a esperança na aprovação do voto feminino pelos
Deputados.
Em 1920, Berta Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da
Mulher. Para lutar pela igualdade de salários e pelo Sufrágio
Feminino.
No entanto, as mulheres só conquistariam o direito ao voto em
meados da década de 1930.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
71. Imigração e IndustrializaçãoO Anarquismo
É comum usarmos a palavra anarquismo e anarquia com o significado de
confusão. Bagunça, desordem, baderna.
Mas esse não é o sentido político do termo: na sua origem grega,
anarquia significa ausência de poder.
No plano político, o anarquismo considerava o poder – o domínio de
uma pessoa sobre a outra – um grande mal, rejeitando as formas sociais
de opressão sobre o indivíduo.
Os Anarquistas defendiam a existência de uma sociedade que funcionava
pela cooperação e pela solidariedade entre as pessoas.
Evidentemente, eram contrários à exploração dos empregados pelos
patrões.
As ideias anarquistas foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes
europeus, especialmente italianos e espanhóis, que eram seguidores das
ideias do italiano Erico Malatesta e do russo Pedro Kropotkin.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
72. Imigração e Industrialização
Greve de 1917 e Organizações Operárias
Em julho de 1917, foi organizada em São Paulo a Primeira Greve geral
da História do Brasil, provocada pelo descontentamento dos operários
com as condições de trabalho às quais estavam submetidos.
As manifestações dos operários, em passeatas pelas ruas, provocaram
muitos conflitos com a Polícia.
Num desses conflitos, em 9 de julho, o sapateiro anarquista José
Martinez, de 21 anos de idade, morreu baleado.
Esse episódio ampliou o movimento: a greve tornou-se geral,
paralisando as fábricas da cidade de São Paulo e de outras regiões do
país.
Estima-se entre 50 Mil e 70 Mil Trabalhadores tenham participado dessa
greve.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
73. Imigração e Industrialização Os grevistas reivindicaram
aumentos salariais, jornada de
trabalho de 8 horas, direito de
associação, libertação dos
grevistas presos, etc.
Diante da extensão do
movimento operário, o
Governo e os Industriais
resolveram negociar.
Prometeram melhores salários
e condições de trabalho, e
assumiram o compromisso de
não punir os grevistas caso
todos voltassem a seus postos.
As promessas e os
compromissos, no entanto, não
foram cumpridos à risca.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
74. Imigração e Industrialização O último Presidente da Primeira
República, Washington Luís, dizia
que a questão social era “caso de
polícia”.
Para a maior parte dos membros do
poder, os protestos dos
trabalhadores deviam ser reprimidos
com o uso da Violência Policial.
Em 1922, apoiado pelos líderes
operários, foi fundado o Partido
Comunista do Brasil (PCB), inspirado
na Vitória dos Comunistas na
Revolução Russa de 1917.
O Partido Comunista foi considerado
Ilegal pela polícia logo após a sua
fundação, mas continuou a existir
Clandestinamente.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 86 Sociedade e economia na Primeira República
75. Somente respostas
Pág. 85 (1 a 7);
Pág. 89 (1 a 4);
Pág. 95 (1 a 5);
De olho na universidade – pág. 98 –
questão 1.
HISTÓRIA . Capítulo 6– pág. 80 Sociedade e economia na Primeira República
79. Compreender as características das revoltas
populares e tenentistas entre fins do século XIX e
início do XX;
Identificar as propostas e críticas dos artistas
modernistas em relação aos valores culturais que
predominavam no país no início do século XX.
o Messianismo;
o Cangaço;
o Tenentismo;
o Modernismo .
80. MESSIANISMO
Derivada de messias, que significa “o enviado
de Deus”, “o salvador”.
O termo messianismo passou a ser utilizado, por historiadores, sociólogos e
outros estudiosos, para designar a crença de um grupo de pessoas em um
líder político-religioso (líder messiânico), considerado capaz de conduzir
determinada coletividade a uma nova era de justiça e felicidade.
Na historiografia do Brasil, o termo costuma ser usado para denominar os
movimentos sociais nos quais milhares de sertanejos de áreas rurais pobres
fundaram comunidades comandadas por um líder religioso.
Na Primeira República, os dois principais movimentos foram Canudos
e Contestado.
Messianismo: Religiosidade e Revolta sertaneja
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
81. Líder: Antônio Vicente Mendes
Maciel (Conselheiro- 1870);
Governo de Prudente de Morais.
Causas:
Injusta situação fundiária;
Total abandono do estado
sobre as populações mais
humildes.
As tensões sociais explodiam
com mais frequência nos
momentos de seca
prolongada;
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
REVOLTA DE CANUDOS (BAHIA -1893-1897):
82. Opções dos sertanejos:
- Emigração – Meios de transporte
inviáveis;
- Banditismo social – Cangaço;
- Misticismo religioso:
O apoio do imaginário espiritual, vida
religiosa e mística;
Desenvolvia-se em torno de um líder
messiânico, carismático.
Antônio Conselheiro percorria o Nordeste
proclamando o Reino de Deus e prestando
assistência à população mais pobre:
Discurso cativante - Reuniu seguidores e
cangaceiros;
Estabeleceu-se na fazenda de Canudos –
Fundação da aldeia de Belo Monte.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
REVOLTA DE CANUDOS (BAHIA -1893-1897):
83. 83
sistema comunitário
(colheitas, rebanhos, fruto
do trabalho eram
repartidos). O excedente
era vendido ou trocado
com os povoados vizinhos;
Não havia cobrança de
tributos;
Eram proibidas a
prostituição/bebidas
alcoólicas;
Representava, de certa forma, uma alternativa de sociedade para
os sertanejos que fugiam da dominação dos coronéis da região.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
84. HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
REVOLTA DE CANUDOS (BAHIA -1893-1897):
Conselheiro criticava o governo
republicano – Visto como
manifestação anticristo:
- Casamento civil;
- Eleições diretas;
Apelava-se para um Salvador, o Rei
português – Atribuição de
Conselheiro a monarquista.
Primeira expedição de 100 homens
do exército foi massacrada por
Canudos;
Segunda expedição de 500 soldados,
metralhadoras e canhões
fracassaram a caminho de Canudos;
85. HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
REVOLTA DE CANUDOS (BAHIA -1893-1897):
Terceira expedição de 1300 homens do sul do país,
comandados pelo vencedor da Revolução Federalista
fracassou;
Quarta expedição de 15000 soldados montou um cerco em
Canudos;
O próprio ministro da Guerra partiu para Canudos com mais
reforços;
Intenso bombardeio a Canudos, que estava sem suprimentos –
A população continuava a crescer, demonstrando ser
preferível morrer ao lado de Conselheiro a levar uma vida
miserável;
5 de outubro de 1897 – Derrota de Canudos.
86. HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
REVOLTA DE CANUDOS (BAHIA -1893-1897):
Vejamos um trecho de uma das últimas
páginas de Os Sertões, em que é narrada a
destruição de Canudos:
Canudos não se rendeu. Exemplo
único em toda história, resistiu até ao
esgotamento completo. Expugnado
palmo a palmo, na precisão integral
do termo, caiu no dia 5, ao entardecer,
quando caíram os seus últimos
defensores, que todos morreram.
Eram quatro apenas: um velho, dois
homens feitos e uma criança, na
frente dos quais rugiam raivosamente
cinco mil soldados.
88. Guerra do Contestado (1912 – 1916)
Ocorreu na
fronteira entre
Paraná e Sant
Catarina, em
uma região
contestada
(disputada)
pelos dois
estados.
Por isso, o
movimento
ficou
conhecido
como
Contestado.
88
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
89. Antecedentes gerais
Sertanejos estabelecidos
na região do Contestado,
vivendo da extração de
erva-mate e de madeira e
da criação de gado desde
o século XVIII.
Com o início da
construção de uma
ferrovia que ligaria São
Paulo ao Rio Grande do
Sul, em 1890, muitos
deles foram desalojados
dessas terras, perdendo
também seu meio de
vida.
trabalho
Empresas
estadunidenses
Brazil Railway (concluir
ferrovia)
Southern Brazil
Lamber and
Colonization
(exploração madeira)
Fazendeiros locais
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
90. Os problemas sociais e a disputa pela terra
agravaram-se quando a Brazil Railway :
contratação de trabalhadores de outros
estados com baixos salários; demissão de
todos os funcionários quando a ferrovia
ficou pronta.
Os trabalhadores passaram a perambular
pela região, saqueando, invadindo
propriedades e até se oferecendo como
jagunços aos coronéis
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
91. Fundação de povoados
Sem terra e famintos, os sertanejos
do Contestado começaram a se
organizar sob a liderança de um
“monge” chamado João Maria. Após
sua morte, seu lugar foi ocupado por
outro “monge”, Miguel Lucena
Boaventura, conhecido como José
Maria.
José Maria reuniu mais de 20 mil
sertanejos e fundou com eles alguns
povoados que compunham a
chamada Monarquia Celeste, que
tinha um governo próprio e normas
igualitárias, não obedecendo às
ordens das autoridades da
República.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
92. Combate aos sertanejos
Objetivo : destruir a organização comunitária e expulsar os
sertanejos das terras que ocupavam (coronéis-fazendeiros,
dirigentes das empresas estrangeiras, tropas do governo).
Em 1912, José Maria foi morto em combate. Criaram-se novos
núcleos da Monarquia Celeste.
Em 1916, os últimos núcleos foram arrasados por tropas
(canhões, metralhadoras, aviões de bombardeio)
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
94. HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
Revolta de Juazeiro (CE – 1914)
Também conhecida como Sedição
de Juazeiro, foi uma revolta de
caráter popular, embora liderada
pelos coronéis da região, que
ocorreu no sertão do Nordeste
em 1914.
A revolta foi liderada pelo padre
Cícero Romão Batista e pelo
médico e político Floro
Bartolomeu da Costa.
Teve como epicentro a cidade de
Juazeiro do Norte, localizada no
sertão do Cariri (interior do
estado do Ceará).
Floro Bartolomeu e Padre Cícero
95. HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
Revolta de Juazeiro (CE – 1914)
Causa: Intervenção do governo central no
Ceará, retirando do poder a tradicional
família Accioly.
Padre Cícero lidera um exército formado
por fiéis que recuperam o poder para a
tradicional família.
Reação do governo e consequências
- A revolta foi violenta, resultando em
muitas mortes. O governo federal
resolveu ceder, anulou a intervenção no
governo cearense e devolveu o poder à
família Accioly.
- Prestígio político do Padre Cícero
aumenta.
96. Cangaço : revolta e violência no Nordeste
Banditismo social;
Bandos armados que
percorriam o interior
nordestino sobrevivendo
de delitos.
Principais bandos:
Lampião e Corisco.
Causas: miséria crônica da
população nordestina,
seca, má distribuição de
terras, descaso do Estado
e dos coronéis para com
os mais pobres, violência.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
97. Mito do “Robin Hood”.
Os cangaceiros foram
perseguidos pela
polícia volante e
exterminados um a um.
Eram os únicos que
despertavam medo nos
coronéis, justamente
por não terem
perspectiva de
melhorar sua condição
e portanto não precisar
temer o desrespeito
das leis vigentes.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
98. Rei do Cangaço
98
Entre os mais conhecidos
grupos de cangaceiros,
destacaram-se o de Antônio
Silvino (1875-1944) e o de
Virgulino Ferreira, mais
conhecido como Lampião
(1897-1938), considerado o
“Rei do Cangaço”.
Ele e sua mulher, Maria Bonita
(que viviam com o bando), se
tornariam os personagens mais
famosos do cangaço.
Depois que, a polícia massacrou
o bando de Lampião, em 1938,
durante o governo de Getúlio
Vargas, o cangaço praticamente
desapareceu no Nordeste.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
103. Diferentes mobilizações na Capital da República.
Na primeira metade do Século XX, diferentes
movimentos agitaram a cidade do Rio de Janeiro, então
Capital da República:
– Revolta da Vacina;
– Revolta da Chibata e;
– Tenentismo.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
104. Revolta da Vacina (RJ - 1904)
Projeto de modernização do RJ (Presidente Rodrigues Alves).
Destruição de cortiços e favelas, ampliação das avenidas,
construção de novos prédios inspirando-se em Paris.
Expulsão de comunidades pobres das regiões centrais,
inflação, alta do custo de vida.
Vacinação obrigatória contra a varíola (Oswaldo Cruz)
desencadeia conflito.
Durante o conflito, um grupo de partidários radicais do
Marechal Floriano Peixoto, tenta tomar o poder, não obtendo
resultados satisfatórios.
Repressão do governo. Sem maiores consequências.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
108. Revolta da Chibata (1910)
Líder: João Cândido,
posteriormente
apelidado de
“Almirante Negro”.
Causas: maus tratos,
baixos soldos, péssima
alimentação e castigos
corporais (como a
chibata, por exemplo)
dentro da marinha.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
109. Revolta da Chibata (1910)
Marinheiros tomam 2 navios e
ameaçam bombardear o Rio
caso continuassem os castigos
na marinha.
Governo promete atender as
reinvindicações e solicita que
marinheiros se entregassem.
Envolvidos foram presos e
mortos. João Cândido
sobrevive mas é expulso da
marinha.
Castigos corporais na marinha
são abolidos.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
111. TENENTISMO (1922-1926)
Movimento da baixa oficialidade do
exército (tenentes e capitães).
Classe média urbana e letrada.
Contra o poder central das
oligarquias.
Objetivos: moralização política (voto
secreto, fim das fraudes,
afastamento do controle
oligárquico), ensino obrigatório,
centralização positivista.
Programa elitista – para o povo, mas
sem o povo.
Consideravam a “salvação nacional”.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
112. Revolta do Forte de Copacabana (1922)
Início: 5 de julho de 1922, no
Forte de Copacabana.
Causa: impedir a posse do
presidente Artur Bernardes.
Desfecho: 17 tenentes e um
civil saíram às ruas para o
combate corpo a corpo com as
tropas opositoras. Saíram com
vida: Tenentes Eduardo Gomes
e Siqueira Campos.
Esse episódio ficou conhecido
como Revolta do Forte de
Copacabana ou Os Dezoito do
Forte
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
113. Onde: Rio Grande do Sul e São Paulo.
Em São Paulo, liderada pelo general Isidoro Dias Lopes, pelo
tenente Juarez Távora e por políticos como Nilo Peçanha.
Os revoltosos ocuparam lugares estratégicos da cidade,
travando diversas batalhas com as forças governamentais.
O governo paulista viu-se obrigado a fugir da capital. Recebe
reforços militares do Rio de Janeiro.
Após vinte dias, os rebeldes desistiram e abandonaram São
Paulo. Formou-se, então , uma numerosa e bem armada tropa
de rebeldes – a chamada Coluna Paulista , liderada pelo militar
Miguel Costa, que segui para o sul do país, ao encontro de outra
coluna militar tenentista: era a tropa liderada pelo capitão Luís
Carlos Prestes, que partira do Rio Grande do Sul.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
114. Coluna Prestes (1924 – 1926):
Líder: Luís Carlos Prestes (“o Cavaleiro da
Esperança”).
Marcha pelo interior do Brasil tentando debilitar
o governo de Arthur Bernardes e conseguindo
mais adeptos para a causa tenentista.
Caráter social mais amplo: alguns mencionavam
o desejo pelo voto feminino e pela reforma
agrária.
Fracassou. Seus integrantes se exilaram na
Bolívia. Alguns retornaram ao Brasil
posteriormente.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
116. - RENOVAÇÃO NAS ARTES BRASILEIRAS
São Paulo, Fevereiro
de 1922.
Crítica aos padrões
artísticos e literários
formais (métrica,
rima, saudosismo,
sentimentalismo).
Criação de uma nova
estética sem fórmulas
fixas e limitadoras da
criatividade.
116
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
117. “Paulicéia
Desvairada” – Mário
de Andrade: primeira
obra modernista.
Principais
representantes:
Oswald de Andrade,
Mário de Andrade,
Manuel Bandeira,
Menotti del Picchia
(literatura), Anita
Malfatti, Tarsila do
Amaral, Di Cavalcanti
(pintura), Villa-Lobos
(música), Vitor
Brecherest
(escultura).
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
123. 123
Na música Villa-Lobos
trazia o folclore e os
costumes populares
brasileiros na forma
de composições como
”A Fiandeira”,
“Cascavel”,
“Camponesa
cantadeira” e “Festim
Pagão”.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República
124. Somente respostas
Pág. 103 (1 e 2 );
Pág. 104 (1 a 3);
Pág. 110 (1 a 4);
Pág. 112 (1)
De olho na universidade – pág. 115
– questão 1.
HISTÓRIA . Capítulo 7– pág. 99 Revoltas na Primeira República