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Ouça-o com atenção e calma. Lembre-se sempre
que ele é um aprendiz de fala e que erros são
esperados em todas as crianças pequenas. Se ele
apresenta gagueira, sua dificuldade em se
comunicar pode ser mais intensa do que a das
demais crianças.
Mas como faço isto na prática?
Fale com ele em frases curtas e simples, de modo
calmo e lento. Aguarde alguns segundos após a fala
dele, antes de iniciar novamente sua fala. Procure
ambientes tranquilos para estas conversas. Tenha
sempre ao menos quinze minutos do seu dia
apenas para conversar com seu filho.
Será que existem coisas que estou fazendo e que
podem prejudicar a fluência do meu filho?
Os costumes mais frequentes que são prejudiciais à
fluência da criança são os comentários e sugestões
sobre sua fala, como solicitações para que fale
direito, para que pense ou respire antes de falar,
para que fique calmo e outros do gênero. A
gagueira é involuntária, a criança ainda não tem
controle sobre sua fala. Assim, solicitar que ela se
corrija quando não tem estrutura para fazê-lo, só
complica o quadro.
Percebo que meu filho gagueja mais quando é
repreendido. Devo deixar de fazê-lo?
Como dissemos anteriormente, situações
estressantes perturbam a fluência e ser
repreendido é algo estressante, sem dúvida. Talvez
você possa encontrar meios mais adequados,
suaves e efetivos de disciplinar seu filho de modo
que ele adquira os comportamentos adequados
para sua idade, sem maiores danos em sua
autoestima e fluência.
Na minha família temos outras pessoas que
gaguejam, seria bom evitar o contato com elas?
É bem provável que muitos que gaguejam tenham
familiares que também apresentem gagueira, uma
vez que a hereditariedade é um dos fatores de seu
surgimento. No entanto, esta transmissão é
genética e o contato com pessoas que gaguejam
não fazem surgir uma gagueira.
Mais algum cuidado que devo ter com meu filho?
Os mesmos cuidados que devemos ter com todas
as crianças: preserve seus horários de alimentação
e sono, procure uma rotina saudável para ele,
respeitando suas limitações.
Observe as situações que produzem maior número
de rupturas na fala e evite-as na medida do
possível. Quando constatar que seu filho está mais
fluente forneça maiores oportunidades de
conversação e quando ele estiver mais disfluente,
busque brincadeiras mais silenciosas e tranquilas.
Demonstre seu afeto com sorrisos e abraços. Tome
atitudes que o deixem seguro de seu afeto.
REALIZAÇÃO REGIONAL – São Paulo/SP:
CEFAC – Saúde e Educação
IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual (Departamento de
Otorrinolaringologia e Setor de Fonoaudiologia)
IBF – Instituto Brasileiro de Fluência
PATROCÍNIO:
Grupo Microsom – Soluções em aparelhos
auditivos e para gagueira
Seu filho gagueja?
De 16 a 23 de outubro, haverá eventos em todo o
Brasil. Participe!
Maiores informações: www.gagueira.org.br
REALIZAÇÃO NACIONAL:
CEFAC – Saúde e Educação
IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual (Departamento de
Otorrinolaringologia e Setor de Fonoaudiologia)
IBF – Instituto Brasileiro de Fluência
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Curso de Fonoaudiologia/Faculdade de Medicina)
CFFa – Conselho Federal de Fonoaudiologia
Eu acho que meu filho gagueja, mas será que é
mesmo gagueira?
As crianças apresentam vários tipos de dificuldade
durante a aquisição da linguagem.
A gagueira é caracterizada por rupturas na fala:
repetições e prolongamentos, tanto de sons como
de sílabas e palavras. Surgem também bloqueios na
fala e evitação de palavras ou situações. Se você
observa estes sintomas em seu filho, é gagueira,
sim.
As atitudes que tomamos com ele podem ter feito
surgir a gagueira?
Não. A gagueira pode ser uma das características da
fala de seu filho e ele provavelmente apresentará
mais gagueira quando em situações mais
estressantes como quando está cansado, quando
for repreendido ou mesmo quando estiver
contando algo mais complexo para ele. Isto não
significa que a situação fez a gagueira surgir, mas
que são momentos que facilitam que ela venha à
tona.
Meu filho não é uma criança tímida, nem nervosa,
por que então ele gagueja?
Algumas décadas atrás acreditava-se que as
questões emocionais provocavam gagueira. As
pesquisas demonstraram que a gagueira é
provocada principalmente por alterações
neurológicas no funcionamento cerebral de
produção de fala e que as reações emocionais são
consequência das dificuldades relacionadas a esta
comunicação alterada e que, muitas vezes,
complicam o quadro inicial.
Como saber se preciso procurar ajuda? E quando?
Ocorrendo esporadicamente, estas rupturas fazem
parte das dificuldades típicas da comunicação. A
sua frequência, severidade e duração indicarão se é
algo passageiro ou se é importante intervir.
Se a intensidade ou frequência das rupturas é
significativa e está incomodando a criança ou
deixando os pais preocupados, procure um
fonoaudiólogo especializado em fluência.
Muitos me disseram que posso esperar mais,
antes de pensar em procurar uma intervenção
externa.
Grande parte da informação que circula em nosso
meio – muitas vezes até no meio médico ou
fonoaudiológico – é informação ultrapassada.
Mesmo que seja dada com a maior boa vontade,
não podemos nos acomodar e seguir estes
conselhos. Hoje sabemos que muito pode ser feito
para favorecer uma fala mais fluente e quanto mais
cedo se iniciar a intervenção, maior a possibilidade
de encontrar os fatores que perturbam a fluência e
saná-los.
Por que devo procurar um fonoaudiólogo
especializado em gagueira?
A Fonoaudiologia tem como foco de estudo e
intervenção inúmeras áreas da comunicação. O
volume de conhecimento atual é imenso e se torna
impossível acompanhar com profundidade tudo o
que surge. Devido a isto, temos as especialidades,
que permitem maior dedicação do profissional a
determinadas áreas. O fonoaudiólogo especializado
em fluência atua, entre outros distúrbios menos
conhecidos popularmente, com a gagueira.
O fonoaudiólogo colocará meu filho em terapia?
O fonoaudiólogo especializado em fluência tem
instrumentos para avaliar a fala de seu filho e
considerar se a probabilidade de remissão
espontânea ainda existe, ou seja, se a disfluência
que seu filho apresenta tem características que
indicam que muito provavelmente ele vai se
recuperar sem intervenção. Nestes casos, os pais
são orientados a como agir para favorecer o
desenvolvimento da fluência do filho e é feito
apenas um acompanhamento periódico.
E se não for este o caso do meu filho?
Se as características de fala de seu filho indicarem
uma gravidade maior, o fonoaudiólogo
especializado tem à sua disposição uma série de
enfoques para facilitar a fala dele, minorando a
dificuldade e, em grande parte dos casos, sanando
o problema. Caso a dificuldade persista, será de
modo muito mais suave, de maneira a não
perturbar a comunicação da criança.
Será que a gagueira do meu filho vai continuar?
Alguns fatores favorecem o surgimento e
permanência da gagueira: hereditariedade, criança
do sexo masculino e surgimento mais tardio da
gagueira (por volta dos quatro anos em vez de ser
mais próximo ao surgimento da fala). Mas mesmo
que todos estes fatores estejam presentes, sempre
é possível obter bons resultados com a intervenção
precoce.
Há algo que posso fazer para ajudar a fala dele?
Sim, há muita coisa! Permita que seu filho tenha o
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Seu filho gagueja.

  • 1. Ouça-o com atenção e calma. Lembre-se sempre que ele é um aprendiz de fala e que erros são esperados em todas as crianças pequenas. Se ele apresenta gagueira, sua dificuldade em se comunicar pode ser mais intensa do que a das demais crianças. Mas como faço isto na prática? Fale com ele em frases curtas e simples, de modo calmo e lento. Aguarde alguns segundos após a fala dele, antes de iniciar novamente sua fala. Procure ambientes tranquilos para estas conversas. Tenha sempre ao menos quinze minutos do seu dia apenas para conversar com seu filho. Será que existem coisas que estou fazendo e que podem prejudicar a fluência do meu filho? Os costumes mais frequentes que são prejudiciais à fluência da criança são os comentários e sugestões sobre sua fala, como solicitações para que fale direito, para que pense ou respire antes de falar, para que fique calmo e outros do gênero. A gagueira é involuntária, a criança ainda não tem controle sobre sua fala. Assim, solicitar que ela se corrija quando não tem estrutura para fazê-lo, só complica o quadro. Percebo que meu filho gagueja mais quando é repreendido. Devo deixar de fazê-lo? Como dissemos anteriormente, situações estressantes perturbam a fluência e ser repreendido é algo estressante, sem dúvida. Talvez você possa encontrar meios mais adequados, suaves e efetivos de disciplinar seu filho de modo que ele adquira os comportamentos adequados para sua idade, sem maiores danos em sua autoestima e fluência. Na minha família temos outras pessoas que gaguejam, seria bom evitar o contato com elas? É bem provável que muitos que gaguejam tenham familiares que também apresentem gagueira, uma vez que a hereditariedade é um dos fatores de seu surgimento. No entanto, esta transmissão é genética e o contato com pessoas que gaguejam não fazem surgir uma gagueira. Mais algum cuidado que devo ter com meu filho? Os mesmos cuidados que devemos ter com todas as crianças: preserve seus horários de alimentação e sono, procure uma rotina saudável para ele, respeitando suas limitações. Observe as situações que produzem maior número de rupturas na fala e evite-as na medida do possível. Quando constatar que seu filho está mais fluente forneça maiores oportunidades de conversação e quando ele estiver mais disfluente, busque brincadeiras mais silenciosas e tranquilas. Demonstre seu afeto com sorrisos e abraços. Tome atitudes que o deixem seguro de seu afeto. REALIZAÇÃO REGIONAL – São Paulo/SP: CEFAC – Saúde e Educação IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Departamento de Otorrinolaringologia e Setor de Fonoaudiologia) IBF – Instituto Brasileiro de Fluência PATROCÍNIO: Grupo Microsom – Soluções em aparelhos auditivos e para gagueira Seu filho gagueja? De 16 a 23 de outubro, haverá eventos em todo o Brasil. Participe! Maiores informações: www.gagueira.org.br REALIZAÇÃO NACIONAL: CEFAC – Saúde e Educação IAMSPE – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Departamento de Otorrinolaringologia e Setor de Fonoaudiologia) IBF – Instituto Brasileiro de Fluência UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro (Curso de Fonoaudiologia/Faculdade de Medicina) CFFa – Conselho Federal de Fonoaudiologia
  • 2. Eu acho que meu filho gagueja, mas será que é mesmo gagueira? As crianças apresentam vários tipos de dificuldade durante a aquisição da linguagem. A gagueira é caracterizada por rupturas na fala: repetições e prolongamentos, tanto de sons como de sílabas e palavras. Surgem também bloqueios na fala e evitação de palavras ou situações. Se você observa estes sintomas em seu filho, é gagueira, sim. As atitudes que tomamos com ele podem ter feito surgir a gagueira? Não. A gagueira pode ser uma das características da fala de seu filho e ele provavelmente apresentará mais gagueira quando em situações mais estressantes como quando está cansado, quando for repreendido ou mesmo quando estiver contando algo mais complexo para ele. Isto não significa que a situação fez a gagueira surgir, mas que são momentos que facilitam que ela venha à tona. Meu filho não é uma criança tímida, nem nervosa, por que então ele gagueja? Algumas décadas atrás acreditava-se que as questões emocionais provocavam gagueira. As pesquisas demonstraram que a gagueira é provocada principalmente por alterações neurológicas no funcionamento cerebral de produção de fala e que as reações emocionais são consequência das dificuldades relacionadas a esta comunicação alterada e que, muitas vezes, complicam o quadro inicial. Como saber se preciso procurar ajuda? E quando? Ocorrendo esporadicamente, estas rupturas fazem parte das dificuldades típicas da comunicação. A sua frequência, severidade e duração indicarão se é algo passageiro ou se é importante intervir. Se a intensidade ou frequência das rupturas é significativa e está incomodando a criança ou deixando os pais preocupados, procure um fonoaudiólogo especializado em fluência. Muitos me disseram que posso esperar mais, antes de pensar em procurar uma intervenção externa. Grande parte da informação que circula em nosso meio – muitas vezes até no meio médico ou fonoaudiológico – é informação ultrapassada. Mesmo que seja dada com a maior boa vontade, não podemos nos acomodar e seguir estes conselhos. Hoje sabemos que muito pode ser feito para favorecer uma fala mais fluente e quanto mais cedo se iniciar a intervenção, maior a possibilidade de encontrar os fatores que perturbam a fluência e saná-los. Por que devo procurar um fonoaudiólogo especializado em gagueira? A Fonoaudiologia tem como foco de estudo e intervenção inúmeras áreas da comunicação. O volume de conhecimento atual é imenso e se torna impossível acompanhar com profundidade tudo o que surge. Devido a isto, temos as especialidades, que permitem maior dedicação do profissional a determinadas áreas. O fonoaudiólogo especializado em fluência atua, entre outros distúrbios menos conhecidos popularmente, com a gagueira. O fonoaudiólogo colocará meu filho em terapia? O fonoaudiólogo especializado em fluência tem instrumentos para avaliar a fala de seu filho e considerar se a probabilidade de remissão espontânea ainda existe, ou seja, se a disfluência que seu filho apresenta tem características que indicam que muito provavelmente ele vai se recuperar sem intervenção. Nestes casos, os pais são orientados a como agir para favorecer o desenvolvimento da fluência do filho e é feito apenas um acompanhamento periódico. E se não for este o caso do meu filho? Se as características de fala de seu filho indicarem uma gravidade maior, o fonoaudiólogo especializado tem à sua disposição uma série de enfoques para facilitar a fala dele, minorando a dificuldade e, em grande parte dos casos, sanando o problema. Caso a dificuldade persista, será de modo muito mais suave, de maneira a não perturbar a comunicação da criança. Será que a gagueira do meu filho vai continuar? Alguns fatores favorecem o surgimento e permanência da gagueira: hereditariedade, criança do sexo masculino e surgimento mais tardio da gagueira (por volta dos quatro anos em vez de ser mais próximo ao surgimento da fala). Mas mesmo que todos estes fatores estejam presentes, sempre é possível obter bons resultados com a intervenção precoce. Há algo que posso fazer para ajudar a fala dele? Sim, há muita coisa! Permita que seu filho tenha o tempo necessário para se expressar, sem ser interrompido. Evite questionamentos excessivos, de modo que ele possa falar espontaneamente.