1. Acidentes por Animais
Peçonhentos
Samuel Sá Marroquin
Maurício Queiroz
Mateus Vinícius
Stefano Ramos
Matheus Dantas
Matheus Leite
Prof. Evanízio Roque de Arruda
Júnior
3. Importância médica:
Grande frequência;
Gravidade
Epidemiologia:
25.000 acidentes/ano;
Taxa de letalidade de 0,45% nos casos tratados;
Faixa etária mais acometida é de 15 a 49 anos
(52,3%);
70% no sexo masculino;
70,8% atingem perna e pé.
6. Maior importância
epidemiológica no país;
70% a 90% dos envenenamentos
ofídicos;
Família Viperidae, gênero
Bothrops;
30 variedades de serpentes;
Conhecidas popularmente por
jararaca, jararacuçu, urutu,
caiçara...
Bothrops moojeni
7. Zonas rurais e periferias de grandes cidades,
preferindo ambientes úmidos como matas e
áreas cultivadas e locais onde há proliferação
de roedores;
Hábitos predominantemente noturnos ou
crepusculares.
Comportamento agressivo quando ameaçadas.
10. Proteolítica
•Proteases
•Hialuronidases
•Fosfolipases
•Mediadores da resposta
inflamatória
•Ação das hemorraginas
sobre o endotélio
•Ação pró-coagulante do
veneno
•Causam edema, bolhas e
necrose
Coagulante
•Ativação do fator X e da
protrombina
•Ação semelhante à
trombina
•Consumo dos fatores da
coagulação
•Podem causar
incoagulabilidade
sanguínea
•Quadro semelhante ao da
CIVD
•Alteração da função
plaquetária
•Plaquetopenia
Hemorrágica
•Ação das hemorraginas
•Lesão na membrana basal
dos capilares
•*Ação nefrotóxica devido
à lesões no endotélio
vascular renal
11. Manifestações locais
Dor e edema endurado no local da picada;
Equimoses e sangramentos no ponto da picada;
Infartamento ganglionar e bolhas podem
aparecer acompanhados ou não de necrose.
12. Manifestações sistêmicas
Sangramentos em ferimentos cutâneos
preexistentes;
Hemorragias à distância;
Náuseas, vômitos, sudoreses, hipotensão
arterial e choque.
13.
14. Leve
• Dor e edema
pouco intenso ou
ausente
• Manifestações
hemorrágicas
discretas ou
ausentes
• TC normal ou
alterado
Moderada
• Dor intensa e
edema evidente
que ultrapassa o
segmento
anatômico picado
• Manifestações
hemorrágicas
discretas à
distância
• TC normal ou
alterado
Grave
• Edema intenso ou
muito extenso,
dor intensa e
bolhas
• Manifestações
sistêmicas como
hemorragia
franca, choque e
anúria
16. Classificação
Leve
- Edema local de até 2 segmentos
- TC alterado apenas
- Hemorragia sistêmica ausente ou discreta
Moderado
- Edema de 3 a 4 segmentos
- TC normal ou alterado
- Hemorragia sistêmica ausente ou discreta
Grave
- Edema de 5 segmentos
- TC normal ou alterado
- Hemorragia grave e/ou, hipotensão/choque e/ou IR
18. Relacionados à serpente
Comprimento;
Idade;
Espécie;
Variabilidade dos venenos;
Tempo decorrido entre a picada e o início da soroterapia;
Peso e idade do paciente;
Qualidade da assistência;
Região anatômica onde ocorreu a picada;
Uso de torniquete
.
19. Testes de coagulação;
Tempo de coagulação;
Hemograma;
Dosagem de veneno sérico.
21. Geral
Antibioticoterapia;
Profilaxia do tétano;
Heparina e reposição de fatores de coagulação;
Esvaziamento de bolhas e desbridamento cirúrgico.
23. Causada por coral
verdadeira – gênero
Micrurus
Coral, Coral Verdadeira,
Boicorá, etc
São encontradas em
tocas – hábitos
subterrâneos
Não são agressivas
Raros acidentes
Considerados graves
24.
25. NTX de ação pós-sináptica
Micrurus frontalis
O seu baixo peso molecular facilita a absorção
para a circulação sistêmica
Competem com acetilcolina (Ach) pelos
receptores nicotínicos
O uso de anticolinesterásicos leva à uma rápida
melhora dos sintomas
26. NTX de ação pré-sináptica
Micrurus coralliunus
Atua na junção neuromuscular
Bloqueia a liberação de Ach pelos impulsos
nervosos
O veneno não é antagonizado por substâncias
anticolinesterásicas
27. Manifestações Locais
Dor local, eritema
Pode haver parestesia com tendência à
progressão proximal
28. Manifestações sistêmicas
Inicialmente vômitos
Fraqueza muscular progressiva
Ptose palpebral, oftalmoplegia
Fácies miastênica ou “neurotóxica”
Dificuldade para manutenção da posição ereta
Mialgia localizada ou generalizada
31. Tratamento Geral
Ventilação adequada (insuficiência
respiratória)
Tratamento de suporte
Uso de anticolinesterásicos
32. Tratamento Medicamentoso da Insuficiência
Respiratória Aguda
Neostigmina
-Teste da neostigmina: 0,05 mg/kg em crianças ou
uma ampola no adulto, por via IV
-Terapêutica de manutenção: ,05 a 0,1 mg/kg, IV,
a cada quatro horas ou em intervalos menores,
precedida da administração de atropina.
33. Tratamento Medicamentoso da Insuficiência
Respiratória Aguda
Atropina
-Crianças: 0,05 mg/kg IV
-Adulto: 0,5 mg IV
35. Ação neurotóxica: atua na membrana pré-
sináptica da junção neuromuscular, inibindo à
liberação de acetilcolina, causando paralisação
muscular.
Ação miotóxica: induz à formação de lesões
subsarcolêmicas e edema de
mitocôndrias, levando à necrose seletiva das
fibras musculares esqueléticas.
Ação coagulante: apresenta atividade
semelhante à trombina, podendo levar à
incoagubilidade sanguínea.
36. Na região da picada, pode ocorrer edema e
parestesia;
Os fenômenos neuroparalíticos são decorrentes da
ação neurotóxica do veneno crotálico;
Fácies miastênica é acompanhada de distúrbios de
acomodação visual, anisocoria, oftalmoplegia;
Como manifestações raras, encontramos paralisia
velopalatina, com dificuldade à deglutição e
diminuição do reflexo do vômito, alteração da
gustação e do olfato;
A atividade miotóxica é caracterizada por mialgia
generalizada e escurecimento da cor da urina
devido à presença de mioglobinúria.
37.
38. Elevação dos níveis séricos de CK, DHL, AST e
aldolase;
Na presença de comprometimento da função
renal há elevação dos níveis séricos de uréia,
creatinina, potássio e ácido úrico;
Cerca de 40% dos pacientes apresentam
incoagulável ou TC prolongado, devido a
hipofibrinogenemia;
O hemograma é caracterizado por leucocitose
com neutrofilia e desvio à esquerda.
39. Específico: depende da gravidade do quadro
clínico;
Suporte: a hidratação é fundamental na
prevenção de IRA. Aporte hídrico suficiente
para manter um fluxo de 30 a 40 ml de urina
por hora em adultos. Diuréticos podem ser
administrados. É fundamental avaliar as
funções renais, a quantidade e a cor da urina. É
recomendado utilizar bicarbonato de sódio
para deixar a urina alcalina. Indicar métodos
dialíticos.
42. É um acidente de pouca
ocorrência.
Esses animais habitam
florestas densas toda
região da Amazônia e
nos fragmentos residuais
da Mata Atlântica.
Maior cobra venenosa
das Américas, podendo
atingir 3,40 m.
Surucucu
(Lachesis muta rhombeata)
43. Todo acidente laquético deve ser considerado grave.
Grande capacidade de inoculação, mas a gravidade
independe do tamanho do animal.
Mesmo arranhaduras superficiais, inoculação com
única presa e acidentes com filhotes, podem
provocar efeitos sistêmicos graves e precoces.
44. O veneno laquético apresenta atividades
fisiopatológicas semelhantes às do veneno
botrópico.
Ações:
coagulante
hemorrágica
inflamatória aguda
proteólica
neurotóxica
45. Também apresenta aspectos semelhantes aos do
acidente botrópico.
As manifestações podem ser agrupadas em:
QUADRO LOCAL: dor, edema e equimose na região da
picada que pode progredir para todo o membro acometido.
Presença de vesículas e bolhas de conteúdo seroso.
Podem haver complicações locais (inf. Secundária, necrose, déficit
funcional, sínd. comportamental).
46. QUADRO HEMATOLÓGICO:
Limitam-se geralmente ao local da
picada.
QUADRO NEUROTÓXICO:
Distingue do acidente botrópico, com
fenômenos compatíveis com ativação
do sistema nervoso autônomo
parassimpático.
47. Tempo de coagulação, TP e TTPa elevados
Elevação do D-dímero
Hemograma pode apresentar leucocitose
com desvio à esquerda
Em alguns casos, pode-se evidenciar
hematúria
48. Captura e a identificação da serpente
causadora do acidente são
raramente realizadas, desta forma, o
diagnóstico diferencial entre
laquéticos e botrópicos não é
possível na maioria dos casos.
Tenta-se fazer a diferenciação a
partir dos sintomas sobre o SNA
Parassimpático, que é
exclusivamente acometido pelos
acidentes laquéticos.
49. Específico soro antilaquético (SAL) ou
antibotropicolaquético (SABL) por via endovenosa, de
10 a 20 ampolas, de acordo com a gravidade.
Caso não haja o soro específico, o tratamento deve ser realizado
com soro antibotrópico, apesar de não neutralizar de maneira
eficaz a ação coagulante do veneno laquético.
50. Geral para as alterações neurológicas, devem ser
tratados de acordo com as manifestações clínicas
apresentadas.
Para as complicações locais, as mesmas medidas para o
acidente botrópico.
52. Inoculação do veneno
através do ferrão ou
aguilhão.
Estimulação das
terminações nervosas
sensitivas. (Quadro
Local)
Dor intensa, edema,
eritema, sudorese
localizada e piloereção.
53. Manifestações sobre o
sistema nervoso autônomo.
(Quadro Sistêmico).
Sudorese profusa, agitação
psico motora, tremores,
náuseas, vômitos, sialorreia,
arritmias, ICC, EPA e choque.
57. Clínico-epidemiológico.
Detecção e acompanhamento das complicações.
Radiografia do tórax.
Aumento da área cardíaca, velamento pulmonar.
ECG.
Arritmias, bloqueios de condução e distúrbios de
repolarização.
Bioquímica.
Creatinofosfoquinase e sua fração MB elevadas,
hiperglicemia, hiperamilasemia, hipopotassemia e
hiponatremia.
58.
59. Casos Leves.
Manifestações locais.
Infiltração com anestésico sem vasoconstritor (
Lidocaina a 2% ).
Analgésicos sistêmicos; Dipirona.
Casos Moderados e Graves.
Soro Antiescorpiônico ( SAEsc )