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ATENÇÃO ÀS
MULHERES
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
• Porque no século XXI uma mulher deve sofrer com o parto?
• Porque não abolir a dor e indicar a analgesia de parto para todas as
mulheres?
→ Dor é um conjunto de fenômenos sensíveis; sofrimento é a
representação da dor
→ A nossa cultura associa a dor do parto a sofrimento, retirando o olhar
positivo sobre ela
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
Objetivos dessa apresentação:
Discutir o conceito de dor no parto e os métodos não
farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto.
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Porque estudar a dor no parto?
• Assunto muito debatido em grupos de gestantes
• Tema mais abordado pelas próprias parturientes (Leap, 1992)
• A dor do parto é frequentemente entendida enquanto um malogro, uma imposição
desnecessária.
• Abordada enquanto a expiação do prazer sexual da mulher
• A dor do parto é um fenômeno quase universal na sociedade industrializada:
"Pain in labor and childbirth is expected by women in all societies, but may be
interpreted, perceived, and responded to differently.“ Kay (1982, p. 17)
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Os profissionais que cuidam da mulher em trabalho de parto devem aprender a
entender, avaliar e intervir na dor e desconforto de acordo com as necessidades e
desejos da mulher.
Os dados da pesquisa Nascer no Brasil apontam que a apenas 28% mulheres foram
oferecidos métodos não farmacológicos de alivio da dor!
Nascer no Brasil (2014)
Porque estudar a dor no parto?
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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O que é a dor?
• A dor no trabalho de parto pode ser definida como aguda, transitória, complexa, subjetiva e
multidimensional, mas inerente ao processo fisiológico da parturição e resultante dos estímulos
sensoriais gerados, principalmente, pela contração uterina. (Vale, Vale e Cruz)
• Apresenta dois componentes básicos, um fenômeno primário que consiste em resultados
aferentes dos receptores sensoriais e um fenômeno secundário envolvendo processamento e
reação à dor. (Lowe,1996)
• No entanto, a dor também pode ser compreendida como uma experiência de caráter subjetivo e
complexo, acompanhada de um componente psicológico extremamente variável de pessoa para
pessoa, sofrendo influências de fatores culturais, étnicos, sociais e ambientais.
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Características específicas da dor no parto
• É funcional e não tem agressão tecidual
• Progressiva, intercalada
• Com finalidade
• Impulso de vida, expectativa
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Propósito da dor no parto
• A dor realça a alegria
• A dor como transição para a maternidade
• A sensação de força ao vencer a dor
• A expressão da dor fornece elementos para avaliar o progresso do TP
• A dor no trabalho de parto é proteção, pois coloca a mulher e a todos ao seu redor,
atentos e vigilantes, focados neste evento, deixando de lado tudo o que possa desviar a
atenção. Ela traz a todos para um outro espaço-tempo e coloca a mulher numa
qualidade e intensidade de presença diferenciada, 100% de presença. A dor do parto é
intensidade de vida, que coloca a todos no aqui e agora.
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• No primeiro estágio do parto as contrações uterinas promovem o
apagamento e a dilatação cervical, assim como a isquemia uterina
resultante da contração das artérias para o miométrio. Neste
estágio, os impulsos da dor são transmitidos pelo segmento
espinhal nervoso T11-12 e pelos nervos torácicos acessórios e
simpático lombar superior que se originam no corpo uterino e
cervix.
• No segundo estágio os impulsos da dor são transmitidos por meio
de S1-4, dos segmentos espinhais nervosos e do sistema
parassimpático dos tecidos perineais.
Entendendo a dor no trabalho de parto
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Dor visceral
Ocorre no primeiro estágio do parto e é causada pelas
mudanças cervicais e pela isquemia uterina. Ela se
localiza na porção inferior do abdômen e se irradia para
a área lombar das costas e para a coxa. Geralmente
apresenta desconforto apenas nas contrações,
desaparecendo no intervalo entre elas .
Localização da dor visceralEntendendo a dor no trabalho de parto
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Localização da dor perineal
Dor perineal
Ocorre no segundo estágio do parto e provém do
estiramento dos tecidos do períneo para permitir a
passagem do feto e da tração sobre o peritônio e sobre os
ligamentos uterocervicais durante a contração.
Entendendo a dor no trabalho de parto
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Teoria da Endorfina
• O entendimento da dor normal passa por ser relacionada com a capacidade da mulher
lidar com a própria dor
• Noção da teoria da endorfina, onde a própria mulher seria diretamente responsável
pela liberação da substância que diminuiria a dor
• A dor é o gatilho para o desencadeamento de uma cascata de hormônios participantes
do processo fisiológico do parto
• Processo importante para a formação do vínculo entre mãe e bebê
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Há dois paradigmas para abordar a dor no parto
1. A dor associada a sofrimento, vista como um sintoma que deve ser abolido, pois
maltrata a mulher. Não reduzi-la é privar a mulher do conforto da tecnologia
2. A dor como um processo fisiológico e inerente ao parto e nascimento, abordada
enquanto fenômeno protetor e desencadeador dos mecanismos de superação da
mesma através da liberação das endorfinas. Nesta abordagem deve-se desenvolver
tecnologias que aumentem a competência da mulher para lidar com a dor.
→ Nossa cultura enfatiza “Nos dias atuais nenhuma mulher deveria sofrer as atrocidades
das dores de parto. Quem não faz uso de analgesia é um bárbaro.”
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
É necessário diferenciar a dor “normal” da dor “anormal” no
parto.
A “dor anormal” é associada ao modo como uma mulher é
assistida no seu processo de parir.
Não prover a mulher do cuidado necessário para que ela se
sinta protegida neste momento amplia o entendimento da dor
enquanto sofrimento e bloqueia os mecanismos próprios do
organismo para lidar com a dor.
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Risco do uso irrestrito da analgesia de parto
1. Aumento da duração do trabalho de parto e parto
2. Aumento do uso de ocitocina e suas consequências
3. Maior probabilidade de distócias de trajeto
4. Aumento da necessidade de parto instrumental
5. Aumento da taxa de cesarianas
6. Punção inadvertida da dura-máter (cefaléia pós raqui),
7. Hipotensão, náuseas, vômitos
8. Reações tóxicas às drogas
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Efeitos a longo prazo do uso irrestrito da analgesia de parto
“Praticamente não existem dados de estudos randomizados para explorar os possíveis
efeitos a longo prazo da analgesia peridural sobre a mãe ou bebê”
“É particularmente preocupante que haja tão poucos dados experimentais para avaliar
seus efeitos sobre lactentes ou seus efeitos a longo prazo para a mãe.”
Guia para a atenção efetiva na gravidez e no parto - 1996
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
O que podemos fazer para ajudar a transformar o
medo da dor em uma experiência de superação?
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Habilidade em estar com uma mulher com dor
• O conceito de aceitar a dor e favorecer a
liberação de substâncias analgésicas endógenas
requer uma abordagem diferenciada.
• Inclui a diminuição do estímulo aos sentidos de
forma que a mulher possa voltar-se para dentro
de si mesma, favorecendo desta forma a
liberação das substâncias endógenas.
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
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Como acompanhar uma mulher em trabalho de parto
• Intensidade de presença daqueles que a acompanham
• Testemunhança silenciosa – estar “em acordo” com a mulher
• Estado de atenção ativa
• Ofertar suporte contínuo
• Ofertar métodos não farmacológicos de alívio da dor, de acordo com o desejo da mulher
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Métodos de alívio não farmacológico da dor
Inclui uma ampla variedade de técnicas para manejar não só as sensações físicas da dor,
mas também para evitar o sofrimento, utilizando outras dimensões do cuidado, como
emocional e espiritual. A dor passa a ser percebida como inerente ao processo normal, não
um sinal de dano, lesão ou anormalidade. Em vez de fazer a dor desaparecer, os
profissionais ajudam a mulher a lidar com ela, a construir sua autoconfiança e manter uma
sensação de domínio e bem-estar.
(Simkin&Bolding, 2004)
“A dor do parto é uma dor vitoriosa”
Parteira do Amapá
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Métodos de alívio
não farmacológico da dor
USO DA ÁGUA
NO TRABALHO
DE PARTO
CONCENTRAÇÃO,
VISUALIZAÇÃO E
RELAXAMENTO
COM APOIO
TÉCNICAS
RESPIRATÓRIAS
GARANTIR A
PRESENÇA DO
ACOMPANHANTE
DA ESCOLHA DA
MULHER NA HORA
DO PARTO E
DURANTE TODA A
INTERNAÇÃO
AMBIENTE DE
PARTO
POSTURA
ACOLHEDORA
DA EQUIPE DE
SAÚDE
MASSAGENS
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
Como utilizar os métodos
não farmacológicos de alivio da dor?
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Postura acolhedora da equipe de saúde
Uma revisão sistemática feita sobre dor e satisfação das mulheres com a experiência do
parto e nascimento traz importantes conclusões ao revelar que a quantidade de suporte
recebido e a qualidade de seu relacionamento com os profissionais (boa comunicação,
informação, sentimentos que expressam confortos), o seu envolvimento na tomada de
decisão e sua expectativa pessoal em relação à própria experiência do parto são os fatores
mais importantes na definição pelas mulheres de satisfação com o parto.
(NICE,2014)
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Ambiente de Parto
• O ambiente de parto deve garantir privacidade, penumbra e aquecimento, de forma a permitir
que a mulher entre em contato com sua fisiologia e possa expressar os instintos comuns a todos
os mamíferos.
• Durante o parto, o cérebro é, juntamente com o útero, o órgão mais ativo do corpo da mulher,
pois é quem controla todo o delicado sistema hormonal que entra em ação para preparar a
mulher para a maternidade, em nível físico, emocional e comportamental.
• A ocitocina, as endorfinas, a adrenalina , a prolactina, a melatonina são hormônios que são
liberados nos momentos certos, como uma orquestra. A dor fisiológica é importante para
estimular esse equilíbrio, mas o estresse contribui para a desarmonia do mesmo, produzindo
contrações excessivamente dolorosas, transformando o parto numa experiência negativa para a
mulher.
Odent, 2002; BRASIL, 2016
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Garantir a presença do acompanhante da escolha da mulher na hora do parto e durante
toda a internação
• Apesar da Lei Federal Nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a pesquisa nascer no Brasil (2013) aponta
que apenas 75% das mulheres contaram com a presença do acompanhante de sua escolha na
hora do parto e apenas 20% durante toda a internação na maternidade.
• Estudos apontam melhores resultados quando a mulher tem o suporte contínuo (Hodnett, 2012),
inclusive no alívio da dor. Assim, os profissionais e gestores devem garantir esse direito
constitucional da mulher.
• As diretrizes do parto normal do MS (Brasil) e da OMS (OMS) reafirmam a recomendação sobre a
presença acompanhante.
• Organizar o setor garantindo a privacidade da mulher e seus acompanhantes no trabalho de
parto e parto é fundamental. Informar as mulheres e famílias e deixar visível a Lei também é uma
ação positiva!
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Uso da água no trabalho de parto (Cluett, 2009)
• Evidências sugerem que a imersão em água durante a primeira fase do TP reduz o uso de
analgesia peridural / espinal / paracervical.
• Não há nenhuma evidência de aumento de efeitos adversos para o feto / recém-nascido ou
para a mulher em trabalho de parto na água ou parto na água.
• Recomenda a viabilidade de um estudo de grande porte, multicêntrico, randomizado e
controlado.
• O chuveiro pode substituir a banheira, possibilitando o favorecimento da mobilidade por ficar
em pé sob o mesmo, ou sentada na bola suiça, realizando movimentos circulares. Não há limite
de tempo para permanecer sob o chuveiro. A mulher deve ser estimulada a ficar enquanto
desejar e retornar ao mesmo sempre que sentir necessidade. Pode estar com bolsa íntegra ou
rota e pode apresentar líquido claro ou tinto de mecônio. A vitalidade fetal deve ser avaliada
com a mesma frequência que fora do chuveiro.
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Concentração, visualização e relaxamento com apoio
• Relaxamento e yoga podem ter um papel importante na redução de dor, aumento da
satisfação com o alívio da dor e redução da taxa de parto vaginal assistido.
• Não houve evidências suficientes para o papel da música e da audioanalgesia.
Recomenda a necessidade de pesquisas futuras. (Smith, 2011)
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Técnicas respiratórias
• Existem várias técnicas respiratórias que ajudam a mulher a manter o controle durante
as contrações. No primeiro estágio essas técnicas ajudam o relaxamento dos músculos
abdominais, aumentando dessa forma, a cavidade abdominal e diminuindo o
desconforto durante as contrações.
• As técnicas respiratórias independem de preparação prévia. Começam pela respiração
de limpeza (inspirar pelo nariz e expirar pela boca) e seguem com inspiração e
expiração com vocalização.
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Massagens
• Existem várias técnicas de massagens que ajudam a mulher durante as contrações.
Deslizar as mãos, pressionar ou fazer movimentos circulatórios nos locais apontados
pela mulher como de maior desconforto não precisam de preparação prévia!
• Respeitar o desejo da mesma pela massagem é importantíssimo! Não devemos invadir
o espaço pessoal sem sermos autorizados (Método Rességuier).
• Podem e devem ser desenvolvidas pelo(a) acompanhante de sua escolha, cabendo ao
profissional o estímulo e demonstração para o desenvolvimento da mesma!
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
O modo como lidamos com uma parturiente com dor depende das nossas
próprias percepções e crenças a respeito da dor.
Existem várias formas de ajudar uma parturiente a lidar com a dor no
parto. A eficácia de um ou outro método não farmacológico de alívio da
dor depende da qualidade de presença e do estado de atenção - ativa e
vigilante, dos profissionais do cuidado.
Apoiar uma mulher de modo a aumentar sua capacidade e competência
própria para lidar com a intensidade de sensações no parto talvez seja a
maior tarefa dos provedores de cuidado.
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A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO
Referências bibliográficas
• Cluett ER, Burns E, Cuthbert A. Immersion in water during labour and birth. Cochrane Database Syst Rev. 2018 May 16;5:CD000111. doi: 10.1002/14651858.CD000111.pub4.
Review. PubMed PMID: 29768662.
• Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr GJ, Sakala C, Weston J. Continuous support for women during childbirth. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD003766. doi:
10.1002/14651858.CD003766.pub3. Review. Update in: Cochrane Database Syst Rev. 2012;10:CD003766. PubMed PMID: 21328263.
• National Collaborating Centre for Women’s and Children’s Health (UK). Intrapartum Care: Care of Healthy Women and Their Babies During Childbirth. London: RCOG Press;
2014 Dec. PubMed PMID: 25950072.
• PIOTROWSKI, K. A. Cuidado de Enfermagem durante o parto e nascimento. In: LOWDERMILK, D.L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I. M. O cuidado em enfermagem materna, 5. ed. Porto
Alegre: Artmed Editora, 2002.
• Odent, Michel, A Cientificação do amor, 2ªediçãi, Florianópolis: Saint Germain, 2002
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Brasília, DF, mar 2016.
• Lowe NK. The pain and discomfort of labor and birth. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 1996 Jan;25(1):82-92. Review. PubMed PMID: 8627407.
• Simkin P, Bolding A. Update on nonpharmacologic approaches to relieve labor pain and prevent suffering. J Midwifery Womens Health. 2004 Nov-Dec;49(6):489-504. Review.
PubMed PMID: 15544978.
• Smith CA, Levett KM, Collins CT, Armour M, Dahlen HG, Suganuma M. Relaxation techniques for pain management in labour. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar
28;3:CD009514. doi: 10.1002/14651858.CD009514.pub2. Review. PubMed PMID: 29589650.
• WHO – World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience, 2018.
ATENÇÃO ÀS
MULHERES
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Material de 6 de agosto de 2018
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Eixo: Atenção às Mulheres
A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO

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A Dor no Parto: significados e manejo

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO • Porque no século XXI uma mulher deve sofrer com o parto? • Porque não abolir a dor e indicar a analgesia de parto para todas as mulheres? → Dor é um conjunto de fenômenos sensíveis; sofrimento é a representação da dor → A nossa cultura associa a dor do parto a sofrimento, retirando o olhar positivo sobre ela
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO Objetivos dessa apresentação: Discutir o conceito de dor no parto e os métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto.
  • 4. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Porque estudar a dor no parto? • Assunto muito debatido em grupos de gestantes • Tema mais abordado pelas próprias parturientes (Leap, 1992) • A dor do parto é frequentemente entendida enquanto um malogro, uma imposição desnecessária. • Abordada enquanto a expiação do prazer sexual da mulher • A dor do parto é um fenômeno quase universal na sociedade industrializada: "Pain in labor and childbirth is expected by women in all societies, but may be interpreted, perceived, and responded to differently.“ Kay (1982, p. 17)
  • 5. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Os profissionais que cuidam da mulher em trabalho de parto devem aprender a entender, avaliar e intervir na dor e desconforto de acordo com as necessidades e desejos da mulher. Os dados da pesquisa Nascer no Brasil apontam que a apenas 28% mulheres foram oferecidos métodos não farmacológicos de alivio da dor! Nascer no Brasil (2014) Porque estudar a dor no parto?
  • 6. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br O que é a dor? • A dor no trabalho de parto pode ser definida como aguda, transitória, complexa, subjetiva e multidimensional, mas inerente ao processo fisiológico da parturição e resultante dos estímulos sensoriais gerados, principalmente, pela contração uterina. (Vale, Vale e Cruz) • Apresenta dois componentes básicos, um fenômeno primário que consiste em resultados aferentes dos receptores sensoriais e um fenômeno secundário envolvendo processamento e reação à dor. (Lowe,1996) • No entanto, a dor também pode ser compreendida como uma experiência de caráter subjetivo e complexo, acompanhada de um componente psicológico extremamente variável de pessoa para pessoa, sofrendo influências de fatores culturais, étnicos, sociais e ambientais.
  • 7. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Características específicas da dor no parto • É funcional e não tem agressão tecidual • Progressiva, intercalada • Com finalidade • Impulso de vida, expectativa
  • 8. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Propósito da dor no parto • A dor realça a alegria • A dor como transição para a maternidade • A sensação de força ao vencer a dor • A expressão da dor fornece elementos para avaliar o progresso do TP • A dor no trabalho de parto é proteção, pois coloca a mulher e a todos ao seu redor, atentos e vigilantes, focados neste evento, deixando de lado tudo o que possa desviar a atenção. Ela traz a todos para um outro espaço-tempo e coloca a mulher numa qualidade e intensidade de presença diferenciada, 100% de presença. A dor do parto é intensidade de vida, que coloca a todos no aqui e agora.
  • 9. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br • No primeiro estágio do parto as contrações uterinas promovem o apagamento e a dilatação cervical, assim como a isquemia uterina resultante da contração das artérias para o miométrio. Neste estágio, os impulsos da dor são transmitidos pelo segmento espinhal nervoso T11-12 e pelos nervos torácicos acessórios e simpático lombar superior que se originam no corpo uterino e cervix. • No segundo estágio os impulsos da dor são transmitidos por meio de S1-4, dos segmentos espinhais nervosos e do sistema parassimpático dos tecidos perineais. Entendendo a dor no trabalho de parto
  • 10. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Dor visceral Ocorre no primeiro estágio do parto e é causada pelas mudanças cervicais e pela isquemia uterina. Ela se localiza na porção inferior do abdômen e se irradia para a área lombar das costas e para a coxa. Geralmente apresenta desconforto apenas nas contrações, desaparecendo no intervalo entre elas . Localização da dor visceralEntendendo a dor no trabalho de parto
  • 11. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Localização da dor perineal Dor perineal Ocorre no segundo estágio do parto e provém do estiramento dos tecidos do períneo para permitir a passagem do feto e da tração sobre o peritônio e sobre os ligamentos uterocervicais durante a contração. Entendendo a dor no trabalho de parto
  • 12. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Teoria da Endorfina • O entendimento da dor normal passa por ser relacionada com a capacidade da mulher lidar com a própria dor • Noção da teoria da endorfina, onde a própria mulher seria diretamente responsável pela liberação da substância que diminuiria a dor • A dor é o gatilho para o desencadeamento de uma cascata de hormônios participantes do processo fisiológico do parto • Processo importante para a formação do vínculo entre mãe e bebê
  • 13. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Há dois paradigmas para abordar a dor no parto 1. A dor associada a sofrimento, vista como um sintoma que deve ser abolido, pois maltrata a mulher. Não reduzi-la é privar a mulher do conforto da tecnologia 2. A dor como um processo fisiológico e inerente ao parto e nascimento, abordada enquanto fenômeno protetor e desencadeador dos mecanismos de superação da mesma através da liberação das endorfinas. Nesta abordagem deve-se desenvolver tecnologias que aumentem a competência da mulher para lidar com a dor. → Nossa cultura enfatiza “Nos dias atuais nenhuma mulher deveria sofrer as atrocidades das dores de parto. Quem não faz uso de analgesia é um bárbaro.”
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO É necessário diferenciar a dor “normal” da dor “anormal” no parto. A “dor anormal” é associada ao modo como uma mulher é assistida no seu processo de parir. Não prover a mulher do cuidado necessário para que ela se sinta protegida neste momento amplia o entendimento da dor enquanto sofrimento e bloqueia os mecanismos próprios do organismo para lidar com a dor.
  • 15. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Risco do uso irrestrito da analgesia de parto 1. Aumento da duração do trabalho de parto e parto 2. Aumento do uso de ocitocina e suas consequências 3. Maior probabilidade de distócias de trajeto 4. Aumento da necessidade de parto instrumental 5. Aumento da taxa de cesarianas 6. Punção inadvertida da dura-máter (cefaléia pós raqui), 7. Hipotensão, náuseas, vômitos 8. Reações tóxicas às drogas
  • 16. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Efeitos a longo prazo do uso irrestrito da analgesia de parto “Praticamente não existem dados de estudos randomizados para explorar os possíveis efeitos a longo prazo da analgesia peridural sobre a mãe ou bebê” “É particularmente preocupante que haja tão poucos dados experimentais para avaliar seus efeitos sobre lactentes ou seus efeitos a longo prazo para a mãe.” Guia para a atenção efetiva na gravidez e no parto - 1996
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO O que podemos fazer para ajudar a transformar o medo da dor em uma experiência de superação?
  • 18. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Habilidade em estar com uma mulher com dor • O conceito de aceitar a dor e favorecer a liberação de substâncias analgésicas endógenas requer uma abordagem diferenciada. • Inclui a diminuição do estímulo aos sentidos de forma que a mulher possa voltar-se para dentro de si mesma, favorecendo desta forma a liberação das substâncias endógenas.
  • 19. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Como acompanhar uma mulher em trabalho de parto • Intensidade de presença daqueles que a acompanham • Testemunhança silenciosa – estar “em acordo” com a mulher • Estado de atenção ativa • Ofertar suporte contínuo • Ofertar métodos não farmacológicos de alívio da dor, de acordo com o desejo da mulher
  • 20. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Métodos de alívio não farmacológico da dor Inclui uma ampla variedade de técnicas para manejar não só as sensações físicas da dor, mas também para evitar o sofrimento, utilizando outras dimensões do cuidado, como emocional e espiritual. A dor passa a ser percebida como inerente ao processo normal, não um sinal de dano, lesão ou anormalidade. Em vez de fazer a dor desaparecer, os profissionais ajudam a mulher a lidar com ela, a construir sua autoconfiança e manter uma sensação de domínio e bem-estar. (Simkin&Bolding, 2004) “A dor do parto é uma dor vitoriosa” Parteira do Amapá
  • 21. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Métodos de alívio não farmacológico da dor USO DA ÁGUA NO TRABALHO DE PARTO CONCENTRAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E RELAXAMENTO COM APOIO TÉCNICAS RESPIRATÓRIAS GARANTIR A PRESENÇA DO ACOMPANHANTE DA ESCOLHA DA MULHER NA HORA DO PARTO E DURANTE TODA A INTERNAÇÃO AMBIENTE DE PARTO POSTURA ACOLHEDORA DA EQUIPE DE SAÚDE MASSAGENS
  • 22. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO Como utilizar os métodos não farmacológicos de alivio da dor?
  • 23. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Postura acolhedora da equipe de saúde Uma revisão sistemática feita sobre dor e satisfação das mulheres com a experiência do parto e nascimento traz importantes conclusões ao revelar que a quantidade de suporte recebido e a qualidade de seu relacionamento com os profissionais (boa comunicação, informação, sentimentos que expressam confortos), o seu envolvimento na tomada de decisão e sua expectativa pessoal em relação à própria experiência do parto são os fatores mais importantes na definição pelas mulheres de satisfação com o parto. (NICE,2014)
  • 24. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Ambiente de Parto • O ambiente de parto deve garantir privacidade, penumbra e aquecimento, de forma a permitir que a mulher entre em contato com sua fisiologia e possa expressar os instintos comuns a todos os mamíferos. • Durante o parto, o cérebro é, juntamente com o útero, o órgão mais ativo do corpo da mulher, pois é quem controla todo o delicado sistema hormonal que entra em ação para preparar a mulher para a maternidade, em nível físico, emocional e comportamental. • A ocitocina, as endorfinas, a adrenalina , a prolactina, a melatonina são hormônios que são liberados nos momentos certos, como uma orquestra. A dor fisiológica é importante para estimular esse equilíbrio, mas o estresse contribui para a desarmonia do mesmo, produzindo contrações excessivamente dolorosas, transformando o parto numa experiência negativa para a mulher. Odent, 2002; BRASIL, 2016
  • 25. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Garantir a presença do acompanhante da escolha da mulher na hora do parto e durante toda a internação • Apesar da Lei Federal Nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a pesquisa nascer no Brasil (2013) aponta que apenas 75% das mulheres contaram com a presença do acompanhante de sua escolha na hora do parto e apenas 20% durante toda a internação na maternidade. • Estudos apontam melhores resultados quando a mulher tem o suporte contínuo (Hodnett, 2012), inclusive no alívio da dor. Assim, os profissionais e gestores devem garantir esse direito constitucional da mulher. • As diretrizes do parto normal do MS (Brasil) e da OMS (OMS) reafirmam a recomendação sobre a presença acompanhante. • Organizar o setor garantindo a privacidade da mulher e seus acompanhantes no trabalho de parto e parto é fundamental. Informar as mulheres e famílias e deixar visível a Lei também é uma ação positiva!
  • 26. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Uso da água no trabalho de parto (Cluett, 2009) • Evidências sugerem que a imersão em água durante a primeira fase do TP reduz o uso de analgesia peridural / espinal / paracervical. • Não há nenhuma evidência de aumento de efeitos adversos para o feto / recém-nascido ou para a mulher em trabalho de parto na água ou parto na água. • Recomenda a viabilidade de um estudo de grande porte, multicêntrico, randomizado e controlado. • O chuveiro pode substituir a banheira, possibilitando o favorecimento da mobilidade por ficar em pé sob o mesmo, ou sentada na bola suiça, realizando movimentos circulares. Não há limite de tempo para permanecer sob o chuveiro. A mulher deve ser estimulada a ficar enquanto desejar e retornar ao mesmo sempre que sentir necessidade. Pode estar com bolsa íntegra ou rota e pode apresentar líquido claro ou tinto de mecônio. A vitalidade fetal deve ser avaliada com a mesma frequência que fora do chuveiro.
  • 27. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Concentração, visualização e relaxamento com apoio • Relaxamento e yoga podem ter um papel importante na redução de dor, aumento da satisfação com o alívio da dor e redução da taxa de parto vaginal assistido. • Não houve evidências suficientes para o papel da música e da audioanalgesia. Recomenda a necessidade de pesquisas futuras. (Smith, 2011)
  • 28. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Técnicas respiratórias • Existem várias técnicas respiratórias que ajudam a mulher a manter o controle durante as contrações. No primeiro estágio essas técnicas ajudam o relaxamento dos músculos abdominais, aumentando dessa forma, a cavidade abdominal e diminuindo o desconforto durante as contrações. • As técnicas respiratórias independem de preparação prévia. Começam pela respiração de limpeza (inspirar pelo nariz e expirar pela boca) e seguem com inspiração e expiração com vocalização.
  • 29. A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Massagens • Existem várias técnicas de massagens que ajudam a mulher durante as contrações. Deslizar as mãos, pressionar ou fazer movimentos circulatórios nos locais apontados pela mulher como de maior desconforto não precisam de preparação prévia! • Respeitar o desejo da mesma pela massagem é importantíssimo! Não devemos invadir o espaço pessoal sem sermos autorizados (Método Rességuier). • Podem e devem ser desenvolvidas pelo(a) acompanhante de sua escolha, cabendo ao profissional o estímulo e demonstração para o desenvolvimento da mesma!
  • 30. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO O modo como lidamos com uma parturiente com dor depende das nossas próprias percepções e crenças a respeito da dor. Existem várias formas de ajudar uma parturiente a lidar com a dor no parto. A eficácia de um ou outro método não farmacológico de alívio da dor depende da qualidade de presença e do estado de atenção - ativa e vigilante, dos profissionais do cuidado. Apoiar uma mulher de modo a aumentar sua capacidade e competência própria para lidar com a intensidade de sensações no parto talvez seja a maior tarefa dos provedores de cuidado.
  • 31. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO Referências bibliográficas • Cluett ER, Burns E, Cuthbert A. Immersion in water during labour and birth. Cochrane Database Syst Rev. 2018 May 16;5:CD000111. doi: 10.1002/14651858.CD000111.pub4. Review. PubMed PMID: 29768662. • Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr GJ, Sakala C, Weston J. Continuous support for women during childbirth. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD003766. doi: 10.1002/14651858.CD003766.pub3. Review. Update in: Cochrane Database Syst Rev. 2012;10:CD003766. PubMed PMID: 21328263. • National Collaborating Centre for Women’s and Children’s Health (UK). Intrapartum Care: Care of Healthy Women and Their Babies During Childbirth. London: RCOG Press; 2014 Dec. PubMed PMID: 25950072. • PIOTROWSKI, K. A. Cuidado de Enfermagem durante o parto e nascimento. In: LOWDERMILK, D.L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I. M. O cuidado em enfermagem materna, 5. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. • Odent, Michel, A Cientificação do amor, 2ªediçãi, Florianópolis: Saint Germain, 2002 • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Brasília, DF, mar 2016. • Lowe NK. The pain and discomfort of labor and birth. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 1996 Jan;25(1):82-92. Review. PubMed PMID: 8627407. • Simkin P, Bolding A. Update on nonpharmacologic approaches to relieve labor pain and prevent suffering. J Midwifery Womens Health. 2004 Nov-Dec;49(6):489-504. Review. PubMed PMID: 15544978. • Smith CA, Levett KM, Collins CT, Armour M, Dahlen HG, Suganuma M. Relaxation techniques for pain management in labour. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 28;3:CD009514. doi: 10.1002/14651858.CD009514.pub2. Review. PubMed PMID: 29589650. • WHO – World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience, 2018.
  • 32. ATENÇÃO ÀS MULHERES portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. Material de 6 de agosto de 2018 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção às Mulheres A DOR NO PARTO: SIGNIFICADOS E MANEJO