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Diagnóstico de Gravidez
na Atenção Básica
Mariana Valle Gusmão
Acadêmica de Enfermagem
PUC Minas
Diagnóstico de Gravidez
 O Ministério da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, incluiu o
Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina realizados nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O objetivo da inclusão
deste teste nas UBS, é
acelerar o processo para
confirmação da gravidez e
o início precoce do pré-
natal.
(BRASIL, 2012)
 Além do Teste Rápido de Gravidez, toda mulher da área de
abrangência da unidade de saúde e com histórico de atraso
menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada a realizar o
Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo
Médico ou Enfermeiro.
Diagnóstico de Gravidez
(BRASIL, 2012)
Diagnóstico de Gravidez
 TIG: Baseia-se no encontro na urina ou no sangue do hormônio
gonadotrófico coriônico humano (HCG). É considerado o método
mais sensível e confiável.
 Na gravidez normal, a secreção de HCG é detectável entre 8 a 11
dias após a fecundação. Os níveis plasmáticos aumentam
rapidamente até atingir o pico entre 60 a 90 dias de gravidez (entre
8 a 12 semanas de gestação).
(BRASIL, 2012)
Diagnóstico de Gravidez
 A maioria dos testes tem sensibilidade para detecção de gravidez
entre 25 a 30mUI/ml. Níveis menores que 5 mUI/ml são
considerados negativos e acima de 25 são considerados positivos
(BRASIL, 2012).
 Os valores intermediários entre 5 a 25 são interpretados como
inconclusivos e devem ser confirmados após 2 a 3 dias, pois em
caso de existir gravidez, os valores duplicam a cada 24 horas
(LIMA, 2010).
Recordando a Fisiologia
 A gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um hormônio glicoproteico
produzido por células do sinciciotrofoblasto (LIMA, 2010).
Camada de células
embrionárias que tem
como função abrir
caminho na parede do
endométrio e produzir
o HCG.
Recordando a Fisiologia
 Uma das principais funções do HCG é inibir a involução do corpo
lúteo, que é a principal fonte de progesterona nas primeiras 8 a 12
semanas de gravidez. Após esse período, essa função é assumida
pela placenta.
HCG
Estimula o
corpo lúteo
a produzir
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Inibem o hipotálamo-
hipófise a produzir
LH
FSHNão ocorre um
novo ciclo
ovárico
Recordando a Fisiologia
 A molécula de HCG é composta por 2 subunidades: alfa (α) e beta
(β). A subunidade β é a que confere a especificidade, uma vez que
a subunidade α é comum a outros hormônios como o LH, o FSH e
o TSH.
(LIMA, 2010)
Recordando a Fisiologia
 Além dessas subunidades, outras moléculas HCG-relacionadas
podem estar presentes, tanto no sangue como na urina de
mulheres grávidas. Essas moléculas podem apresentar grandes
variações estruturais e são reconhecidas diferentemente por
diversos imunoensaios para HCG.
 Essa é uma das razões para as variações possíveis de serem
encontradas entre os diversos métodos para dosagem de HCG.
(LIMA, 2010)
Recordando a Fisiologia
 A variação é menos significativa na gravidez normal e pode ser
muito expressiva em gestações complicadas como:
 Aborto espontâneo;
 Pré-eclâmpsia;
 Doença trofoblástica;
 Síndrome de Down;
 Neoplasias.
 Gestações múltiplas também cursam com níveis mais elevados de
HCG.
Nesses casos, a
proporção de moléculas
de HCG fragmentadas
ou de fração β pode ser
muito maior
(LIMA, 2010)
Recordando a Fisiologia
 A dosagem de β-HCG também é útil como marcador tumoral,
especialmente dos tumores trofoblásticos e testiculares.
(LIMA, 2010)
Diagnóstico de Gravidez
 Pode-se também oferecer a gestante o exame ultrassonográfico,
que, além de melhor determinar a idade gestacional (IG), auxilia na
detecção de gestação múltiplas e malformações fetais.
 Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas,
utilizando-se o comprimento cabeça-nádega para determinar a IG.
A partir da 15º semana, a estimativa da IG será feita pela medida
do diâmetro biparietal (DBP).
(BRASIL, 2012)
Diagnóstico de Gravidez
O DBP é a
distância
transversal entre
os parietais do
crânio do feto.
Diagnóstico de Gravidez
 Entretanto, a não realização da ultrassonografia não constitui
omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal.
 Indicações da ultrassonografia:
 Impossibilidade determinação da IG correta;
 Presença de intercorrências clínicas e obstétricas;
 Detecção precoce de gestações múltiplas;
 Retardo de crescimento intrauterino.
(BRASIL, 2012)
Diagnóstico de Gravidez
 Se for solicitada a ultrassonografia, na ausência de indicações
específicas, a época ideal seria em torno de 16 a 20 semanas de
gestação, quando podemos detectar malformações fetais e calcular
a IG.
Corte longitudinal da coluna vertebral mostrando a malformação na
vértebra e a herniação das meninges.
(BRASIL, 2012)
Diagnóstico de Gravidez
 Se a atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico da
gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se necessário
a solicitação do TIG.
 O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado em 90% das
pacientes por intermédio dos sinais clínicos, dos sintomas e do
exame físico em gestações mais avançadas.
(BRASIL, 2012)
Sinais e Sintomas da Gravidez
 Os sinais e sintomas da gravidez são agrupados nas seguintes
categorias: de presunção, de probabilidade e de certeza (positivos).
 No entanto, os únicos sinais que podem determinar uma gravidez
positiva com 100% de acurácia são os sinais positivos.
Sinais e Sintomas da Gravidez
 Sinais de presunção
São os sinais sentidos pela própria mulher.
Sinais de presunção
Ausência de menstruação
(amenorreia)
Dor muscular (mialgia) Tubérculos de Montgomery
Náuseas e vômitos Aumento da frequência
urinária (polaciúria)
Saída de colostro pelo mamilo
Tontura Sonolência Lanugem na testa (Sinal de
Halban)
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(sialorreia)
Fadiga Aumento do volume
abdominal
Mudanças no apetite Aumento do volume e
hipersensibilidade das mamas
Linha nigra Cloasma gravídico
Sinais e Sintomas da Gravidez
Linha nigra
Cloasma gravídico
Tubérculos de
Montgomery
Sinais e Sintomas da Gravidez
 Sinais de probabilidade
São aqueles detectados no exame físico realizado pelo profissional de
saúde.
Sinais de probabilidade
Sinal de Hegar: amolecimento do istmo
uterino
Paredes vaginais aumentadas (pode-se
observar a pulsação da artéria vaginal)
Sinal de Goodell: amolecimento do colo
uterino
Contrações de Braxton-Hicks
Sinal de Piskacek: abaulamento e
amolecimento na zona de implantação do
blastocisto
Positividade da fração β-HCG
Sinal de Chadwick: coloração azul-
arroxeada da mucosa vaginal e do colo
Alterações na forma e no tamanho do útero
Sinais e Sintomas da Gravidez
Sinais e Sintomas da Gravidez
 Sinais de certeza (positivos)
São aqueles que confirmam que existe um feto em crescimento.
Sinais de certeza
Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF) a partir de 12
semanas pelo Sonar e 20 semanas pelo Pinard
Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas)
Visualização do saco gestacional observado por via transvaginal a
partir de 4 semanas de gestação
Início do Pré-Natal
 Após confirmada a gravidez, em consulta médica ou de
enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com
seu cadastramento no SisPreNatal.
 A partir desse momento, a gestante deverá receber as orientações
necessárias referentes ao acompanhamento de pré-natal:
sequência de consultas, visitas domiciliares e grupos educativos.
(BRASIL, 2012)
Início do Pré-Natal
Questão de fixação
1) Existem diversos sinais e sintomas que podem estar relacionados
com uma gestação em curso. Estas manifestações são divididas em
três categorias: sinais de presunção, probabilidade e de certeza.
Assinale a alternativa abaixo que se refere à um sinal de certeza de
uma gestação em desenvolvimento.
a) Fração do hormônio gonadotrófico coriônico humano (HCG)
elevado.
b) Atraso menstrual superior a 15 dias.
c) Saída de colostro pelo mamilo.
d) Percepção de movimentos fetais.
e) Aumento do volume abdominal.
Questão de fixação
RESPOSTA: Letra D
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Atenção ao pré-natal de baixo risco. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2012. p.318.
LIMA, Orcélia Pereira Sales Carvalho. Leitura e interpretação de exames em Enfermagem. 3. ed.
Goiânia: AB, 2010.
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Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básica

  • 1. Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básica Mariana Valle Gusmão Acadêmica de Enfermagem PUC Minas
  • 2. Diagnóstico de Gravidez  O Ministério da Saúde, por intermédio da Rede Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O objetivo da inclusão deste teste nas UBS, é acelerar o processo para confirmação da gravidez e o início precoce do pré- natal. (BRASIL, 2012)
  • 3.  Além do Teste Rápido de Gravidez, toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com histórico de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada a realizar o Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo Médico ou Enfermeiro. Diagnóstico de Gravidez (BRASIL, 2012)
  • 4. Diagnóstico de Gravidez  TIG: Baseia-se no encontro na urina ou no sangue do hormônio gonadotrófico coriônico humano (HCG). É considerado o método mais sensível e confiável.  Na gravidez normal, a secreção de HCG é detectável entre 8 a 11 dias após a fecundação. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir o pico entre 60 a 90 dias de gravidez (entre 8 a 12 semanas de gestação). (BRASIL, 2012)
  • 5. Diagnóstico de Gravidez  A maioria dos testes tem sensibilidade para detecção de gravidez entre 25 a 30mUI/ml. Níveis menores que 5 mUI/ml são considerados negativos e acima de 25 são considerados positivos (BRASIL, 2012).  Os valores intermediários entre 5 a 25 são interpretados como inconclusivos e devem ser confirmados após 2 a 3 dias, pois em caso de existir gravidez, os valores duplicam a cada 24 horas (LIMA, 2010).
  • 6. Recordando a Fisiologia  A gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um hormônio glicoproteico produzido por células do sinciciotrofoblasto (LIMA, 2010). Camada de células embrionárias que tem como função abrir caminho na parede do endométrio e produzir o HCG.
  • 7. Recordando a Fisiologia  Uma das principais funções do HCG é inibir a involução do corpo lúteo, que é a principal fonte de progesterona nas primeiras 8 a 12 semanas de gravidez. Após esse período, essa função é assumida pela placenta. HCG Estimula o corpo lúteo a produzir Estrógeno Progesterona Inibem o hipotálamo- hipófise a produzir LH FSHNão ocorre um novo ciclo ovárico
  • 8. Recordando a Fisiologia  A molécula de HCG é composta por 2 subunidades: alfa (α) e beta (β). A subunidade β é a que confere a especificidade, uma vez que a subunidade α é comum a outros hormônios como o LH, o FSH e o TSH. (LIMA, 2010)
  • 9. Recordando a Fisiologia  Além dessas subunidades, outras moléculas HCG-relacionadas podem estar presentes, tanto no sangue como na urina de mulheres grávidas. Essas moléculas podem apresentar grandes variações estruturais e são reconhecidas diferentemente por diversos imunoensaios para HCG.  Essa é uma das razões para as variações possíveis de serem encontradas entre os diversos métodos para dosagem de HCG. (LIMA, 2010)
  • 10. Recordando a Fisiologia  A variação é menos significativa na gravidez normal e pode ser muito expressiva em gestações complicadas como:  Aborto espontâneo;  Pré-eclâmpsia;  Doença trofoblástica;  Síndrome de Down;  Neoplasias.  Gestações múltiplas também cursam com níveis mais elevados de HCG. Nesses casos, a proporção de moléculas de HCG fragmentadas ou de fração β pode ser muito maior (LIMA, 2010)
  • 11. Recordando a Fisiologia  A dosagem de β-HCG também é útil como marcador tumoral, especialmente dos tumores trofoblásticos e testiculares. (LIMA, 2010)
  • 12. Diagnóstico de Gravidez  Pode-se também oferecer a gestante o exame ultrassonográfico, que, além de melhor determinar a idade gestacional (IG), auxilia na detecção de gestação múltiplas e malformações fetais.  Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas, utilizando-se o comprimento cabeça-nádega para determinar a IG. A partir da 15º semana, a estimativa da IG será feita pela medida do diâmetro biparietal (DBP). (BRASIL, 2012)
  • 13. Diagnóstico de Gravidez O DBP é a distância transversal entre os parietais do crânio do feto.
  • 14. Diagnóstico de Gravidez  Entretanto, a não realização da ultrassonografia não constitui omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal.  Indicações da ultrassonografia:  Impossibilidade determinação da IG correta;  Presença de intercorrências clínicas e obstétricas;  Detecção precoce de gestações múltiplas;  Retardo de crescimento intrauterino. (BRASIL, 2012)
  • 15. Diagnóstico de Gravidez  Se for solicitada a ultrassonografia, na ausência de indicações específicas, a época ideal seria em torno de 16 a 20 semanas de gestação, quando podemos detectar malformações fetais e calcular a IG. Corte longitudinal da coluna vertebral mostrando a malformação na vértebra e a herniação das meninges. (BRASIL, 2012)
  • 16. Diagnóstico de Gravidez  Se a atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico da gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se necessário a solicitação do TIG.  O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado em 90% das pacientes por intermédio dos sinais clínicos, dos sintomas e do exame físico em gestações mais avançadas. (BRASIL, 2012)
  • 17. Sinais e Sintomas da Gravidez  Os sinais e sintomas da gravidez são agrupados nas seguintes categorias: de presunção, de probabilidade e de certeza (positivos).  No entanto, os únicos sinais que podem determinar uma gravidez positiva com 100% de acurácia são os sinais positivos.
  • 18. Sinais e Sintomas da Gravidez  Sinais de presunção São os sinais sentidos pela própria mulher. Sinais de presunção Ausência de menstruação (amenorreia) Dor muscular (mialgia) Tubérculos de Montgomery Náuseas e vômitos Aumento da frequência urinária (polaciúria) Saída de colostro pelo mamilo Tontura Sonolência Lanugem na testa (Sinal de Halban) Salivação excessiva (sialorreia) Fadiga Aumento do volume abdominal Mudanças no apetite Aumento do volume e hipersensibilidade das mamas Linha nigra Cloasma gravídico
  • 19. Sinais e Sintomas da Gravidez Linha nigra Cloasma gravídico Tubérculos de Montgomery
  • 20. Sinais e Sintomas da Gravidez  Sinais de probabilidade São aqueles detectados no exame físico realizado pelo profissional de saúde. Sinais de probabilidade Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino Paredes vaginais aumentadas (pode-se observar a pulsação da artéria vaginal) Sinal de Goodell: amolecimento do colo uterino Contrações de Braxton-Hicks Sinal de Piskacek: abaulamento e amolecimento na zona de implantação do blastocisto Positividade da fração β-HCG Sinal de Chadwick: coloração azul- arroxeada da mucosa vaginal e do colo Alterações na forma e no tamanho do útero
  • 21. Sinais e Sintomas da Gravidez
  • 22. Sinais e Sintomas da Gravidez  Sinais de certeza (positivos) São aqueles que confirmam que existe um feto em crescimento. Sinais de certeza Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF) a partir de 12 semanas pelo Sonar e 20 semanas pelo Pinard Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas) Visualização do saco gestacional observado por via transvaginal a partir de 4 semanas de gestação
  • 23. Início do Pré-Natal  Após confirmada a gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal.  A partir desse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento de pré-natal: sequência de consultas, visitas domiciliares e grupos educativos. (BRASIL, 2012)
  • 25. Questão de fixação 1) Existem diversos sinais e sintomas que podem estar relacionados com uma gestação em curso. Estas manifestações são divididas em três categorias: sinais de presunção, probabilidade e de certeza. Assinale a alternativa abaixo que se refere à um sinal de certeza de uma gestação em desenvolvimento. a) Fração do hormônio gonadotrófico coriônico humano (HCG) elevado. b) Atraso menstrual superior a 15 dias. c) Saída de colostro pelo mamilo. d) Percepção de movimentos fetais. e) Aumento do volume abdominal.
  • 27. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2012. p.318. LIMA, Orcélia Pereira Sales Carvalho. Leitura e interpretação de exames em Enfermagem. 3. ed. Goiânia: AB, 2010. Referências