1. Transtorno do Espectro
Autista
ALYNE D´AVILA REBELLO
JULIANO RODRIGUES
ELISIANE MULLER VARGAS
MARIA GLISELDA DE LUCA
MARILENE PEREIRA VALIM
VALIDIA HELENA MUSSKOPF DE RAMOS
2. “Para entender o
autismo não basta abrir
a mente, é necessário
abrir o coração.”
ABRACI – Associação Brasileira de Autismo, comportamento e intervenção
3. Conceito
“O termo autismo vem do grego “autos” que significa em si
mesmo. Faz referência a um sujeito retraído que evita qualquer
contato com o mundo exterior.” termo autismo vem do grego
“autos” que (ROUDINESCO; PLON, 1944).
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é
um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que se
manifesta de maneira grave, leve ou moderada, durante toda a
vida. Aparece tipicamente nos primeiros 3 anos de vida.
É um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento
da interação social, comunicação verbal e não verbal e
comportamento restrito e repetitivo
4. ...
Acomete cerca de cinco entre dez mil nascidos, e é quatro vezes mais
comum entre meninos que em meninas. É encontrada em todo o mundo e
em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social.
A pessoa portadora de autismo tem uma expectativa de vida normal.
Uma reavaliação periódica é necessária para que possam ocorrer ajustes
necessários quanto às suas necessidades, pois os sintomas mudam e
alguns podem até ir desaparecendo com a idade e a forma que são
tratados e os estímulos que são oferecidos e trabalhados. (E.CHRISTIAN
GAUDERER, 1993.)
De acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) em
1998, a criança autista desenvolverá problemas muito graves de
relacionamento social, como incapacidade de manter contato visual,
ligação social e jogos em grupo.
5. O TEA é definido como distúrbio do desenvolvimento neurológico, deve
estar presente desde a infância, apresentando déficits nas dimensões
sociocomunicativa e comportamento, essas características podem
propiciar o isolamento e empobrecimento das suas habilidades de
comunicação. Assim é na escola que pode-se enriquecer suas
experiências sociais, proporcionando interação com outras crianças.
A inclusão de crianças com deficiências no ensino regular favorece um
ambiente rico pela diversidade social e facilita o desenvolvimento de
todas as crianças. Valores como respeito e cooperação podem ser
trabalhado pelas crianças quando a inclusão se efetiva.
6. Kanner (1943), descreveu como: “Uma quadro específico de adoecimento
infantil, e não mais uma esquizofrenia”. Foram várias tentativas de um
consenso para explicar a etiologia e o tratamento do autismo. Em seu artigo
descreveu: “onze crianças que apresentavam uma combinação das seguintes
características, extremo isolamento desde o início da vida, incapacidade para
usar a linguagem de maneira significativa, insistência e obsessão”.
Rutte e Schopler (1992), salientam que: “o autista não é uma doença única,
mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo de nível
comportamental, com etiologias múltiplas e graus variados de severidade.”
Para Winnicott (1967), psicanalítico, o autismo é uma questão de
imaturidade afetiva que pode acontecer quando o amadurecimento da criança
é interrompido de alguma forma, pela inadequação ou insuficiência do
ambiente perante suas necessidades.
Teorias
8. Características
Portanto algumas das características encontradas em uma pessoa
autista são: Contato visual difícil sendo normalmente evitado;
Ecolalia (repetição de palavras ou frases); Preferência em estar só;
Não responde as ordens verbais (atua como se fosse surdo); Recusa
em ouvir; Incapacidade de estabelecer interações sociais com outras
crianças; Dependência de rotinas e resistência à mudança; Pode
começar a desenvolver a linguagem, mas repentinamente isso é
completamente interrompido sem retorno; Apresenta certos gestos
imotivados como balançar as mãos ou balançar-se; Fazem
movimentos repetitivos; Cheira ou lambe os brinquedos; Resiste à
mudança de rotina; Demonstra desigualdade em habilidades
motoras; Limitação da variabilidade de comportamentos, de modo
que as pessoas com autismo não podem fazer muitas coisas; Auto-
agressão; Isolamento social.
Vale ressaltar que cada autista tem suas características e limitações
próprias, ou seja, um autista dificilmente se comportará igual a outro
autista.
9. Sintomas
O autismo é diagnosticado como uma síndrome, um conjunto de sintomas
comportamentais e específicos, manifestados consequentemente por um
funcionamento anormal da interação social da comunicação e da capacidade
imaginativa e cognitiva, apresentando-se desde o nascimento.
Esse transtorno apresenta em seu quadro sintomático , a dificuldade de se
manter um contato físico, visual ou auditivo , com outras pessoas ,
insensibilidade a sensações dolorosas, a presença de fala atrasada, ou a sua
ausência, a restrição da compreensão da ideias, uso de palavras sem
associação com o significado, resistência a mudanças de rotina ou insistência
na uniformidade, como por exemplo comer e beber os mesmos alimentos, usar
as mesmas roupas, ir à escola pelo mesmo caminho, movimentos repetitivos
com o corpo, , estereotipias, auto-agressão e heteroagressão, agressivos com os
outros., hiperatividade e falta de atenção.
Com a multiplicidade de sintomas não há homogeneidade entre indivíduos
autistas, ou seja, esses não apresentam os mesmos sintomas.
O autismo apresenta-se de muitas formas. Alguns são anti-sociais, alguns são
retraídos e alguns sociáveis, alguns são agressivos, consigo mesmo ou com os
outros.
10. Tratamento
O tratamento deve ser estruturado de acordo com a idade do indivíduo.
Em crianças, preocupa-se com a formação da linguagem e da interação
social, enquanto que nos adolescentes o foco são as habilidades sociais e
o desenvolvimento da sexualidade
Existem diversas intervenções e métodos a serem utilizados que não
deve ser contextualiza para um tipo de criança, mas para cada criança á
um método que se encaixe a ela. Dentre as técnicas, psicoterapia,
psicanálise e orientação, salienta-se que todas têm suas vantagens e
limitações. É importante que o psicólogo, em sua atuação, desenvolva
uma terapia diferenciada para atender necessidades específicas
Aponta-se que a terapia comportamental seria a mais completa no
tratamento, embora ainda se busque uma abordagem adaptável, com a
aplicação da psicoterapia, psicanálise e orientação, pela característica
limitada que o mesmo vê em cada um dos enfoques de tratamento.
11. Os métodos de intervenção para auxiliar o desenvolvimento de autistas se baseiam no
controle do comportamento, intervenções psicoeducacionais, orientação familiar,
desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação, tratamento de comorbidades.
TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits
relacionados com a Comunicação, em inglês).
PECS (Sistema de comunicação através de figuras, em inglês).
ABA (Análise Comportamental Aplicada).
MEDICAMENTOS para a insônia, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade,
falta de atenção, ansiedade, depressão, sintomas obsessivos, etc.
ALIMENTAÇÃO isenta de caseína, glúten e soja.
Convívio com Animais.
Musicoterapia.
12. O autismo corresponde a um quadro de extrema complexidade
que exige abordagens multidisciplinares que sejam efetivadas
visando não somente a questão educacional e da socialização,
mas principalmente a questão médica e a tentativa de estabelecer
etiologias e quadros clínicos bem definidos, passíveis de
prognósticos precisos e abordagens terapêuticas eficazes, além da
participação vital da família.
Conclusão
13. REFERÊNCIAS
GUYTON, Arthur C. & HALL, John E. Tratado de fisiologia
médica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
FACION, José Raimundo. Transtorno invasivos do
desenvolvimento associados a graves problemas do
comportamento: reflexões sobre um modelo integrativo.
Brasília: Corde, 2002.
GAUDERER, E. C. Autismo. 3 ed., São Paulo: Atheneu, 1993.