O documento discute a história do autismo, incluindo as primeiras descrições feitas por Kanner e Asperger, e fornece definições atuais de acordo com o DSM-5. Também aborda características como déficits de comunicação e padrões restritivos de comportamento, além de níveis de suporte e etiologias possíveis.
1. EMANOELE FREITAS
Fundadora e Presidente da AAPA- Assoc.
Apoio a Pessoa Autista
Escritora, Neurocientista Especializada em
Transtornos do Neurodesenvolvimento e
Psicopatologia
(Formanda em Psicanálise Clínica
Mestranda em intervenção psicológica do
desenvolvimento)
AUTISMO.
3. HISTÓRICO DOS
TRANSTORNOS
Melanie Klein (1882-1960), Psicanalista de
origem Austríaca, em 07 de janeiro de
1929, iniciou a primeira atuação no
tratamento de uma criança com 4 anos na
época, chamado Dick, e descreveu suas
características;
“criança desprovida de afeto, indiferente à
presença ou ausência de sua mãe, não
tendo o desejo de se fazer compreender,
olhos fixos.”
Não existia ainda o termo autismo, no
sentido de Kanner, mas anos depois
F.Tustin descreveu e reconheceu como o
primeiro caso de tratamento analítico de
uma criança autista.
4. O Estudo científico do autismo começou com um artigo
publicado em 1943 pelo psiquiatra de origem Austriaca, da
equipe do Hospital John Hopkins, Dr. Leo Kanner. Em seu artigo
entitulado “Transtorno Autista do Contato Afetivo” descreveu
um conjunto de sintomas que havia observado em um grupo de
11 crianças, os sintomas eram os seguintes:
1. Extrema solidão e incapacidade para estabelecer relações com
as demais pessoas.
2. Insistência Obsessiva a seguir atividades repetitivas.
3. Memoria excelente. (**)
4. Bom Potencial Cognitivo e, em algumas crianças habilidades
especiais (**)
5. Aspecto físico normal.
6. Hipersensibilidade aos estímulos.
7. Atrasos e alteracões em na aquisição e uso da fala e da
comunicação (comunicação sem uso funcional)
8. Aparecimento desde o nascimento. (**)
Um pouco da História...
os itens 3 e 4 não se enquadra em muitos casos, atualmente sabe-se que é ao contrário, uma % elevada de
autistas apresentam deficit intelectual. Com relação ao item nº 8 ainda se investiga se os síntomas já se
encontram presentes desde o momento do nacimiento ou se manifestam a partir de uma determinada idade.
Hoje em dia se considera o autismo um transtorno Neurobiológico e origem desconhecida.
5. Um pouco de historia…
Em 1994, o pediatra austriaco Hans
Asperger escreveu outro artigo titulado
“A psicopatía autística em crianças” onde
descreveu um grupo de 4 crianças que,
apesar de algumas das características que
já havia sido observado por Kanner,
apresentavam outras novas e diferentes:
1. Estranhas expressões de linguagem e
comunicação rígidas.
2. Anomalias prosódicas e pragmáticas da
Linguagem.
3. Compulsividade e carácter obssesivo de
pensamentos e ações.
4. Falta de contato ocular.
5. Problemas de conduta.
5
6. Um pouco de historia…
Nos anos 80, o Prof. M. Rutter e cols.
estabelecem as definições específicas a
serem consideradas, dentro de uma
perspectiva evolutiva, o autismo como
un “trastorno do
Neurodesenvolvimento” e estabelecem
os criterios essênciais para o
diagnóstico:
1. Alterações nas relações sociais
2. Alterações na linguagem verbal e nao
verbal.
3. Padrões de conduta, interesses e
atividades restritas, repetitivas e
estereotipadas.
6
7. Um pouco de historia…
O conceito de espectro autista tem sua
origem em um estudo que realizado no
final dos anos 70 por Lorna Wing e
Judith Gould.
Comprovaram que os quadros autistas
não só estavam presentes em persoas
autistas como também em outros
trastornos do desenvolvimento.
Estudaram um grupo com 35.000
crianças, menores de 15 anos, e
constataram que as alterações na
capacidade de relações social se
encontravam presentes numa
proporción de 22.1/ 10.000 habitantes.
Em contrapartida, os traços
característicos do autismo só se
encontravam en 4.8/ 10.000 pessoas.
7
8. Atualmente se utiliza dois grandes sistemas de criterios
diagnósticos:
DSM- V (2013): Manual diagnóstico e estatístico dos
trastornos mentais. Associação Americana de Psiquiatría,
APA.
CID-10: Clasificação internacional das enfermidades.
Organização Mundial de Saúde (OMS).
8
Conceitos fundamentais: definição, classificação e
criterios diagnósticos
9. 9
DSM IV- TR (transtornos
generalizados do
desenvolvimento) (2002)
DSM V (Trastornos do Espectro
Autista) (2013)
Trastorno autista (neuro-
evolutivo) AUTISM SPECTRUM
DISORDER
Nível 1 – Leve
Nível 2 – Moderado
Nível 3 - Severo
S. Asperger (neuro-evolutivo)
TGD no especificado (neuro-
evolutivo)
Trastorno desintegrativo infantil
(neuro-degenerativo)
S. Rett (neuro-degenerativo) Se diferencia na classificação
11. As alterações qualitativas que definem este trastornos são
claramente; inadequação no nível de desenvolvimento
cronológico da crianças em comparação a sua idade mental.
É um transtorno que deve apresentar suas caracteristicas até
os 3 anos de idade e em alguns casos acompanhado de atraso
cognitivo.
O autismo pode ocorrer isoladamente (idiópático), ser
secundário ou apresentar condições associadas ( sindrômico),
razão pela qual é extremamente importante a identificação de
comorbidades BIOQUÍMICAS, GENÉTICAS, NEUROLÓGICAS,
PSIQUIÁTRICAS, entre outras.11
Conceitos fundamentais: definição, classificação e
criterios diagnósticos
12. IDENTIFICAÇÃO PRECOCE
SINAL VERMELHO
no
desenvolvimento
infantil
Sorriso ou outra
expressão calorosa
e alegre até
6 meses
idade
Sem compartilhamento
de sons, expressões
faciais aos
9 meses
idade
Não
balbuciar
12 meses
idade
Nenhum uso de
gestos de ida e volta,
como apontar,
mostrar, alcançar ou
acenar.
Sem expressar
palavras até
18 meses
idade
Não apresentar fala
com duas palavras
significativa até
24 meses
idade.
13. o autismo é um disturbio do
NEURODESENVOLVIMENTO, que afeta duas áreas
principais:
13
Conceitos fundamentais: definição, classificação e
criterios diagnósticos
Comunicação
Padrões Restritivos e
Repetitivos de
comportamento e
interesses
14. Comunicação
14
1 - Déficit de Reciprocidade Social
2 – Déficit em utilizar a
comunicação não Verbal com foco
na interação social
3 – Déficit em iniciar ou manter
uma comunicação socialmente.
15. Comunicação
1 - DÉFICIT DE RECIPROCIDADE SOCIAL
Na área de reciprocidade social e emocional, você pode ver :
uma abordagem social anormal e uma falha de conversas
normais.
Pode haver um compartilhamento reduzido de
interesses, emoções, afetos e respostas.
Pode haver uma falha em iniciar ou responder a interações sociais.
16. Déficit em utilizar a comunicação não
Verbal com foco na interação social
Na área da comunicação não-verbal, pode haver:
uma comunicação integrada verbal e não verbal Pobre ou
inexistente
anormalidades com contato visual e linguagem corporal,
déficits na compreensão do uso da comunicação não-verbal.
Pode haver uma falta total de expressão facial ou o uso de
gestos.
Comunicação
17. Comunicação
Déficit em iniciar ou manter uma
comunicação socialmente.
Na área de desenvolvimento e manutenção de relações socialmente
adequadas, pode haver:
dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a
diferentes situações sociais.
Pode haver dificuldades em compartilhar, em jogos imaginativos e
em fazer amigos.
E para alguns, pode haver uma ausência de interesse em outras
pessoas.
18. Na área de padrões restritivos e repetitivos de
comportamento e interesse, o indivíduo deve expressar pelo
menos dois subtipos:
movimentos motorizados estereotipados ou repetitivos, no uso de
objetos ou fala,
insistência ou padrão rígido de adesão a rotinas
padrões de comportamento ritualizados ,
interesses altamente fixados restritos, anormais em intensidade ou
foco.
hipo ou hiper reatividade à entrada sensorial ou interesse incomum
nos aspectos sensoriais do ambiente.
Padrões Restritivos e Repetitivos
de comportamento e interesses
19. Padrões Restritivos e Repetitivos
de comportamento e interesses
Variações em padrões repetitivos de comportamento e
interesse.
Os movimentos motores repetitivos; estereotipias motoras, como
balançar ou mover as mãos, alinhar ou lançar objetos.
Poderia haver o presente da ecolália ou discurso repetitivo
ou discurso idiossincrático.
Na área de inflexibilidade e adesão às rotinas, você pode ver:
dificuldades extremas em pequenas mudanças, dificuldade em
transições,
padrões de pensamento rígidos,
rituais relacionados a saudações e a insistência na mesma rota ou
as mesmas escolhas alimentares em cada refeição.
20. Padrões Restritivos e Repetitivos
de comportamento e interesses
Na área de interesses restritos ou fixados, pode haver:
um forte apego ou preocupação com objetos incomuns.
Pode haver interesses excessivamente circunscritos ou perseverantes
que o indivíduo pode passar muito tempo falando ou investigando.
Na área do sensorial, pode haver indiferença à dor ou à
temperatura.
Pode haver uma resposta adversa a certos sons ou texturas, cheiro
excessivo ou toque de objetos,
fascínio visual com coisas como luzes ou o movimento de objetos.
21. TEORIA DAMENTE
Entender sentimentos e pensamentos alheios
Entender que outros esperam que seu
comportamento mude dependendo de onde ou
com quem estão
Prever o que as pessoas irão fazer
Interpretar gestos ou expressões faciais
Entender como seu comportamento pode irritar os
outros
Entender regras sociais
Expressar emoções de maneira adequada
22. ASPECTOS E NÍVEIS DO AUTISMO
Devido à variabilidade da expressão de sintomas, o autismo é considerado um distúrbio
do espectro.
Os sintomas podem variar em gravidade, e a quantidade de suporte que um indivíduo
exige também pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas.
No novo manual de
diagnóstico e estatísticas
DSM 5, o autismo é
descrito em termos de
níveis de suporte
necessários.
DSM V (Trastornos do Espectro
Autista) (2013)
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTICO
Nível 1 – Leve
Nível 2 – Moderado
Nível 3 - Severo
23. Alguém que tenha um diagnóstico de nível 1
precisa de apoio Mínimo.
Esses indivíduos podem ser verbais, mas têm dificuldade
em iniciar e manter interações com os outros.
Eles podem ter interesses menores na interação com os
outros, mas o executa ao ser estimulado.
seus comportamentos restritos e repetitivos podem ou
não interferir no funcionamento em um ou mais
contextos.
NÍVEL 1 – LEVE
24. Alguém com diagnóstico de nível 2 pode requerer apoio
substancial.
Déficit considerável na comunicação verbal e não verbal
Déficits marcados nas interações sociais, mesmo com os apoios
no local.
Os comportamentos restritos e repetitivos são óbvios para o
observador casual e podem interferir no funcionamento em
muitos contextos e podem causar sofrimento quando
interrompidos ou redirecionados.
NÍVEL 2 – MODERADO
25. Alguém com diagnóstico de nível 3 pode exigir um apoio
muito substancial.
Apresentam déficits graves na comunicação verbal e não
verbal,
Pode ou não apresentar comprometimento Cognitivo.
iniciação e resposta muito limitadas ou nulas às insinuações
sociais dos outros.
E os comportamentos restritos e repetitivos interferem no
funcionamento em todos os contextos.
NÍVEL 3 – SEVERO
26. Os impactos das taxas crescentes
de autismo.
De acordo com o Centro de Controle de Doenças, a prevalência de
distúrbios do espectro autista no ano de 2014 foi de 1 em cada 68
crianças.
70%
•como
Comorbidade
coexistente
54%
•Possuem
Déficit
Cognitivo
29% •Transtorno de
Ansiedade
28% •Impactos da
Hiperatividade
28%
•Transtorno
Opositivo
Desafiador
2%
•Apresentam
Altas
Habilidades
Simonoff e
colegas, em
2008, indicaram
que cerca de
70% das
pessoas com
distúrbios do
espectro autista
têm pelo menos
uma condição
coexistente.
27. Etiologia do autismo
Na atualidade, as áreas de investigação científica sobre as causas do
autismo são fisiológicas. Existem várias hipóteses sobre essas
investigações em curso. As principais são:
Afecção em áreas do cérebro,
disfunções genéticas,
consequências dos metais pesados no interior do organismo,
intolerâncias alimentares assintomáticas.
Entretanto, não há, até o momento, nenhuma causa determinante nem
conclusiva que se derive do conjunto dessas investigações científicas,
ainda que muitos recursos se destinem a buscar uma causa genética
ou fisiológica. Quer dizer, nenhuma investigação científica pode, até
agora, estabelecer a etiologia do autismo.
28. DIFERENÇAS ENCEFÁLICAS
28
Cerebelo Amídala Hipocampo Septo
Corpo
Caloso
Cérebro
Áreas com menor Fluxo sanguíneo e
absorção deficitária de Glicose.
Geralmente maior e
mais pesado que de
crianças neurotípicas.
29. 1 em 189
meninas
1 em 42
meninos
As crianças brancas ou caucasianas são mais
propensas a serem identificadas com autismo do
que crianças negras ou hispânicas.
1 em
cada 63
crianças
brancas
1 em 81
crianças
negras
1 em 93
crianças
hispânica
30. PROTOCOLOS PARA DIAGNÓSTICO
PRECOCE
Existem vários instrumentos para a identificação precoce do
autismo por volta dos 2 anos idade, ou mesmo antes, mas
apenas alguns serão revistos aqui, segue dados;
O M-CHAT (Modified Checlist for Autism) n Toddlers)
(Robins, Fein, Barton, & Green, 2001), que também é um
instrumento de rastreamento, inclui apenas o questionário do
CHAT mais 13 itens que abrangem funções indicadas como
responsáveis pelo autismo em outros estudos, e deve ser
aplicado aos 24 meses de idade com o intuito de identificar
também crianças com possível regressão entre os 18 e 24
meses.
31. PROTOCOLOS
AVALIAÇÃO
AUTISMO
Os testes de avaliação de autismo incluem:
ADOS-G (Autism Diagnostic Observation Schedule -
Programa de Observação Diagnóstica do Autismo): teste
de observação usado para identificar comportamentos
sociais e de comunicação atrasados;
ADI-R (Autism Diagnosis Interview-Revised - Entrevista
para Diagnóstico de Autismo - revisada): entrevista que
avalia as habilidades sociais e de comunicação da criança;
CARS (Childhood Autism Rating Scale - Escala de
Classificação do Autismo Infantil): teste de observação
para determinar a gravidade do autismo, que utiliza uma
escala de 15 pontos para avaliar as habilidades de
comunicação verbal, audição, uso do corpo e relações
sociais da criança;
35. DENVER II
O DENVER II é usado para
identificar a criança cujo
desenvolvimento parece
estar atrasado em
comparação com o
desenvolvimento de outras
crianças, ou seja, é um
teste de triagem do
desenvolvimento. ... O
instrumento é destinado
para crianças desde o
nascimento até os 6 anos
35
37. Método TEACCH
37
Programa de Carolina del Norte para
o Tratamento e Educação de crianças
autistas e com problemas na
comunicação (TEACCH) tem como
objetivo preparar as crianças com
autismo se adaptar a escola, lugares
e sociedade.
A característica principal é a
educação estruturada, que aproveita
as capacidades viso-espacial, as
quais sao muito bem preservadas em
crianças autistas.
O método inclue:
Estruturação ambiente da sala
Estruturação do tempo de aula
Materiais atrativos orientativo Visual
Combinação de diferentes sistemas
de trabalho : um a um, trabalho
independente, relaxamento etc….
38. Método TEACCH : Estrutura física da sala
38
http://www.ahrcnyc.org/schools/wp-content/uploads/img/wTEACCHclassroom.jpg
39. De Acordo com a National Standard Report em 2017 foram classificadas as
intervenções que foram aprovadas através de evidências de eficácia, dados
relevantes a redução dos sintomas e Práticas funcionais para vida adulta.
Foram Classificadas; 14 Intervenções Aprovadas/ 18 Intervenções com
Possibilidades Futuras / 13 Intervenções Não Aprovadas
APROVADAS
39
• Intervenção Comportamental
• Medidas Conjunta de
intervenção Cognitiva e
Comportamental.
• Tratamento Comportamental
Compreensivo
• Treino de Linguagem
• Modelação
• Estratégia de Ensino Natural
• Treino Parental
• Treino de Interação com pares
• Treino de Respostas
Fundamentais
• Roteiro de Rotinização
• Auto-Gestão
• Medidas de Competências
Sociais
• Teoria da Mente
• Narrativa Social.
NÃO APROVADAS
• Terapia Assistida com Animais
• Treino de integração auditiva
• Mapeamento de Conceitos
• DIR ou FLOORTIME
• Comunicação Facilitada
• Dieta Livre de Glúten
• Intervenção de Movimento
• Intervenção com bases
sensoriais
• Medidas de Intervenção
Sensorial
• Terapia de Choque
• Estratégias de Aprendizagem
Comportamento Social
• Intervenção Percepção Social
• Intervenção nível raciocínio
Social.
40. A ANÁLISE INDIVIDUAL OU PERFIL DE TRABALHO INDIVIDUAL É O
PLANEJAMENTO FUNCIONAL DE ACORDO COM O QUADRO QUE
A CRIANÇA APRESENTA NO MOMENTO DO INÍCIO DA TERAPIA ,E
OU, ATENDIMENTO PROFISSIONAL.
ELE BUSCA TRAÇAR O PERFIL DA CRIANÇA RELACIONANDO O
ESTÁGIO DO MARCO DO DESENVOLVIMENTO QUE A CRIANÇA SE
ENCONTRA NAS PRINCIPAIS ÁREAS DE NECESSIDADES PARA
UMA EVOLUÇÃO NEUROFUNCIONAL ADEQUADA.
PLANO DE ANÁLISE INDIVIDUAL
41. ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
COGNITIVA
“Cognição refere-se a um conjunto de habilidades
cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento
sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento,
raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade,
capacidade de resolução de problemas, entre outras funções.”
Este processo acontece em espiral crescente nos dando a noção de avanços no
desenvolvimento em contínuo crescimento:
[DESENVOLVIMENTO –> ADAPTAÇÃO –> APRENDIZAGEM]
O desenvolvimento cognitivo que pode ser entendido como:
“Um processo pelo qual os indivíduos adquirem conhecimento sobre o mundo ao longo
da vida”.
42. ÁREA DO DESENVOLVIMENTO
MOTRICIDADE
AMPLA
a motricidade ampla é a primeira ETAPA que
aperfeiçoamos, porque ela permite os movimentos
maiores do nosso corpo: mexer os braços, pernas e mãos,
andar, correr, sentar, se inclinar para frente, carregar,
empurrar, rolar, todos são movimentos da motricidade
ampla. São atividades que utilizam todos os músculos, ou
grande parte deles, para serem realizadas. Se essa
motricidade não for bem exercitada, os movimentos
podem ser desconectados ou muito lentos.
43. ÁREA DO DESENVOLVIMENTO
MOTRICIDADE
FINA
A motricidade fina exige o uso de músculos
menores do corpo.
Por exemplo, exige a coordenação de mãos
e olhos na hora de escrever, recortar ou
pintar.
Mover os lábios para mandar beijo, sugar e
sorrir também faz parte desse conjunto de
habilidades.
Até mesmo juntar algo leve do chão, como
uma folha, faz parte da motricidade fina.
É uma das competências chave a ser desenvolvida desde PEQUENO.
O desenvolvimento desta competência possibilita futuramente bons resultados na escrita
e na matemática.
44. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
TREINAMENTO PARENTAL COMO TÉCNICA INTERVENTIVA EM
CRIANÇAS.
(...) os pais são, usualmente, o principal agente de mudança no
processo terapêutico de seus filhos, atuando como mediadores
entre a orientação profissional e a implementação de
contingências favoráveis à mudança da criança em seu ambiente
natural (Coelho & Murita apud Mestre & Corassa, 2002; Silvares,
1995).
45. Considerando-se como essencial a relação entre interações
pais-criança, desenvolvimento e aprendizagem, o
Treinamento de Suporte Parental é uma ferramenta que tem
sido muito utilizada nos últimos anos para, segundo Olivares,
Mendez & Ross (2005), atuar na modificação de problemas
comportamentais e emocionais em crianças e adolescentes.
Essas técnicas servem para orientar os pais, de forma didática e prática
sobre os fundamentos da análise aplicada do comportamento, instruí-
los quanto à necessidade de motivar seus filhos a se comportarem
bem, identificar determinantes dos comportamentos disruptivos dos
filhos e aplicar, no dia-a-dia, alguns dos procedimentos básicos de
modificação de comportamento.
46. TREINAMENTO PARENTAL
No treino parental é a primeira etapa para se poder intervir
de forma generalizada no tratamento de crianças com
Inadequação emocional e comportamental através de
varias técnicas e estratégias como:
1 - Apresentação do modelo de intervenção;
2 - Psicoeducação;
3 - Observação do ambiente natural;
4 - Encontros sistemáticos;
5 - Controle de excessos comportamentais;
6 – Orientação e Supervisão das técnicas Parentais
domiciliar e em ambientes externos.
47. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
PSICOLOGIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
É uma abordagem que é mais específica, breve e
focada no problema atual do paciente. Também
conhecida como TCC, ela explica que o que nos
afetam não são os acontecimentos e sim a forma que
interpretamos.
5 PASSOS DO TCC
1- APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
2 – ANÁLISE DO (S) PROBLEMA (S)
3 – ANÁLISE DO OBJETIVO
4 – ANÁLISE DOS MEIOS
5 – TESTE E AVALIAÇÃO DOS PASSOS DEFINIDOS.
48. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
FONOAUDIOLOGIA
É responsável pela promoção da saúde,
prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação,
terapia (habilitação e reabilitação) e
aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos
da função auditiva periférica e central, da função
vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da
fluência, da articulação da fala e dos sistemas
miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição.
49. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
A psicopedagogia é o campo do saber que se constrói a partir
de dois saberes e práticas: a pedagogia e a psicologia.
seu trabalho pode ter um caráter
preventivo ou interventivo -
avaliação, diagnóstico e
intervenção no processo de
aprendizagem.
Os instrumentos de intervenção que mais são usados na psicopedagogia são os JOGOS e
tudo que conhecemos como lúdico.
Os jogos devem ser selecionados de acordo com a dificuldade ou transtorno da
criança/jovem: concentração, memória, linguagem, escrita, leitura, matemática,
motricidade ou qualquer outro transtorno.
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
50. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
TERAPIA OCUPACIONAL
É uma profissão da área da
saúde que promove prevenção,
tratamento e reabilitação de
indivíduos portadores de
alterações cognitivas, afetivas,
perceptivas e psico-motoras,
decorrentes ou não de
distúrbios genéticos,
traumáticos ou de doenças
adquiridas por meio da
utilização da atividade humana
como base de
desenvolvimento.
Processo pelo qual o cérebro
organiza as informações, de
modo a dar uma resposta
adaptativa adequada, para
organizar as sensações do
próprio corpo em relação ao
ambiente.
As nossas capacidades de
processamento sensorial são
usadas para a interação social, o
desenvolvimento de
habilidades motoras para a
atenção e concentração.
INTEGRAÇÃO
SENSORIAL
51. TERAPIAS E SUAS FINALIDADES
PSICOMOTRICIDADE
É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em
movimento e em relação ao seu mundo interno e externo.
Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições
COGNITIVAS, AFETIVAS E ORGÂNICAS. É sustentada por três conhecimentos básicos: o
movimento, o intelecto e o afeto.
Quanto à Funcionalidade Terapêutica:
CORPORAL: dispraxia, desarmonia tónico-emocional, instabilidade postural, perturbações
do esquema corporal e da lateralidade, estruturação espacial e temporal, perturbações da
imagem corporal, problemas psicossomáticos.
RELACIONAL: dificuldades de comunicação e de contato, inibição, hiperatividade,
agressividade, limite, afetividade etc.
COGNITIVA: no plano do processamento informacional: défices de atenção, de memória, de
organização perceptiva, simbólica e conceptual.
EDUCATIVA: nas aprendizagens escolares e no afinamento das praxias coordenativas.
AQUÁTICA: nas dificuldades físico-afetivas, onde o espaço aquático proporciona uma
contenção natural do corpo que sente, fala e se comunica.
53. É a ciência que trata da relação entre o
uso de drogas (substâncias psicoativas)
e as alterações psíquicas diversas da
ordem do humor, cognição,
comportamento, psicomotricidade,
personalidade em relação ao
aprendizado.
Psicofármacos em conjunto
com reabilitação terapêutica
54.
55. Medicamentos
Alcançar resultados
terapêuticos
Melhorar a qualidade de vida da
criança/jovem.
Cura de uma doença;
Eliminação ou redução de uma sintomatologia;
Interrupção ou abrandamento do processo patológico;
Prevenção de uma enfermidade ou de uma sintomatologia.
57. ESTIMA-SE QUE
APROXIMADAMENTE
300 MILHÕES DE INDIVIDUOS
NO MUNDO SOFREM DE
ALGUMA DESORDEM DO
NEURODESENVOLVIMENTO.
(national professional development center report).
58. EMANOELE FREITAS
Neurocientista especialista em transtornos do
Neurodesenvolvimento, Escritora, Palestrante,
Formanda em Psicanálise Clínica
Telefone: (21) 2667-8967 / 97043-8072
E-mail: aapa.emanoele@gmail.com
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Mediador Escolar –
Recriando a Arte de
Ensinar. 2015 Editora WAK
Transtornos do
Neurodesenvolvimento.
2019 Editora WAK