2. Há o seu mundo... um mundo incompreensível, de que fogem sempre que podem, refugiando-se no seu interior. Vivem assim, entre dois mundos, as crianças autistas ...e há o mundo dos outros Entre Dois Mundos
3. Como se um muro, um espelho as separasse dos demais, obstáculos que nunca transpõem completamente . São crianças diferentes mas que podem viver Felizes Entre Dois Mundos
4. O quadro clínico inicia-se antes dos 3 anos de idade O transtorno ocorre 3 ou 4 vezes mais em rapazes do que em raparigas “ O autismo pode ser definido como um síndroma comportamental com etiologias múltiplas caracterizado por um défice na interacção social, combinado com défices de linguagem e alterações de comportamento ” (Gillberg, 1990) Autismo Definição grego autos – eu próprio
5. Durante muito tempo pensou-se que era na frieza da mãe, na ausência de carinho materno que residia a causa do autismo – «mãe-frigorifico» Mas hoje sabe-se com toda a certeza que a culpa não é da mãe acreditou-se que um indivíduo autista se isolava voluntariamente , que tinha o desejo consciente de não participar em qualquer interacção social Hoje sabe-se com toda a certeza que tal isolamento não resulta de qualquer desejo ou vontade consciente Porquê? Até aos 60:
6. O autismo está ligado a um desequilíbrio químico que ocorre na sequência de alterações neurológicas e bioquímicas ao nível do cérebro resultante de uma combinação de factores genéticos (poligénicos) e sociais (ambientais) Porquê?
7. A primeiro contacto médico de família ou pediatra que deve ficar na posse de todos os dados que permitam encaminhar a criança para uma consulta de desenvolvimento O nosso país dispõe de equipas multidisciplinares aptas para fazer o diagnóstico do autismo e projectar a integração da criança Ainda sem possibilidades concretas de cura, é apenas possível melhorar a qualidade de vida Os pais sentem-se muitas vezes perdidos em busca de resposta para os comportamentos sem sentido do seu filho Perspectivas de Tratamento é o caminho na ausência de medicamentos ou cirurgias É fundamental um diagnóstico precoce
8. Quando nascem os bébes autistas não parecem diferenciar-se dos demais O autismo não é denunciado nos traços do rosto ou por uma qualquer anomalia física Pode suspeitar-se cedo na: Mas isto não chega para suspeitar de autismo Sintomas Iniciais do Autismo dificuldade de sucção ou outros problemas com a alimentação preferência ou rejeição de certos alimentos problemas de sono choro em excesso ou na ausência de choro indiferença do bebe demonstra pelas pessoas e pelo ambiente que o rodeiam
9. Os primeiros passos podem tardar, tal como a linguagem, que pode nem sequer aparecer podem surgir comportamentos repetitivos, restritivos ou estereotipados bater palmas, abanar a cabeça, rodar objectos – ou um interesse obsessivo por um brinquedo a criança pode não brincar normalmente, não entrar em brincadeiras com outras da sua idade. Mostra dificuldade no convívio social e um desenvolvimento irregular das capacidades motoras Sintomas Iniciais do Autismo Mais tarde, poderão não manifestar qualquer interesse pelas actividades de autonomia e dar respostas inadequadas aos estímulos sensoriais, revelando uma sensibilidade a mais face ao calor ou ao frio, bem como à luz e à dor Depois dos dois anos : Aos dois anos :
10. é um dos momentos mais difíceis para uma família com uma criança autista: nesta idade os principais sintomas já estão presentes em simultâneo - idade do diagnóstico Podem então surgir os comportamentos agressivos, os acessos de raiva, as birras sem causa aparente, os medos excessivos ou irracionais de situações diárias sintomas mais perturbadores tendem a diminuir, se bem que o autismo permaneça para o resto da vida Sintomas Iniciais do Autismo Aos três anos : A partir dos seis anos :
11. “ O meu desenvolvimento não é absurdo, ainda que não seja fácil de compreender. Tem a sua própria lógica e muitas das condutas a que chamais «alteradas» são formas de enfrentar o mundo segundo a minha maneira especial de ser e perceber. Faz um esforço para me compreender . ” (adaptado – Angel Riviére, 1996)
12. Nem todos os autistas apresentam as mesmas características, mas há sinais típicos desta perturbação: I ncapacidade de estabelecer interacções sociais com outras crianças D ificuldade de relacionamento com pessoas, objectos ou eventos I ncapacidade de ter consciência dos outros C ontacto visual difícil, sendo normalmente evitado O que se vê por fora ...
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14. V ocalizações não relacionadas com a fala R epetição de palavras proferidas por outros (ecolália) H iper ou hipossensibilidade a vários estímulos sensoriais R ecusa em ouvir - a criança parece surda ao que lhe dizem, mas é capaz de ouvir um sussurro à distância O que se vê por fora ...
15. A ceitar a sua diferença, não a discriminar D ar todo o carinho e amor que necessita S aber estimular a criança N unca a deixar sozinha a brincar E vitar as rotinas P romover a sua autonomia S upervisioná-la constantemente I ntegrando-as e protegendo-as “ Viver com a deficiência é, antes de mais, viver como todos os outros seres vivos, o que se vive é de outra forma, mas nunca uma forma menor de estar na vida .” Como lidar com as Crianças Autistas Almeida, F., 1999:291
16. Cada vez mais cabe à escola prever as respostas educativas de forma a educar com sucesso todas as crianças, incluindo as com patologias graves « Será que os educadores são capazes de lidar com as crianças com a problemática do autismo? » A maioria dos professores/educadores não concordam com a inclusão de criança com todo o tipo de patologia no sistema regular de ensino Contraria o princípio de escola inclusiva que «consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentam» (Unesco, 1994) Os educadores insistem na necessidade de formação inicial e contínua para lidar com crianças com NEE Os educadores dizem sentir angústia, medo, dúvidas pelo desconhecimento de saber como actuar com estas crianças O Autismo na Escola
17. Desafio : depende de todos nós a construção de uma escola física e humana, onde todos se respeitem e preconizem os valores de cada um. « Não se pode mudar a escola mudando a letra do regulamento. É preciso que o espírito se transforme, e que os actores se apropriem das reformas, que compreendam a sua necessidade, vejam nelas o seu interesse. » (Perrenould) O Autismo na Escola
18. As boas relações entre os profissionais e as famílias promovem uma maior participação destas na elaboração e consequente implementação de programas educativos O educador deve estar preparado para poder auxiliar os pais no processo de integração e desenvolvimento da criança, estabelecendo laços efectivos de comunicação Os Educadores e a Família
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23. A intervenção faz-se no sentido de desenvolver capacidades e competências, de corrigir comportamentos inadequados e estimular a autonomia. O objectivo é ajudá-los a compreender e a viver num mundo que os rodeia É um convite permanente a deixarem o seu mundo e entrarem no nosso É aceitar que aquela pessoa é diferente, ajudando-a a sentir-se melhor na sua diferença Porque ela será sempre diferente Conclusões
24. APPDA – Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental Instituições de Apoio
25. Por Dentro de Nós , Carlos Nunes Filipe Brinca Comigo , APPDA Sugestões