O documento discute a fertilidade do solo do cerrado, abordando tópicos como a formação, componentes, tipos e reações do solo, além da matéria orgânica e nutrientes como nitrogênio e fósforo.
2. Introdução
Fertilidade do solo: ciência que estuda a capacidade
dos solos em suprir nutrientes às plantas
Manejo do solo: fazer práticas corretivas e adubação
afim de manter a fertilidade
Solo de cerrado: solos ácidos, devido ação do
intemperismo
4. Solo
Parte mais superficial e fina da crosta terrestre
Complexo composto de mineral, material orgânico e
gases
Fundamental para a vida dos seres vivos
Resulta da ação de agentes externos + húmus
• chuva, vento e umidade
• matéria orgânica (restos de animais e plantas)
5.
6.
7. Formação do solo
Decomposição da
rocha
(intemperismo)
Originam os
componentes
minerais
Físico
(desagregação)
Químico
(decomposição)
Minerais
Matéria
orgânica
HÚMUS
Fertilidade
do solo
8. Componentes do solo
Areia: alteração de rochas que contém quartzo, os grãos
deixam grandes espaços vazios (poros), facilitando a
circulação de água e ar
Argila: alteração do feldspato e outros minerais que
compõem certas rochas. Grãos menores que se ligam uns aos
outros, dificultando a circulação de água e ar
Húmus: decomposição de matéria orgânica, contém sais
minerais
11. Partículas do solo menores que 1 µm (milésimo de
milímetro – micron), responsáveis pela atividade química
Bastante heterogêneo
Misturado aos componentes de areia, argila e/ou húmus
50% DE
POROS
50% DE
SÓLIDOS
COLÓIDE
12. Tipos de solos
Os componentes sólidos estão presentes em quantidades
variáveis em quase todos os tipos de solo, determinando os
diferentes tipos de solo
1. Solo arenoso:
• Contém aproximadamente 70% de areia
• Muito poroso e permeável
• Pobre em sais minerais
• Dificulta o desenvolvimento vegetal
13. 2. Solo argiloso:
• Cerca de 30% de argila
• Pouco permeável
• Contém diferente nutrientes
• Argila é conhecida como barro
3. Solo humífero:
• Cerca de 10% de húmus
• Arejado, fofo e permeável
• Fértil para a vida vegetal
• Terra roxa
14. Situações dos solos
Solo fértil: bom para a agricultura
Solo estéril: não é bom para a agricultura
Solo permeável: deixa a água atravessar, apresenta
espaços que podem ser ocupados por ar ou água
Ex. solo arenoso e humífero
Solo impermeável: não deixa a água atravessar, não
apresenta espaços vazios
Ex. solo argiloso
16. Área superficial específica (AES)
Medida da área da superfície das partículas por unidade de
peso (m²g-¹)
Partículas coloidais apresentam alta superfície específica
Aumenta proporcionalmente com a diminuição do
diâmetro
Quanto maior é, maior a reatividade das partículas no solo
Dependente – textura, tipo de minerais de argila e teor de
MO
17.
18. Cargas elétricas no solo
As partículas coloidais apresentam cargas quando
colocadas em meio líquido polar
Podem ser:
• Negativas
• Positivas
19. Classificação das cargas negativas:
• Cargas permanentes
• Cargas dependentes do pH
Característica:
• Adsorvem cátions
20. Classificação das cargas positivas:
• Cargas dependentes do pH (aumentam a medida que diminui
o pH)
Características:
• Originam nas superfícies dos óxidos de Fe e Al
• Estão presentes em menor quantidade
• Adsorvem ânions (maioria são nutrientes)
21. Importância das cargas elétricas:
• O solo funciona como um reservatório de nutrientes
• As cargas elétricas são responsáveis pela estocagem
• Libera-os para a solução em pequenas quantidades
• Possibilitando a absorção pelas plantas
• Sustentando o crescimento e desenvolvimento
22. Ponto de carga: balanço das cargas elétricas pode ser
negativo, positivo ou nulo
Quando o balanço é nulo temos o PCZ ou "ponto de carga
zero“ - a argila flocula-se
Quando o PCZ é distante de zero, a argila se dispersa
Óxidos de ferro e alumínio contribuem para aumentar o PCZ
A matéria orgânica para diminuir
23. Adsorção e troca de íons
Adsorção: química de ligação/atração entre a carga de um
coloide e o íon da solução do solo - resulta a retenção do
elemento nutriente
Dessorção: contrário a adsorção
Fenômenos de trocas:
• Capacidade de troca catiônica (CTC)
• Capacidade de troca aniônica (CTA)
24. Tipos de energias de ligações
entre coloide e íon:
• Eletrostática
• Covalente
Fatores que afetam a ligação:
• Valência
• Raio de hidratação
• Concentração do íon na solução
• Seletividade do coloide
26. Princípios que caracterizam a CTC:
• A troca é reversível
• E obedece as leis de equivalência química
• Rápida
Fatores que afetam a CTC dos solos:
• Quantidade e tipo de mineral de argila (1:1 2:1)
• Área superficial específica (ASE)
• Presença de óxidos e hidróxidos de Fe e Al
• Teor de matéria orgânica (MO)
• pH da solução do solo (cargas dependentes do pH)
27. Biomassa microbiana
Definida como a parte viva da matéria orgânica do solo
Inclui bactérias, actinomicetos, fungos, protozoários, algas
e macrofauna
Excluem-se raízes de plantas e animais do solo maiores do
que 5,10 µm
Corresponde em média, de 2% a 5% do C orgânico do solo
e de 1% a 5% do N total do solo
28. Responsável:
• Grande parte da manutenção da
produtividade dos ecossistemas
agrícolas e florestais
• Decomposição e mineralização
dos resíduos vegetais do solo
• Utilização desses resíduos como
fonte de nutrientes e energia para
a formação e o desenvolvimento
de suas células
• Síntese de substâncias
orgânicas no solo
29.
30.
31.
32.
33. Reação do solo
Disponibilidade dos elementos essenciais às plantas
Problemas de toxicidade de Al e Mn
Baixos teores de cátions de caráter básico - Ca e Mg
Desenvolvimento de microrganismos no solo
Necessidade de calagem
Os solos apresentam reações: ácida, neutra ou alcalina
34. Acidez do solo
Situemos, conceito ácido-base – definição de Bronsted-
Lowry (1923):
• Ácido: espécie química que doa prótons
• Base: substância que recebe prótons da água originando um
íon hidroxila
A fonte de acidez do solo depende da presença de grupos
ácidos com diferentes capacidades de ceder prótons
35. HA + H20 A- + (H30+)
ÁCIDO
B + H2O BH+ + OH-
BASE
36. Acidez é capacidade de uma substância liberar H+ na
solução do solo
Expresso em pH
Quanto MENOR o valor de pH, MAIOR a atividade do íon H+ e
MAIOR é o caráter ácido da substância
37. Faixa de acidez e alcalinidade encontradas na
maioria dos solos agrícolas (Lopes, 1989)
ALCALINIDAD
E
NEUTRALIDAD
E
ACIDE
Z
38. Origem da acidez do solo:
• Chuva ácida
• Material de origem
• Remoção de bases: erosão, lixiviação e cultivos
• Grupos ácidos da MO do solo
• Argilominerais silicatados e não silicatados
• Decomposição da MO
• Fertilizantes minerais
• Absorção de nutrientes pelas plantas
39. Tipos de acidez:
1. Ativa:
• Medida da atividade dos íons H+ na solução do solo
• Influenciada pelo manejo – irrigação, calagem, adubação
• Dependente da época de amostragem
• Determinada por métodos potenciométricos com eletrodo
específico
Água
KCl 1mol L-¹
CaC2 1mol L-¹
40. 2. Acidez potencial:
• Íons adsorvidos aos coloides do solo (íons H+ não dissociados)
• Representada por H + Al
• Extração com sal tamponado - pH 7,0
• Soma da acidez trocável e da acidez não trocável
Trocável: íons Al³+ adsorvidos às cargas argilominerais e MO
Não trocável: íons H+ adsorvidos covalentemente às cargas
facilmente deslocados para a solução do solo
41.
42.
43. Poder tampão:
• Resistência que os solos apresentam a mudanças de pH
• Também pode ser definido como a quantidade de base
necessária para elevar em uma unidade o pH do solo
• É maior nos solos mais argilosos e com maiores teores de
matéria orgânica
44. Efeitos nocivos da acidez do solo:
• Alta atividade do Al na solução do solo
• Deficiência de Ca, Mg e P
Sintomas de toxicidade do Al³+, observados no sistema
radicular:
• Raízes caracteristicamente curtas e grossas
• Inibição do crescimento e coloração escura
• Predisposição da planta injuriada a infecções por fungos
• Inibição da divisão celular - inibição do alongamento celular
45. Matéria orgânica do solo
Porção viva: raízes + fauna
Porção não viva: organismos vegetais e animais em
decomposição + produtos da decomposição
Critério microbiológico: MO = húmus
Critério químico: MO = matéria não decomposto + material
em transformação + húmus
46.
47. Heterogênea - organismos vivos + substâncias mais
estáveis como o húmus
Solos argilosos: MOS responsável por 30%-40% da CTC,
altamente intemperizados no cerrado, chegando a 90% da
CTC
Solos arenosos: MOS responsável por 50%-60% da CTC
Favorece adsorção de moléculas orgânicas – hidrofóbicas
48. Principal fator considerado na adsorção de herbicidas no solo
Herbicida + MOS = ligação mais estável
Herbicida + componentes minerais = ligação menos estável
Existe alta correlação entre o teor de argila e o conteúdo de
MOS
Funcionalidade das recomendações baseadas no teor de
argila do solo
51. Macronutrientes
Nitrogênio no solo (N)
• Exigido em grandes quantidades pelos vegetais
• Encontram-se em concentrações que variam de 1 a 5 dag/kg da
matéria seca
• Observado em maiores concentrações nos tecidos da família
Leguminoseae
• O N apresenta interações com P, S e K
52. • Na maioria das culturas, sua absorção ocorre preferencialmente
na forma de NO3- (nitrato)
• Uma vez absorvido, é reduzido e incorporado em compostos
orgânicos
• A absorção de NO3- estimula a absorção de cátions
• A absorção de NH4+ (amônia) pode restringir a absorção de
cátions
53. • O N é constituinte de aminoácidos, nucleotídeos, coenzimas,
clorofila, alcaloides, e outros
• Ausente: afeta a síntese proteica, com consequências no
crescimento da planta
• Em excesso: apresentam folhas verde escura, muito suculentas,
tornando-as mais susceptíveis às doenças e ataques de insetos
ou déficits hídricos
• O amarelamento ou clorose das folhas mais velhas, como
sintoma de deficiência de N, decorre da inibição da síntese de
clorofila
54.
55. Fósforo no solo (P)
• Fundamental como componente energético
• A concentração nos tecidos vegetais varia de 0,10 a 1,0 dag/kg da
matéria seca
• A faixa de suficiência para a maioria das culturas variar de 0,12 a
0,30 dag/kg
• Ao ligar-se ao C, forma complexos polifosfatados como
adenosina trifosfato (ATP) e adenosina difosfato (ADP)
• Da solução do solo, é absorvido nas formas aniônicas
56. • Forte ligação covalente com o O, mantida mesmo após sua
incorporação aos tecidos vegetais
• Atua em outras funções vitais
• Participa de reações de esterificação com açúcares e outros
compostos envolvidos na fotossíntese e na respiração
• Componente dos ácidos ribonucleicos (DNA e RNA), formando
fosfolipídios nas membranas
• Sua maior concentração pode ser observada nas sementes e
frutos
57. • O P pode apresentar interações com N, S e micronutrientes como:
Cu, Fe, Mn e Zn
• Carência de fosfato: distúrbios severos no metabolismo e
desenvolvimento das plantas, menor perfilhamento em
gramíneas, redução no número de frutos e sementes.
• Em folhas mais velhas: clorose, ou redução no brilho e um tom
verde-azulado
• Os sintomas de excesso aparecem, principalmente, na forma de
deficiência de micronutrientes, como Fe e Zn
59. Potássio no solo (K)
• A concentração de K nos tecidos vegetais pode apresentar
grande variabilidade em função da espécie e manejo cultural
• Valores mais comumente encontrados situam-se na faixa de 1,0
a 3,5 dag/kg
• Papel pouco comum com o desempenhado pelo N, P e S
• A estrutura química não conduz à formação de ligações
covalentes e, portanto, não forma complexos estáveis
60. • Assim como o P, e contrariamente ao que ocorre com o N e com o
S, durante sua assimilação não sofre alteração em seu estado
redox, permanecendo na forma iônica em que foi absorvido
• Seu principal papel é de ativador enzimático, com participações no
metabolismo proteico, fotossíntese, transporte de assimilados e
potencial hídrico celular
• Principal componente osmótico das células guardas, a
transferência de K regula a abertura e fechamento dos estômatos
• Junto com Ca e Mg participa da importante função de manutenção
do equilíbrio iônico com os ânions
61. • Como ativador de inúmeras enzimas, sua deficiência conduz a
profundas alterações no metabolismo
• Compostos nitrogenados solúveis acumulam-se, indicando a
redução na síntese proteica
• Deficiência: plantas tendem a apresentar diminuição da dominância
apical, internódios mais curtos e clorose seguida de necrose das
margens e pontas de folhas mais velhas
62. Enxofre no solo (S)
• Absorvido do solo sob a forma aniônica de sulfato (SO4²-) e,
posteriormente, reduzido e incorporado a compostos orgânicos
• Encontrado em concentrações que variam de 0,1 a 0,4 dag/kg, não
sendo incomum apresentar-se em valores superiores ao P
• Como o N, sua estrutura química permite a formação de ligações
covalentes estáveis, principalmente com o C e com outros átomos
de S
63. A ligação estável com o C nos aminoácidos cisteína (-C-SH),
metionina (-C-S-CH3) e cistina (-C-S-S-C) que formam as
proteínas, compõem a maior parte do S contido nas plantas
Quando o fornecimento de sulfato é grande, sua absorção pode
ser mais rápida que sua redução e assimilação em compostos
orgânicos
O S pode apresentar interações com o N, P, B e Mo
Plantas deficientes em S tornam-se cloróticas devido a redução
da biossíntese de proteínas que formam complexos com a
clorofila nos cloroplastos
64. • Deficiência: leva a baixo nível de carboidratos e ao acúmulo das
frações nitrogenadas solúveis como o nitrato
• Observa-se, além da redução da fotossíntese (devido ao baixo nível
de carboidratos), a impossibilidade dos substratos nitrogenados
serem utilizados na síntese de proteínas
• A sintomatologia da deficiência normalmente é inicialmente
manifestada em tecidos mais jovens
65. Cálcio do solo (Ca)
• Encontrado nos tecidos vegetais em concentração que pode
variar entre 0,5 a 3 dag/kg da matéria seca
• Forma ligações intermoleculares nas paredes celulares e
membranas, contribuindo, assim, para a estabilidade estrutural
e o movimento intercelular de vários metabólitos
• Atua como catalisador de várias enzimas
• Níveis adequados de Ca ajudam a planta a evitar estresse
decorrente da presença de metais pesados e, ou, salinidade
66. • A substituição do Ca por metais pesados causa desequilíbrio
estrutural e alterar a rigidez estrutural da parede celular
• Apresenta interações com Mg e K a ponto de um excesso do
nutriente promover deficiências nos últimos
• O Ca não movimenta via floema, sua redistribuição entre os órgãos
da planta praticamente não ocorre, podendo existir,
simultaneamente, carência do elemento nas partes mais novas e
excesso nas partes mais velhas
• A deficiência de Ca mostra-se inicialmente nos tecidos mais jovens
67.
68. Magnésio do solo (Mg)
• A concentração de Mg nos tecidos dos vegetais pode variar de 0,15
a 1,0 dag/kg da matéria seca
• Mais da metade do Mg contido nas folhas pode estar formando
clorofila, já que esta possui um átomo central de Mg
• Ativador das enzimas relacionadas com o metabolismo
energético, além de servir de ligação entre as estruturas de
pirofosfato do ATP e ADP
69. • Apresenta interações com Ca e K
• Deficiência: afeta parte do metabolismo das plantas, sendo a clorose
internerval das folhas velhas o sintoma inicial, seguido da redução da
fotossíntese decorrente da menor síntese de clorofila
• Em casos extremos de deficiência, são observadas necroses inclusive
nas folhas novas
70. Micronutrientes no solo
A quantidade e a disponibilidade de micronutrientes para
as plantas depende da mineralogia das rochas que dão
origem aos solos
Íntima correlação entre o teor de argila e o conteúdo de
micronutrientes
Solos com baixos teores de argila, ácidos e com baixo teor
de matéria orgânica são potencialmente deficientes em
micronutrientes
71. O agrupamento dos micronutrientes em cátions (Fe++,
Mn++, Zn++ e Cu++) e ânions (BO3 , Cl- , Mo4- ) facilitam o
entendimento do seu comportamento em relação aos
coloides do solo, bem como da sua disponibilidade
A matéria orgânica imobiliza os micronutrientes na forma
de compostos orgânicos, que se por um lado protegem os
nutrientes, por outro, reduz a sua disponibilidade para as
plantas, devido a formação de quelatos
72. Condições ácidas: a concentração de alguns
micronutrientes solúveis pode se tornar extremamente
tóxica para as plantas
Em solos básicos: a disponibilidade de cátions
micronutrientes é máxima
73.
74.
75.
76.
77. Métodos de avaliação da fertilidade do solo
Sintomas visuais de deficiências
Experimentos de campo
Pesquisas em casa de vegetação
Análises microbiológicas
Análises de tecido
Análises químicas do solo
78. Legislação vigente para fertilizantes e
corretivo
Decreto nº 4.954/04: Aprova o Regulamento da Lei nº 6.894,de 16 de dezembro
de 1980 com as alterações do Decreto n° 8059 de 23 de outubro de 2013, que
dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de
fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes, destinados à agricultura,
e dá outras providências.
Lei nº 6.894/80: Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do
comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou
biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados à
agricultura, e dá outras providências.
Lei nº 12.890/13: Altera a Lei n° 6894/1980 e inclui os remineralizadores e os
substratos como insumos destinados à agricultura.
79. Lei nº 6.934/81: Altera a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe
sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes,
corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados à
agricultura, e dá outras providências.
Decreto Lei n° 1.899/81: Institui taxas relativas a atividades agropecuárias de
competência do Ministério da agricultura, e dá outras providências.
Lei nº 8.522/92: Extingue taxas, emolumentos, contribuições, parcela da União
das Custas e Emolumentos da Justiça do Distrito Federal, e dá outras
providências.
Decreto nº 99.427/90: Desregulamenta o processo de renovação de registro ou
licença para produção e comercialização de produtos e insumos agropecuários.
Portaria nº 031/82: Aprovar os métodos analíticos, em anexo, que passam a
constituir métodos padrões, oficiais, para análise de corretivos, fertilizantes e
inoculantes sujeitos a inspeção e fiscalização previstas na legislação acima
referida.
80. Portaria SEFIS nº 002/84: Aprova e oficializa o "Manual de Serviço da Inspeção e
Fiscalização da Produção e do Comércio de Fertilizantes, Corretivos,
Inoculantes, Estimulantes ou Biofertilizantes".
Portaria nº 003/84: Concede a tolerância de 10% da garantia mínima do
fertilizanteTermofosfato MagnesianoGrosso em peneira ABNT nº 20.
Portaria nº 415/86: Obriga a publicação de atos administrativos, de efeitos
externos, decorrentes das atividades de inspeção, fiscalização e controle dos
diversos insumos agropecuários.
Portaria nº 121/95: Regulamenta a emissão de documentos relacionados com a
fiscalização de Corretivos, Fertilizantes, Inoculantes, Estimulantes ou
Biofertilizantes através de computador, aprovando modelos oficiais de
documentos e formulários.
Instrução Normativa n° 053/13: Revoga a IN nº 10/2004 e a IN n° 20/2009
dispondo sobre registros, cadastros, embalagem, rotulagem entre outros.
81. Instrução Normativa nº 038/09: Altera a Instrução Normativa nº 1, de 16 de
janeiro de 2007.
Instrução Normativa nº 001/07 Anexo: Estabelece os critérios para
credenciamento, reconhecimento, extensão de escopo e monitoramento de
laboratórios no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de forma a
integrarem a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, constantes do Anexo à presente
Instrução Normativa.
Instrução Normativa nº 028/07 Anexo: Aprova os Métodos Analíticos Oficiais
para Fertilizantes Minerais,Orgânicos,Organo-Minerais e Corretivos.
Instrução Normativa nº 028/04: Prorroga, até 30 de abril de 2005, o prazo
previsto na alínea “a” do inciso II do art. 38 da Instrução Normativa nº 10, de 6 de
maio de 2004, para solicitação da adequação dos registros de produtos
concedidos antes da publicação do Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004.
82. Instrução Normativa nº 025/09 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo
V - Anexo VI: Aprova as Normas sobre as especificações e as garantias, as
tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos
simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à
agricultura.
Instrução Normativa nº 010/08 Anexo: Altera a relação dos microrganismos
autorizados para produção de inoculantes no Brasil, constante do Anexo II, da
Instrução Normativa SARC nº 05, de 6 de agosto de 2004, que passa a ser aquela
descrita no Anexo da presente Instrução Normativa.
Instrução Normativa nº 034/08: Revoga a Instrução Normativa nº 1, de 28 de
maio de 1993.
Instrução Normativa nº 005/07 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo
V - Anexo VI: Aprova as definições e normas sobre especificações e garantias, as
tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes minerais
destinados à agricultura, conforme anexos e esta Instrução Normativa.
83. Instrução Normativa nº 035/06 Anexo: Fica aprovada as normas sobre
especificações e garantias, tolerâncias, registro, embalagem e rotulagem dos
corretivos de acidez, de alcalinidade e de sodicidade e dos condicionadores de
solo, destinados à agricultura, na forma do Anexo a esta Instrução Normativa.
Instrução Normativa nº 027/06 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo V:
Dispõe sobre fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, para serem
produzidos, importados ou comercializados, deverão atender aos limites
estabelecidos nos Anexos I, II, III, IV e V desta Instrução Normativa no que se
refere às concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos,
patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e
ervas daninhas.
Instrução Normativa nº 005/04 Anexo I - Anexo II: Aprova as Definições e normas
sobre especificações, garantias, registro, embalagem e rotulagem dos
inoculantes destinados à agricultura, bem como a relação dos micronutrientes
autorizados para produção de inoculantes no Brasil.
84. Instrução Normativa nº 014/04 Anexo: Aprova as Definições e Normas sobre as
Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem e a
Rotulagem dos Substratos para Plantas, constantes do anexo desta instrução
normativa.
Instrução de Serviço SNAD/001 (de 30 de março de 1992): Descentraliza o
registro de estabelecimentos e produtos.
Instrução de Serviço SNAD/003 (de 16 de abril de 1992): Dá instruções
complementares para cadastramento de estabelecimentos e produtos.
Instrução de Serviço SNAD/004 (de 25 de junho de 1992): Detalha instruções
complementares para descentralização de registro de estabelecimentos e
produtos.
85. Adubos verdes
Plantas utilizadas para melhoria das condições físicas,
químicas e biológicas do solo
Prática agrícola que aumenta a capacidade produtiva do
solo
Técnica comprovada que recupera os solos degradados
pelo cultivo, melhora os solos naturalmente pobres e
conserva aqueles que já são produtivos
86. Consiste no cultivo de plantas em
rotação/sucessão/consorciação com as culturas comerciais,
que melhoram significativamente os atributos químicos,
físicos e biológico
Plantas denominadas “Adubos Verdes” tem características
recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras e
condicionadoras do solo
Englobam diversas espécies vegetais - preferência por
leguminosas - capacidade de fixar nitrogênio
87. Rotação de culturas:
• Controla nematoides fitoparasitos com espécies não
hospedeiras/antagônicas;
• Reduz a incidência de pragas e doenças nas culturas
88. Fixação biológica de
nitrogênio:
• As leguminosas fornecem
nitrogênio fixado
diretamente da atmosfera,
reduzindo a necessidade de
adubos nitrogenados;
• O nitrogênio da leguminosa
ajuda na fixação de carbono
no solo e aumenta o teor de
matéria orgânica
89. Cobertura do solo:
• Cobre o solo com grande quantidade
de massa verde em curto espaço de
tempo, o que resulta em fitomassa
para cobertura morta;
• Protege o solo contra os agentes da
erosão e radiação solar;
• Diminui a amplitude da variação
térmica diuturna do solo;
• Protege as mudas-plantas contra o
vento e radiação solar;
• Reduz a infestação de ervas daninhas.
90. Descompactação, aeração, estruturação e reciclagem de
nutrientes:
• Sistema radicular agressivo que descompacta, estrutura e areja
o solo;
• Recicla os nutrientes lixiviados e perdidos em profundidade;
• Libera o fósforo fixado.
91. Produção de fitomassa:
• Aumenta a matéria orgânica e, consequentemente, a
capacidade de armazenamento de água no solo;
• Reduz os teores de alumínio trocável;
• Contribui para o sequestro de carbono;
• Intensifica a atividade biológica do solo;
• É matéria prima para compostagem.
92. Resultados:
1. Ganho
• Aumenta a produtividade e melhora a qualidade do produto da
atividade agropecuária.
2. Economia
• Reduz os custos do consumo de adubo nitrogenado, do controle
de ervas daninhas e de nematoides.
3. Sustentabilidade
• Recupera e mantém a estabilidade e a durabilidade da
capacidade produtiva do solo.
93.
94. Conceito de poluição
Resultado de qualquer tipo de ação ou obra humana
capaz de provocar danos ao meio ambiente
É a introdução na natureza, de substâncias nocivas à
saúde humana, de animais, plantas e ao próprio meio
ambiente, que altera de forma significativa o equilíbrio
dos ecossistemas
O termo poluição deriva do latim “poluere”, que significa
“sujar”
95. Degradação do solo, das águas e do ar, o que
compromete a capacidade das próximas gerações de
suprir as próprias necessidades
Sonora
Atmosférica
Aquática
Terrestre
96. Impacto ambiental da atividade agrícola e
agroindustrial
Para que possamos buscar solução aos problemas do
mundo moderno, precisamos conhecer ao menos os
maiores impactos causados pela agricultura: atividade de
maior impacto no meio-ambiente
Listemos aqui alguns dos principais problemas causados
pela agricultura:
97. Desmatamento: derrubada de matas originais, inevitável
devido ao crescimento populacional e o modelo de
desenvolvimento adotado por nossa sociedade, vem sendo
a causa de grandes impactos ambientais
98. Erosão: perda de solo causada pelo uso incorreto associado
ás chuvas e ventos. Retira todas as camadas superiores do
solo, chegando as rochas, tornando não-agricultável. A
terra que escorre com as chuvas, soterra rios e lagos,
comprometendo sua vazão e qualidade
99. Perda de biodiversidade: espécies formadas durante
muitos milhares de anos estão desaparecendo com o
desmatamento causado pela crescente necessidade de
terras para uso na agricultura
100. Esgotamento da água doce: muito se enganam os que
pensam que o consumo doméstico gera os maiores gastos
de água. Mais de 60% da água doce é utilizada na irrigação
de campos agrícolas, esgotando fontes de água doce
101. Poluição de águas: o uso descontrolado de adubos e
defensivos agrícolas vem causando sérios problemas de
contaminação de águas por resíduos e materiais deixados
no solo, podendo levar a processos de eutrofização e
contaminação de águas potáveis
102. Destruição de mananciais: o avanço da agricultura sobre as
matas nativas causa destruição das nascentes, por
soterramento, impermeabilização, entre outros fatores
103. Poluição atmosférica: por mais que a produção de material
vegetal capture carbono da atmosfera, o carbono liberado
por atividades relacionadas supera a quantidade capturada.
Esse carbono é liberado pela queima de diesel dos tratores,
produção de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da
decomposição de restos de cultura agrícola
104. Desertificação: uso inadequado do solo, liderado pela
produção de gado e agricultura, vem desgastando os solos
de forma espantosa, tornando-os quase totalmente
inférteis. Processo irreversível
105. Caracterização e tratamento de resíduos
agrícolas
Produtos diretos ou indiretos de processos agroindustriais
De responsabilidade do gestor produtor
Exemplos de resíduos:
• Pneus
• Óleos
• Embalagens
• Plásticos
• Alimentos
106. Práticas proibidas:
• Abandar no solo ou na água
• Enterrar
• Queima
Métodos de tratamento:
• Compostagem
• Incineração
• Reciclagem
• Biodigestores