Os principais fatores que influenciam a formação do solo são: clima, organismos, material de origem, relevo e tempo. O clima e os organismos são os fatores ativos, enquanto o material de origem é passivo. O clima, principalmente temperatura e umidade, regulam a decomposição das rochas e crescimento de organismos, formando horizontes distintos no solo. Os organismos, como microrganismos, vegetais e animais, também desempenham papel importante na formação do húmus e estrutura do solo.
2. Fatores de Formação do Solo
O clima e os organismos
são os “fatores ativos”
porque,
durante
determinado tempo e em
certas condições de
relevo,
agem
diretamente sobre o
material de origem que,
portanto, é fator de
resistência ou “passivo”.
3. Clima
Um material derivado de uma mesma rocha
poderá formar solos completamente diversos se
decomposto em condições climáticas diferentes.
Porém, matérias diferentes podem formar solos
similares, quando sujeitos, por um longo período, ao
mesmo ambiente climático.
4. Clima
Os elementos principais do clima – temperatura e
umidade – regulam o tipo de intensidade de
intemperismo das rochas, o crescimento dos
organismos e, conseqüentemente, a distinção entre
os horizontes.
5. Clima
Sabe-se que, para cada 10° de aumento de
temperatura, dobra a velocidade das reações
químicas. Portanto quanto mais quente e mais úmido
for o clima, mais rápida e intensa será a
decomposição das rochas, as quais, nessas
condições,
irão
fornecer
materiais
muito
intemperizados.
7. Organismos
•
•
•
•
Os organismos que vivem no solo são também de
grande importância para a diferenciação dos seus
perfis. Eles compreendem:
Microorganismos (ou microflora e microfauna)
Vegetais superiores (macroflora)
Animais (macrofauna)
Homem
8. Organismos
Os microorganismos incluem algas, bactérias, e
fungos. Eles desempenham, como função principal, o
inicio da decomposição dos restos dos vegetais e
animais, ajudando assim a formação do húmus, que
se acumula principalmente nos horizontes mais
superficiais. Os produtos dessa decomposição
também promovem a união das partículas primárias
do solo, ajudando a formar os agregados que
compõem a estrutura do solo.
10. Organismos
Os vegetais atuam direta e indiretamente na
formação do solo. A ação direta consiste,
principalmente, na penetração do sistema radicular
em fendas das rochas, onde tanto com a pressão
exercida pelo crescimento, como pelas excreções
orgânicas, vão acelerar o intemperismo.
11. Organismos
Os animais que se abrigam no solo estão
constantemente triturando os restos dos vegetais,
cavando galerias e misturando materiais dos
diversos horizontes. Entre os quais podem promover
grande movimentação dos materiais do solo, estão
as formigas, os cupins e os vermes (principalmente
minhocas). Além desse revolvimento, suas carcaças e
resíduos, da mesma forma que a matéria vegetal,
contribuem para a formação do húmus e dos
agregados.
12. Organismos
O homem tem provocado muitos impactos na
formação do solo. A remoção da vegetação
natural, o revolvimento do horizonte A (pela aração
e outros cultivos) a adição de corretivos e
fertilizantes, a irrigação e aplicação de resíduos
urbanos e industriais.
13. Material de Origem
A maior ou menor velocidade com que o solo se
forma depende, portanto, do tipo de material.
É difícil estabelecer, no processo de evolução
rocha-solo, exatamente em que ponto saprolito
começa a se transformar em solo.
14. Material de Origem
Mapa geológico indicando
esquematicamente
a
distribuição das principais
fontes dos materiais de
origem (“ou rocha-mãe”)
dos solos brasileiros.
15. Material de Origem
•
Existem uma grande variedade de materiais de
origem, contudo os mais comuns podem ser
agrupados em 4 categorias:
Materiais derivados de rochas claras (ou ácidas,
ígneas ou metafórficas), como granitos, gnasses,
xistos e quartzitos. As rochas formam-se pela
consolidação de material vulcânico (magma), rico
em silício ou pelo metaformismo desde ou de rochas
sedimentares, também ricas e silício;
17. Material de Origem
•
Materiais derivados de rochas ígneas escuras (ou
básicas) como basaltos, diabásios, gabros e
anfibolitos. Formam-se pela solidificação de
magmas pobres em silício, como a maior parte das
lavas dos vulcões
18. •
Materiais derivados de sedimentos consolidados,
como arenitos, ardósias, siltitos, argilitos e rochas
calcárias.
Formam-se
pela
deposição
e
solidificação de sedimentos, como os materiais
fragmentados de rochas ígneas ou metamórficas
Formação de arenitos
http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/rochassedimentares/classificao-das-rochas-sedimentares/rochas-detrticas
Material de Origem
19. Material de Origem
•
Sedimentos inconsolidados, tais como aluviões
recentes dunas de areais (depois de estabilizadas),
cinzas vulcânicas, loess, coluviões e depósitos
orgânicos. Formam-se pela deposição de
sedimentos em épocas relativamente recentes.
Exemplo de sedimentos inconsolidados nos
quais os solos iniciam seu desenvolvimento.
Aluvião do rio Paraguai.
20. Relevo
•
•
O fator Relevo promove no solo diferenças
facilmente perceptíveis pela variação da cor, que
podem ocorrer a distâncias relativamente pequenas,
quando comparadas com as diferenças advindas
unicamente da ação de climas diversos.
Em sua maioria, resultam de distribuição no terreno
da água da chuva, da luz, do calor do sol e da
erosão.
22. Relevo
As chuvas precipitam-se de forma homogênea em
um terreno relativamente pequeno (conjunto de
duas colinas, por exemplo). Contudo, parte dessa
água pode escoar para as partes mas baixas e
côncavas e, por isso, acabam por receber mais
água
que
as
partes
mais
altas.
Conseqüentemente, terão solos diferentes dos das
baixadas. Como o encharcamento contínuo dos
poros do solo afeta os processos de intemperismo
químico, ele evolui de maneira diferente nos locais
mais úmidos em relação aos mais secos.
23. Relevo
Por outro lado, quando há pouca infiltração, o
desenvolvimento do perfil pode ser também
desfavorecido em virtude da intensa erosão.
Em regiões de clima árido ou semi-árido, as partes
mais baixas do relevo ficam sujeitas ao acúmulo de
sais que aí se concentram após serem carregados, e,
solução, pela enxurradas da área adjacentes.
25. Relevo
Em área de relevo montanhoso, como as serras e
bordas de planaltos, as rampas muito íngremes
propiciam a erosão, que pode ser de tal ordem,
que a velocidade de remoção do solo será maior
ou igual à velocidade de formação do mesmo.
Onde a velocidade da erosão for maior, nenhum
solo permanece, ficando a rocha exposta; se a
velocidade de formação do solo for apenas
ligeiramente maior que a da erosão, a
possibilidade de formação de solos profundos
será eliminada.
27. Relevo
O relevo influi nas características dos solos. Nas
áreas mais declivosas, os solos são menos
desenvolvidos que nas áreas mais planas (onde o
perfil é mais avermelhado). Nas áreas mais baixas,
próximas do riacho, os solos são acinzentados.
28. Tempo
A superfície de um afloramento rochoso, no qual
musgos e líquens começam a se desenvolver sobre
uma delgada camada de rocha decomposta, é
um exemplo do estágio inicial da formação do
solo.
Com o passar do tempo, e não havendo erosão
acelerada, as características desse solo começam
a se tornar cada vez mais distintas: os horizontes
vão se espessando e diferenciando-se, e o solo
pode atingir alguns metros.
29. Tempo
Portanto, a mais óbvia característica influenciada
pelo tempo é a espessura, pois solos jovens são
normalmente menos espessos que os velhos.
O período necessário para que um solo passe do
estágio jovem para o maduro varia com o tipo de
material de origem, condições de clima e grau de
erosão.
31. Bibliografia
BERTONI, José; LOMBARDI NETO, Francisco.
Conservação do solo. 6.ed. São Paulo: Ícone, 2008.
355p. (Coleção Brasil Agrícola). ISBN 978-85-2740980-3.
Lepsh, Igo F. Formação e Conservação dos Solos.
Oficina de Textos, 2002