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Nome autores
A mudança
na lírica de
Camões
Temática da mudança
Edvard Munch,
Melancolia da noite, 1896.
Temática da mudança
Pessimismo
Insegurança
Alternância entre:
o tempo
Reflexão sobre:
engano – desengano
ilusão – desilusão
a mudança
o desconcerto do mundo
Temas da lírica camoniana
que se interrelacionam
Temas da literatura do Renascimento
(período de profundas mudanças) e ligados
às atribulações e adversidades vividas
pelo poeta (desterros, guerra, prisão, naufrágio,
doença, miséria, falta de reconhecimento…)
O que muda com a mudança
a Natureza a sociedade o eu poético
A mudança opera sobre
O que muda com a mudança
Tempo
humano
Tempo
natural
Sucessão de mudanças Tempo
Cíclico, com uma certa
permanência e renovações
(estações do ano)
Irreversível e instável;
traz mudanças imprevisíveis
e sempre para pior
Na sociedade No eu poético
O que muda com a mudança
O tema do tempo e da mudança (a que o renascentista é tão sensível) informa estas
composições. O poeta analisa-o para distinguir o tempo natural, onde a evolução tem
regresso e no seu ciclo uma certa permanência, do tempo humano irreversível,
instável, que muda as coisas sem uma lei ou uma razão, apenas com um
sentido: para pior. Um tempo «errado».
A reflexão sobre o tempo resulta numa análise imbuída de ceticismo sobre a consistência
do bem passado.
Duvida-se de que alguma vez ele tenha existido e não seja mais que um efeito de
contraste perante a infelicidade presente, uma ilusão da memória que inventaria uma
felicidade passada que não existiu.
Maria Vitalina Leal de Matos, Introdução à poesia de Luís de Camões,
Lisboa, ICALP/Ministério da Educação, 1992, p. 70.
A vivência da mudança
insatisfação, ansiedade,
insegurança e angústia
relativamente ao presente e ao
futuro, pois a mudança é certa
e sempre para pior
saudade do «bem passado»
A mudança Oposição entre o passado, de felicidade, e o presente, de infelicidade
Origina:
tumulto e conflito interior
– dúvidas sobre a existência
desse passado feliz (felicidade
ilusória)
«do mal ficam as mágoas na lembrança, /
e do bem (se algum houve) as saudades»
A vivência da mudança
Ceticismo e, em certos
casos, retiro para a vida
bucólica
A mudança Oposição entre o passado, de felicidade, e o presente, de infelicidade
Solução:
Ideal de aurea mediocritas do poeta latino Horácio (séc. I a.C.),
segundo o qual a felicidade só é possível quando nos contentamos
com pouco ou com o que possuímos, sem aspirarmos a mais.
A mudança – exemplos de poemas
Sonetos
«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (tudo está sujeito à mudança,
inclusive o próprio processo de mudança; tudo é efémero)
«Doces lembranças da passada glória» (oposição entre o passado, de felicidade,
e o presente, de desolação, feito de memórias)
«Sôbolos rios que vão» (diálogo com o Salmo 137, que constitui o mote do poema;
longa reflexão sobre a mudança, na primeira parte do poema, que está relacionada
com o exílio)
«Na ribeira do Eufrates assentado» (diálogo com o Salmo 137: o eu recorda os
momentos de glória vividos em Sião; a mudança está relacionada com o exílio,
que está na origem das alterações vividas pelo eu)
Poema de transição entre a medida velha e a medida nova
Consolida
1- Indica se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas.
Solução
Falsa. … está associado às ideias de tempo e de desconcerto do mundo.
Falsa. A mudança ocorre sempre para pior.
A O tema da mudança, que atravessa a poesia de Camões, está associado à ideia de tempo
e à representação da figura feminina.
B O tempo, que consiste numa sucessão de mudanças, é cíclico na Natureza, porém é irreversível
na vida humana.
C A mudança pode trazer alterações negativas ou positivas.
Verdadeira.
Verdadeira.
D A mudança constante chega a levar o sujeito poético a pensar que
a felicidade do passado foi apenas uma ilusão da memória.
Consolida
2- Seleciona os dois sentimentos que não são suscitados pela mudança na lírica camoniana.
Solução
Desalento
A
Desencanto
B
Angústia
C
Tristeza
D
Frustração
E
Irritação
F
Fúria
G
Insegurança
H
Consolida

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  • 1. Nome autores A mudança na lírica de Camões
  • 2. Temática da mudança Edvard Munch, Melancolia da noite, 1896.
  • 3. Temática da mudança Pessimismo Insegurança Alternância entre: o tempo Reflexão sobre: engano – desengano ilusão – desilusão a mudança o desconcerto do mundo Temas da lírica camoniana que se interrelacionam Temas da literatura do Renascimento (período de profundas mudanças) e ligados às atribulações e adversidades vividas pelo poeta (desterros, guerra, prisão, naufrágio, doença, miséria, falta de reconhecimento…)
  • 4. O que muda com a mudança a Natureza a sociedade o eu poético A mudança opera sobre
  • 5. O que muda com a mudança Tempo humano Tempo natural Sucessão de mudanças Tempo Cíclico, com uma certa permanência e renovações (estações do ano) Irreversível e instável; traz mudanças imprevisíveis e sempre para pior Na sociedade No eu poético
  • 6. O que muda com a mudança O tema do tempo e da mudança (a que o renascentista é tão sensível) informa estas composições. O poeta analisa-o para distinguir o tempo natural, onde a evolução tem regresso e no seu ciclo uma certa permanência, do tempo humano irreversível, instável, que muda as coisas sem uma lei ou uma razão, apenas com um sentido: para pior. Um tempo «errado». A reflexão sobre o tempo resulta numa análise imbuída de ceticismo sobre a consistência do bem passado. Duvida-se de que alguma vez ele tenha existido e não seja mais que um efeito de contraste perante a infelicidade presente, uma ilusão da memória que inventaria uma felicidade passada que não existiu. Maria Vitalina Leal de Matos, Introdução à poesia de Luís de Camões, Lisboa, ICALP/Ministério da Educação, 1992, p. 70.
  • 7. A vivência da mudança insatisfação, ansiedade, insegurança e angústia relativamente ao presente e ao futuro, pois a mudança é certa e sempre para pior saudade do «bem passado» A mudança Oposição entre o passado, de felicidade, e o presente, de infelicidade Origina: tumulto e conflito interior – dúvidas sobre a existência desse passado feliz (felicidade ilusória) «do mal ficam as mágoas na lembrança, / e do bem (se algum houve) as saudades»
  • 8. A vivência da mudança Ceticismo e, em certos casos, retiro para a vida bucólica A mudança Oposição entre o passado, de felicidade, e o presente, de infelicidade Solução: Ideal de aurea mediocritas do poeta latino Horácio (séc. I a.C.), segundo o qual a felicidade só é possível quando nos contentamos com pouco ou com o que possuímos, sem aspirarmos a mais.
  • 9. A mudança – exemplos de poemas Sonetos «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (tudo está sujeito à mudança, inclusive o próprio processo de mudança; tudo é efémero) «Doces lembranças da passada glória» (oposição entre o passado, de felicidade, e o presente, de desolação, feito de memórias) «Sôbolos rios que vão» (diálogo com o Salmo 137, que constitui o mote do poema; longa reflexão sobre a mudança, na primeira parte do poema, que está relacionada com o exílio) «Na ribeira do Eufrates assentado» (diálogo com o Salmo 137: o eu recorda os momentos de glória vividos em Sião; a mudança está relacionada com o exílio, que está na origem das alterações vividas pelo eu) Poema de transição entre a medida velha e a medida nova
  • 11. 1- Indica se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas. Solução Falsa. … está associado às ideias de tempo e de desconcerto do mundo. Falsa. A mudança ocorre sempre para pior. A O tema da mudança, que atravessa a poesia de Camões, está associado à ideia de tempo e à representação da figura feminina. B O tempo, que consiste numa sucessão de mudanças, é cíclico na Natureza, porém é irreversível na vida humana. C A mudança pode trazer alterações negativas ou positivas. Verdadeira. Verdadeira. D A mudança constante chega a levar o sujeito poético a pensar que a felicidade do passado foi apenas uma ilusão da memória. Consolida
  • 12. 2- Seleciona os dois sentimentos que não são suscitados pela mudança na lírica camoniana. Solução Desalento A Desencanto B Angústia C Tristeza D Frustração E Irritação F Fúria G Insegurança H Consolida