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 Adubos orgânicos & mineral
 Baixo teor de nutrientes;
 10 – 20% dos nutrientes – Ad. Químico
 Alta dosagem
 5 a 10 X > Ad. Químico;
 Efeitos de amplo espectro, indo muito
além da ação puramente química dos
Ad. Químicos.
Sistemas de manejo e
conteúdo de matéria orgânica
Cultivo do solo
Taxas de adução e perdas de MO
MO no solo:
 Solo sem adubação: degradação de
raízes, resíduos vegetais;
 Perdas:
 Oxidação*: conteúdo de CO, taxa de
perda e de adição e fração adicionada
 Erosão: relevo, cobertura da superfície;
 Lixiviação: desprezíveis.
Taxas de perda da MO:
 Preparo do solo: intensidade de
revolvimento ->
 Temperatura;
 Umidade;
 Aeração;
 Ruptura de agregados;
 Grau de fracionamento e incorporação de
resíduos culturais;
 Cobertura vegetal.
Taxa de adição de MO;
 Sistemas de rotação/sucessão de
culturas;
 Retornos dos resíduos que voltam ao
solo
Efeitos da Matéria
Orgânica nas
propriedades do solo
Preservação da MO:
COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS:
 Adubação mineral;
 Conservação do solo e da água;
 Adubação verde;
 Rotação de Culturas;
 Consorciação de culturas;
 Manejo adequado dos restos culturais;
 Cultivo mínimo e/ou plantio direto;
 Adubação orgânica.
Efeitos nas
propriedades físicas
Efeitos nas propriedades
físicas:
 Agentes cimentantes – estabilidade
dos agregados (<1mm);
 Fonte energética de microrganismos
 fungos (agregação física);
 Aeração
 Permeabilidade;
 Retenção de água;
 Resistência a erosão;
 Capacidade de armazenamento de
água;
 4 a 6x mais água que o próprio peso
 Condutores de calor;
 Redução de variações diárias de
temperatura;
Efeitos nas propriedades
físicas:
ESTRUTURAÇÃO
Estabilização dos agregados:
 Macromoléculas húmicas: radicais
orgânicos = superfície mineral
 Polissacarídeos (Carboidratos=5-25%
da MO do solo): muscilagens –
metabolismo microbiano +
decomposição raízes, res. vegetais e
animais e exsudação radicular.
AERAÇÃO E DRENAGEM
 Aumento da permeabilidade;
 Aeração de 20 a 30% - considerada
ótima para raízes.
 Material volumoso;
 Fração húmica;
 ↑ granulação;
↑ capacidade de infiltração da água;
escorrimento superficial;
 perdas pela erosão;
 perdas por evaporação;
RETENÇÃO DE ÁGUA
RETENÇÃO DE ÁGUA
 Favorece a proliferação das raízes:
 Armazenamento por capilaridade.
 MO crua: ↑ 80% retenção água
MO humificada: 160%
turfas: 300 – 400%
húmus puro: 800%
Efeito do esterco de vários animais na
capacidade de retenção de água (%
de umidade) de um solo arenoso e
outro argiloso
RETENÇÃO DE ÁGUA
CONSISTÊNCIA
  tenacidade (resistência a ruptura);
  plasticidade (possibilidade de
moldura)
  aderência;
 Melhora a friabilidade (facilidade de
esboroamento)
OUTRAS INFLUÊNCIAS
Interfere em quase todos os assuntos
da Ciência do solo:
 Classificação do solo:
 Horizontes mólico, antrópico, hístico,
úmbrico, etc;
OUTRAS INFLUÊNCIAS
 Cor do solo:
 Húmus: preto ou marrom;
 Solos ricos em MO – escuros;
 Intensidade do escurecimento X MO –
estado de decomposição;
OUTRAS INFLUÊNCIAS
 Temperatura do solo:
 Atividade microbiana;
 Decomposição e mineralização da MO;
 Redução de oscilações de temperatura
 Solos escuros - absorção > calor
 Calor específico- húmus>
 Controle de erosão.
Efeitos nas
propriedades
químicas
FONTE
DE
MACRONUTRIENTES
Fornecimento de nutrientes
NITROGÊNIO
 Na MO vegetal:
 Forma de proteínas (fator 6,25);
 Nucleoproteínas;
 Aminoácidos;
 Polipeptídios;
 Enzimas;
 Outros (pequenas quantidades).
NITROGÊNIO
 Teor no solo: 95% ads. minerais argila
N orgânico
N mineral
1 - 10%
90 - 99%
NITROGÊNIO
 Função:
 velocidade de decomposição;
 atividade microbiana.
 Imobilização do N > mineralização:
 Quantidade de N < 1,2%;
 Relação C/N alta;
 MO reservatório de N;
FÓSFORO
 Na MO: 15 – 85%
 Fósforo orgânico
 Fontes:
 corpo de animais;
 produtos da decomposição destes
organismos;
 Fitina: (26 – 35%) derivados: 11-14%
 Nucleoproteínas
 Compostos de ácido nucléico
FÓSFORO
POTÁSSIO
 Pequena quantidade está contida na
MO;
 Não participa de combinações
orgânicas na planta como no N, P e S;
 Prontamente liberado ao solo;
 Práticas: plantas ricas em K – não
apresentaram deficiência em K.
ENXOFRE
 Enxofre mineral
 Enxofre orgânico: 50-70% do total
encontrado;
 Extraído em grandes quantidades
pelas plantas embora nos fert.
Minerais não seja considerado um
elemento importante.
CÁLCIO E MAGNÉSIO
 Elevadores teores de MO – suprem
estes elementos;
 Colóides orgânicos retém Mg e Ca –
tornando-os disponíveis as plantas;
 Evita perdas por lavagens
FONTE
DE
MICRONUTRIENTES
Fornecimento de nutrientes
FERRO
 Fornece + Fe por + tempo:
 Húmus fornece Fe na forma de quelato;
 Mantém solúvel no meio-da-cultura por
mais tempo e se desloca para planta com
mais facilidade.
Solução húmica
Rica em Ferro
Sais solúveis
de Ferro
Solução nutritiva
FERRO
MO
CO2
Solubilidade do Fe
Fe (HCO3)2
microrganismos
Quelado de Ferro
Prontamente assimilável pelas raízes
COBRE
 Pode ser adsorvido pela MO;
 Complexado:
 Quelados de Cu + ligno-proteína /
humatos e em menos extensão por
minerais de argila.
 Disponibilidade de Cu as plantas:
 Natureza e conteúdo de MO;
 Tipo e teor de mineral de argila;
 pH do solo.
MANGANÊS
 Fortemente adsorvido pela MO:
complexos insolúveis e estáveis;
 Possibilidade de deficiência: solos ricos
em Mo – queimada (oxidação);
 Toxidez: cobertura morta
ZINCO
 Localizado superficialmente – resíduos
de culturas;
 Solos ricos em calcário: correção com
adubação orgânica;
 Não recomendado MO crua: fert. Bem
humificados (<força de ligação do que
Cu e Fe).
BORO
 O Boro orgânico ligado a MO: fonte
importante;
 Proteção de B contra lavagens;
MOLIBDÊNIO
 Micronutriente encontrado em < teor;
 MoO-2
4 tetróxido de molibdênio
 Resíduos de cultura= contribuem para
elevar ou reter Mo no solo
 Quantidades suficientes para plantas
CLORO
 Retém Cloro no solo
(micronutrientes + facilmente
lixiviado);
 Liberação durante a decomposição;
Correção de substâncias tóxicas
 Compostos orgânicos + íons metálicos
(Al, Fe, Mn, Zn e Cu)= complexação
 Eliminação de efeitos tóxicos do Mn ou
Al = adubação orgânica;
 Melhora fornecimento de alguns
nutrientes – disponível;
Índices de pH
 Acidez dos solo: -> MO;
 Remoção bases pelas plantas e água;
 MO: reação alcalina pelos humatos
alcalinos – elevando o pH;
Poder tampão
 MO :  poder tampão;
Água + soda cáustica Suspensão de húmus
 HCl 
- Íons H+
- Íons básicos (Ca, Mg e K)
ATUAM NO TAMPONAMENTO
Efeitos nas
propriedades físico-
químicas
Efeitos sobre as propriedades físico-
químicas
 Fertilizantes orgânicos: Adsorção de
nutrientes, CTC e Superfície específica
Adsorção de nutrientes
 Químico Way (1850): Experimento com caldo
de esterqueira
 Radicais NH4
+
equivalência Ca
+ 2
 Forças eletrostáticas ≠ capilaridade
Figura 1: Micela coloidal húmica e a adsorção de cátions.
• Argila e húmus: Colóides eletronegativos
• Adsorção: Argila < M.O?
• Condições:[ ] ≠ íons ou variação no pH
Capacidade de troca catiônica
(CTC)
• Largas referências: trocas catiônicas > aniônicas
• P e S: originários da decomposição da M.O mais
do que do nutriente adsorvido
• Dificuldade de retenção do ânions SO4
-2
e H2PO4
-
• Manutenção da fertilidade: Adsorção → CTC
• Ex: Reações de dupla troca, instantânea e
reversível
• 1Ca+2
→ 2 K+
 Solos de cerrado: respondem bem às
adubações orgânicas
 Recomendação: Culturas permanentes,
adubações parceladas
Tabela 1. Capacidade de troca catiônica do húmus e de outros
constituintes do solo.
Capacidade de troca catiônica
(CTC)
 Solos Argilosos: 30 a 40% da CTC total
 Solos Arenosos: 50 a 60% da CTC total
Origem da CTC da M.O
R – COOH  R – COO
-
+ H
+
R – OH  R – O
-
+ H
+
Capacidade de troca catiônica
(CTC)
Superfície Específica (SE)
• M.O eleva a superfície específica do solo
• Caulinita 5 a 10 m2/g, Húmus 700 m2/g
•M.O: SE  adsorção de nutrientes CTC
Efeitos nas
propriedades
biológicas
Efeitos sobre as propriedades
biológicas
 M.O: fonte de C, energia e nutrientes para
macrorganismos (formigas, minhocas,
besouros e lesmas etc) e microrganismos
(bactérias, vírus, protozoários e
actniomicetos)
 Promovem a decomposição
 Mineralização e imobilização:
simultaneamente, microrganismos,
dependentes da relação C/N do substrato
Tabela 4. Faixa de valores para mineralização e estimativa da
quantidade de N, P e S mineralizada por hectare.
PRINCIPAIS
FONTES
HÚMUS DE MINHOCA
 70% mais rico em nutrientes que os húmus
convencionais;
 Sua riqueza em bactérias e outros microorganismos
facilita a assimilação dos nutrientes pelas raízes,
apresentando, ainda, a vantagem de possuir pH
próximo de 7,0 (Longo, 1987);
 É rico em microrganismos, com pH neutro, alta
retenção de água e mineralização lenta (Kiehl, 1985;
Longo, 1987; Aquino et al., 1992);
 Retém a água, diminuindo substancialmente os
efeitos da seca;
 Pode ser empregado em contato direto com as raízes
e os brotos mais delicados, sem perigo de queimá-los,
pois é um produto estável;
 Promove elevação do nível de cálcio, fazendo a
correção do solo;
 Corrige a toxidez do solo em até 70%;
HÚMUS DE MINHOCA
 Atuação permanente, duradoura e imediata após sua
utilização;
 Retém melhor seus elementos, liberando-os
dosadamente, tornando a adubação mais eficaz e
duradoura;
 Em relação à uma camada de solo fértil, o húmus
apresenta 5 vezes mais Nitrogênio, 2 vezes mais
Cálcio, 4 vezes mais Magnésio, 7 vezes mais Fósforo
e 11 vezes mais Potássio.
HÚMUS DE MINHOCA
Recomendação
 É preferível utilizar doses menores e constantes a
aplicações pesadas e espaçadas;
 Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média,
30t/ha, a lanço. Quando em cova, essas
quantidades variam de 4 a 5L por cultura.
HÚMUS DE MINHOCA
TORTA DE ALGODÃO
 É o produto obtido depois que as sementes são
prensadas para extrair o óleo de algodão
 Tem 5 a 6 % de N orgânico; 2 a 3 % de P2O5 e
1,5 a 2% de K2O
 É também alimento para gado, o que torna o
seu preço muito alto
TORTA DE MAMONA
 Subproduto da fabricação do óleo de rícino
 Possui de 5 a 6 % de N, 2% de P2O5 e 1% de
K2O
 Não pode ser utilizada como alimento para
animais por possuir um princípio tóxico, a rícina
ESTERCO DE GALINHA
 É de composição muito variável
 Possui 2% de N, 2% de P2O5 e 1% de K2O
 É muito mais rico que o esterco de curral
 Aplicação:
Área total: 2 a 5 t/ha
Covas/sulcos: 2 a 3 l/cova
Horticultura: 5 a 10 t/ha
ESTERCO DE CURRAL
 É a mistura das fezes e da urina do gado com a
cama, que é fermentada nas esterqueiras;
 Tem como finalidade produzir um material
humificado semelhante a matéria orgânica;
 Não se pode incorporar esterco fresco de animais
(esterqueiras);
 Composição: 1 ton tem 5 kg de N; 2,5 kg de P2O5 e
5 kg de K2O;
 Metade do N vem da urina enquanto que no P todo
ele vem das fezes;
 Aplicação:
Área total: 20 a 40 l/ha
Horticultura: 30 a 50 t/ha
Covas/sulcos: 10 a 20 l /ha
ESTERCO DE CURRAL
Esterqueiras
 Devem ser cobertas para se evitar a perda de N;
 Ter um piso impermeabilizado e inclinado para um
ralo;
 As palhas com os dejetos líquidos e sólidos são
colocados diariamente em camadas e molhados, a
temperatura não deve ultrapassar os 70oC e
manter 50% de água;
 È interessante adicionar ao esterco 25 kg de SS
por tonelada (apressa a fermentação, enriquece o
esterco com P, e evita perda de N durante a
fermentação);
Vinhaça
 É um subproduto do álcool ou da aguardente;
 1 ton de cana moída: 800 L de vinhaça;
 pH 4,0 a 5,0;
 Apresenta bom teores de de K e N, mas é pobre em
P;
 É aplicada em grandes quantidades, antes do
plantio e é necessário alguns meses até que a
fermentação se complete;
 Área total:
50 m3/ha mosto de melaço;
150 m3 mosto de calda;
 A vinhaça, conhecido líquido poluente e corrosivo,
sempre foi um problema nas destilarias de álcool,
contudo dado a sua riqueza em potássio, matéria
orgânica e teor de água, passou a ser aplicada na
lavoura, com grande sucesso econômico;
 A vinhaça é produzida e utilizada durante toda a
safra canavieira, que em geral vai de maio a
dezembro;
Vinhaça
Possui:
• elevados valores de DBO e DQO;
• Fonte de Matéria orgânica líquida (  qq água e
predominância da M.O. sobre os constituintes
minerais;
•  conteúdo de K, em relação aos minerais totais e
a N e P;
Vinhaça
ADUBAÇÃO VERDE
Efeitos benéficos:
 Enriquecimento do solo com N ( massa verde e
fixação biológica do N atmosférico);
 Reciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados
ou pouco solúveis;
 Melhoria da eficiência de aproveitamento dos
nutrientes pela cultura (propriedades físicas);
 Melhoria do teor de matéria orgânica (massa verde
e raízes decompostas);
Características desejáveis
 Produzir grande biomassa em pouco tempo;
 Cobrir o solo com rapidez e eficiência;
 Alto poder de competição e inibir o crescimento
de ervas invasoras;
 Realizar um enraizamento profundo e
abundante;
 Possuir capacidade de solubilizar nutrientes;
 Fixar N (Leguminosas);
ADUBAÇÃO VERDE
Espécies
 Espécies mais utilizadas: mucuna preta,
crotalária juncea, crotalária spectabilis, guandu,
nabo forrageiro, aveia preta e tremoço.
ADUBAÇÃO VERDE
ADUBAÇÃO VERDE
Composição típica de vários materiais orgânicos de origem animal,
Vegetal e agroindustrial (sem secar).
Continua....
Raij et al, (1997) Boletim 100
Composição típica de vários materiais orgânicos de origem animal,
Vegetal e agroindustrial (sem secar).
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
• Definição:
• Biossólido:
• Apresentam uma composição bastante variável
• pH próximo a neutralidade: 6,0 a 7,0
• 60 a 70% de sólidos com fração orgânica
representando a maior parte; Corg = 30% do lodo.
• Altos teores de N, P e S ≃ aos estercos;
• K baixa concentração
• Ca e Mg: quantidades ≃ encontradas nos
compostos;
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
• Conteúdo de Na: considerados altos ⇨ problemas de
salinidade ;
• Conferem altas concentrações de micronutrientes e
podem apresentar problemas com metais pesados;
• altas variações no conteúdo dos micronutrientes em
função da procedência;
• Elevado teor de MO e a presença de elementos
químicos possibilitam a sua utilização como
condicionador das propriedades físicas do solo e fonte
de nutrientes para as culturas;
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
• Programa de aplicação no solo: dose e
periodicidade
Condições de solo
 Clima
• P no lodo: apresenta na forma orgânica → microbiota
para disponibilização;
• adições de P normalmente excedem a necessidade da
planta (↑P disponível).
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
• Aplicação:
 Riscos de poluição do ambiente: metais pesados e
substâncias orgânicas;
 transmissão de doenças ao homem e animais:
organismos patogênicos presentes no lodo;
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
• Índice de disponibilidade anual de N orgânico
• É um parâmetro técnico obtido através de pesquisa
necessário aos ajustes no uso do produto em
determinadas condições de clima, solo e cultura.
• Utilizado para calculo de dosagens agronômicas
ambientalmente seguras de lodos de esgoto, quando
este no possui outros fatores mais limitantes
• Importância
Exemplo
Doses: 3 – 6 - 12 e 24 kg/ha + solo → incubadas
- Avaliação periódica de N mineral (105
dias)
- N orgânico potencialmente mineralizável
- RL: fração de mineralização = 34% (34%
do N mineraliza durante o ciclo da cultura)
- Taxa agronômica de aplicação: função
da adubação N, considerando os teores de N
mineral no lodo com sua umidade natural obtidos
na análise química e a fração de mineralização
de N orgânico.
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
3 t/ha de lodo
(base seca)
120 kg/ha de
N orgânico
41 kg/ha
N mineral
x 34%
41 kg/ha
N mineral
15 kg/ha
N mineral
3000kg
x 0,5%
56 kg de N / ha
+
• Considerando um cultivo que que requeira 90 kg/ha de N,
seria necessário uma adubação mineral complementar com
34kg/ha de N.
LODO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
COMPOSTOS
 Definição: Composto é o produto homogêneo
obtido através de processo biológico, pelo qual a
matéria orgânica existente nos resíduos é convertida
em outra, mais estável, pela ação principalmente de
microrganismos já presentes no próprio resíduo, ou
adicionados por meio de inoculastes.
 Matérias primas para compostagem
Podem ser restos agrícolas, esterco ou resíduos
domiciliares ou provenientes de industrias de
alimentos, separadamente ou combinados.
Figura 9.1 – Alterações no material orgânico cru (p.e. lixo) decorrentes da ação
de microrganismos, até a formação de húmus ou composto (adaptado de
Hirscheysdt et al., 1982).
Fonte:TEDESCO et al. (1999).
Valor do composto
MO: 50 ~ 80% PMS ( função do processo e do
resíduo).
N P2O5 K2O
%
Esterco de curral
Esterco de galinha
Composto curado
2,60
2,00
1,59
2,40
2,00
0,27
2,25
1,00
0,98
PRODUTOS
 Composto cru: agricultores com experiência em
sua aplicação: umidade incorporada eu garante a
passagem do período de seca e/ou por ter o
material vida mais longa como matéria orgânica,
como é o caso da cultura de cogumelos;
 composto curado de primeira: adquirido para
aplicação imediata em todas as culturas de modo
geral;
 composto cru de segunda é aplicado em fundo de
cova, no plantio de arvores, como meio filtrante;
PRODUTOS
 Composto de segunda: pode ser mantido em
leiras e quando estiver bioestabilizado é peneirado
em peneira de malha fina de 10 a 15mm, para ser
conseguido um produto semelhante ao pó de xaxim
para uso em vaso.
 COMÉRCIO
volume
peso
APLICAÇÃO DO COMPOSTO
 Sempre com relação C:N < 18 e pH superior a 7;
 incorporado a profundidade próximo ao sistema
radicular;
 incorporação 15 dias antes do plantio, evitar contato
direto da planta ou semente, admite-se contato se
composto perfeitamente estabilizado com C:N < 12 e
pH > 7,5;
 solo bem preparado e corrigido;
 aplicação de adubo mineral deve ser sempre
posterior a incorporação do composto ao solo por
ocasião do plantio.
QUANTIDADE A APLICAR
 Função do: regime climático, principalmente o
pluviométrico; natureza do solo, antecedentes
culturais do terreno, sintomas de carência
observadas e cultura explorada;
 Quantidade aplicada desse sempre ter como limite
a utilizada econômica, pois os acréscimos de
aplicações devem corresponder a aumentos
rentáveis de produção;
 Forma de aplicações: em cova, em sulco ou
efetuada a incorporação por gradeamento após ser
esparramado pelo solo.
RECOMENDAÇÃO BÁSICA
Culturas anuais, em fundo de cova ou sulco, por
ocasião do plantio:
- solos de baixa fertilidade, 10 t/ha
- solos de media fertilidade, 5 t/ha
Culturas perenes:
- plantio por cova, 10 a 20 litros
- plantio adulto, em cova, por pé, 10 a 20 litros
- pastagem, em coberturas, 5 a 10 t/ha
Para hortas e viveiros:
- cova, ½ a 1 litro
- canteiros 10 a 20 litros por metro quadrado
RESÍDUO DE CURTUME
• são gerados 7,5 L de lodo adensado por pele (25
a 30% de sólidos);
• 270 mil t ano-1, sendo 150 mil t ano-1 (RS);
• Matéria orgânica de origem animal (pêlos, raspas
de pele, etc), misturados com sais inorgânicos
(processamento das peles);
• N é o principal nutriente  predominam formas
orgânicas de N (proteínas);
• N protéico  NH4
+  NO3
-
RESÍDUO DE CURTUME
• Presença de cromo (III): complexos de alta
estabilidade com as proteínas da pele;
• P: 0,2 a 1%
• K: < 0,2%
• S: alto conteúdo na forma de sulfeto (depilação)
e sulfato (acidificação das peles),
• sulfeto a sulfato: liberação de H2SO4,
acidificante;
• Ca e Mg: hidróxidos e carbonatos,
• PN entre 10 e 70%
FARINHAS E RESÍDUOS
FRIGORÍFICOS
• Resíduos de origem animal: frigoríficos, matadouros
e abatedouros  bovinos, suínos, aves, peixes e
outros animais;
• Comercio: fina granulometria (farinha);
• Aproveitamento: ração animal (composição pratica
e de nutrientes – Ca e P);
• Resíduos:
- Sangue: Farinha de sangue dessecado
- Carne: Farinhas de carne e peixes: N
- Cascos e Chifres: Farinha de cascos e
chifres: N na forma de queratina, 12 - 15% de N.
• Resíduos:
- Ossos: Farinha de Ossos
Fração
orgânica
34%
Fração
Mineral
66%
OSSOS
7% Gorduras
27% Osseína – 5%N
53-56% de FT: 14-26% de P2O5
1-2% FTMg;
7-8% de Carbonato de Ca;
1-2% de Fluoreto de Ca;
+
• Crua:
• Desengordurada: facilita decomposição no solo;  P;
gordura – sabão ou velas ou
industrias químicas
• Degelatinada: mais rica em P, menor conteúdo de
N.
Tipos de farinhas
Utilização agrícola
- farinha de sangue: aplicação na pilha de
composto;
- farinha de carne e peixes: ração animal
- farinha de cascos e chifres: fertilizante
nitrogenado, fosfatado (0,25-2% de P2O5);
- farinha de ossos: tradicional (plástico);
- conteúdos intestinais de aves:  C:N
Impactos das farinhas no solo
- acúmulo de gorduras de origem animal: difícil
degradação;
-  C/N : compostados  liberação de N na forma
amoniacal;
Amônio Nitrato
Microrganismos
Percolação
Lençol freático
Escorrimento Cursos
d’água
RESÍDUOS DE MADEIRA
Os resíduos de madeira, são materiais muito ricos
em carbono e pobres em nitrogênio.
Possuem quantidades elevadas de lignina.
Sua decomposição depende do tipo de madeira.
Incorporado ao solo, induzem a deficiência de N.
OUTROS FONTES
 LINHITO
 RESTOS VEGETAIS
 RESÍDUO DA FERMENTAÇÃO
GLUTÂMICA
FERTILIZANTES
ORGANO-MINERAIS
 Enriquecimento de adubos orgânicos com
fertilizantes minerais, permite um balanceamento
dos nutrientes N – P – K, enriquecendo o fertilizante
orgânico nos nutrientes que se apresentam em
menores teores.
 Fertilizantes orgânicos simples → P ≃ K < N (1,0 a
2,0% N → 0,5 a 1,0% P e K
 Conteúdo de N de 2 a 4 vezes maior que o
conteúdo de P e K;
Vantagens:
 facilidade de aplicação e menor custo ????
 menor custo de transporte ??????
Permite mistura de fertilizantes minerais
considerados incompatíveis
FERTILIZANTES
ORGANO-MINERAIS
CÁLCULO DAS MISTURAS
Quantidades de fertilizante minerais
Quantidades de fertilizantes orgânicos
Teores de matéria orgânica do produto final
Umidade do produto final
Aritmeticamente ou estimados por tabelas
Uso contínuo deve-se, ficar atento a
determinados cuidados quanto a:
 Fonte
 Origem
 Qualidade
 Quantidade usada
EFEITOS
• Disseminar plantas invasoras;
• Disseminação de agentes patogênicos;
• Promover efeito salino e mesmo toxidez de
amônio;
• Excesso de N – compromete qualidade de
determinadas espécies vegetais e em café o fruto;
• Fonte desbalanceada:esterco de gaiola (Ca
Mg/K;
• Acumulo de K e Na: estruturação do solo;
EFEITOS
- Resíduos de herbicidas – esterco bovino;
- Acúmulo de metais pesados;
- Acúmulo de P no solo (recomendação da
quantidade de esterco pela quantidade de N) –
uso continuo – eutrofização das águas.

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  • 1.
  • 2.  Adubos orgânicos & mineral  Baixo teor de nutrientes;  10 – 20% dos nutrientes – Ad. Químico  Alta dosagem  5 a 10 X > Ad. Químico;  Efeitos de amplo espectro, indo muito além da ação puramente química dos Ad. Químicos.
  • 3. Sistemas de manejo e conteúdo de matéria orgânica Cultivo do solo Taxas de adução e perdas de MO
  • 4. MO no solo:  Solo sem adubação: degradação de raízes, resíduos vegetais;  Perdas:  Oxidação*: conteúdo de CO, taxa de perda e de adição e fração adicionada  Erosão: relevo, cobertura da superfície;  Lixiviação: desprezíveis.
  • 5. Taxas de perda da MO:  Preparo do solo: intensidade de revolvimento ->  Temperatura;  Umidade;  Aeração;  Ruptura de agregados;  Grau de fracionamento e incorporação de resíduos culturais;  Cobertura vegetal.
  • 6. Taxa de adição de MO;  Sistemas de rotação/sucessão de culturas;  Retornos dos resíduos que voltam ao solo
  • 7. Efeitos da Matéria Orgânica nas propriedades do solo
  • 8. Preservação da MO: COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS:  Adubação mineral;  Conservação do solo e da água;  Adubação verde;  Rotação de Culturas;  Consorciação de culturas;  Manejo adequado dos restos culturais;  Cultivo mínimo e/ou plantio direto;  Adubação orgânica.
  • 10. Efeitos nas propriedades físicas:  Agentes cimentantes – estabilidade dos agregados (<1mm);  Fonte energética de microrganismos  fungos (agregação física);  Aeração  Permeabilidade;  Retenção de água;  Resistência a erosão;
  • 11.  Capacidade de armazenamento de água;  4 a 6x mais água que o próprio peso  Condutores de calor;  Redução de variações diárias de temperatura; Efeitos nas propriedades físicas:
  • 12. ESTRUTURAÇÃO Estabilização dos agregados:  Macromoléculas húmicas: radicais orgânicos = superfície mineral  Polissacarídeos (Carboidratos=5-25% da MO do solo): muscilagens – metabolismo microbiano + decomposição raízes, res. vegetais e animais e exsudação radicular.
  • 13. AERAÇÃO E DRENAGEM  Aumento da permeabilidade;  Aeração de 20 a 30% - considerada ótima para raízes.
  • 14.  Material volumoso;  Fração húmica;  ↑ granulação; ↑ capacidade de infiltração da água; escorrimento superficial;  perdas pela erosão;  perdas por evaporação; RETENÇÃO DE ÁGUA
  • 15. RETENÇÃO DE ÁGUA  Favorece a proliferação das raízes:  Armazenamento por capilaridade.  MO crua: ↑ 80% retenção água MO humificada: 160% turfas: 300 – 400% húmus puro: 800%
  • 16. Efeito do esterco de vários animais na capacidade de retenção de água (% de umidade) de um solo arenoso e outro argiloso RETENÇÃO DE ÁGUA
  • 17. CONSISTÊNCIA   tenacidade (resistência a ruptura);   plasticidade (possibilidade de moldura)   aderência;  Melhora a friabilidade (facilidade de esboroamento)
  • 18. OUTRAS INFLUÊNCIAS Interfere em quase todos os assuntos da Ciência do solo:  Classificação do solo:  Horizontes mólico, antrópico, hístico, úmbrico, etc;
  • 19. OUTRAS INFLUÊNCIAS  Cor do solo:  Húmus: preto ou marrom;  Solos ricos em MO – escuros;  Intensidade do escurecimento X MO – estado de decomposição;
  • 20. OUTRAS INFLUÊNCIAS  Temperatura do solo:  Atividade microbiana;  Decomposição e mineralização da MO;  Redução de oscilações de temperatura  Solos escuros - absorção > calor  Calor específico- húmus>  Controle de erosão.
  • 23. NITROGÊNIO  Na MO vegetal:  Forma de proteínas (fator 6,25);  Nucleoproteínas;  Aminoácidos;  Polipeptídios;  Enzimas;  Outros (pequenas quantidades).
  • 24. NITROGÊNIO  Teor no solo: 95% ads. minerais argila N orgânico N mineral 1 - 10% 90 - 99%
  • 25. NITROGÊNIO  Função:  velocidade de decomposição;  atividade microbiana.  Imobilização do N > mineralização:  Quantidade de N < 1,2%;  Relação C/N alta;  MO reservatório de N;
  • 26. FÓSFORO  Na MO: 15 – 85%  Fósforo orgânico  Fontes:  corpo de animais;  produtos da decomposição destes organismos;  Fitina: (26 – 35%) derivados: 11-14%  Nucleoproteínas  Compostos de ácido nucléico
  • 28. POTÁSSIO  Pequena quantidade está contida na MO;  Não participa de combinações orgânicas na planta como no N, P e S;  Prontamente liberado ao solo;  Práticas: plantas ricas em K – não apresentaram deficiência em K.
  • 29. ENXOFRE  Enxofre mineral  Enxofre orgânico: 50-70% do total encontrado;  Extraído em grandes quantidades pelas plantas embora nos fert. Minerais não seja considerado um elemento importante.
  • 30. CÁLCIO E MAGNÉSIO  Elevadores teores de MO – suprem estes elementos;  Colóides orgânicos retém Mg e Ca – tornando-os disponíveis as plantas;  Evita perdas por lavagens
  • 32. FERRO  Fornece + Fe por + tempo:  Húmus fornece Fe na forma de quelato;  Mantém solúvel no meio-da-cultura por mais tempo e se desloca para planta com mais facilidade. Solução húmica Rica em Ferro Sais solúveis de Ferro Solução nutritiva
  • 33. FERRO MO CO2 Solubilidade do Fe Fe (HCO3)2 microrganismos Quelado de Ferro Prontamente assimilável pelas raízes
  • 34. COBRE  Pode ser adsorvido pela MO;  Complexado:  Quelados de Cu + ligno-proteína / humatos e em menos extensão por minerais de argila.  Disponibilidade de Cu as plantas:  Natureza e conteúdo de MO;  Tipo e teor de mineral de argila;  pH do solo.
  • 35. MANGANÊS  Fortemente adsorvido pela MO: complexos insolúveis e estáveis;  Possibilidade de deficiência: solos ricos em Mo – queimada (oxidação);  Toxidez: cobertura morta
  • 36. ZINCO  Localizado superficialmente – resíduos de culturas;  Solos ricos em calcário: correção com adubação orgânica;  Não recomendado MO crua: fert. Bem humificados (<força de ligação do que Cu e Fe).
  • 37. BORO  O Boro orgânico ligado a MO: fonte importante;  Proteção de B contra lavagens;
  • 38. MOLIBDÊNIO  Micronutriente encontrado em < teor;  MoO-2 4 tetróxido de molibdênio  Resíduos de cultura= contribuem para elevar ou reter Mo no solo  Quantidades suficientes para plantas
  • 39. CLORO  Retém Cloro no solo (micronutrientes + facilmente lixiviado);  Liberação durante a decomposição;
  • 40. Correção de substâncias tóxicas  Compostos orgânicos + íons metálicos (Al, Fe, Mn, Zn e Cu)= complexação  Eliminação de efeitos tóxicos do Mn ou Al = adubação orgânica;  Melhora fornecimento de alguns nutrientes – disponível;
  • 41. Índices de pH  Acidez dos solo: -> MO;  Remoção bases pelas plantas e água;  MO: reação alcalina pelos humatos alcalinos – elevando o pH;
  • 42. Poder tampão  MO :  poder tampão; Água + soda cáustica Suspensão de húmus  HCl  - Íons H+ - Íons básicos (Ca, Mg e K) ATUAM NO TAMPONAMENTO
  • 44. Efeitos sobre as propriedades físico- químicas  Fertilizantes orgânicos: Adsorção de nutrientes, CTC e Superfície específica Adsorção de nutrientes  Químico Way (1850): Experimento com caldo de esterqueira  Radicais NH4 + equivalência Ca + 2  Forças eletrostáticas ≠ capilaridade
  • 45. Figura 1: Micela coloidal húmica e a adsorção de cátions. • Argila e húmus: Colóides eletronegativos • Adsorção: Argila < M.O? • Condições:[ ] ≠ íons ou variação no pH
  • 46. Capacidade de troca catiônica (CTC) • Largas referências: trocas catiônicas > aniônicas • P e S: originários da decomposição da M.O mais do que do nutriente adsorvido • Dificuldade de retenção do ânions SO4 -2 e H2PO4 - • Manutenção da fertilidade: Adsorção → CTC • Ex: Reações de dupla troca, instantânea e reversível • 1Ca+2 → 2 K+
  • 47.  Solos de cerrado: respondem bem às adubações orgânicas  Recomendação: Culturas permanentes, adubações parceladas Tabela 1. Capacidade de troca catiônica do húmus e de outros constituintes do solo. Capacidade de troca catiônica (CTC)
  • 48.  Solos Argilosos: 30 a 40% da CTC total  Solos Arenosos: 50 a 60% da CTC total Origem da CTC da M.O R – COOH  R – COO - + H + R – OH  R – O - + H + Capacidade de troca catiônica (CTC)
  • 49. Superfície Específica (SE) • M.O eleva a superfície específica do solo • Caulinita 5 a 10 m2/g, Húmus 700 m2/g •M.O: SE  adsorção de nutrientes CTC
  • 51. Efeitos sobre as propriedades biológicas  M.O: fonte de C, energia e nutrientes para macrorganismos (formigas, minhocas, besouros e lesmas etc) e microrganismos (bactérias, vírus, protozoários e actniomicetos)  Promovem a decomposição  Mineralização e imobilização: simultaneamente, microrganismos, dependentes da relação C/N do substrato
  • 52. Tabela 4. Faixa de valores para mineralização e estimativa da quantidade de N, P e S mineralizada por hectare.
  • 54. HÚMUS DE MINHOCA  70% mais rico em nutrientes que os húmus convencionais;  Sua riqueza em bactérias e outros microorganismos facilita a assimilação dos nutrientes pelas raízes, apresentando, ainda, a vantagem de possuir pH próximo de 7,0 (Longo, 1987);  É rico em microrganismos, com pH neutro, alta retenção de água e mineralização lenta (Kiehl, 1985; Longo, 1987; Aquino et al., 1992);
  • 55.  Retém a água, diminuindo substancialmente os efeitos da seca;  Pode ser empregado em contato direto com as raízes e os brotos mais delicados, sem perigo de queimá-los, pois é um produto estável;  Promove elevação do nível de cálcio, fazendo a correção do solo;  Corrige a toxidez do solo em até 70%; HÚMUS DE MINHOCA
  • 56.  Atuação permanente, duradoura e imediata após sua utilização;  Retém melhor seus elementos, liberando-os dosadamente, tornando a adubação mais eficaz e duradoura;  Em relação à uma camada de solo fértil, o húmus apresenta 5 vezes mais Nitrogênio, 2 vezes mais Cálcio, 4 vezes mais Magnésio, 7 vezes mais Fósforo e 11 vezes mais Potássio. HÚMUS DE MINHOCA
  • 57. Recomendação  É preferível utilizar doses menores e constantes a aplicações pesadas e espaçadas;  Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30t/ha, a lanço. Quando em cova, essas quantidades variam de 4 a 5L por cultura. HÚMUS DE MINHOCA
  • 58. TORTA DE ALGODÃO  É o produto obtido depois que as sementes são prensadas para extrair o óleo de algodão  Tem 5 a 6 % de N orgânico; 2 a 3 % de P2O5 e 1,5 a 2% de K2O  É também alimento para gado, o que torna o seu preço muito alto
  • 59. TORTA DE MAMONA  Subproduto da fabricação do óleo de rícino  Possui de 5 a 6 % de N, 2% de P2O5 e 1% de K2O  Não pode ser utilizada como alimento para animais por possuir um princípio tóxico, a rícina
  • 60. ESTERCO DE GALINHA  É de composição muito variável  Possui 2% de N, 2% de P2O5 e 1% de K2O  É muito mais rico que o esterco de curral  Aplicação: Área total: 2 a 5 t/ha Covas/sulcos: 2 a 3 l/cova Horticultura: 5 a 10 t/ha
  • 61. ESTERCO DE CURRAL  É a mistura das fezes e da urina do gado com a cama, que é fermentada nas esterqueiras;  Tem como finalidade produzir um material humificado semelhante a matéria orgânica;  Não se pode incorporar esterco fresco de animais (esterqueiras);
  • 62.  Composição: 1 ton tem 5 kg de N; 2,5 kg de P2O5 e 5 kg de K2O;  Metade do N vem da urina enquanto que no P todo ele vem das fezes;  Aplicação: Área total: 20 a 40 l/ha Horticultura: 30 a 50 t/ha Covas/sulcos: 10 a 20 l /ha ESTERCO DE CURRAL
  • 63. Esterqueiras  Devem ser cobertas para se evitar a perda de N;  Ter um piso impermeabilizado e inclinado para um ralo;  As palhas com os dejetos líquidos e sólidos são colocados diariamente em camadas e molhados, a temperatura não deve ultrapassar os 70oC e manter 50% de água;  È interessante adicionar ao esterco 25 kg de SS por tonelada (apressa a fermentação, enriquece o esterco com P, e evita perda de N durante a fermentação);
  • 64. Vinhaça  É um subproduto do álcool ou da aguardente;  1 ton de cana moída: 800 L de vinhaça;  pH 4,0 a 5,0;  Apresenta bom teores de de K e N, mas é pobre em P;  É aplicada em grandes quantidades, antes do plantio e é necessário alguns meses até que a fermentação se complete;  Área total: 50 m3/ha mosto de melaço; 150 m3 mosto de calda;
  • 65.  A vinhaça, conhecido líquido poluente e corrosivo, sempre foi um problema nas destilarias de álcool, contudo dado a sua riqueza em potássio, matéria orgânica e teor de água, passou a ser aplicada na lavoura, com grande sucesso econômico;  A vinhaça é produzida e utilizada durante toda a safra canavieira, que em geral vai de maio a dezembro; Vinhaça
  • 66. Possui: • elevados valores de DBO e DQO; • Fonte de Matéria orgânica líquida (  qq água e predominância da M.O. sobre os constituintes minerais; •  conteúdo de K, em relação aos minerais totais e a N e P; Vinhaça
  • 67. ADUBAÇÃO VERDE Efeitos benéficos:  Enriquecimento do solo com N ( massa verde e fixação biológica do N atmosférico);  Reciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis;  Melhoria da eficiência de aproveitamento dos nutrientes pela cultura (propriedades físicas);  Melhoria do teor de matéria orgânica (massa verde e raízes decompostas);
  • 68. Características desejáveis  Produzir grande biomassa em pouco tempo;  Cobrir o solo com rapidez e eficiência;  Alto poder de competição e inibir o crescimento de ervas invasoras;  Realizar um enraizamento profundo e abundante;  Possuir capacidade de solubilizar nutrientes;  Fixar N (Leguminosas); ADUBAÇÃO VERDE
  • 69. Espécies  Espécies mais utilizadas: mucuna preta, crotalária juncea, crotalária spectabilis, guandu, nabo forrageiro, aveia preta e tremoço. ADUBAÇÃO VERDE
  • 71. Composição típica de vários materiais orgânicos de origem animal, Vegetal e agroindustrial (sem secar). Continua.... Raij et al, (1997) Boletim 100
  • 72. Composição típica de vários materiais orgânicos de origem animal, Vegetal e agroindustrial (sem secar).
  • 73. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Definição: • Biossólido: • Apresentam uma composição bastante variável • pH próximo a neutralidade: 6,0 a 7,0 • 60 a 70% de sólidos com fração orgânica representando a maior parte; Corg = 30% do lodo. • Altos teores de N, P e S ≃ aos estercos; • K baixa concentração • Ca e Mg: quantidades ≃ encontradas nos compostos;
  • 74. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Conteúdo de Na: considerados altos ⇨ problemas de salinidade ; • Conferem altas concentrações de micronutrientes e podem apresentar problemas com metais pesados; • altas variações no conteúdo dos micronutrientes em função da procedência; • Elevado teor de MO e a presença de elementos químicos possibilitam a sua utilização como condicionador das propriedades físicas do solo e fonte de nutrientes para as culturas;
  • 75. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Programa de aplicação no solo: dose e periodicidade Condições de solo  Clima • P no lodo: apresenta na forma orgânica → microbiota para disponibilização; • adições de P normalmente excedem a necessidade da planta (↑P disponível).
  • 76. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Aplicação:  Riscos de poluição do ambiente: metais pesados e substâncias orgânicas;  transmissão de doenças ao homem e animais: organismos patogênicos presentes no lodo;
  • 77. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Índice de disponibilidade anual de N orgânico • É um parâmetro técnico obtido através de pesquisa necessário aos ajustes no uso do produto em determinadas condições de clima, solo e cultura. • Utilizado para calculo de dosagens agronômicas ambientalmente seguras de lodos de esgoto, quando este no possui outros fatores mais limitantes • Importância
  • 78. Exemplo Doses: 3 – 6 - 12 e 24 kg/ha + solo → incubadas - Avaliação periódica de N mineral (105 dias) - N orgânico potencialmente mineralizável - RL: fração de mineralização = 34% (34% do N mineraliza durante o ciclo da cultura) - Taxa agronômica de aplicação: função da adubação N, considerando os teores de N mineral no lodo com sua umidade natural obtidos na análise química e a fração de mineralização de N orgânico. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
  • 79. 3 t/ha de lodo (base seca) 120 kg/ha de N orgânico 41 kg/ha N mineral x 34% 41 kg/ha N mineral 15 kg/ha N mineral 3000kg x 0,5% 56 kg de N / ha + • Considerando um cultivo que que requeira 90 kg/ha de N, seria necessário uma adubação mineral complementar com 34kg/ha de N. LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
  • 80. COMPOSTOS  Definição: Composto é o produto homogêneo obtido através de processo biológico, pelo qual a matéria orgânica existente nos resíduos é convertida em outra, mais estável, pela ação principalmente de microrganismos já presentes no próprio resíduo, ou adicionados por meio de inoculastes.  Matérias primas para compostagem Podem ser restos agrícolas, esterco ou resíduos domiciliares ou provenientes de industrias de alimentos, separadamente ou combinados.
  • 81. Figura 9.1 – Alterações no material orgânico cru (p.e. lixo) decorrentes da ação de microrganismos, até a formação de húmus ou composto (adaptado de Hirscheysdt et al., 1982). Fonte:TEDESCO et al. (1999).
  • 82. Valor do composto MO: 50 ~ 80% PMS ( função do processo e do resíduo). N P2O5 K2O % Esterco de curral Esterco de galinha Composto curado 2,60 2,00 1,59 2,40 2,00 0,27 2,25 1,00 0,98
  • 83. PRODUTOS  Composto cru: agricultores com experiência em sua aplicação: umidade incorporada eu garante a passagem do período de seca e/ou por ter o material vida mais longa como matéria orgânica, como é o caso da cultura de cogumelos;  composto curado de primeira: adquirido para aplicação imediata em todas as culturas de modo geral;  composto cru de segunda é aplicado em fundo de cova, no plantio de arvores, como meio filtrante;
  • 84. PRODUTOS  Composto de segunda: pode ser mantido em leiras e quando estiver bioestabilizado é peneirado em peneira de malha fina de 10 a 15mm, para ser conseguido um produto semelhante ao pó de xaxim para uso em vaso.  COMÉRCIO volume peso
  • 85. APLICAÇÃO DO COMPOSTO  Sempre com relação C:N < 18 e pH superior a 7;  incorporado a profundidade próximo ao sistema radicular;  incorporação 15 dias antes do plantio, evitar contato direto da planta ou semente, admite-se contato se composto perfeitamente estabilizado com C:N < 12 e pH > 7,5;  solo bem preparado e corrigido;  aplicação de adubo mineral deve ser sempre posterior a incorporação do composto ao solo por ocasião do plantio.
  • 86. QUANTIDADE A APLICAR  Função do: regime climático, principalmente o pluviométrico; natureza do solo, antecedentes culturais do terreno, sintomas de carência observadas e cultura explorada;  Quantidade aplicada desse sempre ter como limite a utilizada econômica, pois os acréscimos de aplicações devem corresponder a aumentos rentáveis de produção;  Forma de aplicações: em cova, em sulco ou efetuada a incorporação por gradeamento após ser esparramado pelo solo.
  • 87. RECOMENDAÇÃO BÁSICA Culturas anuais, em fundo de cova ou sulco, por ocasião do plantio: - solos de baixa fertilidade, 10 t/ha - solos de media fertilidade, 5 t/ha Culturas perenes: - plantio por cova, 10 a 20 litros - plantio adulto, em cova, por pé, 10 a 20 litros - pastagem, em coberturas, 5 a 10 t/ha Para hortas e viveiros: - cova, ½ a 1 litro - canteiros 10 a 20 litros por metro quadrado
  • 88. RESÍDUO DE CURTUME • são gerados 7,5 L de lodo adensado por pele (25 a 30% de sólidos); • 270 mil t ano-1, sendo 150 mil t ano-1 (RS); • Matéria orgânica de origem animal (pêlos, raspas de pele, etc), misturados com sais inorgânicos (processamento das peles); • N é o principal nutriente  predominam formas orgânicas de N (proteínas); • N protéico  NH4 +  NO3 -
  • 89. RESÍDUO DE CURTUME • Presença de cromo (III): complexos de alta estabilidade com as proteínas da pele; • P: 0,2 a 1% • K: < 0,2% • S: alto conteúdo na forma de sulfeto (depilação) e sulfato (acidificação das peles), • sulfeto a sulfato: liberação de H2SO4, acidificante; • Ca e Mg: hidróxidos e carbonatos, • PN entre 10 e 70%
  • 90. FARINHAS E RESÍDUOS FRIGORÍFICOS • Resíduos de origem animal: frigoríficos, matadouros e abatedouros  bovinos, suínos, aves, peixes e outros animais; • Comercio: fina granulometria (farinha); • Aproveitamento: ração animal (composição pratica e de nutrientes – Ca e P); • Resíduos: - Sangue: Farinha de sangue dessecado - Carne: Farinhas de carne e peixes: N - Cascos e Chifres: Farinha de cascos e chifres: N na forma de queratina, 12 - 15% de N.
  • 91. • Resíduos: - Ossos: Farinha de Ossos Fração orgânica 34% Fração Mineral 66% OSSOS 7% Gorduras 27% Osseína – 5%N 53-56% de FT: 14-26% de P2O5 1-2% FTMg; 7-8% de Carbonato de Ca; 1-2% de Fluoreto de Ca; +
  • 92. • Crua: • Desengordurada: facilita decomposição no solo;  P; gordura – sabão ou velas ou industrias químicas • Degelatinada: mais rica em P, menor conteúdo de N. Tipos de farinhas
  • 93. Utilização agrícola - farinha de sangue: aplicação na pilha de composto; - farinha de carne e peixes: ração animal - farinha de cascos e chifres: fertilizante nitrogenado, fosfatado (0,25-2% de P2O5); - farinha de ossos: tradicional (plástico); - conteúdos intestinais de aves:  C:N
  • 94. Impactos das farinhas no solo - acúmulo de gorduras de origem animal: difícil degradação; -  C/N : compostados  liberação de N na forma amoniacal; Amônio Nitrato Microrganismos Percolação Lençol freático Escorrimento Cursos d’água
  • 95. RESÍDUOS DE MADEIRA Os resíduos de madeira, são materiais muito ricos em carbono e pobres em nitrogênio. Possuem quantidades elevadas de lignina. Sua decomposição depende do tipo de madeira. Incorporado ao solo, induzem a deficiência de N.
  • 96. OUTROS FONTES  LINHITO  RESTOS VEGETAIS  RESÍDUO DA FERMENTAÇÃO GLUTÂMICA
  • 97.
  • 98. FERTILIZANTES ORGANO-MINERAIS  Enriquecimento de adubos orgânicos com fertilizantes minerais, permite um balanceamento dos nutrientes N – P – K, enriquecendo o fertilizante orgânico nos nutrientes que se apresentam em menores teores.  Fertilizantes orgânicos simples → P ≃ K < N (1,0 a 2,0% N → 0,5 a 1,0% P e K  Conteúdo de N de 2 a 4 vezes maior que o conteúdo de P e K;
  • 99. Vantagens:  facilidade de aplicação e menor custo ????  menor custo de transporte ?????? Permite mistura de fertilizantes minerais considerados incompatíveis FERTILIZANTES ORGANO-MINERAIS
  • 100. CÁLCULO DAS MISTURAS Quantidades de fertilizante minerais Quantidades de fertilizantes orgânicos Teores de matéria orgânica do produto final Umidade do produto final Aritmeticamente ou estimados por tabelas
  • 101. Uso contínuo deve-se, ficar atento a determinados cuidados quanto a:  Fonte  Origem  Qualidade  Quantidade usada
  • 102. EFEITOS • Disseminar plantas invasoras; • Disseminação de agentes patogênicos; • Promover efeito salino e mesmo toxidez de amônio; • Excesso de N – compromete qualidade de determinadas espécies vegetais e em café o fruto; • Fonte desbalanceada:esterco de gaiola (Ca Mg/K; • Acumulo de K e Na: estruturação do solo;
  • 103. EFEITOS - Resíduos de herbicidas – esterco bovino; - Acúmulo de metais pesados; - Acúmulo de P no solo (recomendação da quantidade de esterco pela quantidade de N) – uso continuo – eutrofização das águas.