Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 72-73
1.
2. e indicaram-nos imediatamente
e, imediatamente, indicaram-nos
Por fim, grelha-se
Normalmente, neste restaurante
É, de facto, a melhor maneira…
porque, de resto, a especialidade deste…
5. 1
Apresentação do divertimento
predileto de D. João V: elevação de uma
Basílica de São Pedro em miniatura.
Visita ritualizada do rei ao quarto da
esposa, D. Maria Ana, na tentativa de darem
um herdeiro à coroa portuguesa.
Promessa de D. João V aos frades
franciscanos de que mandaria construir um
convento em Mafra, se a rainha
engravidasse.
Narração dos sonhos de cada um dos
monarcas.
6. 2
Gravidez da rainha, motivo para
reflexões do narrador sobre outros
"milagres" comprovativos das virtudes
dos franciscanos.
3
Descrição do Entrudo e da procissão
da Quaresma, cerimónia em que se
evidenciam as disparidades sociais.
7. 4
Apresentação de Baltasar Sete-Sóis e
narração da sua viagem para Lisboa e dos
primeiros momentos na capital.
5
Descrição do auto de fé em que é
condenada Sebastiana de Jesus, mãe de
Blimunda, que…
8. 1711 — «D. Maria Ana Josefa, que
chegou há mais de dois anos da Áustria»
(cap. I) [chegou em 1708]; «D. João V, um
homem que ainda não fez vinte e dois
anos» (cap. I) [nasceu em 1689]; «ainda
S. Francisco andava pelo mundo,
precisamente há quinhentos anos, em
mil duzentos e onze» (cap. II).
«D. Maria Ana não irá hoje ao auto de
fé. Está de luto por seu irmão José [...]
Apesar de já ir no quinto mês.» (cap. V).
9.
10. Narrador
Presença
Heterodiegético (= não participante)
Homodiegético (= participante)
Ciência
De focalização omnisciente
De focalização interna
De focalização externa
*De focalização «interventiva» (cfr. comentários,
apartes, prolepses)
11. O narrador de Memorial do Convento é,
em geral, omnisciente, mas, por vezes,
focaliza-se numa personagem (e, então,
vemos os acontecimentos na perspetiva
dessa figura).
No trecho do capítulo V que temos no
manual («[Baltasar e Blimunda]», pp. 292-
293), percebemos que essa focalização
interna é feita através da personagem
Sebastiana, logo que começam a aparecer
deíticos que só fazem sentido se os
acontecimentos estiverem a ser vistos por
12. quem está a ser julgado no auto de fé. Não
se confunda esta focalização interna
esporádica — classificação do domínio da
ciência do narrador — com a participação
do narrador na história, enquanto
personagem. Nesse outro tipo de
classificação, quanto à presença do
narrador, diremos que é heterodiegético,
embora haja muitas primeiras pessoas,
que não chegam para o implicar como
homodiegético (isto é, como participante
na intriga).
13.
14. [foi omitido o passo no manual]
Simeão de Oliveira e Sousa
não sendo padre, dava missa
15. «aquele que ali vai» (ll. 21-22)
Domingos Afonso Lagareiro
fingia-se santo
17. «e esta sou eu» (l. 26); mas também:
«tenho»; «me»; «aqui vou»; «as
minhas»; «comigo»; «ouvi», «minha»,
«mim», «ali está»; «já me viu»; etc.
Sebastiana Maria de Jesus
tem visões e é, em parte, cristã-nova
18.
19. A focalização interna em Sebastiana
termina na antepenúltima linha da p. 292, com
uma sequência em que há discurso direto, ainda
que sem a pontuação convencional.
Transcreve as linhas 39-43, reformulando o
texto, de modo a ficar com a disposição mais
clássica do discurso direto. (Evita acrescentar
ou omitir palavras. Opera sobretudo com a
pontuação: travessões, parágrafo, etc.)
— Adeus, Blimunda, que não te
verei mais — murmurou Sebastiana.
20. — Adeus, Blimunda, que não te verei
mais — murmurou Sebastiana.
— Ali vai minha mãe — disse
Blimunda ao padre.
— Que nome é o seu? — perguntou
depois, voltando-se para o homem alto
que lhe estava perto.
— Baltasar Mateus — disse o homem,
naturalmente, assim reconhecendo o
direito de aquela mulher lhe fazer
perguntas — mas também me chamam
Sete-Sóis.
21. — Ali vai minha mãe — disse
Blimunda ao padre; depois, voltando-se
para o homem alto que lhe estava perto,
perguntou — Que nome é o seu?
22.
23. 3.1.
Ao regressar a casa com o padre
Bartolomeu Lourenço, Blimunda deixou a
porta aberta para receber Baltasar, que os
seguia. Mais tarde, durante a refeição,
Blimunda serviu-se da colher de Baltasar
depois de este ter acabado de comer
(embora pudesse ter usado a do padre,
que terminara antes de Baltasar).
24. 3.2.
As falas de Baltasar e Blimunda
evidenciam o caráter transcendente da
sua união. Blimunda antevê a
necessidade de permanência daquele que
escolheu para que ambos se completem e
se concretizem humana e espiritualmente,
e anuncia-o, embora de forma enigmática,
a Baltasar.
25.
26. a. Com a comparação do som das
«moedas de cobre» com o dos «ferros do
alforge» (ll. 1 e 2),
4. o narrador destaca a pobreza da
personagem.
27. b. Com a mudança na pessoa verbal do
pronome pessoal em «quem é ele, donde
vem, que vai ser deles» (l. 38),
3. o narrador antecipa a ligação entre
Baltasar e Blimunda.
28. c. Com a utilização do advérbio
«naturalmente» (l. 41),
1. o narrador salienta a espontaneidade e
a autenticidade da relação de Baltasar e
Blimunda.
29. d. Com a enumeração dos elementos
abrangidos pela «bênção» do padre
Bartolomeu (ll. 53-55),
2. o narrador sugere a aceitação da união
de Baltasar e Blimunda.
33. Comportamento sexual
Tímido (a certa altura, suspeito de
incapacidade para procriar).
Experimentado (insuspeito de impotência /
esterilidade / infertilidade, até porque
«abundam no reino bastardos da real
semente»).
34. Atitude face aos «deveres conjugais»
Por vezes, desinteressado da relação
sexual, embora meigo.
Burocrático: «duas vezes por semana
cumpre vigorosamente o seu dever real».
47. Transpõe «Baltasar e Blimunda» para
contexto atual.
extensão será a que permitem 25-30 minutos.
48. Transpõe «Baltasar e Blimunda» para
contexto actual.
Deves encontrar correspondências que
mantenham estes denominadores comuns:
algum espetáculo ou reunião de gente — um
«Baltasar» (homem com alguma deficiência ou
idiossincrasia física); uma «Blimunda» (rapariga,
com algum poder fantástico); conhecimento e
aproximação (favorecidos por um familiar, uma
«Sebastiana»);
«primeiro encontro» do par — em casa; perto, um
adjuvante (um «Bartolomeu», que escusa de ser
padre); final igualmente sibilino.
49. Título será — como «Baltasar e
Blimunda» — os dois nomes dos vossos
protagonistas.
50. Em termos de forma, pode — mas não
obrigatoriamente — imitar-se:
reprodução do discurso no discurso
saramaguiana, pondo alguns passos em
discurso direto livre.
Note-se que, no Memorial, a sintaxe é perfeitamente
gramatical (embora pareça faltarem pontos finais,
porque as frases são longas, descritivas);
enumerações, polissíndeto, etc.
Título será — como «Baltasar e
Blimunda» — os dois nomes dos vossos
protagonistas.
51. TPC — Lê os textos expositivos
«Gastar, gastar, gastar» (pp. 284-285);
«Memorial do Convento: um imaginário
marcado pelo tempo» (p. 285); «Sete-Sóis
e Sete-Luas, heróis do pé descalço» (p.
296); e ainda os curtos trechos
enquadrados da p. 295 («O mistério do
sete» e «O simbolismo das alcunhas»).