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A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: REFLETINDO SENTIDOS
E SABERES DA PRÁTICA DOCENTE
Diane Mendes Feitosa
Maria da Glória Carvalho Moura
RESUMO: Neste trabalho objetivamos refletir a formação do professor da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) nas sociedades contemporâneas, dando enfoque a importância
da reflexão e dos saberes na prática docente. Para tanto realizamos uma pesquisa
bibliográfica em que dialogamos com estudiosos que tratam da importância da
reflexividade e dos saberes docentes, bem como autores que tratam sobre a formação e
as práticas dos educadores que trabalham com jovens e adultos. O núcleo do estudo
volta-se para a compreensão da EJA, função da escola e o papel do professor buscando
com o apoio da literatura existente, refletir o espaço escolar e a formação do professor
de pessoas jovens e adultas. Mesmo tendo sido colocada em segundo plano no âmbito
das políticas públicas, não há como não reafirmar que na contemporaneidade a EJA vem
conquistando espaços e adquirindo um novo sentido legitimando-se perante a sociedade.
No entanto requer dos profissionais que atuam neste campo específico da educação, um
redimensionamento de suas práticas refletindo-as diante das mudanças ocorridas no
contexto local, brasileiro e mundial. Os resultados apontam para a necessidade de uma
formação alicerçada na reflexão crítica sobre a prática, no sentido de atender as
especificidades dessa modalidade de ensino da educação básica. Mostram, também, que
as conquistas são frutos das práticas cotidianas construídas nos espaços que educam na
sociedade: escolas, movimentos sociais e trabalho.
Palavras-chave: Formação de professores. Saberes docentes. Educação de Jovens e
Adultos.
LA FORMATION D'ENSEIGNANTS POUR ÉDUCATION DE JEUNES ET
D'ADULTES DANS LA SOCIÉTÉ CONTEMPORAIN: EN REFLÉTANT
SENTIS ET DES SAVOIRS DE LA PRATIQUE ENSEIGNANTE
RÉSUMÉ: Dans ce travail Nous avons pour objectif la formation des professer de la
educación de jeunes et adultes (EJA) dans les sociétés contemporaines, mettant l'accent
sur l'importance de la réflexion et des connaissances dans la pratique des enseignants. À
cette fin, nous avons fait une recherche documentaire at nous dialogons avec des
universitaires en traitant de l'importance de la reflexion et les connaissances des
professurs et des auteurs qui traitent de la formation et la pratique des éducateurs
travaillant avec les jeunes et les adultes. Le noyau de l'étude se tourne vers la
compréhension de l'éducation des adultes, de la fonction scolaire et du rôle des
enseignants dans l'appui de la littérature existante, reflète l'environnement scolaire et
professeur des jeunes et des adultes. Malgré d'être placé dans l'arrière-plan dans les
politiques publiques, ne peut s'empêcher de rappeler que, dans notre temps l’EJA est
conquête l'espace et d'obtenir un nouveau sens et légitimer lui-même dans la société.
Mais elle exige des professionnels que travaillent dans ce domaine spécifique de
l'éducation, à une reformulation de leurs pratiques avant de l'évolution du contexte
local, à brésilian et mondial. Les résultats soulignent la nécessité d'une éducation fondée
2
sur une réflexion critique de la pratique, en fonction des caractéristiques de ce mode
d'enseignement de l'éducation de base. Ils démontrent également que les réalisations
sont le résultat de pratiques quotidiennes construites dans des espaces qui éduquent la
société: écoles, mouvements sociaux et du travail.
Mots- clé: Formation d'enseignants. Savoirs enseignants. Éducation de Jeunes et
Adultes
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: REFLETINDO SENTIDOS
E SABERES DA PRÁTICA DOCENTE
Considerações iniciais
Na história da educação brasileira a Educação de Jovens e Adultos-EJA tem sido
colocada em segundo plano no âmbito das políticas públicas. No entanto, a EJA na
contemporaneidade vem conquistando espaços e adquirindo um novo sentido
legitimando-se perante a sociedade por meio de ordenações jurídicas resultantes de
práticas desenvolvidas nos espaços educativos. Mesmo com pouca visibilidade histórica
as mudanças nessa modalidade de ensino se fazem sentir exigindo novas formas de
intervenção e uma ampla revisão na prática pedagógica dos educadores que nela atuam.
Apesar dos avanços e das conquistas muitos desafios, ainda, estão por ser enfrentados
dentre os quais a formação dos profissionais que atuam essa modalidade de ensino.
A temática em questão é polêmica e requer de cada educador que atua no campo
da EJA um redimensionamento de suas práticas refletindo-as diante das questões atuais
e das mudanças ocorridas no contexto local, brasileiro e mundial.
Com efeito, as concepções de formação se modificaram em decorrência das
transformações impostas pela sociedade contemporânea, nas últimas décadas,
provocando a definição de um novo projeto de escola, de outras formas de construção
do saber e de transformação da prática docente. Esse processo resulta na necessidade de
se repensar a postura docente e a sua intervenção pedagógica no espaço escolar
destinado as pessoas jovens e adultas.
O núcleo deste estudo volta-se para a função da escola e do professor que atua
na EJA, buscando com o apoio da literatura existente, refletir o espaço escolar e a
formação do professor da EJA, visando obter maiores explicações e o entendimento
sobre a importância, os limites e possibilidades da ação docente. As discussões
3
realizadas se voltam para o reflexionar da prática docente e produção dos saberes
necessários a compreensão do significado e atuação profissional no contexto da sala de
aula.
Assim as reflexões aqui esboçadas resultam de um estudo bibliográfico
desenvolvido à luz de autores que discutem essas questões como: Nóvoa (2008), Tardif
(2002), Imbernón (2000) Alarcão (2000, 2001) e outros estudiosos que tratam da
importância da reflexividade e dos saberes docentes. Foram utilizados também como
referencias Moura (2006, 2007), Rosa e Prado (2008), Paiva (2009a, 2009b) dentre
outros que investigam o sentido da EJA, a formação e a prática pedagógica dos
educadores que trabalham com pessoas jovens e adultas.
Educação em tempos de mudanças: por uma escola reflexiva para EJA
O homem para alcançar a constituição humana tem que se educar, pois a sua
natureza exige o processo educativo para não permanecer no estágio de animalidade.
Como afirma Kant (1996, p.15) “O homem não pode tornar-se um verdadeiro homem
senão pela educação. Ele é aquilo que a educação faz dele”.
Sobre essa discussão Gómez (1998) diz que o homem elabora instrumentos
artefatos costumes, normas e leis construídos para que ocorra a sobrevivência dos
grupos. Contudo a herança genética não garante a assimilação desses aspectos. Daí a
necessidade da educação como processo que tem como função permitir a socialização
das conquistas históricas e sociais. O autor supra mencionado acrescenta, ainda, que
para atender as necessidades da aceleração do desenvolvimento histórico das
comunidades humanas e diante da complexidade que se dá na vida moderna, surge ao
longo da história, instancias específicas, como a escola, cuja função é preparar as novas
gerações para sua participação no mundo do trabalho, atender e canalizar o processo de
socialização.
Assim uma dos principais mudanças ocorridas no seio dessas sociedades
contemporâneas foi atribuir à escola, a função de ser um espaço privilegiado para
instruir e educar os futuros cidadãos e membros da sociedade. Com isso a escolarização
obrigatória e generalizada passa a ser um aspecto decisivo tanto para o progresso
individual quanto para o progresso coletivo, visto que, a escola representa uma
4
manifestação peculiar da prática educativa e se expressa numa organização com
objetivos, funções e estrutura definida.
Diante disso, podemos dizer que a escola desempenha funções de fundamental
relevância no âmbito das sociedades contemporâneas à medida que é reconhecida, como
a principal instituição responsável em preparar as pessoas para viver em sociedades.
[...] por ser um espaço especialmente propício para a educação da
cidadania é a via de acesso para a compreensão dessas informações.
Sendo assim, é de suma importância o entendimento de que o valor da
escola para os jovens e para os adultos transcende às expectativas
intelectuais. Se o aluno resgata a imagem da escola, promove sua
auto-estima e a sociabilidade que esta pode oferecer, terminando por
encontrar sentido nos conteúdos escolares. Ao associar as
aprendizagens escolares com situações vivenciadas no seu contexto
social, tornar-se-á sujeito do aprender a aprender. (MOURA, 2006,
p. 151).
Em geral, educar pessoas jovens e adultas não se limita, apenas aos conteúdos
sistematizados pela escola, implica lidar com valores, respeito à dignidade humana e
principalmente reconhecer os iguais e as diferenças. “Nenhuma aprendizagem, portanto,
pode-se fazer destituída do sentido ético, humano e solidário que justifica a condição de
seres humanizados, providos de inteligência” (PAIVA, 2009a, p. 33). Assim, as
diferenças existentes no modo de pensar e de agir de pessoas ligadas a determinados
grupos culturais, estas, não devem ser culpabilizadas, individualmente, por isso.
Devendo ser considerados todos os elementos que contribuíram para essa condição de
exclusão, inclusive a própria escola. (MOURA, 2006).
Imbernón (2000) defende a idéia de que vivemos um momento caracterizado por
aspectos provenientes da pós-modernidade e da modernidade. No qual, a escola para
realizar sua função educativa necessita de atividades bem planejadas, pautadas no meio
social, na informação e nas comunicações, com vistas, a superação das dificuldades
relacionadas ao ensinar e ao aprender diante das pressões da sociedade, principalmente
quando se trata da EJA.
As sociedades contemporâneas são, portanto, caracterizadas por acirradas
interações políticas, econômicas, sociais e culturais. Nesse bojo inaugura-se um novo
modelo de desenvolvimento social que apresenta aspectos complexos provenientes das
aceleradas mudanças científicas e tecnológicas.
Nesse sentido, “as mudanças que ocorrem nessa realidade social afetam também
a escola, porque afeta o homem, [...] considerar esses aspectos é fundamental, sem,
contudo, esquecer, que a escola tem uma característica que lhe é peculiar, o
5
conhecimento objeto privilegiado de sua ação pedagógica”. (MOURA, 2006, p. 189).
Com efeito, a escola além de ser vista como instituição que transmite cultura passa a ser
visualizada como espaço dinâmico, locus da produção de saberes.
Neste quadro de referência, Alarcão (2000) analisa a instituição escolar e propõe
o conceito de escola reflexiva caracterizando-a como um espaço em que são formados
tanto aqueles que nela estudam quanto aqueles que nela ensinam. Desta forma é
concebida como espaço “em que se pensa o presente para se projetar o futuro” à medida
que valoriza e reconhece o valor da aprendizagem para todos os seus agentes
educativos.
Sobre essa questão, Moura (2007), propõe uma discussão acerca do grande
desafio das instituições que trabalham com a EJA, repensar a proposta pedagógica
direcionado-a em busca de ações que atendam as expectativas, modos de ser e
peculiaridades dos jovens e adultos. Visto que, ensinar não é transmitir conhecimentos,
mas criar condições e oferecer possibilidades concretas para que o aluno tenha acesso a
aprendizagens significativas. (FREIRE, 1996).
Isso implica em construir uma escola reflexiva, pensada a partir das expectativas
dos jovens e adultos, que resgate as especificidades que permeiam essa modalidade de
ensino.
Uma escola que se assume como instituição educativa que sabe o que
quer e para onde vai. Na observação cuidadosa da realidade social,
descobre os melhores caminhos para desempenhar a missão que lhe
cabe na sociedade. Atenta à comunidade exterior, envolve todos na
construção do clima de escola, na definição e na realização do seu
projeto, na avaliação de sua qualidade educativa. Consciente da
diversidade pessoal integral [...] (ALARCÃO, 2001, p.26).
Essa proposta de escola reflexiva defendida por Alarcão visualiza a instituição
escolar como um espaço, em que, são formados tanto aqueles que nela estuda quanto
aqueles que nela ensinam. Um espaço interativo e reflexivo tendo como ponto de
partida o presente para se projetar o futuro valorizando e reconhecendo o valor da
aprendizagem para todos os seus agentes envolvidos no processo
Professores e professoras de pessoas jovens e adultas: formação e saberes docente
A instituição escolar possue características que a identifica entre as quais merece
destaque as práticas e os atores que a estruturam e lhe confere legitimidade. Dentre
6
esses atores destacamos a figura do professor. Que saberes docentes estão envolvidos
nas atividades realizadas pelos professores e professoras no contexto da sala de aula de
EJA?
Para abordar essa questão inicialmente faremos uma discussão em torno da EJA
como modalidade da educação básica, focando os desafios da formação e as
especificidades do profissional que trabalha com pessoas jovens e adultas, em seguida
dialogamos com alguns autores sobre os saberes docentes.
Enfocamos então, a questão da EJA como modalidade de ensino da educação
básica que visa oferecer as pessoas não beneficiárias do direito a educação no momento
apropriado, impedindo sua escolarização, dentre os muitos sentidos da EJA que não
deve ser entendido apenas por esse ângulo.
O sentido verdadeiro da EJA é o da educação continuada, que
favorece processos educativos para jovens e adultos, cujas condições
de vida os mantém afastados dos conhecimentos indispensáveis à sua
humanização, assim com quanto aos direitos sociais à saúde, ao
emprego, à qualidade de vida, à formação profissional. (PAIVA,
2009b, p. 180).
Assim, a EJA terá como propósito ampliar a capacidade de comunicação e
expressão das pessoas jovens e adultas, auxiliando-as, também, a se capacitarem para o
enfrentamento das exigências do mundo do trabalho e para a participação na sociedade.
Visto que, se trata de “um trabalho de natureza política que inclui, no seu fazer, a
consideração à realidade das pessoas e aos sonhos por elas alimentados” (SILVA, 2006,
p.207).
Com base nesta compreensão observa-se que o foco, normalmente voltado para
as políticas públicas, aos poucos, se volta para a preocupação com a especificidade do
público alvo, “motivado não apenas pela falta de oportunidade e desrespeito ao direito
constitucional, mas pelas deficiências de aprendizagem. O que se evidencia é a
necessidade de aprofundar a compreensão e os sentidos da educação continuada de
jovens e adultos ao longo da vida”. (MOURA, 2006, 136).
Portanto, refletir a formação do educador de jovens e adultos é rever o sentido
atribuído, até então, a todos os elementos e atores institucionais envolvidos neste
processo: aluno, escola e contexto social, considerando que o sentido atribuído à escola
e, incorporado pela sociedade em sua trajetória histórica é ensinar e possibilitar a
apropriação do saber pelo aluno, sem, contudo, desvincular-se do todo social. A
imagem do papel do professor e da professora está implicada nesta representação.
(MOURA, 2006).
7
Diante disso podemos perceber que o debate atual sobre a prática pedagógica e a
formação do professor envolve temas básicos e interdependentes tais como a
importância da reflexão critica e a produção de saberes na prática docente. Desta forma,
o processo reflexivo torna-se uma exigência permanente na formação inicial tendo em
vista que essa postura propiciará ao futuro docente a construção do saber profissional
evitando fragmentação do conhecimento e principalmente o distanciamento entre teoria
e prática.
Arroyo (2006) ao discutir questões relacionadas com a formação inicial na EJA
constata que não há sentido que continue sendo formado um professor generalista que
pode ministrar aulas tanto para crianças e adolescente, no período diurno, como para
adultos e jovens, no noturno. Assim é necessário um perfil específico e uma política de
formação inicial voltada para esse professor.
Contudo, no contexto brasileiro não há uma política voltada para formar
profissionais no âmbito das instituições superiores de ensino para atuar na EJA.
Barcelos (2006) e Arroyo (2006) ratificam essa proposição quando enfatizam que são
raros os cursos de licenciatura e de pedagogia que contemplam em suas matrizes
curriculares esta modalidade de ensino. “Frente a essas questões torna-se um desafio
levantar as dimensões necessárias para alicerçar a formação dos educadores da EJA”
(ROSA; PRADO, 2008, p.104). Sem esquecer que o processo de formação é uma rede
complexa de relações que estão intimamente relacionadas às diversas formas que cada
pessoa concebe: educação, educar, ensinar, e aprender.
A prática docente como mobilizadora de saberes constitui um dos temas bastante
abordados nas discussões pedagógicas da atualidade no Brasil e no mundo. Essas
discussões destacam novos paradigmas que analisam o saber docente na busca de novos
elementos que subsidiem a compreensão da prática docente e sua complexidade, os
limites e as possibilidades diante das exigências impostas pela contemporaneidade.
Nóvoa (2008) argumenta que diante da nova configuração de sociedade que ora
se apresenta “as soluções do passado não respondem mais as questões do presente”.
Nessa perspectiva é imprescindível que o professor desenvolva a consciência que seu
conhecimento profissional não se resume a técnicas de ensino e conteúdos disciplinares.
O conhecimento profissional é produzido, sobretudo, nos espaços de discussão, no
processo deliberativo e de reflexão sobre a prática docente.
Brito (2005) diz que ao falar nos dilemas e possibilidades impostos ao ato de
ensinar diante do novo contexto educacional contemporâneo vem se consolidando um
8
novo paradigma de formação que vislumbra o professor como produtor de
conhecimentos a partir da sua prática. Nessa perspectiva o professor é visto como
sujeito do conhecimento, ou seja, é um indivíduo que possui, produz e utiliza
conhecimentos a partir de suas vivencias pessoais e profissionais (TARDIF, 2002).
Em se tratando da EJA, Silva (2006) estudando a valorização dos saberes na
formação dos professores, compreende que na trajetória da formação, pouco se pergunta
que escola os alunos jovens e adultos gostariam de ter, bem como, pouco se aproveita os
saberes oriundos das práticas dos docentes que já atuam, há algum tempo nessa
modalidade da educação básica.
Nossa questão de fundo é: que saberes docentes estão envolvidos nas atividades
realizadas pelos professores e professoras no contexto da sala de aula de EJA? O que
ficou evidente é que esses saberes se constroem continuamente, para além da formação
inicial, pois eles ocorrem no meio dos desafios, da problemática, na prática refletida e
dialogada, visto que, além dos saberes envolvidos na ação docente existem outras
dimensões que afetam o processo ensino aprendizagem. (PLACCO; SOUZA, 2006).
Algumas considerações
Diante do exposto observa-se que as tendências atuais dos debates sobre a
pratica pedagógica e formação de professores da Educação de Jovens e Adultos-EJA
concebem a reflexão crítica, a investigação e a produção de saberes como elementos
inerentes ao exercício profissional docente.
Os estudos apontam para a necessidade de uma formação alicerçada na reflexão
crítica sobre a prática no sentido de atender as especificidades dessa modalidade de
ensino da educação básica. Acreditamos que o professor vive em tempos difíceis e
paradoxais sendo-lhe exigidas uma série de competências profissionais. Tornando-se
necessária uma formação que favoreça a reflexão crítica que possa desencadear uma
nova cultura profissional e mudanças efetivas nas organizações escolares.
A construção de novos saberes, a questão da formação, são temas que devem
sempre está em pauta nas discussões sobre a melhoria da qualidade da prática do
professor da EJA no sentido de garantir uma formação que atenda as atuais exigências
9
impostas ás instituições escolares provenientes das demandas da sociedade
contemporânea.
Desta forma, apontamos como principal desafio imposto pelo colocar a reflexão
e a pesquisa como instrumentos do trabalho do educador. O que significa conceber a
investigação e a reflexão como elementos inerentes ao exercício profissional que
produzirão saberes necessários as mudanças na prática docente
Diante do exposto observa-se que as tendências atuais dos debates sobre a
pratica pedagógica e formação de professores concebem a reflexão crítica, a
investigação e a produção de saberes como elementos inerentes ao exercício
profissional docente em todos os níveis e modalidades de ensino.
REFERÊNCIAS
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aprendizagem. In: _______(Org). Escola reflexiva e supervisão: uma escola em
desenvolvimento e aprendizagem. Porto-Portugal: Porto editora 2000.p.11-23.
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10
IMBERNÓN, F. Amplitude e profundidade do olhar: a educação ontem, hoje e amanhã.
In: ________(Org). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Porto
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KANT, I. Sobre a educação. Piracicaba: Unimep, 1996.
MOURA, M. Da G. C. Educação de jovens e adultos: que educação é essa? Revista
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incerteza: desafios para o professor da educação de jovens e adultos. 2006. 167 f. Tese
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Maurice; LESSARD, C. (Orgs). O Oficio de professor: Histórias, perspectivas e
desafios internacionais. Rio de Janeiro: Vozes, 2008. P.217-233.
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PAIVA, J., OLIVEIRA; I. B. de (Orgs.). Educação de jovens e adultos. Petrópolis,
RJ:DP et Alii, 2009a.
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PLACCO, V. M. N. de S.; SOUZA, V. L. T. de (Orgs.). Aprendizagem do adulto
professor. São Paulo: Loyola, 2006.
ROSA, A.C. S.; PRADO, E. Educação de jovens e adultos: as dimensões política,
profissional e pessoal na formação docente. Revista Olhar de Professor. Ponta Grossa,
v.10, n 2: p. 103-122, 2008.
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In: SOARES, L. (org.). Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte:
Autêntica: SECAD-MEC/UNESCO, 2006. p.17-.32.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002

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22 a formacao de professores para e jovens e adultos

  • 1. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: REFLETINDO SENTIDOS E SABERES DA PRÁTICA DOCENTE Diane Mendes Feitosa Maria da Glória Carvalho Moura RESUMO: Neste trabalho objetivamos refletir a formação do professor da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas sociedades contemporâneas, dando enfoque a importância da reflexão e dos saberes na prática docente. Para tanto realizamos uma pesquisa bibliográfica em que dialogamos com estudiosos que tratam da importância da reflexividade e dos saberes docentes, bem como autores que tratam sobre a formação e as práticas dos educadores que trabalham com jovens e adultos. O núcleo do estudo volta-se para a compreensão da EJA, função da escola e o papel do professor buscando com o apoio da literatura existente, refletir o espaço escolar e a formação do professor de pessoas jovens e adultas. Mesmo tendo sido colocada em segundo plano no âmbito das políticas públicas, não há como não reafirmar que na contemporaneidade a EJA vem conquistando espaços e adquirindo um novo sentido legitimando-se perante a sociedade. No entanto requer dos profissionais que atuam neste campo específico da educação, um redimensionamento de suas práticas refletindo-as diante das mudanças ocorridas no contexto local, brasileiro e mundial. Os resultados apontam para a necessidade de uma formação alicerçada na reflexão crítica sobre a prática, no sentido de atender as especificidades dessa modalidade de ensino da educação básica. Mostram, também, que as conquistas são frutos das práticas cotidianas construídas nos espaços que educam na sociedade: escolas, movimentos sociais e trabalho. Palavras-chave: Formação de professores. Saberes docentes. Educação de Jovens e Adultos. LA FORMATION D'ENSEIGNANTS POUR ÉDUCATION DE JEUNES ET D'ADULTES DANS LA SOCIÉTÉ CONTEMPORAIN: EN REFLÉTANT SENTIS ET DES SAVOIRS DE LA PRATIQUE ENSEIGNANTE RÉSUMÉ: Dans ce travail Nous avons pour objectif la formation des professer de la educación de jeunes et adultes (EJA) dans les sociétés contemporaines, mettant l'accent sur l'importance de la réflexion et des connaissances dans la pratique des enseignants. À cette fin, nous avons fait une recherche documentaire at nous dialogons avec des universitaires en traitant de l'importance de la reflexion et les connaissances des professurs et des auteurs qui traitent de la formation et la pratique des éducateurs travaillant avec les jeunes et les adultes. Le noyau de l'étude se tourne vers la compréhension de l'éducation des adultes, de la fonction scolaire et du rôle des enseignants dans l'appui de la littérature existante, reflète l'environnement scolaire et professeur des jeunes et des adultes. Malgré d'être placé dans l'arrière-plan dans les politiques publiques, ne peut s'empêcher de rappeler que, dans notre temps l’EJA est conquête l'espace et d'obtenir un nouveau sens et légitimer lui-même dans la société. Mais elle exige des professionnels que travaillent dans ce domaine spécifique de l'éducation, à une reformulation de leurs pratiques avant de l'évolution du contexte local, à brésilian et mondial. Les résultats soulignent la nécessité d'une éducation fondée
  • 2. 2 sur une réflexion critique de la pratique, en fonction des caractéristiques de ce mode d'enseignement de l'éducation de base. Ils démontrent également que les réalisations sont le résultat de pratiques quotidiennes construites dans des espaces qui éduquent la société: écoles, mouvements sociaux et du travail. Mots- clé: Formation d'enseignants. Savoirs enseignants. Éducation de Jeunes et Adultes A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: REFLETINDO SENTIDOS E SABERES DA PRÁTICA DOCENTE Considerações iniciais Na história da educação brasileira a Educação de Jovens e Adultos-EJA tem sido colocada em segundo plano no âmbito das políticas públicas. No entanto, a EJA na contemporaneidade vem conquistando espaços e adquirindo um novo sentido legitimando-se perante a sociedade por meio de ordenações jurídicas resultantes de práticas desenvolvidas nos espaços educativos. Mesmo com pouca visibilidade histórica as mudanças nessa modalidade de ensino se fazem sentir exigindo novas formas de intervenção e uma ampla revisão na prática pedagógica dos educadores que nela atuam. Apesar dos avanços e das conquistas muitos desafios, ainda, estão por ser enfrentados dentre os quais a formação dos profissionais que atuam essa modalidade de ensino. A temática em questão é polêmica e requer de cada educador que atua no campo da EJA um redimensionamento de suas práticas refletindo-as diante das questões atuais e das mudanças ocorridas no contexto local, brasileiro e mundial. Com efeito, as concepções de formação se modificaram em decorrência das transformações impostas pela sociedade contemporânea, nas últimas décadas, provocando a definição de um novo projeto de escola, de outras formas de construção do saber e de transformação da prática docente. Esse processo resulta na necessidade de se repensar a postura docente e a sua intervenção pedagógica no espaço escolar destinado as pessoas jovens e adultas. O núcleo deste estudo volta-se para a função da escola e do professor que atua na EJA, buscando com o apoio da literatura existente, refletir o espaço escolar e a formação do professor da EJA, visando obter maiores explicações e o entendimento sobre a importância, os limites e possibilidades da ação docente. As discussões
  • 3. 3 realizadas se voltam para o reflexionar da prática docente e produção dos saberes necessários a compreensão do significado e atuação profissional no contexto da sala de aula. Assim as reflexões aqui esboçadas resultam de um estudo bibliográfico desenvolvido à luz de autores que discutem essas questões como: Nóvoa (2008), Tardif (2002), Imbernón (2000) Alarcão (2000, 2001) e outros estudiosos que tratam da importância da reflexividade e dos saberes docentes. Foram utilizados também como referencias Moura (2006, 2007), Rosa e Prado (2008), Paiva (2009a, 2009b) dentre outros que investigam o sentido da EJA, a formação e a prática pedagógica dos educadores que trabalham com pessoas jovens e adultas. Educação em tempos de mudanças: por uma escola reflexiva para EJA O homem para alcançar a constituição humana tem que se educar, pois a sua natureza exige o processo educativo para não permanecer no estágio de animalidade. Como afirma Kant (1996, p.15) “O homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação faz dele”. Sobre essa discussão Gómez (1998) diz que o homem elabora instrumentos artefatos costumes, normas e leis construídos para que ocorra a sobrevivência dos grupos. Contudo a herança genética não garante a assimilação desses aspectos. Daí a necessidade da educação como processo que tem como função permitir a socialização das conquistas históricas e sociais. O autor supra mencionado acrescenta, ainda, que para atender as necessidades da aceleração do desenvolvimento histórico das comunidades humanas e diante da complexidade que se dá na vida moderna, surge ao longo da história, instancias específicas, como a escola, cuja função é preparar as novas gerações para sua participação no mundo do trabalho, atender e canalizar o processo de socialização. Assim uma dos principais mudanças ocorridas no seio dessas sociedades contemporâneas foi atribuir à escola, a função de ser um espaço privilegiado para instruir e educar os futuros cidadãos e membros da sociedade. Com isso a escolarização obrigatória e generalizada passa a ser um aspecto decisivo tanto para o progresso individual quanto para o progresso coletivo, visto que, a escola representa uma
  • 4. 4 manifestação peculiar da prática educativa e se expressa numa organização com objetivos, funções e estrutura definida. Diante disso, podemos dizer que a escola desempenha funções de fundamental relevância no âmbito das sociedades contemporâneas à medida que é reconhecida, como a principal instituição responsável em preparar as pessoas para viver em sociedades. [...] por ser um espaço especialmente propício para a educação da cidadania é a via de acesso para a compreensão dessas informações. Sendo assim, é de suma importância o entendimento de que o valor da escola para os jovens e para os adultos transcende às expectativas intelectuais. Se o aluno resgata a imagem da escola, promove sua auto-estima e a sociabilidade que esta pode oferecer, terminando por encontrar sentido nos conteúdos escolares. Ao associar as aprendizagens escolares com situações vivenciadas no seu contexto social, tornar-se-á sujeito do aprender a aprender. (MOURA, 2006, p. 151). Em geral, educar pessoas jovens e adultas não se limita, apenas aos conteúdos sistematizados pela escola, implica lidar com valores, respeito à dignidade humana e principalmente reconhecer os iguais e as diferenças. “Nenhuma aprendizagem, portanto, pode-se fazer destituída do sentido ético, humano e solidário que justifica a condição de seres humanizados, providos de inteligência” (PAIVA, 2009a, p. 33). Assim, as diferenças existentes no modo de pensar e de agir de pessoas ligadas a determinados grupos culturais, estas, não devem ser culpabilizadas, individualmente, por isso. Devendo ser considerados todos os elementos que contribuíram para essa condição de exclusão, inclusive a própria escola. (MOURA, 2006). Imbernón (2000) defende a idéia de que vivemos um momento caracterizado por aspectos provenientes da pós-modernidade e da modernidade. No qual, a escola para realizar sua função educativa necessita de atividades bem planejadas, pautadas no meio social, na informação e nas comunicações, com vistas, a superação das dificuldades relacionadas ao ensinar e ao aprender diante das pressões da sociedade, principalmente quando se trata da EJA. As sociedades contemporâneas são, portanto, caracterizadas por acirradas interações políticas, econômicas, sociais e culturais. Nesse bojo inaugura-se um novo modelo de desenvolvimento social que apresenta aspectos complexos provenientes das aceleradas mudanças científicas e tecnológicas. Nesse sentido, “as mudanças que ocorrem nessa realidade social afetam também a escola, porque afeta o homem, [...] considerar esses aspectos é fundamental, sem, contudo, esquecer, que a escola tem uma característica que lhe é peculiar, o
  • 5. 5 conhecimento objeto privilegiado de sua ação pedagógica”. (MOURA, 2006, p. 189). Com efeito, a escola além de ser vista como instituição que transmite cultura passa a ser visualizada como espaço dinâmico, locus da produção de saberes. Neste quadro de referência, Alarcão (2000) analisa a instituição escolar e propõe o conceito de escola reflexiva caracterizando-a como um espaço em que são formados tanto aqueles que nela estudam quanto aqueles que nela ensinam. Desta forma é concebida como espaço “em que se pensa o presente para se projetar o futuro” à medida que valoriza e reconhece o valor da aprendizagem para todos os seus agentes educativos. Sobre essa questão, Moura (2007), propõe uma discussão acerca do grande desafio das instituições que trabalham com a EJA, repensar a proposta pedagógica direcionado-a em busca de ações que atendam as expectativas, modos de ser e peculiaridades dos jovens e adultos. Visto que, ensinar não é transmitir conhecimentos, mas criar condições e oferecer possibilidades concretas para que o aluno tenha acesso a aprendizagens significativas. (FREIRE, 1996). Isso implica em construir uma escola reflexiva, pensada a partir das expectativas dos jovens e adultos, que resgate as especificidades que permeiam essa modalidade de ensino. Uma escola que se assume como instituição educativa que sabe o que quer e para onde vai. Na observação cuidadosa da realidade social, descobre os melhores caminhos para desempenhar a missão que lhe cabe na sociedade. Atenta à comunidade exterior, envolve todos na construção do clima de escola, na definição e na realização do seu projeto, na avaliação de sua qualidade educativa. Consciente da diversidade pessoal integral [...] (ALARCÃO, 2001, p.26). Essa proposta de escola reflexiva defendida por Alarcão visualiza a instituição escolar como um espaço, em que, são formados tanto aqueles que nela estuda quanto aqueles que nela ensinam. Um espaço interativo e reflexivo tendo como ponto de partida o presente para se projetar o futuro valorizando e reconhecendo o valor da aprendizagem para todos os seus agentes envolvidos no processo Professores e professoras de pessoas jovens e adultas: formação e saberes docente A instituição escolar possue características que a identifica entre as quais merece destaque as práticas e os atores que a estruturam e lhe confere legitimidade. Dentre
  • 6. 6 esses atores destacamos a figura do professor. Que saberes docentes estão envolvidos nas atividades realizadas pelos professores e professoras no contexto da sala de aula de EJA? Para abordar essa questão inicialmente faremos uma discussão em torno da EJA como modalidade da educação básica, focando os desafios da formação e as especificidades do profissional que trabalha com pessoas jovens e adultas, em seguida dialogamos com alguns autores sobre os saberes docentes. Enfocamos então, a questão da EJA como modalidade de ensino da educação básica que visa oferecer as pessoas não beneficiárias do direito a educação no momento apropriado, impedindo sua escolarização, dentre os muitos sentidos da EJA que não deve ser entendido apenas por esse ângulo. O sentido verdadeiro da EJA é o da educação continuada, que favorece processos educativos para jovens e adultos, cujas condições de vida os mantém afastados dos conhecimentos indispensáveis à sua humanização, assim com quanto aos direitos sociais à saúde, ao emprego, à qualidade de vida, à formação profissional. (PAIVA, 2009b, p. 180). Assim, a EJA terá como propósito ampliar a capacidade de comunicação e expressão das pessoas jovens e adultas, auxiliando-as, também, a se capacitarem para o enfrentamento das exigências do mundo do trabalho e para a participação na sociedade. Visto que, se trata de “um trabalho de natureza política que inclui, no seu fazer, a consideração à realidade das pessoas e aos sonhos por elas alimentados” (SILVA, 2006, p.207). Com base nesta compreensão observa-se que o foco, normalmente voltado para as políticas públicas, aos poucos, se volta para a preocupação com a especificidade do público alvo, “motivado não apenas pela falta de oportunidade e desrespeito ao direito constitucional, mas pelas deficiências de aprendizagem. O que se evidencia é a necessidade de aprofundar a compreensão e os sentidos da educação continuada de jovens e adultos ao longo da vida”. (MOURA, 2006, 136). Portanto, refletir a formação do educador de jovens e adultos é rever o sentido atribuído, até então, a todos os elementos e atores institucionais envolvidos neste processo: aluno, escola e contexto social, considerando que o sentido atribuído à escola e, incorporado pela sociedade em sua trajetória histórica é ensinar e possibilitar a apropriação do saber pelo aluno, sem, contudo, desvincular-se do todo social. A imagem do papel do professor e da professora está implicada nesta representação. (MOURA, 2006).
  • 7. 7 Diante disso podemos perceber que o debate atual sobre a prática pedagógica e a formação do professor envolve temas básicos e interdependentes tais como a importância da reflexão critica e a produção de saberes na prática docente. Desta forma, o processo reflexivo torna-se uma exigência permanente na formação inicial tendo em vista que essa postura propiciará ao futuro docente a construção do saber profissional evitando fragmentação do conhecimento e principalmente o distanciamento entre teoria e prática. Arroyo (2006) ao discutir questões relacionadas com a formação inicial na EJA constata que não há sentido que continue sendo formado um professor generalista que pode ministrar aulas tanto para crianças e adolescente, no período diurno, como para adultos e jovens, no noturno. Assim é necessário um perfil específico e uma política de formação inicial voltada para esse professor. Contudo, no contexto brasileiro não há uma política voltada para formar profissionais no âmbito das instituições superiores de ensino para atuar na EJA. Barcelos (2006) e Arroyo (2006) ratificam essa proposição quando enfatizam que são raros os cursos de licenciatura e de pedagogia que contemplam em suas matrizes curriculares esta modalidade de ensino. “Frente a essas questões torna-se um desafio levantar as dimensões necessárias para alicerçar a formação dos educadores da EJA” (ROSA; PRADO, 2008, p.104). Sem esquecer que o processo de formação é uma rede complexa de relações que estão intimamente relacionadas às diversas formas que cada pessoa concebe: educação, educar, ensinar, e aprender. A prática docente como mobilizadora de saberes constitui um dos temas bastante abordados nas discussões pedagógicas da atualidade no Brasil e no mundo. Essas discussões destacam novos paradigmas que analisam o saber docente na busca de novos elementos que subsidiem a compreensão da prática docente e sua complexidade, os limites e as possibilidades diante das exigências impostas pela contemporaneidade. Nóvoa (2008) argumenta que diante da nova configuração de sociedade que ora se apresenta “as soluções do passado não respondem mais as questões do presente”. Nessa perspectiva é imprescindível que o professor desenvolva a consciência que seu conhecimento profissional não se resume a técnicas de ensino e conteúdos disciplinares. O conhecimento profissional é produzido, sobretudo, nos espaços de discussão, no processo deliberativo e de reflexão sobre a prática docente. Brito (2005) diz que ao falar nos dilemas e possibilidades impostos ao ato de ensinar diante do novo contexto educacional contemporâneo vem se consolidando um
  • 8. 8 novo paradigma de formação que vislumbra o professor como produtor de conhecimentos a partir da sua prática. Nessa perspectiva o professor é visto como sujeito do conhecimento, ou seja, é um indivíduo que possui, produz e utiliza conhecimentos a partir de suas vivencias pessoais e profissionais (TARDIF, 2002). Em se tratando da EJA, Silva (2006) estudando a valorização dos saberes na formação dos professores, compreende que na trajetória da formação, pouco se pergunta que escola os alunos jovens e adultos gostariam de ter, bem como, pouco se aproveita os saberes oriundos das práticas dos docentes que já atuam, há algum tempo nessa modalidade da educação básica. Nossa questão de fundo é: que saberes docentes estão envolvidos nas atividades realizadas pelos professores e professoras no contexto da sala de aula de EJA? O que ficou evidente é que esses saberes se constroem continuamente, para além da formação inicial, pois eles ocorrem no meio dos desafios, da problemática, na prática refletida e dialogada, visto que, além dos saberes envolvidos na ação docente existem outras dimensões que afetam o processo ensino aprendizagem. (PLACCO; SOUZA, 2006). Algumas considerações Diante do exposto observa-se que as tendências atuais dos debates sobre a pratica pedagógica e formação de professores da Educação de Jovens e Adultos-EJA concebem a reflexão crítica, a investigação e a produção de saberes como elementos inerentes ao exercício profissional docente. Os estudos apontam para a necessidade de uma formação alicerçada na reflexão crítica sobre a prática no sentido de atender as especificidades dessa modalidade de ensino da educação básica. Acreditamos que o professor vive em tempos difíceis e paradoxais sendo-lhe exigidas uma série de competências profissionais. Tornando-se necessária uma formação que favoreça a reflexão crítica que possa desencadear uma nova cultura profissional e mudanças efetivas nas organizações escolares. A construção de novos saberes, a questão da formação, são temas que devem sempre está em pauta nas discussões sobre a melhoria da qualidade da prática do professor da EJA no sentido de garantir uma formação que atenda as atuais exigências
  • 9. 9 impostas ás instituições escolares provenientes das demandas da sociedade contemporânea. Desta forma, apontamos como principal desafio imposto pelo colocar a reflexão e a pesquisa como instrumentos do trabalho do educador. O que significa conceber a investigação e a reflexão como elementos inerentes ao exercício profissional que produzirão saberes necessários as mudanças na prática docente Diante do exposto observa-se que as tendências atuais dos debates sobre a pratica pedagógica e formação de professores concebem a reflexão crítica, a investigação e a produção de saberes como elementos inerentes ao exercício profissional docente em todos os níveis e modalidades de ensino. REFERÊNCIAS ALARCÃO, I. Escola reflexiva e supervisão. Uma escola em desenvolvimento e aprendizagem. In: _______(Org). Escola reflexiva e supervisão: uma escola em desenvolvimento e aprendizagem. Porto-Portugal: Porto editora 2000.p.11-23. _______.A escola reflexiva. In: ALARCAO, Isabel (Org). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001.p.15-30. ARROYO, M. Formar educadoras e educadores de jovens e adultos. In: SOARES, L. (Org). Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica: SECAD-MEC/UNESCO, 2006. p.17-.32. BARCELOS, Valdo. Formação de professores para educação de jovens e adultos. Petrópolis: Vozes, 2006. BRITO A.E. Sobre a formação e a prática pedagógica: o saber, o saber-ser e o saber- fazer no exercício profissional. Revista Linguagens, Educação e Sociedade. Teresina, n 12, p45-52, jan/jun, 2005. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GÓMEZ, A. I. Pérez. As funções sociais da escola: da reprodução à reconstrução crítica do conhecimento e da experiencia. In: SACRISTÁN, J.Gimeno;GÓMEZ.Compreender e transformar o ensino.Porto Alegre: Artmed, 1998. p.13-26.
  • 10. 10 IMBERNÓN, F. Amplitude e profundidade do olhar: a educação ontem, hoje e amanhã. In: ________(Org). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed, 2000.p.77-95. KANT, I. Sobre a educação. Piracicaba: Unimep, 1996. MOURA, M. Da G. C. Educação de jovens e adultos: que educação é essa? Revista Linguagens, Educação e Sociedade. Teresina, ano12, n.16, p.51-64, jan./jun. 2007. _________. Teorizando a prática, construindo a teoria, um diálogo com a incerteza: desafios para o professor da educação de jovens e adultos. 2006. 167 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. NÓVOA, A. Os professores e o “novo”espaço público da educação. In: TARDIF, Maurice; LESSARD, C. (Orgs). O Oficio de professor: Histórias, perspectivas e desafios internacionais. Rio de Janeiro: Vozes, 2008. P.217-233. PAIVA, J. Educação de jovens e adultos: questões atuais em cenários de mudanças. In: PAIVA, J., OLIVEIRA; I. B. de (Orgs.). Educação de jovens e adultos. Petrópolis, RJ:DP et Alii, 2009a. _________. Os sentidos do direito à educação para jovens e adultos. Petrópolis, RJ:DP et Alii, 2009b. PLACCO, V. M. N. de S.; SOUZA, V. L. T. de (Orgs.). Aprendizagem do adulto professor. São Paulo: Loyola, 2006. ROSA, A.C. S.; PRADO, E. Educação de jovens e adultos: as dimensões política, profissional e pessoal na formação docente. Revista Olhar de Professor. Ponta Grossa, v.10, n 2: p. 103-122, 2008. SILVA, J.B. da. Valorização dos saberes docentes na formação de professores de EJA. In: SOARES, L. (org.). Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica: SECAD-MEC/UNESCO, 2006. p.17-.32. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002