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“No terceiro nível da dúvida, Descartes apresentara a suspeita de que um Deus omnipotente podia
fazer tudo, inclusive enganar. Mas agora, provada a existência de Deus como ser perfeito,
Descartes vai chegar à conclusão de que essa suspeita não faz sentido. Deus é omnipotente e
perfeito. Enganar é sinónimo de fraqueza porque só a fraqueza e a imperfeição podem levar-nos a
utilizar a arma da mentira.
O papel da veracidade divina (o facto de Deus não enganar e ser a fonte de todo o saber) é
duplo:
a) é a garantia da validade das evidências actuais, isto é, das que estão actualmente presentes
na minha consciência.
Com efeito não há razão, uma vez provado que Deus não engana e não perverte o meu
entendimento, para duvidar das ideias que estão presentes na minha consciência como claras e
distintas. A hipótese do Deus enganador era uma conjectura muito fraca, que Descartes, em
obediência ao seu método, teve de anular. Provado que Deus não é enganador, uma determinada
evidência (um triângulo é um polígono cujos ângulos somados valem 180º) não pode ser posta em
causa enquanto está presente no meu espírito e atentamente a considero.
b) É a garantia das minhas evidências passadas, isto é, não actualmente presentes na minha
consciência.
O que acontece quando determinadas evidências abandonam o campo da minha consciência actual
ou presente? Será que a evidência concebida permanece verdadeira quando nela deixo de pensar?
Se só estou seguro da validade da evidência no momento em que a tenho, não posso garantir que
aquilo que considerei verdadeiro permaneça verdadeiro. É Deus quem vai garantir que aquilo que
é válido para mim num certo momento seja válido objectivamente, isto é, independentemente de
mim e sempre. O saber firme, seguro e constante que Descartes ambiciona só pode ser assegurado
pela veracidade e imutabilidade divinas. É Deus que me garante que a verdade não muda enquanto
eu deixo de a conceber efectivamente. Por outras palavras, as evidências às quais dei o meu
assentimento continuam a ser evidências, mesmo quando já nelas não penso.
De seguida, Descartes irá recuperar a crença na existência do mundo físico porque temos a ideia
clara e distinta de que o mundo é uma realidade extensa. Se eu concebo clara e distintamente que a
essência do mundo físico consiste na extensão e no movimento, não tenho qualquer razão para
duvidar dessa concepção que o meu entendimento tem do mundo.”
Luís Rodrigues, Manual de Filosofia, 11º Ano, Plátano Editora, pp. 179-180

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Descartes prova que Deus não engana e garante a validade do conhecimento

  • 1. “No terceiro nível da dúvida, Descartes apresentara a suspeita de que um Deus omnipotente podia fazer tudo, inclusive enganar. Mas agora, provada a existência de Deus como ser perfeito, Descartes vai chegar à conclusão de que essa suspeita não faz sentido. Deus é omnipotente e perfeito. Enganar é sinónimo de fraqueza porque só a fraqueza e a imperfeição podem levar-nos a utilizar a arma da mentira. O papel da veracidade divina (o facto de Deus não enganar e ser a fonte de todo o saber) é duplo: a) é a garantia da validade das evidências actuais, isto é, das que estão actualmente presentes na minha consciência. Com efeito não há razão, uma vez provado que Deus não engana e não perverte o meu entendimento, para duvidar das ideias que estão presentes na minha consciência como claras e distintas. A hipótese do Deus enganador era uma conjectura muito fraca, que Descartes, em obediência ao seu método, teve de anular. Provado que Deus não é enganador, uma determinada evidência (um triângulo é um polígono cujos ângulos somados valem 180º) não pode ser posta em causa enquanto está presente no meu espírito e atentamente a considero. b) É a garantia das minhas evidências passadas, isto é, não actualmente presentes na minha consciência. O que acontece quando determinadas evidências abandonam o campo da minha consciência actual ou presente? Será que a evidência concebida permanece verdadeira quando nela deixo de pensar? Se só estou seguro da validade da evidência no momento em que a tenho, não posso garantir que aquilo que considerei verdadeiro permaneça verdadeiro. É Deus quem vai garantir que aquilo que é válido para mim num certo momento seja válido objectivamente, isto é, independentemente de mim e sempre. O saber firme, seguro e constante que Descartes ambiciona só pode ser assegurado pela veracidade e imutabilidade divinas. É Deus que me garante que a verdade não muda enquanto eu deixo de a conceber efectivamente. Por outras palavras, as evidências às quais dei o meu assentimento continuam a ser evidências, mesmo quando já nelas não penso. De seguida, Descartes irá recuperar a crença na existência do mundo físico porque temos a ideia clara e distinta de que o mundo é uma realidade extensa. Se eu concebo clara e distintamente que a essência do mundo físico consiste na extensão e no movimento, não tenho qualquer razão para duvidar dessa concepção que o meu entendimento tem do mundo.” Luís Rodrigues, Manual de Filosofia, 11º Ano, Plátano Editora, pp. 179-180