1. 1º nível de aplicação da dúvida
Ele vai iniciara descoberta da verdade e vai-nos dizer que os nossos sentidos não são
verdadeiros.
Vai pôr em causa os conhecimentos atingidos por experiência. Ao provar que os sentidos não
são perfeitos põe em causa a experiência. Basta pelo menos uma vez, os sentidos de alguém
falharem para não serem dignos de crédito porque podem falhar mais vezes.
Assim, Descartes rejeita um dos fundamentos do saber tradicional, de inspiração aristotélica: a
convicção de que o conhecimento começará com a experiência, com as informações dos
sentidos.
2º nível
Vai mostrar que o mundo que está fora de nós, onde fazemos experiência, ele vai pôr em causa
a existência do mundo, que a vida pode não ter sentido. Põe em causa a existência do mundo
através do sono e da vigília, por exemplo, quando uma pessoa dorme pensa ser realidade um
sonho e quando está acordado aquilo que vê pode ser um sonho também.
Podemos pensar assim: se quando estou a dormir, a sonhar, eu não sei se quando sonho estou
perante um sonho ou a realidade e quando sonho, encaro aquilo como realidade. Até a
realidade pode ser um sonho.
A nossa vida pode não passar de um sonho, aquilo que é concreto pode não ser realidade e a
ficção pode estar misturada. (tenho de duvidar da existência do mundo até provar que existe).
Descartes inventa um argumento engenhoso, quer mostrar que a realidade pode ser um sonho
ou que um sonho pode ser realidade.
3º nível
Põe em causa a existência, a probabilidade que ele possa existir mas não seja Deus, seja um
ser imperfeito.
Quem não acredita tem de acreditar, e é uma verdade clara e distinta, não pode ser posta em
causa. A mensagem dele é que acreditasse na plenitude.
Vai pôr em causa o pensamento, desapareceu os sentidos dos objectos, desapareceu tudo,
apareceu o cogito porque desapareceu tudo por intuição.
Vai duvidar de Deus até provar que ele existe, porque ele encara deus como um enganador,
para ele deus tanto pode ser bom como mau, pode-nos andar a enganar.
Descartes diz que a razão é a coisa mais bem distribuída deste mundo, todos temos
pensamentos.
Deus e o conhecimento matemático não têm provas de como são verdade. Basta algo ter um
pequeno defeito para ser posto de lado.
Aquilo que é omnipotente (capaz de tudo) pode estar a brincar comigo.
Deus meteu no cérebro as verdades, o nosso entendimento é o nosso pensamento.