O documento apresenta um resumo de um trabalho acadêmico sobre Deus na filosofia de Descartes. O trabalho discute o método cartesiano, a metafísica cartesiana e a questão de Deus na filosofia de Descartes. O aluno é Francisco Sérgio Cavalcante da Silva e a disciplina é Teoria do Conhecimento.
1. 1
UECE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CH-CENTRO DE HUMANIDADE
DISCIPLINA: TEORIA DO CONHECIMENTO
TRABALHO: COMUNICAÇÃO
DEUS NA FILOSOFIA DE DESCARTES
PROFESSORA: ERIKA BELEM
ALUNO: FRANCISCO SÉRGIO CAVALCANTE DA SILVA
MATRICULA: 1221835
FORTALEZA-CE 26/11/2012
2. 2
RESUMO
TITULO: Deus na filosofia de Descartes
TURMA: Noite
ALUNO: Francisco Sérgio Cavalcante da silva.
É imprescindível a filosofia de Descartes para o mundo contemporâneo,
estudar e procurar um filosofo como Descarte já traz em si uma relevância
fundamental. Nossa era foi marcada profundamente por Descartes, que por
sua vez ira colocar na razão o fundamento de todas as coisas. Com Descartes
inicia-se uma nova maneira de pensar, com sua frase, “penso logo sou” todas
as áreas do saber foram influenciadas. O homem passa agora a ser o centro e
agente do pensamento, dessa forma toda a subjetividade do pensamento volta-
se para o homem, o saber que agora temos, torna-se um saber
antropocêntrico, essa maneira de pensar torna-se um marco na história
moderna tendo como protagonista desta ideia René Descartes. Neste trabalho
iremos falar do: “Método na filosofia de descartes, A metafísica cartesiana, A
questão de Deus na filosofia de descartes”. Como bons observadores,
notaremos o metodismo de descartes, sua busca é atingir um conhecimento
que venha resolver todos os problemas que o espírito humano por ventura
venha colocar-se, com tudo Descartes temia que seu método viesse a ser um
choque anafilático para os religiosos de sua época, daí então percebemos que
seus ensinamentos soam mais como uma experiência particular, Ele mesmo
afirma que o seu propósito era mostrar como conduzira sua razão. Para
Descartes o conhecimento empírico era incapaz de fornecer alguma verdade,
porque para ele os sentidos nos enganam, por não acreditar no sensível chega
a duvidar do seu próprio corpo, porem de uma coisa ele tem certeza, que ele é
uma substancia pensante e que a existência do pensamento é independente
do corpo. Descartes aceitava que o mundo tivesse sido criado por Deus,
aceitava que se Deus existisse, ele seria garantia e suporte de todas as outras
verdades. Surge um problema, como saber se Deus existe ou não? Como
provar sua existência, pois a única certeza que Descartes tinha era a certeza
de que pensava.
PALAVRA CHAVE: Método, Metafísica, Deus, Razão e Dúvida.
3. 3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................4
CAPITOLO I ............................................................................5
O METÓDO NA FILOSOFIA DE DASCARTES
CAOPITOLO II .........................................................................7
A METAFISICA CARTESIANA
CAPITOLO III ............................................................................9
DEUS NA FILOSOFIA DE DASCARTES
CONCLUSÃO ...........................................................................13
BIBLIOGRAFIA .........................................................................14
4. 4
INTRODUÇÃO
É imprescindível a filosofia de Descartes para o mundo
contemporâneo, estudar e procurar um filosofo como Descarte já traz em si
uma relevância fundamental. Nossa era foi marcada profundamente por
Descartes, que por sua vez ira colocar na razão o fundamento de todas as
coisas. Com Descartes inicia-se uma nova maneira de pensar, com sua frase,
“penso logo sou” todas as áreas do saber foram influenciadas. O homem passa
agora a ser o centro e agente do pensamento, dessa forma toda a
subjetividade do pensamento humano volta-se para o homem, o saber que
agora temos, torna-se um saber antropocêntrico, essa maneira de pensar
torna-se um marco na história moderna tendo como protagonista desta ideia
René Descartes. A dúvida levada a sério fazia parte do corpo doutrinário
ensinado por Descartes, ele convidava a uma reforma na maneira de pensar,
Para Descartes, está preso aos velhos achismos, ou seja, deduzir pela
experiência pessoal algo que não tem certeza, que são pura convenção, era ter
o hábito de pensar mal. Seu método consistia em colocar em dúvida todas as
suas opiniões passadas, depois fazia uma análise das razões que o levara a
duvidar das suas próprias opiniões. O seu desejo era levar as pessoas a
pensarem, que elas pudessem fazer uma análise crítica de suas certezas.
Descartes colocava a dúvida como o princípio da filosofia, chegando a duvidar
de toda a realidade, essa dúvida exagerada, o próprio Descartes a nomeou de
“hiperbólica”. É na prática da análise que Descartes chega a um princípio, “o
penso logo existo”, isso era uma verdade inquestionável para ele. Segundo ele,
se eu duvido que esteja pensando, essa dúvida corrobora comigo que eu
existo, ou seja, para duvidar que penso, mister é que eu pense, logo eu
concluo que eu existo. Com essa maneira de pensar, acontece uma revolução
no seu mundo contemporâneo que se estende a te os dias atuais, o homem
passa a ser o centro e produtor do pensamento, com isso inicia-se uma nova
era.
5. 5
CAPÍTULO I
O MÉTODO NA FILOSOFIA DE DESCARTES
A filosofia de descartes caracteriza-se como algo surpreendente em
seu contexto histórico, não obstante ter ela uma característica nova, seu
desafio soa quase como uma ordem imperativa covidando a todos a buscarem
na razão o fundamento de todas as coisas. Em sua análise, a razão é igual em
todos os homens á complexidade em conhecer o verdadeiro não decorre de
um ser mais bem dotado de razão que outros, mas de uns conduzirem mal
essa razão e outros a conduzirem bem. Descartes acredita que a razão possa
elevar o espírito do homem a uma categoria elevadíssima, bastando a esse
aplicar o método por ele ensinado.
Em um dado momento de sua vida Descartes refugia-se, e elabora as
principais regras do método. Segundo ele, em uma ordem as principais obras
elaboradas que mereciam credibilidade seriam as obras criadas por um único
autor, tendo essa concepção em sua mente decide-se desnudar-se de todas as
suas opiniões apreendidas anteriormente, para se submeter por aquelas que
seriam construídas por sua própria razão. Com tal medida não se pretende
uma reforma radical nos currículos universitários, mas uma reforma na sua
própria maneira de pensar. (Outro fator preponderante era 1º) nunca aceitar
por verdadeiro nada que não passasse pelo uma análise rigorosa da razão,
jamais aceitar algo que não se apresentasse clara e distinta mente em sua
mente. (2º) Dividir por quantas partes pudesse o objeto analisado, a fim de que
se conseguisse uma melhor compreensão do objeto em análise. (3º) Conduzir
os pensamentos em uma ordem perfeita, ascendedo passo por passo, como se
tivesse subindo por degraus passando dos objetos simples para os compostos.
(4º) Tomar todo cuidado, enumerando cada passo, e fazendo constantes
revisões, para se ter certeza de nada omitir.
Descartes chegara a essas conclusões após voltar da coroação do
imperador para o exercito, “A coroação de Fernando Rei da boêmia”, O
começo do inverno o fizera para em uma estalagem, onde aquecido por uma
6. 6
lareira e tomado por uma condição de verdadeira paz, disponibilizava de
bastante tempo para entreter-se com seus pensamentos. A conclusão que
descartes chegara fora a de que não existe perfeição nas obras compostas de
várias peças feitas por mãos de vários autores. Segundo a sua observação, os
edifícios começado e terminado por um só arquiteto era bem mais belos e
estruturados, que os construídos por mãos de vários construtores sob velhas
ruínas. A sugestão a que Descartes propõem é que o seu método seja
praticado, o individuo deve treina-lo ao resolver por si só, problemas
matemáticos, e habituar-se a sim a pensar matematicamente. Segundo
Descartes, para que se possam ter os mesmos resultados obtidos pelos
cálculos da aritmética e da geometria no sentido de se ter respostas exatas,
era preciso que se fizesse primeiro: empregar senão ideias claras e distintas;
segundo: ir sempre das ideias as coisas, isto é, nunca atribuir algo as coisas
senão o que percebemos com evidência nas ideias delas; terceiro: colocar
todas as nossas ideias em uma ordem tal que cada uma seja precedida de
todas aquelas de que ela depende, e que ela preceda todas aquelas que dela
depende. Quem tiver a proeza dessas coisas realisar, estará efetuando a
sabedoria e alem disso reconciliando a sabedoria com a ciência.
7. 7
CAPITULO II
A METAFISICA CARTESIANA.
Essa metafísica consistia em uma verdadeira destruição de todos os
conceitos e preconceitos de modo que tudo aquilo que aprendemos no
decorrer de toda a nossa vida seja tido como falso. A propensão que temos
para dar credibilidade aos nossos sentidos tem que ser encarado como um mal
a ser eliminado de nossas vidas. Para construir a filosofia é preciso pensar
bem, o que equivaleria a ter um pensamento sistematizado, descompondo
cada parte dele em partes fragmentária, construindo assim um diagnóstico
preciso que der suporte para alicerçar essa filosofia. A dúvida levada a sério é
a ferramenta principal da qual o filosofo disponibiliza. Tudo teria que passar
pelo crivo da razão. Lembrando um de seus testemunhos, certa vez desse
Descartes, que teve então uns sonhos os quais de acordo com sua
interpretação significavam que ele tinha uma missão de reunir todo o
conhecimento humano em uma ciência universal única, toda construída de
certezas racionais (daí ser Descartes o expoente do racionalismo). Porém os
jesuítas inicialmente rejeitaram o cartesianismo confinando seu trabalho ao
Índex, lista católica dos livros proibidos. Descartes trabalhava com a
perspectiva da clareza e eliminava tudo que fosse duvidoso, uma das criticas
frequente de Descartes fazia a filosofia escolástica na qual ele tinha sido
educado quando jovem é que muitas vezes partia de princípios que eram
obscuros ou duvidosos, ou ambos; para ele “nada solido se poderia construir
sobre fundamentos tão duvidosos.
Contudo é justamente a traves da duvida mais radical que irrompe a
primeira evidencia; duvido logo existo. Isso parece contraditório, mas o que
Descartes quer dizer é que é uma verdade que ele pensa e que é impossível
ele colocar essa verdade a prova, pois a via usada para provar essa evidencia
seria a duvida do seu próprio ato de pensar, daí ele chega a uma conclusão:
“duvido logo existo”.
8. 8
Falta saber o que na realidade ele é, ora ele chegara à conclusão de
sua existência tão somente pelo ato do seu pensamento, cabe então concluir
que não lhe é dado o direito de pretender-se ter quais quer outras qualidade
senão o de ser uma natureza unicamente pensante ou Alma. Simultaneamente
ele descobre a distinção real entre alma e corpo, pois não sabia se verdadeira
mente existem corpos ou se ele tinha um, sabe então que ele existe enquanto
substância pensante e que o pensamento independe do corpo. Isso não para
apenas nisso, uma terceira coisa encontra-se implícita na existência dele,
estamos falando da natureza da verdade, ele tem certeza de sua existência por
quer ver clara e distintamente, prossegue dizendo que tudo que vemos com
distinção e clareza são verdadeiras.
Existe uma verdade em seu pensamento, o qual é que ele pensa logo a
primeira verdade torna-se assim a regra para todas as outras verdades. Vale
também dizer dentro do pensamento de Descarte que a traves do pensamento
o homem pode chegar a ter o conhecimento da verdade, desde que se
comprometa com os princípios metodológicos apresentados por Descartes.
9. 9
CAPITOLO III
DEUS NA FILOSOFIA DE DASCARTES.
Como alguém que acaba de fazer seus primeiros levantamentos a
respeito de determinada questão, e não se achando seguro para fazer
consideradas afirmações, assim se encontra Descartes, diante da questão de
se saber se existe outro ser que não seja ele mesmo, contudo refletindo sobre
isso sua intuição constatara a necessidade da existência de um Deus. No
entanto como foi falado logo acima, Descartes descobre e afirma a existência
do cogito como principio da sua filosofia, Entretanto esse fundamento só prova
que ele existe como ser que pensa e nada mais. No intuito de se conhecer,
Descartes se analisa e chega a conclusão de que ele era uma coisa que
pensa, que duvida, que afirma, que conhece poucas coisas, que ama, que
odeia e a tudo isso ele chama de sentimento e imaginação, e que essas coisas
estão dentro dele.
Não obstante muitas coisas haverem se mostrado a ele clara e
distintamente, contudo muitas coisas que ele tinha por verdadeiras na verdade
poderia ser falsas, com isso ele queria falar do Deus enganador. Segundo ele
coisa simples como no tocante a Aritmética e a Geometria, exemplo: que dois e
três juntos produzem o número cinco, ele passou a desconfiar das certezas
destes cálculos, por conta de não ter nenhum conhecimento que fosse causa
da verdade de suas conclusões. Não havia bases para se acreditar nessas
hipóteses tudo poderia ter sido posto em suas ideias por um Deus enganador.
Descartes chegara a conclusão que esse Deus se quisesse poderia
engana-lo, mas posto que ele não tem nenhuma razão de acreditar que haja
algum Deus que seja enganador e mesmo que não tenha ainda considerado
aquelas que provam que há um Deus, a razão de duvidar que depende
somente desta opinião é bem frágil e, por assim dizer, metafísica. Mas a fim de
poder afastar toda incerteza, ele deve examinar se há um Deus, tão logo a
ocasião se apresente; e, se achar que existe um, deve também examinar se
10. 10
ele pode ser enganador; pois sem o conhecimento dessas duas verdades ele
não pode jamais ter certeza de alguma coisa.
Para Descartes o conhecimento ou as ideias que temos são produzidos
dentro de nós mesmos, o que acontece é que somos enganados pelos nossos
sentidos e passamos a acreditar que o conhecimento ou ideia é algo exterior a
nós. Descartes fala que entre o pensamento que o sujeito possui existem as
ideias, as vontades ou afecções e os juízos. As ideias são as imagens das
coisas. As vontades ou afecções são os desejos. Os juízos são os atos nos
quais eu afirmo ou nego, ou seja, acrescento alguma coisa por esta ação às
ideias que tenho daquela coisa. Descartes cita que, no que diz respeito às
ideias, elas não podem ser falsas "porque, quer eu imagine um cabra quer uma
quimera, não é menos verdadeiro que imagino tanto uma quanto a outra" .
Também não há falsidade nas vontades ou afecções, "já que, mesmo que eu
possa desejar coisas más, ou nunca existindo, não é por isso menos verdade
que as desejo". Mas há outra via que Descartes precisa pesquisar se existe a
possibilidade de existir ideias fora dele.
Agora os argumentos irão prosseguir a traves da analise da luz natural,
que é uma via que atesta haver verdades tanto na eficiência da causa como
das do seu efeito, pois de onde é que os efeitos podem tirar sua realidade
senão de sua causa. Daí não apenas se conclui que o nada não pode produzir
o nada, mas também que o mais perfeito não pode ser uma decorrência do
menos perfeito. Descartes começa aqui a provar a existência de Deus, nessa
prova, a existência de Deus é demonstrada por seus efeitos, pelo simples fato
de Sua ideia estar em nós. Ao analisar e perceber que seu ser não era perfeito,
pois via claramente que conhecer era mais perfeição que duvidar, pois quem
duvida constata que não tem certeza e, portanto é imperfeito. Ocorreu dele
agora ir à procura de onde aprendera a pensar em alguma coisa mais perfeita
do que ele.
Ao analisar as coisas exteriores ele constata que elas são apenas
substâncias, subordinadas as suas análise, no sentido de que ele pode formar
ideias sobre elas. Mas isso não poderia acontecer com a ideia de um ser mais
perfeito do que o dele, pois como não repugnar que o mais perfeito seja uma
consequência e uma dependência do menos perfeito. De modo que ela só
poderia ter sido inculcada nele por uma natureza que fosse verdadeiramente
11. 11
mais perfeita do que ele, e que, portanto tivesse em si todas as perfeições de
modo que ele só tivesse a pena uma palavra para descrevê-lo, Deus.
Descartes elabora uma explicação da existência de Deus a partir da
causa, ele faz uma observação que consiste em perceber que, ele que é um
ser imperfeito e tem ideia de perfeição, essa ideia só pode vim de um ser
perfeito. Descartes considera Deus como causa da ideia de perfeição. Temos
uma ideia clara da perfeição, portanto nos dirigimos a ela. Essa é precisamente
a prova de que não somos os autores de nossa natureza, mas que
dependemos de uma causa. Essa causa é mais perfeita do que nós, já que
causa em nós a ideia de perfeição, esta causa é, portanto Deus. Quanto a isso
diz o próprio Descartes: “A isso acrescentei que, já que eu conhecia algumas
perfeições que não possuía, pois necessariamente devia existir algum outro
mais perfeito, do qual eu dependesse, e do qual tivesse adquirido tudo quanto
tenho, Pois se eu fosse só e independente de qualquer outro, de modo que
recebesse de mim mesmo todo esse pouco que participava do ser perfeito,
poderia, pela mesma razão, obter de mim tudo mais que sabia mi faltar, e
assim, ser eu mesmo infinito, eterno, imutável, oniciente, onipotente, enfim, ter
todas as perfeições que poderia notar em Deus.” Com essa prova que se
fundamenta na ideia de um ser perfeito, não é somente a prova da existência
de Deus, mais é também uma forte fundamentação que mos permite conhecer
os atributos de Deus. Descartes é incisivo em dizer que a inconstância, tristeza
e a dúvida não era encontrada em Deus, de modo que todo ser que não fosse
totalmente perfeito o ser deles dependeria totalmente do poder de Deus, de tal
modo que sem ele não poderiam subsistir em momento algum.
A prova a priori de existência de Deus e apresentada nas meditações.
Descartes expõe que há algo o qual ele mais estima em seu pensamento é a
verdade a qual ele pode encontrar dentro de si varias ideias, que não podem
ser consideradas um puro nada. Embora elas talvez não tenham nenhuma
existência fora de seus pensamentos, e que não tenha sido inventado por ele,
tão pouco ele tenha a liberdade de pensa-las ou não pensa-las; contudo elas
carregam suas naturezas verdadeiras e imutáveis. Como exemplo; quando ele
imagina um triângulo ainda que não haja talvez em nenhum lugar
12. 12
do mundo, fora do seu pensamento, uma tal figura, e que nunca tenha havido
alguma, não deixa, entretanto, de haver uma certa natureza ou forma, ou
essência determinada, dessa figura, a qual é imutável e eterna que ele não
inventou e que não depende de seu espírito. Pois todas as formas que ele
imaginou no triângulo podem ser confirmados posteriormente quando se tem
um triângulo. Nesse sentido só haveria uma maneira de refuta-lo, dizendo que
talvez essa ideia de triângulo tenha lhe chegado ao seu espírito por intermédio
de seu sentido, porque ele viu alguma vez corpos de figura triangular. Contudo
as ideias das essências matemáticas não são, portanto, simuladas nem
provenientes do sensível, em quanto ideias claras e distintas correspondem,
pois a algo.
Com esse argumento da prova a priori, Descartes vai tentar demonstrar
mais uma vez a existência de Deus. Ele segue dizendo: ora, agora se do
simples fato de que posso tirar do meu pensamento a ideia de alguma coisa,
segue-se que tudo quanto reconheço pertencer claro e distintamente a esta
coisa pertence-lhe de fato, não posso tirar disso um argumento e uma prova
demonstrativa de existência de Deus? Descartes pretende dizer que como é
certa as verdades matemáticas, Deus deve apresentar-se ao seu espírito de
forma tão verdadeira como quando considerou as verdades da matemática,
pois essa ideia de Deus se apresenta a ele de forma clara e distinta.
13. 13
CONCLUSÃO
Neste trabalho tivemos a experiência de conhecer uma filosofia calcada
no conhecer da razão. Seu método consiste em trabalhar o pensamento de
forma sistemática. O critério fundamental de tal filosofia é a pratica da duvida, é
preciso desde já realizar uma desconstrução profunda, esvaziar-se de todos os
conceitos anteriormente adquirido. Só assim seriamos capazes de realizarmos
uma filosofia criteriosa e cautelosa, baseada na certeza da razão.
Os sentidos mostram-se como um vilão, segundo essa filosofia, pois
tem a função de apenas nos enganar. Descartes chega a conclusão de sua
existência através da duvida, segunda ele, duvido logo existo, essa frase
tornou-se um marco em sua filosofia. Em sua duvida levada ao extremo ele
chegara a desconfiar dos resultados da matemática como, por exemplo, que
dois mais três são cinco, por não ter nem um conhecimento que fosse causa da
verdade dessa conclusão. Não haveria base para se acreditar nessa hipótese,
tudo poderia ter sido colocado em suas ideias por um ser enganador.
A questão da prova de Deus é explicada de forma a saber, que a causa
pode ser fonte de explicação para o efeito, ou seja pela causa se conhece o
seu efeito. Ao analisar e perceber que seu ser não era perfeito e que ele tinha
essa ideia de perfeição, logo se prontificou de se saber de onde viera essa
ideia de perfeição. Desenvolveu sua filosofia dentro desta linha de raciocínio
que o possibilitou a concluir que se ele é um ser que existe e que é imperfeito,
e que também tem uma ideia de perfeição ela só pode ter sido colocada em
sua mente por um ser maior que ele: Deus.
14. 14
BIBLIOGRAFIA
Discurso do método, René Descartes.
Meditações, René Descartes.