Material didático sobre como o organismo realiza o metabolismo de lipídios, e como o exercício físico e dieta podem induzir o processo de emagrecimento.
Metabolismo de Lipídios: Exercício Físico, Dieta e Emagrecimento
1. METABOLISMO DE LIPÍDIOS
PROF. MS. HENRIQUE STELZER NOGUEIRA
CREF 080569-G/SP
prof.henrique.stelzer.nogueira@gmail.com
2. CURRÍCULO RESUMIDO
• Licenciatura e Bacharelado – UNIBAN;
• Pós-graduação – Personal Training – Estácio de Sá;
• Mestre em Engenharia Mecânica (Biomateriais, Engenharia Biomédica, Bioengenharia e
Biotecnologia) – IFSP;
• Membro do ISEI – The International Society of Exercise Immunology;
• Revisor da Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício;
• Professor de pós-graduação (UniFMU, UniEstácio, UNIFAE, USCS e FEFISO);
• CREF 4ª Região (São Paulo):
– Palestrante – Ciclo do Conhecimento – Câncer e Exercício Físico;
– Autor do capítulo “Câncer e Exercício Físico” de livro sobre “Exercício Físico e Saúde”;
– Autor de livro sobre Câncer e Exercício Físico (publicação futura);
– Homenageado – “moeda” comemorativa de 20 anos do CREF4/SP.
• Personal Trainer – Atendimento Especializado na Oncologia;
• Aluno de graduação em Engenharia Elétrica – UniJÁ / UniFAJ;
• Etc....
4. LIPÍDIOS
• Lipídio (do grego lipos, que significa gordura) é o termo genérico
utilizado para designar:
– Óleos (ésteres de ácido graxo na forma líquida);
– Gorduras (ésteres de ácidos graxos na forma sólida);
– Ceras (ésteres de ácidos graxos e alcoois de cadeia longa).
LIMA, 2009; LORENZETI et al, 2015
5. LIPÍDIOS
• Baixa solubilidade em solvente
aquoso (hidrofobia);
• São solúveis em solventes
orgânicos:
– Éter;
– Benzeno;
– Clorofórmio.
LIMA, 2009; LORENZETI et al, 2015
6. LIPÍDIOS
• Constituição de membranas de células;
• Divisão entre o meio extra e intracelular;
• Armazenamento de grandes quantidades de lipídios, sem a
participação da água como solvente (reserva energética).
LIMA, 2009; LORENZETI et al, 2015
8. LIPÍDIOS
• O lipídio (quando oxidado), fornece muito mais energia do que o
carboidrato e proteína;
• Cada molécula de lipídio estoca 9 kcal;
• Carboidrato / proteína – 4 kcal.
• 1 kg de tecido adiposo é capaz de produzir energia suficiente para
manter um indivíduo correndo por cerca de 10-20 horas a uma
intensidade de 2/3 da sua potência aeróbia máxima.
LIMA, 2009; LORENZETI et al, 2015
9. LIPÍDIOS
• Funções:
– Estruturais;
– Armazenamento de energia;
– Cofatores enzimáticos;
– Transportadores de elétrons;
– Pigmentos que absorvem radiação luminosa
– Âncoras hidrofóbicas;
– Agentes emulsificantes;
– Hormônios.
LIMA, 2009; LORENZETI et al, 2015
10. LIPÍDIOS
• Os constituintes químicos dos lipídios são os mesmos dos
carboidratos (CHO);
• A proporção é diferente, ex.: estearina (C57H110O6);
• Classificação:
– Simples (triacilgliceróis);
– Compostos (fosfolipídios, glicolipídios e lipoproteínas);
– Derivados (ácidos graxos, esteróides e hidrocarbonetos).
LORENZETI et al, 2015
11. TRIACILGLICERÓIS
• Forma de lipídios mais
abundante no organismo;
• 95% da gordura corporal;
• 3 ácidos graxos + 1 glicerol.
LORENZETI et al, 2015
12. ÁCIDOS GRAXOS
• Substrato energético;
• Componente de membrana celular;
• Derivados dos ácidos carboxílicos;
• RCO2H – R = longas cadeias hidrocarbonadas não ramificadas e
com número par de átomos de carbono.
LIMA, 2009
13. ÁCIDOS GRAXOS
SATURADOS
• Não possuem duplas ligações
entre a cadeia longa de
carbonos.
• Predominantemente de origem
animal;
• Em temperatura ambiente, são
sólidos.
INSATURADOS
• Possuem duplas ligações na
cadeia longa de carbonos.
• Predominantemente de origem
vegetal;
• Em temperatura ambiente, são
líquidos.
LORENZETI et al, 2015
17. FOSFOLIPÍDIOS
• Sintetizados por todas as células, principalmente pelos hepatócitos;
• Funções:
– Integridade estrutural de membranas das células;
– Coagulação sanguínea;
– Bainha de mielina de neurônios.
LORENZETI et al, 2015
19. GLICOLIPÍDIOS
• São estruturas de ácidos graxos ligados a uma molécula de glicídio
(carboidrato) e nitrogênio.
• Estão presentes na membrana das células.
LORENZETI et al, 2015
20. LIPOPROTEÍNAS
• Partículas hidrossolúveis com formato esférico e são sintetizadas
principalmente pelo fígado, por meio de junção entre proteínas,
triacilgliceróis, fosfolipídios e colesterol.
• Meio de transporte dos lipídios no sangue.
LORENZETI et al, 2015
22. QUILOMÍCRONS
• Sintetizadas pelas células intestinais;
• Transporte de lipídios ingeridos na dieta, pela circulação linfática e
sanguínea em direção ao fígado e ao tecido adiposo.
LORENZETI et al, 2015
23. VLDL E LDL
• Sintetizadas pelo fígado;
• As VLDL são formadas no fígado a partir das gorduras,
carboidratos, álcool e colesterol;
• As VLDL são convertidas no fígado em LDL pela ação da enzima
lipase lipoproteica (LPL).
• Ambas são responsáveis pelo transporte de de TAG e do colesterol
do fígado para os tecidos periféricos;
• Contém alto percentual de gordura (95%), sendo 60% na forma de
TAG.
LORENZETI et al, 2015
24. HDL
• É sintetizado pelo intestino delgado e pelo fígado;
• Contém alto percentual de proteína (>50%) e menor percentual de
lipídios (20% de TAG e 20% de colesterol);
• Responsável pelo transporte reverso de lipídios, ou seja, dos
tecidos periféricos para o fígado, para que sejam metabolisados.
LORENZETI et al, 2015
25. COLESTEROL
• Encontrado apenas nos tecidos animais;
• Funções:
– Constituição de membrana celular;
– Precursor de hormônios esteróides:
• Gônadas: testículos (testosterona) e ovários (estrógenos e progesterona);
• Córtex das adrenais: zona glomerulosa (aldosterona), zona fasciculada
(cortisol), zona reticular (DHEA – deidroepiandrosterona).
LORENZETI et al, 2015
26. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Uma vez absorvidos pelas células intestinais, os lipídios podem
seguir os seguintes caminhos:
– Armazenamento pelo tecido adiposo na forma de TAG;
– Oxidados pelas mitocôndrias das células musculares;
– Servir como precursores dos hormônios esteróides,
– Outros.
LORENZETI et al, 2015
27. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Repouso (principalmente na situação pós-prandial) ação da
insulina no > da atividade da LPL (lipase lipoproteica) do tecido
adiposo;
• Degradação das moléculas de TAG contidas nas lipoproteínas;
• AG serão captados pelo tecido adiposo por meio de transportadores
específicos;
• No tecido adiposo ocorre nova síntese de TAG.
LORENZETI et al, 2015
28. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• A regulação do metabolismo de lipídios, bem como de carboidratos ,
é de suma importância para o controle da homeostase;
• Tal controle envolve sistemas que são sensíveis a vários estímulos:
– Disponibilidade de substratos;
– Atividade física;
– Estresse.
LIMA, 2009
29. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Hormônios com ação antagônica à insulina:
– Glucagon;
– Adrenalina;
– GH;
– Cortisol.
• Lipólise.
LORENZETI et al, 2015
30. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• A ação desses hormônios, por meio da ativação de seus
receptores, estimula a atividade de enzimas lipases:
– ATGL/CGI-58 (adipose TG lipase – coativador do comparative gene
identification-58);
– LHS (lipase hormônio sensível);
– LMG.
LORENZETI et al, 2015
31. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Degradação dos TAG;
• Glicerol se difunde livremente pelo plasma e vai para o fígado, é
convertido em glicose (gliconeogenese);
LORENZETI et al, 2015
32. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• AG por possuírem propriedades hidrofóbicas, necessitam de
transportador (albumina), que realização o seu transporte para o
músculo esquelético, que captará esses AG por transportadores
específicos:
– FAT/CD36: ácido graxo translocase;
– FATP: proteína transportadora de ácidos graxos;
– pmFABP: proteína de ligação dos ácidos graxos na membrana
plasmática.
LORENZETI et al, 2015
33.
34. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Uma vez dentro do citoplasma, a proteína ligadora de ácidos graxos
no citosol (cFABP) fará o transporte dos ácidos graxos até a
mitocondria.
• Os AG serão OXIDADOS na matriz mitocondrial por meio de uma
série de reações enzimáticas (beta-oxidação).
LORENZETI et al, 2015
35. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Para que os AG de cadeia longa consigam atravessar a dupla
membrana das mitocôndrias (externa e interna), é necessário o uso
de transportadores:
– Carnitina palmitoil transferase (CPT-1 e CPT-2).
LORENZETI et al, 2015
36. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Após a entrada na matriz mitocondrial, o ácido graxo é OXIDADO
pela beta-oxidação, formando acetil-CoA;
• Por ação da enzima citrato sintase (CS), o acetil-CoA reagirá com o
oxalacetato, formando citrato e dando início ao ciclo de Krebs.
LORENZETI et al, 2015
37. METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
• Durante a beta-oxidação e o ciclo de Krebs, são formadas as
moléculas de NADH+H+ e FADH2, que serão utilizadas na cadeia
respiratória para a síntese de ATP.
LORENZETI et al, 2015
39. CICLO DE KREBS
• Conhecido como ponto central do metabolismo intermediário;
• Funções:
– Catabólicas;
– Anabólicas!!!!!!
LORENZETI et al, 2015
40. CICLO DE KREBS
• Funções anabólicas:
– Fornecimento de produtos intermediários;
– Oxalacetato e malato precursores de gliconeogênese ;
– Succinil-CoA precursor da porfirina;
– 2-oxoglutarato e oxalacetato precursores de alguns aminoácidos;
– Citrato precursor de ácidos graxos.
LORENZETI et al, 2015
41. CICLO DE KREBS
• Principal função:
– Extração de moléculas de NADH+H+ e FADH2;
– Metabolismo na cadeia respiratória;
– Ressíntese direta de ATP (oxidação de carboidratos, lipídeos e
proteínas).
LORENZETI et al, 2015
51. BETA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
Ácidos graxos com
número par de átomos de C.
LORENZETI et al, 2015
52. BETA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
Ácidos graxos com número impar de átomos de C.
Mesma oxidação dos ácidos graxos com número par de C;
No final formação de proponil-CoA (3 átomos de carbono);
3 reações, sendo:
LORENZETI et al, 2015
56. LIPÍDIOS E EXERCÍCIO FÍSICO
LORENZETI et al, 2015
• Exercício físico > secreção dos hormônios antagônicos da
insulina;
• GH: alta intensidade;
• Cortisol: longa duração/alta intensidade (ex.: maratona).
57. LIPÍDIOS E EXERCÍCIO FÍSICO
LORENZETI et al, 2015
• Exercícios físicos de baixa e média intensidade, baixa secreção
destes hormônios;
• Longo período de tempo para que haja utilização considerável de
lipídios;
• Caso contrário, os estoques de glicogênio serão suficientes.
58. LIPÍDIOS E EXERCÍCIO FÍSICO
LORENZETI et al, 2015
• Contribuição dos lipídios durante o exercício físico:
– Aprox. 65% do VO2máx.
– Aprox. 75% da FCmáx.
59. LIPÍDIOS E EXERCÍCIO FÍSICO
LORENZETI et al, 2015
• Contribuição dos lipídios após o exercício físico:
• Espera-se isso após sessões de treino de alta intensidade.
– EPOC;
– PGC1-alfa.
60.
61.
62. EPOC (Excess Postexercise Oxygen Consumption)
Consumo de oxigênio aumentado em relação ao período
pré-exercício.
HIIT E EMAGRECIMENTO
63. recuperação dos níveis de repouso (homeostase);
remoção lactato sanguíneo;
regulação da temperatura corporal (termorregulação);
reequilíbrio hormonal;
ressíntese de glicogênio.
HIIT E EMAGRECIMENTO
66. Objetivo:
Observar o consumo de oxigênio 24 horas após a execução
de protocolos de HIIT e exercício contínuo.
Protocolo HIIT Protocolo Contínuo
10 x 60” x 60”rec (90%FCmax) 50’ cicloergômetro 70% FCmáx
HIIT E EMAGRECIMENTO
70. HIIT E EMAGRECIMENTO
Objetivo:
Comparar o gasto energético durante e após a execução de dois
protocolos de treinamento em esteira ergométrica (intervalado
de alta intensidade e contínuo de moderada intensidade) em
jovens saudáveis.
88. 111 idosos (homens e mulheres) sedentários sobrepesados e obesos:
56 – Treinamento Resistido (Musculação) (RT);
55 – Treinamento Resistido (Musculação) + Restrição Calórica (-600kcal)
(RT+CR).
Treino: 3 séries de 10 repetições
1 minuto de descanso entre as séries para o corpo todo (8 exercícios).
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96. Os resultados são controversos, não se pode afirmar
que a suplementação de CLA permite um maior
emagrecimento!!!!
97.
98. 11 – placebo (Pl);
11 – suplementação com cafeína, CLA, chá-verde e BCAA (MIDS);
Sobrepesados (as) e Obesos (as);
MANTIVERAM A DIETA COSTUMEIRA!!!!!!!!!!!!!!!!