4. TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS
LIPOPROTEÍNAS
Ácidos graxos;
Triacilgliceróis;
Fosfolipídios;
Colesterol;
5. LIPOPROTEÍNAS
São formadas por triacilgliceróis, ésteres de
colesterol, fosfolipídios e apoproteínas, pouco
solúveis em água.
6. TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS
LIPOPROTEÍNAS
Os lipídios, após sua absorção, são transportados
no plasma pelas lipoproteínas;
As proteínas que constituem as lipoproteínas são
denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas
(apo);
7. De acordo com sua densidade e mobilidade
eletroforética, as lipoproteínas são classificadas:
Quilomícrons;
Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL),
Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL),
lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e
Lipoproteínas de alta densidade (HDL).
8.
9. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
Enxógeno: Os lipídios entram na circulação
sanguínea através dos quilomícrons.
Endógeno: tem início com a síntese hepática da
VLDL, onde a enzima MTP combina os lipídios com a
apo B-100;
As partículas de VLDL se tornam capazes de interagir
com a enzima LPL do endotélio capilar, liberando
ácidos graxos aos tecidos;
10. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
Outra troca que ocorre entre VLDL e HDL é a
transferência de apo C e apo E para a HDL várias
alterações IDL seguem dois caminhos:
Captados pelo fígado;
Sofrem a ação da lipase hepática formando a LDL;
Efeitos importantes:
Inibição da síntese endógena de colesterol;
Ativação da LCAT;
11. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
O transporte reverso de colesterol é uma via de
transporte que remove o colesterol das células
extra-hepáticas para o fígado e talvez para o
intestino, para excreção;
Ainda pela redução do acúmulo de colesterol das
paredes das artérias, esse transporte previne o
desenvolvimento de aterosclerose.
Este processo é determinado parcialmente pela
concentração plasmática de HDL, apo A-I e pelo
metabolismo entre as subclasses de HDL.
12. DISLIPIDEMIAS
Hipertrigliceridemia: resulta do acúmulo de
quilomícrons e/ou de VLDL no compartimento
plasmático;
Hipercolesterolemia: acúmulo de lipoproteínas
ricas em colesterol como a LDL no
compartimento plasmático.
14. O combate às dislipidemias através do exercício
físico vem sendo alvo de inúmeros estudos e
debates científicos em todo o mundo;
Atualmente, essa prática está sendo
recomendada como parte integrante do
tratamento dessas doenças (ZIOGAS et al.);
A prática regular da atividade física melhora o
perfil lipídico;
Exercícios aeróbicos atuam no metabolismo de
lipoproteínas.
15. Estudo analisou a prática
continuada de exercícios
físicos ao longo da vida e a
ocorrência de dislipidemia
na idade adulta,
envolvendo 2720 adultos,
de ambos os sexos.
16. EXERCÍCIO AERÓBIO E DISLIPIDEMIAS
Praticar exercício de maneira regular e orientada
proporciona diversos benefícios, podendo haver
redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;
Apesar do nível de colesterol total não sofrer
modificação significativa, a partícula de LDL, que
é a mais aterogênica, apresenta redução
significativa em sua concentração (Ramos SB);
17. A prática sistematizada de exercícios físicos
parece ser um importante estimulador do
aumento do tamanho das moléculas de LDL-
colesterol, diminuindo sua capacidade de
penetrar no espaço subendotelial e ser oxidada;
O efeito do exercício aeróbico sobre o organismo
deve-se ao estímulo da produção das enzimas
antioxidantes e o consumo de lipídeos para a
produção de energia;
Exercício aeróbico e dieta com teores reduzidos de
gordura saturada e colesterol, são a primeira
maneira de intervenção quando se deseja
diminuir níveis elevados de lipídios;
18. Investigando as modificações no
perfil lipídico plasmático, das
enzimas lipoprotéicas atuantes no
metabolismo lipídico, após apenas
uma sessão
de exercícios físicos aeróbios
(antes, imediatamente após, 24 e
48h do exercício) com intensidade
de 70% do VO2máx em homens
hipercolesterolêmicos e
normocolesterolêmicos, foram
detectadas mudanças benéficas
nas concentrações lipídicas
plasmáticas com redução do LDL-
colesterol (apesar de transitórias),
elevação do HDL-colesterol e
HDL3- colesterol após 24h,
permanecendo assim por 48h, e
aumento da atividade enzimática
da lipase lipoprotéica nos dois
grupos.
CONCLUSÃO: Estes dados
indicam que as alterações
induzidas pelo exercício em
HDL - C e triglicéridos são
semelhantes em homens e HC
normocolesterolêmicos e pode
ser mediada , pelo menos em
parte , por um aumento da
actividade lipoproteína
lipase.
19. Estudo realizado 40 homens, sendo
20 hipercolesterolêmicos de boa
aptidão cardiorrespiratória
(VO2máx >50ml/kg/min) que
praticavam exercícios pelo menos
três vezes por semana com duração
superior a 30min em esportes
vigorosos e 20 sedentários (VO2máx
<45ml/kg/min). Nos indivíduos
treinados foram observados menos
LDL pequenas e densas
(d>1.040g/ml), substituídas por
partículas de subfração da LDL
grandes e menos densas
(d<1.037g/ml), do que os sedentários
hipercolesterolêmicos, mesmo sem
mudanças na concentração de LDL-
colesterol total entre os grupos.
Além disso, uma elevada subfração
HDL2- colesterol foi observada no
grupo com boa aptidão
cardiorrespiratória.
COCLUSÃO: Estes dados
demonstram a influência
significativa de
condicionamento aeróbico
sobre a concentração da
subfração de lipoproteína e
sua composição, enfatizando o
papel do exercício no
tratamento e redução de risco
de hipercolesterolemia .
20. EXERCÍCIO DE FORÇA
São poucos os trabalhos científicos relacionando
alterações lipoprotéicas e exercícios de força;
Alguns desses poucos estudos apresentam falhas
de projeto ou limitações metodológicas, podendo
ter afetado seus resultados;
Não têm achado melhoria no perfil lipídico com o
treinamento de força.
21. HURLEY, realizou um estudo onde comparou os efeitos do
treinamento de força e aeróbio com grupos de indivíduos
saudáveis distintos.
O grupo com treinamento de força consistiu de 20 semanas,
três vezes por semana, executando duas séries de 12
exercícios, usando 10 a 15 repetições máximas para cada
exercício e o aeróbio, os indivíduos andaram e/ou correram
por aproximadamente 30min com intensidade, variando
entre 70% e 85% de sua frequência cardíaca máx de
reserva, por 20 semanas.
Não foram encontradas mudanças significativas no
perfil lipídico com o treinamento de força;
O treinamento aeróbio produziu somente
modificações nos triglicerídeos, sem modificações
significativas na HDL-colesterol e LDL-colesterol .
22. Um estudo realizado por Manning et al., também
não encontraram mudança significativa nas
concentrações da HDL-colesterol e LDL-colesterol
entre 16 mulheres obesas que participaram de
um treinamento de força, consistindo em duas
séries de seis a oito repetições de 60% a 70% de
uma repetição máxima, sendo realizadas três
séries no decorrer do programa, três vezes por
semana, durante 12 semanas, e um grupo
controle que não se exercitou.
24. Investigações experimentais, clínicas e
epidemiológicas demonstram a relação entre as
dislipidemias e a Doença Arterial Coronariana;
A terapia nutricional, segundo a National
Cholesterol Education Program’s Treatment
Panel e pela Diretriz Brasileira sobre
dislipidemias, enfatiza como prevenção primária
das doenças cardiovasculares, a mudança do
estilo de vida (MEV);
Essa MEV leva à redução de eventos
cardiovasculares em 82%;
25. Praticar exercício de maneira regular e orientada
proporciona diversos benefícios, podendo haver
redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;
Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce
proteção cardiovascular ainda são desconhecidos;
Os efeitos benéficos se devem à redução do IMC, ao
aumento do HDL, à redução da resistência à insulina,
à melhora da hipertensão arterial e da função
endotelial;
Apesar do nível de colesterol total não sofrer
modificação significativa, a partícula de LDL, que é a
mais aterogênica, apresenta redução significativa em
sua concentração (Ramos SB);
26. ALTERAÇÕES EM LIPÍDIOS E LIPOPROTEÍNAS
COM ATIVIDADE FÍSICA REGULAR
Lipídios/
Lipoproteínas
Uma sessão de
exercícios
Atividade física
regular
Triglicerídios Redução de 14 a
50%;
Redução média de
20%;
Redução de 4 a
37%;
Redução média de
24%;
Colesterol Inalterado** Inalterado***
LDL Inalterado** Inalterado***
Lp(a) Inalterado Inalterado
HDL Aumento de 4 a
18%;
Aumento médio de
8%;
Aumento de 4 a
20%;
Aumento médio de
16%;
27. CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS, FISIOLÓGICAS
E DE ESTILO DE VIDA ASSOCIADAS A MAIOR
RISCO DE EVENTOS CORONARIANOS
Bioquímicas ou
fisiológicas
(modificáveis)
Estilo de vida Características
pessoais
Pressão arterial
elevada;
HDL baixo;
Obesidade;
Colesterol
plasmáticos elevado;
Tabagismo;
Sedentarismo;
Dietas com grandes
quantidades de
colesterol, gordura
saturada e energia;
Idade;
Sexo;
História familiar de
DAC;
História pessoal de
DAC ou doença
vascular
aterosclerótica;
28.
29. CONCLUSÃO
Pode-se concluir, que segundo as pesquisas e
estudos, a indicação do exercício físico é reforçada
como parte de uma intervenção no tratamento
das dislipidemias. E que mudanças no estilo de
vida, como a prática de bons hábitos alimentares
também são indispensáveis para o controle e
prevenção dessa doença.
Sendo assim, destaca-se a importância de uma
alimentação adequada e equilibrada associada à
prática regular de exercícios.
30. REFERÊNCIAS
FAGHERAZZI, Sanmira; DIAS, Raquel da Luz; BORTOLON, Fernanda. Impacto do
exercício físico isolado e combinado com dieta sobre os níveis séricos de HDL,
LDL, colesterol total e triglicerídeos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 14, n.
4, Aug. 2008 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext&
pid=S151786922008000400012&lng=en&nrm=iso>. Access on 24 Nov. 2014.
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fisicamente ativos durante a infância, adolescência e idade adulta. Arq. Bras.
Cardiol., São Paulo , v. 97, n. 4, Oct. 2011 . Available
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PRADO, Eduardo Seixas; DANTAS, Estélio Henrique Martin. Efeitos dos exercícios
físicos aeróbio e de força nas lipoproteínas HDL, LDL e lipoproteína(a). Arq.
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
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PEREIRA, Fernanda Muller et al. Melhora do Perfil Lipídico Através do Exercício
Físico. Diponível em < http://www.bc.furb.br/docs/MO/2012/351717_1_1.PDF> acesso
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SALES, R.L.; PELUZIO, M.C.G.; COST A, N.M.B. Lipopr oteins: a r eview of its
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