SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO NO ESPORTE
PROFº JOÃO ARAÚJO NETO
Maria Cecília
Renata Carvalho
DISLIPIDEMIAS
DISLIPIDEMIAS
 Alteração na concentração plasmática de uma ou
mais classes de lipoproteínas que, em maior ou
menor grau, predispõem à aterogênese.
Locais de Desenvolvimento da
Aterosclerose
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS
LIPOPROTEÍNAS
 Ácidos graxos;
 Triacilgliceróis;
 Fosfolipídios;
 Colesterol;
LIPOPROTEÍNAS
 São formadas por triacilgliceróis, ésteres de
colesterol, fosfolipídios e apoproteínas, pouco
solúveis em água.
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS
LIPOPROTEÍNAS
 Os lipídios, após sua absorção, são transportados
no plasma pelas lipoproteínas;
 As proteínas que constituem as lipoproteínas são
denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas
(apo);
 De acordo com sua densidade e mobilidade
eletroforética, as lipoproteínas são classificadas:
 Quilomícrons;
 Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL),
 Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL),
 lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e
 Lipoproteínas de alta densidade (HDL).
METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
 Enxógeno: Os lipídios entram na circulação
sanguínea através dos quilomícrons.
 Endógeno: tem início com a síntese hepática da
VLDL, onde a enzima MTP combina os lipídios com a
apo B-100;
 As partículas de VLDL se tornam capazes de interagir
com a enzima LPL do endotélio capilar, liberando
ácidos graxos aos tecidos;
METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
 Outra troca que ocorre entre VLDL e HDL é a
transferência de apo C e apo E para a HDL  várias
alterações  IDL  seguem dois caminhos:
 Captados pelo fígado;
 Sofrem a ação da lipase hepática formando a LDL;
 Efeitos importantes:
 Inibição da síntese endógena de colesterol;
 Ativação da LCAT;
METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
 O transporte reverso de colesterol é uma via de
transporte que remove o colesterol das células
extra-hepáticas para o fígado e talvez para o
intestino, para excreção;
 Ainda pela redução do acúmulo de colesterol das
paredes das artérias, esse transporte previne o
desenvolvimento de aterosclerose.
 Este processo é determinado parcialmente pela
concentração plasmática de HDL, apo A-I e pelo
metabolismo entre as subclasses de HDL.
DISLIPIDEMIAS
 Hipertrigliceridemia: resulta do acúmulo de
quilomícrons e/ou de VLDL no compartimento
plasmático;
 Hipercolesterolemia: acúmulo de lipoproteínas
ricas em colesterol como a LDL no
compartimento plasmático.
DISLIPIDEMIA E EXERCÍCIO FÍSICO
 O combate às dislipidemias através do exercício
físico vem sendo alvo de inúmeros estudos e
debates científicos em todo o mundo;
 Atualmente, essa prática está sendo
recomendada como parte integrante do
tratamento dessas doenças (ZIOGAS et al.);
 A prática regular da atividade física melhora o
perfil lipídico;
 Exercícios aeróbicos atuam no metabolismo de
lipoproteínas.
Estudo analisou a prática
continuada de exercícios
físicos ao longo da vida e a
ocorrência de dislipidemia
na idade adulta,
envolvendo 2720 adultos,
de ambos os sexos.
EXERCÍCIO AERÓBIO E DISLIPIDEMIAS
 Praticar exercício de maneira regular e orientada
proporciona diversos benefícios, podendo haver
redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;
 Apesar do nível de colesterol total não sofrer
modificação significativa, a partícula de LDL, que
é a mais aterogênica, apresenta redução
significativa em sua concentração (Ramos SB);
 A prática sistematizada de exercícios físicos
parece ser um importante estimulador do
aumento do tamanho das moléculas de LDL-
colesterol, diminuindo sua capacidade de
penetrar no espaço subendotelial e ser oxidada;
 O efeito do exercício aeróbico sobre o organismo
deve-se ao estímulo da produção das enzimas
antioxidantes e o consumo de lipídeos para a
produção de energia;
 Exercício aeróbico e dieta com teores reduzidos de
gordura saturada e colesterol, são a primeira
maneira de intervenção quando se deseja
diminuir níveis elevados de lipídios;
Investigando as modificações no
perfil lipídico plasmático, das
enzimas lipoprotéicas atuantes no
metabolismo lipídico, após apenas
uma sessão
de exercícios físicos aeróbios
(antes, imediatamente após, 24 e
48h do exercício) com intensidade
de 70% do VO2máx em homens
hipercolesterolêmicos e
normocolesterolêmicos, foram
detectadas mudanças benéficas
nas concentrações lipídicas
plasmáticas com redução do LDL-
colesterol (apesar de transitórias),
elevação do HDL-colesterol e
HDL3- colesterol após 24h,
permanecendo assim por 48h, e
aumento da atividade enzimática
da lipase lipoprotéica nos dois
grupos.
CONCLUSÃO: Estes dados
indicam que as alterações
induzidas pelo exercício em
HDL - C e triglicéridos são
semelhantes em homens e HC
normocolesterolêmicos e pode
ser mediada , pelo menos em
parte , por um aumento da
actividade lipoproteína
lipase.
Estudo realizado 40 homens, sendo
20 hipercolesterolêmicos de boa
aptidão cardiorrespiratória
(VO2máx >50ml/kg/min) que
praticavam exercícios pelo menos
três vezes por semana com duração
superior a 30min em esportes
vigorosos e 20 sedentários (VO2máx
<45ml/kg/min). Nos indivíduos
treinados foram observados menos
LDL pequenas e densas
(d>1.040g/ml), substituídas por
partículas de subfração da LDL
grandes e menos densas
(d<1.037g/ml), do que os sedentários
hipercolesterolêmicos, mesmo sem
mudanças na concentração de LDL-
colesterol total entre os grupos.
Além disso, uma elevada subfração
HDL2- colesterol foi observada no
grupo com boa aptidão
cardiorrespiratória.
COCLUSÃO: Estes dados
demonstram a influência
significativa de
condicionamento aeróbico
sobre a concentração da
subfração de lipoproteína e
sua composição, enfatizando o
papel do exercício no
tratamento e redução de risco
de hipercolesterolemia .
EXERCÍCIO DE FORÇA
 São poucos os trabalhos científicos relacionando
alterações lipoprotéicas e exercícios de força;
 Alguns desses poucos estudos apresentam falhas
de projeto ou limitações metodológicas, podendo
ter afetado seus resultados;
 Não têm achado melhoria no perfil lipídico com o
treinamento de força.
 HURLEY, realizou um estudo onde comparou os efeitos do
treinamento de força e aeróbio com grupos de indivíduos
saudáveis distintos.
 O grupo com treinamento de força consistiu de 20 semanas,
três vezes por semana, executando duas séries de 12
exercícios, usando 10 a 15 repetições máximas para cada
exercício e o aeróbio, os indivíduos andaram e/ou correram
por aproximadamente 30min com intensidade, variando
entre 70% e 85% de sua frequência cardíaca máx de
reserva, por 20 semanas.
 Não foram encontradas mudanças significativas no
perfil lipídico com o treinamento de força;
 O treinamento aeróbio produziu somente
modificações nos triglicerídeos, sem modificações
significativas na HDL-colesterol e LDL-colesterol .
 Um estudo realizado por Manning et al., também
não encontraram mudança significativa nas
concentrações da HDL-colesterol e LDL-colesterol
entre 16 mulheres obesas que participaram de
um treinamento de força, consistindo em duas
séries de seis a oito repetições de 60% a 70% de
uma repetição máxima, sendo realizadas três
séries no decorrer do programa, três vezes por
semana, durante 12 semanas, e um grupo
controle que não se exercitou.
EXERCÍCIO REGULAR COM
DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA E DISLIPIDEMIAS
 Investigações experimentais, clínicas e
epidemiológicas demonstram a relação entre as
dislipidemias e a Doença Arterial Coronariana;
 A terapia nutricional, segundo a National
Cholesterol Education Program’s Treatment
Panel e pela Diretriz Brasileira sobre
dislipidemias, enfatiza como prevenção primária
das doenças cardiovasculares, a mudança do
estilo de vida (MEV);
 Essa MEV leva à redução de eventos
cardiovasculares em 82%;
 Praticar exercício de maneira regular e orientada
proporciona diversos benefícios, podendo haver
redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;
 Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce
proteção cardiovascular ainda são desconhecidos;
 Os efeitos benéficos se devem à redução do IMC, ao
aumento do HDL, à redução da resistência à insulina,
à melhora da hipertensão arterial e da função
endotelial;
 Apesar do nível de colesterol total não sofrer
modificação significativa, a partícula de LDL, que é a
mais aterogênica, apresenta redução significativa em
sua concentração (Ramos SB);
ALTERAÇÕES EM LIPÍDIOS E LIPOPROTEÍNAS
COM ATIVIDADE FÍSICA REGULAR
Lipídios/
Lipoproteínas
Uma sessão de
exercícios
Atividade física
regular
Triglicerídios Redução de 14 a
50%;
Redução média de
20%;
Redução de 4 a
37%;
Redução média de
24%;
Colesterol Inalterado** Inalterado***
LDL Inalterado** Inalterado***
Lp(a) Inalterado Inalterado
HDL Aumento de 4 a
18%;
Aumento médio de
8%;
Aumento de 4 a
20%;
Aumento médio de
16%;
CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS, FISIOLÓGICAS
E DE ESTILO DE VIDA ASSOCIADAS A MAIOR
RISCO DE EVENTOS CORONARIANOS
Bioquímicas ou
fisiológicas
(modificáveis)
Estilo de vida Características
pessoais
Pressão arterial
elevada;
HDL baixo;
Obesidade;
Colesterol
plasmáticos elevado;
Tabagismo;
Sedentarismo;
Dietas com grandes
quantidades de
colesterol, gordura
saturada e energia;
Idade;
Sexo;
História familiar de
DAC;
História pessoal de
DAC ou doença
vascular
aterosclerótica;
CONCLUSÃO
 Pode-se concluir, que segundo as pesquisas e
estudos, a indicação do exercício físico é reforçada
como parte de uma intervenção no tratamento
das dislipidemias. E que mudanças no estilo de
vida, como a prática de bons hábitos alimentares
também são indispensáveis para o controle e
prevenção dessa doença.
 Sendo assim, destaca-se a importância de uma
alimentação adequada e equilibrada associada à
prática regular de exercícios.
REFERÊNCIAS
FAGHERAZZI, Sanmira; DIAS, Raquel da Luz; BORTOLON, Fernanda. Impacto do
exercício físico isolado e combinado com dieta sobre os níveis séricos de HDL,
LDL, colesterol total e triglicerídeos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 14, n.
4, Aug. 2008 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext&
pid=S151786922008000400012&lng=en&nrm=iso>. Access on 24 Nov. 2014.
FERNANDES, Rômulo Araújo et al . Prevalência de dislipidemia em indivíduos
fisicamente ativos durante a infância, adolescência e idade adulta. Arq. Bras.
Cardiol., São Paulo , v. 97, n. 4, Oct. 2011 . Available
from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2011001300007&lng=en&nrm=iso>.access on 24 Nov. 2014. Epub Aug 05, 2011.
PRADO, Eduardo Seixas; DANTAS, Estélio Henrique Martin. Efeitos dos exercícios
físicos aeróbio e de força nas lipoproteínas HDL, LDL e lipoproteína(a). Arq.
Bras. Cardiol., São Paulo , v. 79, n. 4, Oct. 2002 . Available from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2002001300013&lng=en&nrm=iso access on 24 Nov. 2014.
PEREIRA, Fernanda Muller et al. Melhora do Perfil Lipídico Através do Exercício
Físico. Diponível em < http://www.bc.furb.br/docs/MO/2012/351717_1_1.PDF> acesso
em 23 de No. 2014.
SALES, R.L.; PELUZIO, M.C.G.; COST A, N.M.B. Lipopr oteins: a r eview of its
metabolism and implications on the pr ogress of car diovascular diseases. Nutrire: rev.
Soc. Bras. Alim. Nutr .= J. Brazilian Soc. Food Nutr ., São Paulo,SP. v.25, p. 71-86, jun.,
2003. Lipoproteínas: uma revisão do seu metabolismo e envolvimento com o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Disponível em <
http://www.revistanutrire.org.br/files/v25n%C3%BAnico/v25nunicoa06.pdf> Acesso em
21 de Nov. 2014

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.D
Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.DDistúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.D
Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.DDanusa Menegaz
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusCassyano Correr
 
Aula Hipertensão Arterial Paab VI
Aula Hipertensão Arterial Paab VIAula Hipertensão Arterial Paab VI
Aula Hipertensão Arterial Paab VIProfessor Robson
 
Dislipidemia e risco cardiovascular
Dislipidemia e risco cardiovascularDislipidemia e risco cardiovascular
Dislipidemia e risco cardiovascularMonique Vazz
 
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICAHAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICAStéphanie Victorino
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaJucie Vasconcelos
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de LaboratórioSheyla Amorim
 
Apresent colesterol lbn04
Apresent colesterol lbn04Apresent colesterol lbn04
Apresent colesterol lbn04Maria Melo
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016Maycon Silva
 
Aula dm farmaco 2013
Aula dm farmaco 2013Aula dm farmaco 2013
Aula dm farmaco 2013Elaine Moura
 
Hipertensão arterial powerpoint
Hipertensão arterial   powerpoint Hipertensão arterial   powerpoint
Hipertensão arterial powerpoint AnaRitaPinheiro
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Danilo Alves
 
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIAula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIProfessor Robson
 

Mais procurados (20)

DISLIPIDEMIA
DISLIPIDEMIADISLIPIDEMIA
DISLIPIDEMIA
 
Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.D
Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.DDistúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.D
Distúrbio metabolismo lipoproteínas - Danusa Menegaz, Ph.D
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes Mellitus
 
Síndrome Metabólica
Síndrome MetabólicaSíndrome Metabólica
Síndrome Metabólica
 
Aula Hipertensão Arterial Paab VI
Aula Hipertensão Arterial Paab VIAula Hipertensão Arterial Paab VI
Aula Hipertensão Arterial Paab VI
 
Dislipidemia e risco cardiovascular
Dislipidemia e risco cardiovascularDislipidemia e risco cardiovascular
Dislipidemia e risco cardiovascular
 
Aula hipertensão
Aula hipertensãoAula hipertensão
Aula hipertensão
 
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICAHAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
HAS - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de Laboratório
 
Apresent colesterol lbn04
Apresent colesterol lbn04Apresent colesterol lbn04
Apresent colesterol lbn04
 
Diabetes melitus tipo 1
Diabetes melitus tipo 1Diabetes melitus tipo 1
Diabetes melitus tipo 1
 
DIABETES
DIABETESDIABETES
DIABETES
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
 
Aula dm farmaco 2013
Aula dm farmaco 2013Aula dm farmaco 2013
Aula dm farmaco 2013
 
Hipertensão arterial powerpoint
Hipertensão arterial   powerpoint Hipertensão arterial   powerpoint
Hipertensão arterial powerpoint
 
Lipoproteinas aula
Lipoproteinas aulaLipoproteinas aula
Lipoproteinas aula
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
 
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIAula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
 
COLESTEROL
 COLESTEROL COLESTEROL
COLESTEROL
 

Semelhante a O papel do exercício físico no tratamento das dislipidemias

Aula de Bioquímica Clínica - Dislipidemias
Aula de Bioquímica Clínica - DislipidemiasAula de Bioquímica Clínica - Dislipidemias
Aula de Bioquímica Clínica - DislipidemiasGeraldo286325
 
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicio
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicioGlicocorticoides, sindrome metabolica e exercicio
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicioJoão Gabriel Rodrigues
 
O%20consumo%20de%20gordura%20animal
O%20consumo%20de%20gordura%20animalO%20consumo%20de%20gordura%20animal
O%20consumo%20de%20gordura%20animalJuliana Siqueira
 
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitos
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitosRegulação do metabolismo de lipídios nos adipócitos
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitosVan Der Häägen Brazil
 
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...Van Der Häägen Brazil
 
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42FABIANADESOUTO
 
Ginastica E Diabetes
Ginastica E DiabetesGinastica E Diabetes
Ginastica E Diabetesguest4290779
 
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdfProfessorCETDanielle
 
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃO
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃONUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃO
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃOmarcostrainer7
 
Lipídios ( Power Point )
Lipídios ( Power Point )Lipídios ( Power Point )
Lipídios ( Power Point )Bio
 
Nutrição esportiva
Nutrição esportivaNutrição esportiva
Nutrição esportivaRenata Jardim
 
Nutrição esportiva
Nutrição esportivaNutrição esportiva
Nutrição esportivaRenata Jardim
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasMario Gandra
 
Gh e lípides (col. totalldl col hdl col vldl col triglicérides) criança infa...
Gh e lípides (col. totalldl col hdl  col vldl col triglicérides) criança infa...Gh e lípides (col. totalldl col hdl  col vldl col triglicérides) criança infa...
Gh e lípides (col. totalldl col hdl col vldl col triglicérides) criança infa...Van Der Häägen Brazil
 
Formação Slim/ForLady
Formação Slim/ForLadyFormação Slim/ForLady
Formação Slim/ForLadymarkpt
 
Exercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaExercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaDanilo Joenck
 

Semelhante a O papel do exercício físico no tratamento das dislipidemias (20)

Aula de Bioquímica Clínica - Dislipidemias
Aula de Bioquímica Clínica - DislipidemiasAula de Bioquímica Clínica - Dislipidemias
Aula de Bioquímica Clínica - Dislipidemias
 
DISLIPIDEMIAS-1.pdf
DISLIPIDEMIAS-1.pdfDISLIPIDEMIAS-1.pdf
DISLIPIDEMIAS-1.pdf
 
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicio
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicioGlicocorticoides, sindrome metabolica e exercicio
Glicocorticoides, sindrome metabolica e exercicio
 
O%20consumo%20de%20gordura%20animal
O%20consumo%20de%20gordura%20animalO%20consumo%20de%20gordura%20animal
O%20consumo%20de%20gordura%20animal
 
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitos
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitosRegulação do metabolismo de lipídios nos adipócitos
Regulação do metabolismo de lipídios nos adipócitos
 
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...
Obesidade intra abdominal associado ao colesterol total e frações e resistênc...
 
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42
005 diretrizes-sbd-como-prescrever-pg42
 
Ginastica E Diabetes
Ginastica E DiabetesGinastica E Diabetes
Ginastica E Diabetes
 
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf
2328-Texto do artigo-9227-1-10-20170303.pdf
 
dislipidemia.pptx
dislipidemia.pptxdislipidemia.pptx
dislipidemia.pptx
 
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃO
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃONUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃO
NUTRIÇÃO APLICADA A MUSCULAÇÃO
 
Lipídios ( Power Point )
Lipídios ( Power Point )Lipídios ( Power Point )
Lipídios ( Power Point )
 
Exercdiabe
ExercdiabeExercdiabe
Exercdiabe
 
Nutrição esportiva
Nutrição esportivaNutrição esportiva
Nutrição esportiva
 
Nutrição esportiva
Nutrição esportivaNutrição esportiva
Nutrição esportiva
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
Gh e lípides (col. totalldl col hdl col vldl col triglicérides) criança infa...
Gh e lípides (col. totalldl col hdl  col vldl col triglicérides) criança infa...Gh e lípides (col. totalldl col hdl  col vldl col triglicérides) criança infa...
Gh e lípides (col. totalldl col hdl col vldl col triglicérides) criança infa...
 
Formação Slim/ForLady
Formação Slim/ForLadyFormação Slim/ForLady
Formação Slim/ForLady
 
Exercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolicaExercicio e-sindrome-metabolica
Exercicio e-sindrome-metabolica
 
Emagrecimento
EmagrecimentoEmagrecimento
Emagrecimento
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 

Último (8)

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 

O papel do exercício físico no tratamento das dislipidemias

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO NO ESPORTE PROFº JOÃO ARAÚJO NETO Maria Cecília Renata Carvalho DISLIPIDEMIAS
  • 2. DISLIPIDEMIAS  Alteração na concentração plasmática de uma ou mais classes de lipoproteínas que, em maior ou menor grau, predispõem à aterogênese.
  • 3. Locais de Desenvolvimento da Aterosclerose
  • 4. TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS LIPOPROTEÍNAS  Ácidos graxos;  Triacilgliceróis;  Fosfolipídios;  Colesterol;
  • 5. LIPOPROTEÍNAS  São formadas por triacilgliceróis, ésteres de colesterol, fosfolipídios e apoproteínas, pouco solúveis em água.
  • 6. TRANSPORTE DE LIPÍDIOS E AS LIPOPROTEÍNAS  Os lipídios, após sua absorção, são transportados no plasma pelas lipoproteínas;  As proteínas que constituem as lipoproteínas são denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas (apo);
  • 7.  De acordo com sua densidade e mobilidade eletroforética, as lipoproteínas são classificadas:  Quilomícrons;  Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL),  Lipoproteínas de densidade intermediária (IDL),  lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e  Lipoproteínas de alta densidade (HDL).
  • 8.
  • 9. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS  Enxógeno: Os lipídios entram na circulação sanguínea através dos quilomícrons.  Endógeno: tem início com a síntese hepática da VLDL, onde a enzima MTP combina os lipídios com a apo B-100;  As partículas de VLDL se tornam capazes de interagir com a enzima LPL do endotélio capilar, liberando ácidos graxos aos tecidos;
  • 10. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS  Outra troca que ocorre entre VLDL e HDL é a transferência de apo C e apo E para a HDL  várias alterações  IDL  seguem dois caminhos:  Captados pelo fígado;  Sofrem a ação da lipase hepática formando a LDL;  Efeitos importantes:  Inibição da síntese endógena de colesterol;  Ativação da LCAT;
  • 11. METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS  O transporte reverso de colesterol é uma via de transporte que remove o colesterol das células extra-hepáticas para o fígado e talvez para o intestino, para excreção;  Ainda pela redução do acúmulo de colesterol das paredes das artérias, esse transporte previne o desenvolvimento de aterosclerose.  Este processo é determinado parcialmente pela concentração plasmática de HDL, apo A-I e pelo metabolismo entre as subclasses de HDL.
  • 12. DISLIPIDEMIAS  Hipertrigliceridemia: resulta do acúmulo de quilomícrons e/ou de VLDL no compartimento plasmático;  Hipercolesterolemia: acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol como a LDL no compartimento plasmático.
  • 14.  O combate às dislipidemias através do exercício físico vem sendo alvo de inúmeros estudos e debates científicos em todo o mundo;  Atualmente, essa prática está sendo recomendada como parte integrante do tratamento dessas doenças (ZIOGAS et al.);  A prática regular da atividade física melhora o perfil lipídico;  Exercícios aeróbicos atuam no metabolismo de lipoproteínas.
  • 15. Estudo analisou a prática continuada de exercícios físicos ao longo da vida e a ocorrência de dislipidemia na idade adulta, envolvendo 2720 adultos, de ambos os sexos.
  • 16. EXERCÍCIO AERÓBIO E DISLIPIDEMIAS  Praticar exercício de maneira regular e orientada proporciona diversos benefícios, podendo haver redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;  Apesar do nível de colesterol total não sofrer modificação significativa, a partícula de LDL, que é a mais aterogênica, apresenta redução significativa em sua concentração (Ramos SB);
  • 17.  A prática sistematizada de exercícios físicos parece ser um importante estimulador do aumento do tamanho das moléculas de LDL- colesterol, diminuindo sua capacidade de penetrar no espaço subendotelial e ser oxidada;  O efeito do exercício aeróbico sobre o organismo deve-se ao estímulo da produção das enzimas antioxidantes e o consumo de lipídeos para a produção de energia;  Exercício aeróbico e dieta com teores reduzidos de gordura saturada e colesterol, são a primeira maneira de intervenção quando se deseja diminuir níveis elevados de lipídios;
  • 18. Investigando as modificações no perfil lipídico plasmático, das enzimas lipoprotéicas atuantes no metabolismo lipídico, após apenas uma sessão de exercícios físicos aeróbios (antes, imediatamente após, 24 e 48h do exercício) com intensidade de 70% do VO2máx em homens hipercolesterolêmicos e normocolesterolêmicos, foram detectadas mudanças benéficas nas concentrações lipídicas plasmáticas com redução do LDL- colesterol (apesar de transitórias), elevação do HDL-colesterol e HDL3- colesterol após 24h, permanecendo assim por 48h, e aumento da atividade enzimática da lipase lipoprotéica nos dois grupos. CONCLUSÃO: Estes dados indicam que as alterações induzidas pelo exercício em HDL - C e triglicéridos são semelhantes em homens e HC normocolesterolêmicos e pode ser mediada , pelo menos em parte , por um aumento da actividade lipoproteína lipase.
  • 19. Estudo realizado 40 homens, sendo 20 hipercolesterolêmicos de boa aptidão cardiorrespiratória (VO2máx >50ml/kg/min) que praticavam exercícios pelo menos três vezes por semana com duração superior a 30min em esportes vigorosos e 20 sedentários (VO2máx <45ml/kg/min). Nos indivíduos treinados foram observados menos LDL pequenas e densas (d>1.040g/ml), substituídas por partículas de subfração da LDL grandes e menos densas (d<1.037g/ml), do que os sedentários hipercolesterolêmicos, mesmo sem mudanças na concentração de LDL- colesterol total entre os grupos. Além disso, uma elevada subfração HDL2- colesterol foi observada no grupo com boa aptidão cardiorrespiratória. COCLUSÃO: Estes dados demonstram a influência significativa de condicionamento aeróbico sobre a concentração da subfração de lipoproteína e sua composição, enfatizando o papel do exercício no tratamento e redução de risco de hipercolesterolemia .
  • 20. EXERCÍCIO DE FORÇA  São poucos os trabalhos científicos relacionando alterações lipoprotéicas e exercícios de força;  Alguns desses poucos estudos apresentam falhas de projeto ou limitações metodológicas, podendo ter afetado seus resultados;  Não têm achado melhoria no perfil lipídico com o treinamento de força.
  • 21.  HURLEY, realizou um estudo onde comparou os efeitos do treinamento de força e aeróbio com grupos de indivíduos saudáveis distintos.  O grupo com treinamento de força consistiu de 20 semanas, três vezes por semana, executando duas séries de 12 exercícios, usando 10 a 15 repetições máximas para cada exercício e o aeróbio, os indivíduos andaram e/ou correram por aproximadamente 30min com intensidade, variando entre 70% e 85% de sua frequência cardíaca máx de reserva, por 20 semanas.  Não foram encontradas mudanças significativas no perfil lipídico com o treinamento de força;  O treinamento aeróbio produziu somente modificações nos triglicerídeos, sem modificações significativas na HDL-colesterol e LDL-colesterol .
  • 22.  Um estudo realizado por Manning et al., também não encontraram mudança significativa nas concentrações da HDL-colesterol e LDL-colesterol entre 16 mulheres obesas que participaram de um treinamento de força, consistindo em duas séries de seis a oito repetições de 60% a 70% de uma repetição máxima, sendo realizadas três séries no decorrer do programa, três vezes por semana, durante 12 semanas, e um grupo controle que não se exercitou.
  • 23. EXERCÍCIO REGULAR COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA E DISLIPIDEMIAS
  • 24.  Investigações experimentais, clínicas e epidemiológicas demonstram a relação entre as dislipidemias e a Doença Arterial Coronariana;  A terapia nutricional, segundo a National Cholesterol Education Program’s Treatment Panel e pela Diretriz Brasileira sobre dislipidemias, enfatiza como prevenção primária das doenças cardiovasculares, a mudança do estilo de vida (MEV);  Essa MEV leva à redução de eventos cardiovasculares em 82%;
  • 25.  Praticar exercício de maneira regular e orientada proporciona diversos benefícios, podendo haver redução de 30 a 55% do risco cardiovascular;  Os mecanismos pelos quais a atividade física exerce proteção cardiovascular ainda são desconhecidos;  Os efeitos benéficos se devem à redução do IMC, ao aumento do HDL, à redução da resistência à insulina, à melhora da hipertensão arterial e da função endotelial;  Apesar do nível de colesterol total não sofrer modificação significativa, a partícula de LDL, que é a mais aterogênica, apresenta redução significativa em sua concentração (Ramos SB);
  • 26. ALTERAÇÕES EM LIPÍDIOS E LIPOPROTEÍNAS COM ATIVIDADE FÍSICA REGULAR Lipídios/ Lipoproteínas Uma sessão de exercícios Atividade física regular Triglicerídios Redução de 14 a 50%; Redução média de 20%; Redução de 4 a 37%; Redução média de 24%; Colesterol Inalterado** Inalterado*** LDL Inalterado** Inalterado*** Lp(a) Inalterado Inalterado HDL Aumento de 4 a 18%; Aumento médio de 8%; Aumento de 4 a 20%; Aumento médio de 16%;
  • 27. CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS, FISIOLÓGICAS E DE ESTILO DE VIDA ASSOCIADAS A MAIOR RISCO DE EVENTOS CORONARIANOS Bioquímicas ou fisiológicas (modificáveis) Estilo de vida Características pessoais Pressão arterial elevada; HDL baixo; Obesidade; Colesterol plasmáticos elevado; Tabagismo; Sedentarismo; Dietas com grandes quantidades de colesterol, gordura saturada e energia; Idade; Sexo; História familiar de DAC; História pessoal de DAC ou doença vascular aterosclerótica;
  • 28.
  • 29. CONCLUSÃO  Pode-se concluir, que segundo as pesquisas e estudos, a indicação do exercício físico é reforçada como parte de uma intervenção no tratamento das dislipidemias. E que mudanças no estilo de vida, como a prática de bons hábitos alimentares também são indispensáveis para o controle e prevenção dessa doença.  Sendo assim, destaca-se a importância de uma alimentação adequada e equilibrada associada à prática regular de exercícios.
  • 30. REFERÊNCIAS FAGHERAZZI, Sanmira; DIAS, Raquel da Luz; BORTOLON, Fernanda. Impacto do exercício físico isolado e combinado com dieta sobre os níveis séricos de HDL, LDL, colesterol total e triglicerídeos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 14, n. 4, Aug. 2008 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext& pid=S151786922008000400012&lng=en&nrm=iso>. Access on 24 Nov. 2014. FERNANDES, Rômulo Araújo et al . Prevalência de dislipidemia em indivíduos fisicamente ativos durante a infância, adolescência e idade adulta. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 97, n. 4, Oct. 2011 . Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2011001300007&lng=en&nrm=iso>.access on 24 Nov. 2014. Epub Aug 05, 2011. PRADO, Eduardo Seixas; DANTAS, Estélio Henrique Martin. Efeitos dos exercícios físicos aeróbio e de força nas lipoproteínas HDL, LDL e lipoproteína(a). Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 79, n. 4, Oct. 2002 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2002001300013&lng=en&nrm=iso access on 24 Nov. 2014. PEREIRA, Fernanda Muller et al. Melhora do Perfil Lipídico Através do Exercício Físico. Diponível em < http://www.bc.furb.br/docs/MO/2012/351717_1_1.PDF> acesso em 23 de No. 2014. SALES, R.L.; PELUZIO, M.C.G.; COST A, N.M.B. Lipopr oteins: a r eview of its metabolism and implications on the pr ogress of car diovascular diseases. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr .= J. Brazilian Soc. Food Nutr ., São Paulo,SP. v.25, p. 71-86, jun., 2003. Lipoproteínas: uma revisão do seu metabolismo e envolvimento com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Disponível em < http://www.revistanutrire.org.br/files/v25n%C3%BAnico/v25nunicoa06.pdf> Acesso em 21 de Nov. 2014