O documento discute o metabolismo dos lipídeos, incluindo sua digestão, absorção, transporte e armazenamento. É detalhado o processo de β-oxidação dos ácidos graxos, que converte a energia dos lipídeos em ATP através do ciclo do ácido cítrico e da cadeia respiratória. Também é abordada a biossíntese de ácidos graxos no fígado a partir da acetil-CoA.
2. Características dos lipídeos como reserva energética
Desempenham um papel relevante como fonte de alimentos devido ao seu alto valor
energético de 9 Kcal/g.
Biomoléculas de reserva.
Absorção: Diariamente ingerimos cerca de 25g-105g de triglicerídeos. Outros lipídeos
tb sao ingeridos como fosfolipídios, o colesterol e as vitaminas lipossolúveis.
Armazenamento: de ácidos graxos na forma de TG é o mais. Quando hormônios
sinalizam a necessidade de energia metabólica, promove-se a liberação destes TG com
o objetivo de convertê-los em ácidos graxos livres, os quais serão oxidados para
produzir energia.
3. Digestão, absorção, transporte e armazenamento
1. As gorduras são emulsificadas no intestino delgado pelos sais biliares formando
micelas mistas de triacilgliceróis.
2. Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis .
3. Os ácidos graxos são absorvidos na mucosa intestinal e reconvertidos em
triacilgliceróis.
4. Os Triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apoliproteinas formam o
quilomícron.
5. Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguínea e
seguem para os tecidos.
6. Ativada pela apoC-II, a lipoproteína lipase libera ácido graxo e glicerol.
7. Os ácidos graxos entram nos adipócitos.
8. Os ácidos graxos são oxidados como combustíveis, reesterificados para a
armazenagem ou utilizados para a síntese de membranas celulares.
6. Liberação dos Ácidos Graxos dos Triacilgliceróis do Tecido Adiposo
Jejum adrenalisa e glucagon ativa adenil-ciclase hidrolise do
baixa glicemia triacilglicerol
em Ác. Graxos
e glicerol
Tecidos para
produzir
energia
Fígado para
produzir
triacilgliceróis,
fosfolipídeos ou
glicose
(gliconeogênese)
7. β-oxidação dos Ácidos Graxos
• Estágio 1- um ácido graxo de cadeia
longa é oxidado para produzir
resíduos de acetil –CoA.
• Estágio 2- os grupos acetil são
oxidados a CO2, NADH+H+, FADH2 e
GTP através do ciclo do ácido cítrico.
• Estágio 3- os elétrons provenientes
das reações acima passam pela
cadeia respiratória produzindo ATP.
14. Número de Ciclos de Lynen e de Acetil-CoA em Ácido graxo com
16 carbonos
Número de Ciclos de Lynen
n – 1 = 16 – 1 = 7 ciclos de Lynen
2 2
Portanto, se em cada Ciclo são produzidos um NADH+H+ e um FADH2, ao total,
serão produzidas 7 moléculas de NADH+H+ e um FADH2, produzindo um total
de 28 ATPs.
Nómero de Moléculas de Acetol CoA
n = 16 = 8 acetil CoA
2 2
Se cada acetil CoA que entra no Ciclo do Ácido Cítrico produzem 3 NADH+H+,
um FADH2 e 1 GTP, que produzem 10 ATPs,
8 acetil CoA x 10 ATPs = 80 ATPs
Total = 80 + 28 = 108 ATPs menos 2 ATPs da etapa de ativação = 106 ATP
19. Corpos Cetônicos
Ocorre no fígado e é liberado na corrente sanguínea para outros
tecidos e órgãos
Exalada e
excretada na
urina
Outros tecidos:
produz energia
21. Biossíntese de Ácidos Graxos
Ocorre no citoplasma
Acetil-CoA é gerado na mitocôndria pela:
•descarboxilação de piruvato;
•oxidação de ácidos graxos;
•degradação de corpos cetônicos;
•degradação de aminoácidos.
Quando a demanda por ATP é baixa, a energia contida na acetil CoA
mitocondrial pode ser estocada como gordura pela síntese de ácidos graxos.
Em humanos, esta biossíntese ocorre principalmente no fígado, glândulas
mamárias, adipócitos e rins.
A síntese de ácidos graxos ocorre no citossol.
A membrana mitocondrial é impermeável para a saída da acetil-CoA.
Por isso, o acetil-CoA é transportado para o citossol na forma de citrato.