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FIGURA RETÓRICA:
A FLOR NO CAMPO DA ARGUMENTAÇÃO
Hélia Coelho Mello-2016
IV CONGRESSO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE RETÓRICA:
Retórica e Alteridade
Destacar a importância da Retórica para as aulas de
leitura de textos argumentativos em turmas do
Ensino Médio por possibilitar o conhecimento de
recursos que tornam possível a adaptação do
discurso aos objetivos visados por seu enunciador.
NOSSO OBJETIVO:
“É preciso negar-se a opção mortal entre
retórica da argumentação e retórica do estilo.
Uma não está sem a outra”.
Reboul (1998:90)
RETÓRICA DO ESTILO
Enquanto os argumentos correspondem ao
logos da argumentação, os recursos retóricos
seduzem o leitor pelo prazer da leitura
(pathos), servindo para tornar o argumento
aceito.
RETÓRICA DO ESTILO
Recursos linguísticos que podem ser utilizados a
serviço da persuasão já que seduzem o leitor
pelo prazer da leitura (pathos), servindo para
tornar o argumento mais bem aceito por criar
presença e estabelecer comunhão.
FIGURAS RETÓRICAS
“
A figura só é de retórica quando desempenha
papel persuasivo” e “se o argumento é o
prego, a figura é o modo de pregá-lo”.
Reboul (1998:114))
FIGURA RETÓRICA
 Matéria sonora do discurso.
 Força persuasiva : facilitam a atenção e a lembrança, além
de instaurarem uma harmonia prazerosa.
 Figuras de ritmo (acento tônico e extensão das sílabas),
de som ( implicam fonemas, sílabas ou palavras).
 Antanáclase (polissemia), paranomásia (trocadilho),
aliteração (repetição de fonemas consonantais), cláusula
(sequência rítmica que termina um período), derivação.
FIGURAS DE PALAVRAS
 Dizem respeito à significação das palavras ou
dos grupos de palavras.
 Consistem no emprego de um termo (ou vários)
com um sentido que não lhe é habitual.
 Segundo Reboul (1998:120), “a figura de sentido
(...) enriquece o sentido das palavras.”
 Metonímia,metáfora,hipérbole,lítotes, paradoxo,
sinestesia.
FIGURAS DE SENTIDO
 Dizem respeito à estrutura da frase, do discurso.
 Algumas procedem por:
• Subtração - elipse, assíndeto, aposiopese(reticência);
• Permutação –quiasmo(oposição baseada na inversão).
• Repetição-antítese, epanalepse (repetição da mesma
palavra no meio de frases seguidas), epanástrofe
(repetição de palavras invertidas),anáfora, pleonasmo,
gradação.
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO
 Dizem respeito à relação do discurso com seu
sujeito (o orador) ou com seu objeto.
 Alegoria, ironia, apóstrofe, personificação,
silepse, hipotipose, prolepse, figura retórica.
FIGURAS DO PENSAMENTO,
ENUNCIAÇÃO E ARGUMENTO
PARADOXO: título.
METÁFORAS- “viagem longa”, “bilhete”,
“ferrovia”, “bando de maritacas”, “alavanca de
emergência”, “mochila nas costas”.
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
Rubem Alves
 PROLEPSE - “Alguns me contestam: afirmam saber
muito bem o lugar para onde estão indo. Assim são os
adolescentes: sempre têm os bolsos cheios de
certezas.”(par.1)
 PERGUNTAS RETÓRICAS - “E se depois de chegar
lá vocês não gostarem? E se quiserem voltar? /
“Poderá haver imagem mais bela de um herói?”(par. 7)
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
 HIPÉRBOLE - “comer um saco de sal com ela”(par.
4), “sem ela eu morro...”(par. 4).
 PROSOPOPEIA - “febre da paixão” (par. 4).
 SINESTESIA e ANTÍTESE - “quem é acometido da
febre da paixão desaprende a astúcia do pensamento”
(par. 4).
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
 ALEGORIA - “por fora, bela viola; por dentro, pão
bolorento” (par. 4)/ “Pensei então na bela imagem do
engenheiro — régua de cálculo, compasso e prumo
nas mãos, em busca do ponto de apoio onde a
alavanca levantaria o mundo!”(par. 9).
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
 HIPOTIPOSE - "Ah, mãe, ele é diferente...” (par. 4)/
"Eu sei que o meu amor por ela é eterno. Sem ela eu
morro...” (par. 4)/ “Como São Jorge. O médico, em
suas vestes sacerdotais verdes, apenas os olhos se
mostrando atrás da máscara, a mão segurando a arma,
o bisturi, o sangue escorrendo do corpo do inocente,
em luta solitária contra a morte”. (par. 7).
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
APOSIOPESE (reticência) – “O dia-a-dia da maioria
dos engenheiros é tomar conta de peão em canteiro de
obra...” (par. 10)/ “Não podem suportar a ideia de ver o
‘bando’ partindo, enquanto ele não embarca, e fica
sozinho na plataforma da estação...” (par. 12)/ “ ‘A coisa
não está nem na partida e nem na chegada, mas na
travessia.’...” (par. 15)
"VIAGEM LONGA,
DESTINO INCERTO...”
ARISTÓTELES. Retórica. 2ª edição, revista, Lisboa: Imprensa
Nacional Casa da Moeda, 2005.
GIRAUD, Pierre. A Estilística. 2.ed. trad. Miguel Maillet. São Paulo:
Mestre Jou, 1978.
PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da
Argumentação - A Nova Retórica. trad .Maria Ermantina Galvão São
Paulo: Martins Fontes, 1999
REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes,
1998.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hélia Coelho Mello
heliacoelho14@gmail.com
Facebook: LINGUA AFI(N)ADA

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IV Congresso da Sociedade Brasileira de Retórica

  • 1. FIGURA RETÓRICA: A FLOR NO CAMPO DA ARGUMENTAÇÃO Hélia Coelho Mello-2016 IV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE RETÓRICA: Retórica e Alteridade
  • 2. Destacar a importância da Retórica para as aulas de leitura de textos argumentativos em turmas do Ensino Médio por possibilitar o conhecimento de recursos que tornam possível a adaptação do discurso aos objetivos visados por seu enunciador. NOSSO OBJETIVO:
  • 3. “É preciso negar-se a opção mortal entre retórica da argumentação e retórica do estilo. Uma não está sem a outra”. Reboul (1998:90) RETÓRICA DO ESTILO
  • 4. Enquanto os argumentos correspondem ao logos da argumentação, os recursos retóricos seduzem o leitor pelo prazer da leitura (pathos), servindo para tornar o argumento aceito. RETÓRICA DO ESTILO
  • 5. Recursos linguísticos que podem ser utilizados a serviço da persuasão já que seduzem o leitor pelo prazer da leitura (pathos), servindo para tornar o argumento mais bem aceito por criar presença e estabelecer comunhão. FIGURAS RETÓRICAS
  • 6. “ A figura só é de retórica quando desempenha papel persuasivo” e “se o argumento é o prego, a figura é o modo de pregá-lo”. Reboul (1998:114)) FIGURA RETÓRICA
  • 7.  Matéria sonora do discurso.  Força persuasiva : facilitam a atenção e a lembrança, além de instaurarem uma harmonia prazerosa.  Figuras de ritmo (acento tônico e extensão das sílabas), de som ( implicam fonemas, sílabas ou palavras).  Antanáclase (polissemia), paranomásia (trocadilho), aliteração (repetição de fonemas consonantais), cláusula (sequência rítmica que termina um período), derivação. FIGURAS DE PALAVRAS
  • 8.  Dizem respeito à significação das palavras ou dos grupos de palavras.  Consistem no emprego de um termo (ou vários) com um sentido que não lhe é habitual.  Segundo Reboul (1998:120), “a figura de sentido (...) enriquece o sentido das palavras.”  Metonímia,metáfora,hipérbole,lítotes, paradoxo, sinestesia. FIGURAS DE SENTIDO
  • 9.  Dizem respeito à estrutura da frase, do discurso.  Algumas procedem por: • Subtração - elipse, assíndeto, aposiopese(reticência); • Permutação –quiasmo(oposição baseada na inversão). • Repetição-antítese, epanalepse (repetição da mesma palavra no meio de frases seguidas), epanástrofe (repetição de palavras invertidas),anáfora, pleonasmo, gradação. FIGURAS DE CONSTRUÇÃO
  • 10.  Dizem respeito à relação do discurso com seu sujeito (o orador) ou com seu objeto.  Alegoria, ironia, apóstrofe, personificação, silepse, hipotipose, prolepse, figura retórica. FIGURAS DO PENSAMENTO, ENUNCIAÇÃO E ARGUMENTO
  • 11. PARADOXO: título. METÁFORAS- “viagem longa”, “bilhete”, “ferrovia”, “bando de maritacas”, “alavanca de emergência”, “mochila nas costas”. "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...” Rubem Alves
  • 12.  PROLEPSE - “Alguns me contestam: afirmam saber muito bem o lugar para onde estão indo. Assim são os adolescentes: sempre têm os bolsos cheios de certezas.”(par.1)  PERGUNTAS RETÓRICAS - “E se depois de chegar lá vocês não gostarem? E se quiserem voltar? / “Poderá haver imagem mais bela de um herói?”(par. 7) "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...”
  • 13.  HIPÉRBOLE - “comer um saco de sal com ela”(par. 4), “sem ela eu morro...”(par. 4).  PROSOPOPEIA - “febre da paixão” (par. 4).  SINESTESIA e ANTÍTESE - “quem é acometido da febre da paixão desaprende a astúcia do pensamento” (par. 4). "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...”
  • 14.  ALEGORIA - “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento” (par. 4)/ “Pensei então na bela imagem do engenheiro — régua de cálculo, compasso e prumo nas mãos, em busca do ponto de apoio onde a alavanca levantaria o mundo!”(par. 9). "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...”
  • 15.  HIPOTIPOSE - "Ah, mãe, ele é diferente...” (par. 4)/ "Eu sei que o meu amor por ela é eterno. Sem ela eu morro...” (par. 4)/ “Como São Jorge. O médico, em suas vestes sacerdotais verdes, apenas os olhos se mostrando atrás da máscara, a mão segurando a arma, o bisturi, o sangue escorrendo do corpo do inocente, em luta solitária contra a morte”. (par. 7). "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...”
  • 16. APOSIOPESE (reticência) – “O dia-a-dia da maioria dos engenheiros é tomar conta de peão em canteiro de obra...” (par. 10)/ “Não podem suportar a ideia de ver o ‘bando’ partindo, enquanto ele não embarca, e fica sozinho na plataforma da estação...” (par. 12)/ “ ‘A coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia.’...” (par. 15) "VIAGEM LONGA, DESTINO INCERTO...”
  • 17. ARISTÓTELES. Retórica. 2ª edição, revista, Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2005. GIRAUD, Pierre. A Estilística. 2.ed. trad. Miguel Maillet. São Paulo: Mestre Jou, 1978. PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação - A Nova Retórica. trad .Maria Ermantina Galvão São Paulo: Martins Fontes, 1999 REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1998. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS