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O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Livro Terceiro: Leis Morais
Capítulo II:
Lei de
Adoração
Capítulo II: Lei de Adoração
─ Objetivo da adoração
─ Adoração exterior
─ Vida Contemplativa
─ Da prece
─ Politeísmo
─ Sacrifícios
Objetivo da adoração
649 – Em que consiste a adoração?
É a elevação do pensamento a Deus. Pela adoração a alma
se aproxima dele.
650 – A adoração é o
resultado de um sentimento
inato ou produto de um
ensinamento?
Sentimento inato como o da
Divindade. A consciência de
sua fraqueza leva o homem
a se curvar diante daquele
que o pode proteger.
651 – Houve povos desprovidos
de todo sentimento de
adoração?
Não, porque não há, jamais
houve, povos ateus. Todos
compreendem que há acima
deles um ser supremo.
Adoração exterior
653 – A adoração tem necessidade de manifestações
exteriores?
A verdadeira adoração está no coração. Em todas as
vossas ações, imaginai sempre que um senhor vos
observa.
653.a) A adoração exterior é útil?
Sim, se não é uma vã simulação. Ela é sempre útil para
dar um bom exemplo; mas aqueles que a fazem apenas
por afetação e amor-próprio, e nos quais a conduta
desmente sua piedade aparente, dão um exemplo antes
mau do que bom, e fazem mais mal do que pensam.
654 – Deus dá preferência àqueles que o adoram de tal
ou tal maneira?
Deus prefere aqueles que o adoram do fundo do
coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o
mal, àqueles que creem honrá-lo por meio de cerimônias
que não os tornam melhores para seus semelhantes.
Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele chama
para si todos aqueles que seguem suas leis, qualquer
que seja a forma sob a qual se exprimem.
Aquele que não tem senão a piedade exterior é um
hipócrita. Aquele em que a adoração não é senão uma
afetação, e em contradição com sua conduta, dá um mau
exemplo.
Aquele que faz profissão de adorar o Cristo e que é
orgulhoso, invejoso e ciumento, que é duro e implacável com
os outros, ou ambicioso dos bens desse mundo, eu vos digo
que a religião está sobre os lábios e não no coração. Deus,
que tudo vê, dirá: este que conheceu a verdade é cem vezes
mais culpável do mal que fez, do que o ignorante selvagem
do deserto, e assim será tratado no dia da justiça. Se um
cego, ao passar, vos derruba, vós o escusais; se é um homem
que vê claramente, vós vos queixais e tendes razão.
Não pergunteis, pois, se há uma forma de adoração mais
conveniente, porque isso seria perguntar se é mais agradável
a Deus ser adorado em um idioma que em outro. Eu vos digo
ainda uma vez: os cânticos não chegam a ele, senão pela
porta do coração.
655 – É repreensível praticar uma religião à qual não se
crê no fundo de sua alma, quando se faz isso por
respeito humano, e para não escandalizar aqueles que
pensam de outra forma?
A intenção, nisso como em muitas outras coisas, é a
regra. Aquele que não tem em vista senão o respeito às
crenças alheias, não faz mal. Ele faz melhor do que
aquele que as ridicularizasse, porque faltaria à caridade.
Mas aquele que a pratica por interesse e por ambição é
desprezível aos olhos de Deus e dos homens. Deus não
pode ter por agradáveis aqueles que aparentam se
humilhar diante dele apenas para atrair a aprovação dos
homens.
656 – A adoração coletiva é
preferível à adoração
individual?
Os homens reunidos por uma
comunhão de pensamentos e
de sentimentos têm mais
força para chamarem para si
os bons Espíritos. Ocorre o
mesmo quando eles se
reúnem para adorar a Deus.
Não acrediteis, por isso, que a
adoração particular seja
menos boa, porque cada um
pode adorar a Deus pensando
nele.
Vida
contemplativa
657 – Os homens que se abandonam à vida
contemplativa, não fazendo nenhum mal e não
pensando senão em Deus, têm um mérito aos seus
olhos?
Não, porque se eles não fazem o mal, não fazem o bem
e são inúteis. Aliás, não fazer o bem já é um mal. Deus
quer que se pense nele, mas não quer que se pense
apenas nele, visto que deu ao homem deveres a cumprir
sobre a Terra. Aquele que se consome na meditação e
na contemplação não faz nada de meritório aos olhos de
Deus, posto que sua vida é toda pessoal e inútil à
Humanidade, e Deus lhe pedirá contas do bem que não
haja feito. (640)
Da Prece
658 – A prece é agradável a Deus?
A prece é sempre agradável a Deus quando é ditada pelo
coração, porque a intenção é tudo para ele, e a prece do
coração é preferível à que se pode ler, por bela que seja, se
a lês mais com os lábios que com o pensamento. A prece é
agradável a Deus quando é dita com fé, fervor e sinceridade.
Mas não creiais que ele seja tocado pelo homem fútil,
orgulhoso e egoísta, a menos que isso seja, de sua parte, um
ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.
CARÁTER DA PRECE:
• Louvar – É o reconhecimento da magnitude (grandeza) de Deus,
da sua perfeição, da sua onipotência, como Criador do nosso
Universo, como nosso Grande e verdadeiro Pai.
• Pedir – Podemos pedir por nós ou por outra pessoa. Não é pedir
o livramento das dificuldades, mas pedir força, sabedoria,
perseverança para superar e vencer tais dificuldades. É muito
importante perceber a resposta, que muitas vezes não é a que
nós queremos, mas é a que nós necessitamos.
• Agradecer – Quando nós agradecemos por uma conquista
alcançada, por uma graça, por uma bênção, por um livramento. É
um reconhecimento pontual que podemos e devemos fazer
todos os dias pela vida que temos, pela saúde, pela nossa família,
pelos nossos entes queridos, pelas dificuldades que passamos,
pois é através delas que nós crescemos, que nós evoluímos.
QUALIDADES DA PRECE:
Jesus definiu claramente as qualidades da prece:
 Quando orardes não vos ponhais em evidência; antes, orai em
secreto; (Mateus 6:5-8)
 Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das
palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas; (Mateus
6:5-8)
 Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém,
perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se
não parte de um coração purificado de todo sentimento
contrário à caridade; (Marcos 11:25-26)
 Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com
orgulho, como o fariseu; (Lucas 18:9-14)
 Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos
comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau... (ESE,
cap. XXVII, item 4)
AÇÃO DA PRECE:
• Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber
mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados
e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera.
• Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento,
como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas,
ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o
pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para
desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e
outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.
• A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É
assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o
lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos
transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre
encarnados.
• As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas
vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando
alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a
intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.
EFICÁCIA DA PRECE:
“Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o
que pedirdes.” (Mc 11:24)
Deus sempre nos atende os pedidos, que só ocorre conforme a nossa real
necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à
satisfação de meros caprichos ou futilidades.
Tudo no Universo obedece a leis eternas, e quando somos atendidos em nossos
pedidos, não significa que Deus alterou o curso de suas leis, que são imutáveis,
mas que, dentro da flexibilidade das mesmas, agrada a Ele acatar nossas
súplicas, desde que as considere merecidas.
“O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem,
a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si
mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos,
deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si
mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”;
não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso
das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é
ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço (Cap. XXV, n.º 1 e
seguintes).” (ESE – Cap. XXVII, item 7)
660 – A prece torna o homem melhor?
Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança é mais forte
contra as tentações do mal e Deus lhe envia os bons Espíritos
para o assistir. É um socorro que não é jamais recusado, quando
pedido com sinceridade.
660.a) Como ocorre que certas pessoas que oram muito, sejam,
malgrado isso, de um caráter muito mau, invejosas, ciumentas,
coléricas, carentes de benevolência e indulgência e mesmo,
algumas vezes, viciosas?
O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas creem
que todo o mérito está na extensão da prece e fecham os olhos
sobre seus próprios defeitos. A prece, para elas, é uma ocupação,
um emprego de tempo, mas não um estudo delas mesmas. Não
é o remédio que é ineficaz, mas a maneira como é empregado.
661 – Pode-se utilmente
pedir a Deus que nos
perdoe nossas faltas?
Deus sabe discernir o bem
e o mal; a prece não
oculta as faltas. Aquele
que pede a Deus o perdão
de suas faltas não o
obtém senão mudando de
conduta. As boas ações
são as melhores preces,
porque os atos valem
mais que as palavras.
662 – Pode-se orar utilmente por outrem?
O Espírito daquele que ora age por sua vontade de fazer o
bem. Pela prece, ele atrai para si os bons Espíritos que se
associam ao bem que quer fazer.
Allan Kardec:
Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a
vontade, um poder de ação que se estende além dos
limites da nossa esfera corporal. A prece por outros é um
ato dessa vontade. Se ela é ardente e sincera, pode
chamar em sua ajuda os bons Espíritos, a fim de sugerir-
lhe bons pensamentos e dar-lhe a força do corpo e da
alma de que necessita. Mas aí ainda a prece do coração é
tudo, a dos lábios não é nada.
663 – As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza
de nossas provas e desviar-lhes o curso?
Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser
suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a
resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças
para suportá-las com coragem, e elas vos parecem menos duras. Já o
dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque
fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te, e o Céu te ajudará, sabes
isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de
cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista
mesquinho e a vossa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem
na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o
homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é
punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais
frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos
tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto ele vos
assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da
força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, ele
vos suscita o pensamento necessário para vos tirar da confusão.
664 – É útil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores e, nesse
caso, como nossas preces podem proporcionar-lhes alívio e
abreviar seus sofrimentos? Têm elas o poder de dobrar a justiça de
Deus?
A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a
alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho
de interesse que se lhe dá, e o infeliz é sempre aliviado quando
encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por
outro lado, pela prece, provoca-se o arrependimento e o desejo de
fazer o que for preciso para ser feliz. É nesse sentido que se pode
abreviar sua pena, se por seu turno ele ajuda com sua boa vontade.
Esse desejo de melhorar-se, excitado pela prece, atrai, antes de
Espíritos sofredores, Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo,
consolá-lo e dar-lhe a esperança. Jesus orou por todas as ovelhas
desgarradas, mostrando-vos, com isso, que seríeis culpados não o
fazendo por aqueles que mais necessitarem. (São Luís)
665 – Que pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos em razão de
não estar prescrita no Evangelho?
O Cristo disse aos homens: “Amai-vos uns aos outros”. Essa recomendação
encerra a de empregar todos os meios possíveis de seu testemunho de
afeição, sem entrar com isso em nenhum detalhe sobre a maneira de alcançar
esse objetivo. Se é verdade que nada pode impedir o Criador de aplicar a
Justiça, da qual ele é o tipo, a todas as ações do Espírito, não é menos
verdadeiro que a prece que lhe endereçais por aquele que vos inspira afeição
é para ele um testemunho de lembrança, que não pode senão contribuir para
aliviar seus sofrimentos e consolá-lo. Desde que ele testemunhe o menor
arrependimento, e então somente, socorrido. Mas isso não o deixa jamais
ignorar que uma alma simpática ocupou-se dele, e lhe deixa o doce
pensamento de que sua intercessão foi-lhe útil. Resulta, necessariamente, de
sua parte, um sentimento de reconhecimento e de afeição por aquele que lhe
deu essa prova de amizade ou de piedade. Por conseguinte, o amor que o
Cristo recomendou aos homens não faz senão aproximá-los entre si.
Portanto, os dois obedeceram à lei de amor e união de todos os seres, lei
divina que deve conduzir à unidade, objetivo e finalidade do Espírito. (M.
Monot)
666 – Pode-se orar aos Espíritos?
Pode-se orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros
de Deus e os executores de suas vontades, mas seu poder
está em razão de sua superioridade e depende sempre do
senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz.
Por isso, as preces que se lhes endereçam não são eficazes,
se não são agradáveis a Deus.
Politeísmo
667 – Por que o politeísmo é uma das crenças mais antigas e
mais divulgadas, embora falsa?
O pensamento de um Deus único não poderia ser, no homem,
senão o resultado do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz,
em sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma
determinada, agindo sobre a matéria, deu-lhe os atributos da
natureza corporal, quer dizer, uma forma e uma aparência e,
desde então, tudo que lhe parecia ultrapassar as proporções da
inteligência vulgar era para ele uma divindade. Tudo o que não
compreendia, devia ser obra de uma força sobrenatural, e daí a
crença em tantas potências distintas, da qual via os efeitos, não
havia senão um passo. Mas, em todos os tempos, houve homens
esclarecidos que compreenderam a impossibilidade dessa
multidão de poderes para governar o mundo sem uma direção
superior, e se elevaram ao pensamento de um Deus único.
668 – Os fenômenos espíritas, tendo
se produzido em todos os tempos e
sendo conhecidos desde as primeiras
idades do mundo, não fizeram crer na
pluralidade dos deuses?
Sem dúvida, porque os homens
chamando deus tudo o que era sobre-
humano, os Espíritos eram deuses
para eles e é por isso que, quando um
homem se distinguia entre todos os
outros por suas ações, seu gênio ou
por um poder oculto, incompreendido
pelo vulgo, faziam-no um deus e se lhe
rendia um culto depois de sua morte
(603).
Allan Kardec:
A palavra deus, entre os Antigos, tinha uma acepção muito
extensa. Não era, como em nossos dias, uma personificação do
senhor da Natureza; era uma qualificação genérica dada a todo ser
colocado fora das condições de humanidade. Ora, as manifestações
espíritas revelando-lhes a existência de seres incorpóreos agindo
como potências da Natureza, eles os chamaram deuses, como nós
os chamamos Espíritos. É uma simples questão de palavras, com a
diferença de que na sua ignorância, mantida de propósito por
aqueles que nisso tinham interesse, eles lhes elevaram templos e
altares muito lucrativos, enquanto que, para nós, eles são simples
criaturas, como nós, mais ou menos perfeitas e despojadas do seu
envoltório terrestre. Se se estuda os diversos atributos das
divindades pagãs, reconhecem-se, sem dificuldade, todos os
atributos dos nossos Espíritos, em todos os graus da escala espírita,
seu estado físico nos mundos superiores, todas as propriedades do
perispírito e o papel que eles desempenham nas coisas da Terra.
O Cristianismo, vindo clarear o mundo com sua luz
divina, não podia destruir uma coisa que está na
Natureza, mas orientou a adoração para aquele a quem
ela cabia. Quanto aos Espíritos, sua lembrança está
perpetuada sob diversos nomes, segundo os povos e
suas manifestações, que não cessaram jamais, foram
diversamente interpretadas e, frequentemente,
exploradas sob o domínio do mistério. Enquanto que a
religião aí viu fenômenos miraculosos, os incrédulos
viram embustes. Hoje, graças a estudos mais sérios,
feitos com mais luz, o Espiritismo, liberto de ideias
supersticiosas que o obscureceram através dos séculos,
nos revela um dos maiores e mais sublimes princípios da
Natureza.
Sacrifícios
669 – O uso de sacrifícios humanos remonta à mais alta
antiguidade. Como o homem pôde ser levado a crer que
semelhantes coisas pudessem ser agradáveis a Deus?
Primeiro, porque eles não compreendiam Deus como sendo a fonte
da bondade. Entre os povos primitivos, a matéria vence sobre o
espírito; eles se abandonam aos instintos da brutalidade e é por isso
que são, geralmente, cruéis, porque o senso moral não está ainda
desenvolvido entre eles. Depois, os homens primitivos deviam crer
naturalmente que uma criatura animada tinha muito mais valor aos
olhos de Deus que um corpo material. Foi isso que os levou a imolar
primeiro os animais, e mais tarde os homens, visto que, segundo
suas crenças falsas, eles pensavam que o valor do sacrifício estava
em relação com a importância da vítima. Na vida material, tal como
a praticais geralmente, se ofereceis um presente a alguém, o
escolheis sempre de um valor tanto maior quanto quereis
testemunhar mais amizade e consideração à pessoa. Devia ocorrer o
mesmo com os homens ignorantes, em relação a Deus.
669.a) Assim, os sacrifícios de animais precederam os
sacrifícios humanos?
Não há dúvida quanto a isso.
669.b) Segundo essa explicação, os sacrifícios humanos
não se originaram de um sentimento de crueldade?
Não, mas de uma ideia falsa de ser agradável a Deus. Vede
Abraão. Depois, os homens abusaram imolando seus
inimigos, mesmo seus inimigos particulares. De resto,
Deus não exigiu jamais sacrifícios, não mais de animais
que de homens; ele não pode ser honrado pela destruição
inútil de sua própria criatura.
670 – Os sacrifícios humanos feitos com uma intenção
piedosa foram, alguma vez, agradáveis a Deus?
Não, jamais; mas Deus julga a intenção. Os homens,
sendo ignorantes, poderiam crer que faziam um ato
louvável imolando um de seus semelhantes. Nesse caso, a
Deus não interessava senão o pensamento, e não o fato.
Melhorando-se, os homens deviam reconhecer seus erros
e reprovar esses sacrifícios que não deviam mais entrar na
ideia de espíritos esclarecidos; eu digo esclarecidos
porque os Espíritos estavam então envolvidos por um véu
material. Mas pelo livre-arbítrio eles poderiam ter uma
percepção de sua origem e de seu fim, e muitos
compreendiam já, por intuição, o mal que faziam, embora
só o praticassem para satisfazer suas paixões.
671 – Que devemos pensar das guerras santas? O sentimento que leva os
povos fanáticos a exterminarem, o mais possível, para serem agradáveis a
Deus, aqueles que não compartilham de suas crenças, pareceria ter a mesma
origem que aquele que os excitava outrora ao sacrifício dos seus
semelhantes?
Eles estão possuídos pelos maus Espíritos, e guerreando com seus
semelhantes vão contra a vontade de Deus que disse que se deve amar seu
irmão como a si mesmos. Todas as religiões, ou antes todos os povos, adoram
um mesmo Deus, tenha ele um nome ou tenha outro; como provocar uma
guerra de extermínio porque a religião de um é diferente ou não alcançou
ainda o progresso dos povos esclarecidos? Os povos são escusáveis de não
crerem na palavra daquele que estava animado pelo Espírito de Deus e
enviado por Ele, sobretudo quando não viram e não testemunharam seus atos;
como quereis que eles creiam nessa palavra de paz quando ides dá-la de
espada em punho? Eles devem se esclarecer e devemos procurar fazer-lhes
conhecer sua doutrina pela persuasão e pela doçura, e não pela força e pelo
sangue. Na maioria das vezes, não acreditais nas comunicações que temos
com certos mortais; por que quereríeis que estranhos cressem em vossa
palavra quando vossos atos desmentem a doutrina que pregais?
672 – A oferenda que se faz a Deus,
de frutos da terra, tem mais mérito
aos seus olhos que o sacrifício de
animais?
Eu já vos respondi dizendo que Deus
julgava a intenção e que o fato tinha
pouca importância para Ele. Seria,
evidentemente, mais agradável a Deus
ver oferecer os frutos da terra que o
sangue das vítimas. Como já vo-lo
dissemos, e o repetimos sempre, a
prece dita do fundo do coração é cem
vezes mais agradável a Deus que todas
as oferendas que poderíeis fazer-lhe.
Repito que a intenção é tudo e o fato
nada.
673 – Não seria um meio de tornar essas oferendas mais
agradáveis a Deus consagrando-as ao alívio daqueles a quem
falta o necessário e, nesse caso, o sacrifício dos animais feito
com um fim útil, não seria meritório, embora tivesse sido
abusivo quando não servia para nada, ou não aproveitava
senão às pessoas que de nada precisavam? Não teria alguma
coisa de verdadeiramente piedosa consagrar-se aos pobres
as premissas dos bens que Deus nos concedeu sobre a Terra?
Deus abençoa sempre aqueles que fazem o bem; aliviar os
pobres e aflitos é o melhor meio de honrá-lo. Não digo com
isso que Deus desaprova as cerimônias que fazeis para pedir-
lhe, mas há muito dinheiro que poderia ser empregado mais
utilmente e não o é. Deus ama a simplicidade em todas as
coisas. O homem que se liga às coisas exteriores e não ao
coração, é um espírito de vistas estreitas; julgai se Deus deve
interessar mais pela forma que pelo fundo.
IMAGENS
Capa – https://br.pinterest.com/pin/22447698134108777/
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Objetivo da adoração – https://www.eusemfronteiras.com.br/o-poder-da-oracao-2/
Questão 649 – https://pt.vecteezy.com/foto/1816702-silhueta-de-mulher-orando-sobre-um-fundo-lindo-ceu
Questão 650 – https://discipulandonaweb.wordpress.com/2018/09/04/inscricoes-abertas-escola-de-oracao/
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Adoração exterior – Igreja de Batalha (Portugal) – Arquivo pessoal
Questão 656 – Igreja N.Sª Loreto (Lisboa – Portugal) – Arquivo pessoal
Vida contemplativa – https://br.pinterest.com/pin/791366965768193001/
Da prece – https://br.pinterest.com/pin/531072981071423439/
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Tela última – https://br.pinterest.com/pin/31314159900413155/
42
CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador
Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 212 à 219.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução
De Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: Ide, 2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo
o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras –
SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De Salvador
Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador
Gentile. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo
Espírito André Luiz.
43
CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
44

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A verdadeira adoração e a eficácia da prece

  • 1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS Livro Terceiro: Leis Morais Capítulo II: Lei de Adoração
  • 2. Capítulo II: Lei de Adoração ─ Objetivo da adoração ─ Adoração exterior ─ Vida Contemplativa ─ Da prece ─ Politeísmo ─ Sacrifícios
  • 4. 649 – Em que consiste a adoração? É a elevação do pensamento a Deus. Pela adoração a alma se aproxima dele.
  • 5. 650 – A adoração é o resultado de um sentimento inato ou produto de um ensinamento? Sentimento inato como o da Divindade. A consciência de sua fraqueza leva o homem a se curvar diante daquele que o pode proteger.
  • 6. 651 – Houve povos desprovidos de todo sentimento de adoração? Não, porque não há, jamais houve, povos ateus. Todos compreendem que há acima deles um ser supremo.
  • 7.
  • 9. 653 – A adoração tem necessidade de manifestações exteriores? A verdadeira adoração está no coração. Em todas as vossas ações, imaginai sempre que um senhor vos observa. 653.a) A adoração exterior é útil? Sim, se não é uma vã simulação. Ela é sempre útil para dar um bom exemplo; mas aqueles que a fazem apenas por afetação e amor-próprio, e nos quais a conduta desmente sua piedade aparente, dão um exemplo antes mau do que bom, e fazem mais mal do que pensam.
  • 10. 654 – Deus dá preferência àqueles que o adoram de tal ou tal maneira? Deus prefere aqueles que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, àqueles que creem honrá-lo por meio de cerimônias que não os tornam melhores para seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele chama para si todos aqueles que seguem suas leis, qualquer que seja a forma sob a qual se exprimem. Aquele que não tem senão a piedade exterior é um hipócrita. Aquele em que a adoração não é senão uma afetação, e em contradição com sua conduta, dá um mau exemplo.
  • 11. Aquele que faz profissão de adorar o Cristo e que é orgulhoso, invejoso e ciumento, que é duro e implacável com os outros, ou ambicioso dos bens desse mundo, eu vos digo que a religião está sobre os lábios e não no coração. Deus, que tudo vê, dirá: este que conheceu a verdade é cem vezes mais culpável do mal que fez, do que o ignorante selvagem do deserto, e assim será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derruba, vós o escusais; se é um homem que vê claramente, vós vos queixais e tendes razão. Não pergunteis, pois, se há uma forma de adoração mais conveniente, porque isso seria perguntar se é mais agradável a Deus ser adorado em um idioma que em outro. Eu vos digo ainda uma vez: os cânticos não chegam a ele, senão pela porta do coração.
  • 12. 655 – É repreensível praticar uma religião à qual não se crê no fundo de sua alma, quando se faz isso por respeito humano, e para não escandalizar aqueles que pensam de outra forma? A intenção, nisso como em muitas outras coisas, é a regra. Aquele que não tem em vista senão o respeito às crenças alheias, não faz mal. Ele faz melhor do que aquele que as ridicularizasse, porque faltaria à caridade. Mas aquele que a pratica por interesse e por ambição é desprezível aos olhos de Deus e dos homens. Deus não pode ter por agradáveis aqueles que aparentam se humilhar diante dele apenas para atrair a aprovação dos homens.
  • 13. 656 – A adoração coletiva é preferível à adoração individual? Os homens reunidos por uma comunhão de pensamentos e de sentimentos têm mais força para chamarem para si os bons Espíritos. Ocorre o mesmo quando eles se reúnem para adorar a Deus. Não acrediteis, por isso, que a adoração particular seja menos boa, porque cada um pode adorar a Deus pensando nele.
  • 15. 657 – Os homens que se abandonam à vida contemplativa, não fazendo nenhum mal e não pensando senão em Deus, têm um mérito aos seus olhos? Não, porque se eles não fazem o mal, não fazem o bem e são inúteis. Aliás, não fazer o bem já é um mal. Deus quer que se pense nele, mas não quer que se pense apenas nele, visto que deu ao homem deveres a cumprir sobre a Terra. Aquele que se consome na meditação e na contemplação não faz nada de meritório aos olhos de Deus, posto que sua vida é toda pessoal e inútil à Humanidade, e Deus lhe pedirá contas do bem que não haja feito. (640)
  • 17. 658 – A prece é agradável a Deus? A prece é sempre agradável a Deus quando é ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para ele, e a prece do coração é preferível à que se pode ler, por bela que seja, se a lês mais com os lábios que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é dita com fé, fervor e sinceridade. Mas não creiais que ele seja tocado pelo homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que isso seja, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.
  • 18.
  • 19. CARÁTER DA PRECE: • Louvar – É o reconhecimento da magnitude (grandeza) de Deus, da sua perfeição, da sua onipotência, como Criador do nosso Universo, como nosso Grande e verdadeiro Pai. • Pedir – Podemos pedir por nós ou por outra pessoa. Não é pedir o livramento das dificuldades, mas pedir força, sabedoria, perseverança para superar e vencer tais dificuldades. É muito importante perceber a resposta, que muitas vezes não é a que nós queremos, mas é a que nós necessitamos. • Agradecer – Quando nós agradecemos por uma conquista alcançada, por uma graça, por uma bênção, por um livramento. É um reconhecimento pontual que podemos e devemos fazer todos os dias pela vida que temos, pela saúde, pela nossa família, pelos nossos entes queridos, pelas dificuldades que passamos, pois é através delas que nós crescemos, que nós evoluímos.
  • 20. QUALIDADES DA PRECE: Jesus definiu claramente as qualidades da prece:  Quando orardes não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto; (Mateus 6:5-8)  Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas; (Mateus 6:5-8)  Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade; (Marcos 11:25-26)  Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu; (Lucas 18:9-14)  Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau... (ESE, cap. XXVII, item 4)
  • 21. AÇÃO DA PRECE: • Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. • Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. • A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados. • As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.
  • 22. EFICÁCIA DA PRECE: “Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.” (Mc 11:24) Deus sempre nos atende os pedidos, que só ocorre conforme a nossa real necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à satisfação de meros caprichos ou futilidades. Tudo no Universo obedece a leis eternas, e quando somos atendidos em nossos pedidos, não significa que Deus alterou o curso de suas leis, que são imutáveis, mas que, dentro da flexibilidade das mesmas, agrada a Ele acatar nossas súplicas, desde que as considere merecidas. “O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço (Cap. XXV, n.º 1 e seguintes).” (ESE – Cap. XXVII, item 7)
  • 23. 660 – A prece torna o homem melhor? Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia os bons Espíritos para o assistir. É um socorro que não é jamais recusado, quando pedido com sinceridade. 660.a) Como ocorre que certas pessoas que oram muito, sejam, malgrado isso, de um caráter muito mau, invejosas, ciumentas, coléricas, carentes de benevolência e indulgência e mesmo, algumas vezes, viciosas? O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas creem que todo o mérito está na extensão da prece e fecham os olhos sobre seus próprios defeitos. A prece, para elas, é uma ocupação, um emprego de tempo, mas não um estudo delas mesmas. Não é o remédio que é ineficaz, mas a maneira como é empregado.
  • 24. 661 – Pode-se utilmente pedir a Deus que nos perdoe nossas faltas? Deus sabe discernir o bem e o mal; a prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém senão mudando de conduta. As boas ações são as melhores preces, porque os atos valem mais que as palavras.
  • 25. 662 – Pode-se orar utilmente por outrem? O Espírito daquele que ora age por sua vontade de fazer o bem. Pela prece, ele atrai para si os bons Espíritos que se associam ao bem que quer fazer. Allan Kardec: Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende além dos limites da nossa esfera corporal. A prece por outros é um ato dessa vontade. Se ela é ardente e sincera, pode chamar em sua ajuda os bons Espíritos, a fim de sugerir- lhe bons pensamentos e dar-lhe a força do corpo e da alma de que necessita. Mas aí ainda a prece do coração é tudo, a dos lábios não é nada.
  • 26. 663 – As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza de nossas provas e desviar-lhes o curso? Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem, e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te, e o Céu te ajudará, sabes isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vossa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, ele vos suscita o pensamento necessário para vos tirar da confusão.
  • 27. 664 – É útil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores e, nesse caso, como nossas preces podem proporcionar-lhes alívio e abreviar seus sofrimentos? Têm elas o poder de dobrar a justiça de Deus? A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma pela qual se ora experimenta alívio, porque é um testemunho de interesse que se lhe dá, e o infeliz é sempre aliviado quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro lado, pela prece, provoca-se o arrependimento e o desejo de fazer o que for preciso para ser feliz. É nesse sentido que se pode abreviar sua pena, se por seu turno ele ajuda com sua boa vontade. Esse desejo de melhorar-se, excitado pela prece, atrai, antes de Espíritos sofredores, Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe a esperança. Jesus orou por todas as ovelhas desgarradas, mostrando-vos, com isso, que seríeis culpados não o fazendo por aqueles que mais necessitarem. (São Luís)
  • 28. 665 – Que pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos em razão de não estar prescrita no Evangelho? O Cristo disse aos homens: “Amai-vos uns aos outros”. Essa recomendação encerra a de empregar todos os meios possíveis de seu testemunho de afeição, sem entrar com isso em nenhum detalhe sobre a maneira de alcançar esse objetivo. Se é verdade que nada pode impedir o Criador de aplicar a Justiça, da qual ele é o tipo, a todas as ações do Espírito, não é menos verdadeiro que a prece que lhe endereçais por aquele que vos inspira afeição é para ele um testemunho de lembrança, que não pode senão contribuir para aliviar seus sofrimentos e consolá-lo. Desde que ele testemunhe o menor arrependimento, e então somente, socorrido. Mas isso não o deixa jamais ignorar que uma alma simpática ocupou-se dele, e lhe deixa o doce pensamento de que sua intercessão foi-lhe útil. Resulta, necessariamente, de sua parte, um sentimento de reconhecimento e de afeição por aquele que lhe deu essa prova de amizade ou de piedade. Por conseguinte, o amor que o Cristo recomendou aos homens não faz senão aproximá-los entre si. Portanto, os dois obedeceram à lei de amor e união de todos os seres, lei divina que deve conduzir à unidade, objetivo e finalidade do Espírito. (M. Monot)
  • 29. 666 – Pode-se orar aos Espíritos? Pode-se orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades, mas seu poder está em razão de sua superioridade e depende sempre do senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Por isso, as preces que se lhes endereçam não são eficazes, se não são agradáveis a Deus.
  • 31. 667 – Por que o politeísmo é uma das crenças mais antigas e mais divulgadas, embora falsa? O pensamento de um Deus único não poderia ser, no homem, senão o resultado do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz, em sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada, agindo sobre a matéria, deu-lhe os atributos da natureza corporal, quer dizer, uma forma e uma aparência e, desde então, tudo que lhe parecia ultrapassar as proporções da inteligência vulgar era para ele uma divindade. Tudo o que não compreendia, devia ser obra de uma força sobrenatural, e daí a crença em tantas potências distintas, da qual via os efeitos, não havia senão um passo. Mas, em todos os tempos, houve homens esclarecidos que compreenderam a impossibilidade dessa multidão de poderes para governar o mundo sem uma direção superior, e se elevaram ao pensamento de um Deus único.
  • 32. 668 – Os fenômenos espíritas, tendo se produzido em todos os tempos e sendo conhecidos desde as primeiras idades do mundo, não fizeram crer na pluralidade dos deuses? Sem dúvida, porque os homens chamando deus tudo o que era sobre- humano, os Espíritos eram deuses para eles e é por isso que, quando um homem se distinguia entre todos os outros por suas ações, seu gênio ou por um poder oculto, incompreendido pelo vulgo, faziam-no um deus e se lhe rendia um culto depois de sua morte (603).
  • 33. Allan Kardec: A palavra deus, entre os Antigos, tinha uma acepção muito extensa. Não era, como em nossos dias, uma personificação do senhor da Natureza; era uma qualificação genérica dada a todo ser colocado fora das condições de humanidade. Ora, as manifestações espíritas revelando-lhes a existência de seres incorpóreos agindo como potências da Natureza, eles os chamaram deuses, como nós os chamamos Espíritos. É uma simples questão de palavras, com a diferença de que na sua ignorância, mantida de propósito por aqueles que nisso tinham interesse, eles lhes elevaram templos e altares muito lucrativos, enquanto que, para nós, eles são simples criaturas, como nós, mais ou menos perfeitas e despojadas do seu envoltório terrestre. Se se estuda os diversos atributos das divindades pagãs, reconhecem-se, sem dificuldade, todos os atributos dos nossos Espíritos, em todos os graus da escala espírita, seu estado físico nos mundos superiores, todas as propriedades do perispírito e o papel que eles desempenham nas coisas da Terra.
  • 34. O Cristianismo, vindo clarear o mundo com sua luz divina, não podia destruir uma coisa que está na Natureza, mas orientou a adoração para aquele a quem ela cabia. Quanto aos Espíritos, sua lembrança está perpetuada sob diversos nomes, segundo os povos e suas manifestações, que não cessaram jamais, foram diversamente interpretadas e, frequentemente, exploradas sob o domínio do mistério. Enquanto que a religião aí viu fenômenos miraculosos, os incrédulos viram embustes. Hoje, graças a estudos mais sérios, feitos com mais luz, o Espiritismo, liberto de ideias supersticiosas que o obscureceram através dos séculos, nos revela um dos maiores e mais sublimes princípios da Natureza.
  • 36. 669 – O uso de sacrifícios humanos remonta à mais alta antiguidade. Como o homem pôde ser levado a crer que semelhantes coisas pudessem ser agradáveis a Deus? Primeiro, porque eles não compreendiam Deus como sendo a fonte da bondade. Entre os povos primitivos, a matéria vence sobre o espírito; eles se abandonam aos instintos da brutalidade e é por isso que são, geralmente, cruéis, porque o senso moral não está ainda desenvolvido entre eles. Depois, os homens primitivos deviam crer naturalmente que uma criatura animada tinha muito mais valor aos olhos de Deus que um corpo material. Foi isso que os levou a imolar primeiro os animais, e mais tarde os homens, visto que, segundo suas crenças falsas, eles pensavam que o valor do sacrifício estava em relação com a importância da vítima. Na vida material, tal como a praticais geralmente, se ofereceis um presente a alguém, o escolheis sempre de um valor tanto maior quanto quereis testemunhar mais amizade e consideração à pessoa. Devia ocorrer o mesmo com os homens ignorantes, em relação a Deus.
  • 37. 669.a) Assim, os sacrifícios de animais precederam os sacrifícios humanos? Não há dúvida quanto a isso. 669.b) Segundo essa explicação, os sacrifícios humanos não se originaram de um sentimento de crueldade? Não, mas de uma ideia falsa de ser agradável a Deus. Vede Abraão. Depois, os homens abusaram imolando seus inimigos, mesmo seus inimigos particulares. De resto, Deus não exigiu jamais sacrifícios, não mais de animais que de homens; ele não pode ser honrado pela destruição inútil de sua própria criatura.
  • 38. 670 – Os sacrifícios humanos feitos com uma intenção piedosa foram, alguma vez, agradáveis a Deus? Não, jamais; mas Deus julga a intenção. Os homens, sendo ignorantes, poderiam crer que faziam um ato louvável imolando um de seus semelhantes. Nesse caso, a Deus não interessava senão o pensamento, e não o fato. Melhorando-se, os homens deviam reconhecer seus erros e reprovar esses sacrifícios que não deviam mais entrar na ideia de espíritos esclarecidos; eu digo esclarecidos porque os Espíritos estavam então envolvidos por um véu material. Mas pelo livre-arbítrio eles poderiam ter uma percepção de sua origem e de seu fim, e muitos compreendiam já, por intuição, o mal que faziam, embora só o praticassem para satisfazer suas paixões.
  • 39. 671 – Que devemos pensar das guerras santas? O sentimento que leva os povos fanáticos a exterminarem, o mais possível, para serem agradáveis a Deus, aqueles que não compartilham de suas crenças, pareceria ter a mesma origem que aquele que os excitava outrora ao sacrifício dos seus semelhantes? Eles estão possuídos pelos maus Espíritos, e guerreando com seus semelhantes vão contra a vontade de Deus que disse que se deve amar seu irmão como a si mesmos. Todas as religiões, ou antes todos os povos, adoram um mesmo Deus, tenha ele um nome ou tenha outro; como provocar uma guerra de extermínio porque a religião de um é diferente ou não alcançou ainda o progresso dos povos esclarecidos? Os povos são escusáveis de não crerem na palavra daquele que estava animado pelo Espírito de Deus e enviado por Ele, sobretudo quando não viram e não testemunharam seus atos; como quereis que eles creiam nessa palavra de paz quando ides dá-la de espada em punho? Eles devem se esclarecer e devemos procurar fazer-lhes conhecer sua doutrina pela persuasão e pela doçura, e não pela força e pelo sangue. Na maioria das vezes, não acreditais nas comunicações que temos com certos mortais; por que quereríeis que estranhos cressem em vossa palavra quando vossos atos desmentem a doutrina que pregais?
  • 40. 672 – A oferenda que se faz a Deus, de frutos da terra, tem mais mérito aos seus olhos que o sacrifício de animais? Eu já vos respondi dizendo que Deus julgava a intenção e que o fato tinha pouca importância para Ele. Seria, evidentemente, mais agradável a Deus ver oferecer os frutos da terra que o sangue das vítimas. Como já vo-lo dissemos, e o repetimos sempre, a prece dita do fundo do coração é cem vezes mais agradável a Deus que todas as oferendas que poderíeis fazer-lhe. Repito que a intenção é tudo e o fato nada.
  • 41. 673 – Não seria um meio de tornar essas oferendas mais agradáveis a Deus consagrando-as ao alívio daqueles a quem falta o necessário e, nesse caso, o sacrifício dos animais feito com um fim útil, não seria meritório, embora tivesse sido abusivo quando não servia para nada, ou não aproveitava senão às pessoas que de nada precisavam? Não teria alguma coisa de verdadeiramente piedosa consagrar-se aos pobres as premissas dos bens que Deus nos concedeu sobre a Terra? Deus abençoa sempre aqueles que fazem o bem; aliviar os pobres e aflitos é o melhor meio de honrá-lo. Não digo com isso que Deus desaprova as cerimônias que fazeis para pedir- lhe, mas há muito dinheiro que poderia ser empregado mais utilmente e não o é. Deus ama a simplicidade em todas as coisas. O homem que se liga às coisas exteriores e não ao coração, é um espírito de vistas estreitas; julgai se Deus deve interessar mais pela forma que pelo fundo.
  • 42. IMAGENS Capa – https://br.pinterest.com/pin/22447698134108777/ Tela 02 – https://br.pinterest.com/pin/29343835062944667/ Objetivo da adoração – https://www.eusemfronteiras.com.br/o-poder-da-oracao-2/ Questão 649 – https://pt.vecteezy.com/foto/1816702-silhueta-de-mulher-orando-sobre-um-fundo-lindo-ceu Questão 650 – https://discipulandonaweb.wordpress.com/2018/09/04/inscricoes-abertas-escola-de-oracao/ Questão 651 – https://br.pinterest.com/pin/448037862940769433/ Questão 652 – https://br.pinterest.com/pin/1055599902334066/ Adoração exterior – Igreja de Batalha (Portugal) – Arquivo pessoal Questão 656 – Igreja N.Sª Loreto (Lisboa – Portugal) – Arquivo pessoal Vida contemplativa – https://br.pinterest.com/pin/791366965768193001/ Da prece – https://br.pinterest.com/pin/531072981071423439/ Questão 658 – https://discipuladoinfantil.wordpress.com Questão 659 – https://blog.malupires.com.br/oracao-de-sexta-feira-para-pedir-por-protecao-e-bencaos/ Questão 660 – https://br.pinterest.com/pin/352758583291260018/ Questão 661 – https://br.pinterest.com/pin/1477812370162926/ Questão 666 – https://br.pinterest.com/pin/1477812370162928/ Politeísmo – https://br.pinterest.com/pin/381609768436193311/ Questão 668 – https://br.pinterest.com/pin/663084745105714772/ Sacrifício – https://momentoscomabiblia.com.br/cade-o-cordeiro-para-o-holocausto/ Questão 672 – https://br.pinterest.com/pin/451626668893342146/ Créditos – https://www.aponarte.com.br/2020/07/em-prece.html#gsc.tab=0 Tela última – https://br.pinterest.com/pin/31314159900413155/ 42
  • 43. CRÉDITOS: Formatação: Marta Gomes P. Miranda Referências: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 212 à 219. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução De Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: Ide, 2009. KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: Ide, 2008. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008. XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. 43
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