Sede Perfeitos, capitulo 17 do evangelho segundo o espiritismo, nos traz os motivos e como podemos ser melhores, nos traduz as falas de cristo para a atualidade, nestes slides vais encontrar de forma resumida este capitulo!
2. “Amai os vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos odeiam e
orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de
vosso Pai que está nos Céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons
e maus, e vir chuva sobre justos e injustos, pois se apenas amai
aqueles que vos amam, que recompensa teríeis?... Sede, pois,
perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito.”
Em que consiste esta perfeição? Jesus disse: “Amar aos inimigos,
fazer o bem aos que vos odeiam, orar por aqueles que vos
perseguem e caluniam”. Ele mostra com isto que a essência da
perfeição é a caridade, em Seu mais amplo conceito, pois ela
implica a prática de todas as outras virtudes.
O amor ao próximo levado até o amor aos inimigos, não podendo
ligar-se a nenhum defeito contrário à caridade, é sempre, por isso
mesmo, o indício de uma maior ou menor superioridade moral.
Disto resulta que o grau de aperfeiçoamento está na proporção da
extensão desse amor. É por isso que Jesus, depois de haver dado aos
Seus discípulos as regras da caridade, no que elas têm de mais
sublime, lhes disse: “Sede, então, perfeitos, como vosso Pai celestial
é perfeito”.
3. Pratica a lei da justiça de amor e caridade;
Se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil;
Ele tem fé em Deus, em Sua bondade, justiça e sabedoria; sabe que
nada acontece sem a sua permissão;
Tem fé no futuro;
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, decepções,
são provas ou expiações, e as aceita sem lamentações;
O homem possuidor do sentimento de caridade e amor ao próximo
faz o bem pelo bem;
Seu primeiro impulso é pensar nos outros, antes que em si mesmo,
de buscar o interesse dos outros antes dos seus;
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos,
sem distinção de raças e crenças, pois vê todos os homens como
irmãos;
Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o
anátema1 aos que não pensam como ele;
4. Encontra sua satisfação nos benefícios que distribuiu;
Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia;
Não tem ódio, nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de
Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra dos benefícios,
pois sabe que será perdoado, assim como houver perdoado;
Não se compraz em buscar os defeitos dos outros nem em colocá-
los em evidência;
Estuda as suas próprias imperfeições e trabalha sem cessar para
combatê-las;
Não procura destacar nem as suas qualidades, nem os seus
talentos, às expensas dos outros;
Não se envaidece com a sua sorte, nem com as vantagens pessoais,
pois sabe que tudo o que lhe foi dado pode lhe ser tirado;
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são confiados,
Se a ordem social colocou alguns homens sob a sua dependência,
trata-os com bondade e benevolência,
O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos
os direitos que lhes são assegurados pelas leis da Natureza,
5. O Espiritismo bem compreendido, mas, principalmente, bem
sentido, conduz forçosamente aos resultados acima, que
caracterizam o verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão, pois
um e outro são a mesma coisa. O Espiritismo não criou nenhuma
nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da
moral do Cristo, ao proporcionar uma fé sólida e esclarecida
àqueles que duvidam ou vacilam.
Muitos daqueles que creem na realidade das manifestações não
compreendem nem as consequências nem o seu alcance moral, ou, se
os compreendem, não os aplicam a si mesmos;
O espiritismo não traz alegorias, nem figuras que pudessem dar
lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é
isso que lhe dá força, pois vai direto à inteligência.
É necessário, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do
comum? Não, pois vemos homens de capacidade notória que não a
compreendem, enquanto inteligências comuns, jovens que mal
saíram da adolescência, apreendem, com uma admirável clareza as
nuanças mais delicadas.
6. Isso ocorre porque a parte material da Ciência não requer nada
além de olhos para ser observada, enquanto que a parte essencial
pede um certo grau de sensibilidade, que se pode chamar de
maturidade do senso moral, maturidade independente da idade ou
do grau de instrução;
Para alguns, os laços da matéria estão ainda muito tenazes para
permitir ao Espírito desprender-se das coisas da Terra. O nevoeiro
que os envolve lhes impede a visão do infinito...não compreendendo
que possa haver nada melhor além do que aquilo que possuem.
Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos
mistérios, sem indagarem se são dignos de penetrar os segredos do
Criador. São, afinal, os espíritas imperfeitos.
Aquele que podemos, com razão, qualificar de verdadeiro e sincero
espírita está num nível superior de aperfeiçoamento moral. O
Espírito que já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma
percepção mais clara do futuro;
7. Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação
moral e pelos esforços que faz
para dominar as suas más
inclinações.
Cap 17 item 4
8. Eis que saiu o semeador a semear e, enquanto semeava,
uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e
vieram os pássaros do céu, e comeram-na.
Outra semente caiu em lugar pedregoso, onde não havia
muita terra, mas nasceu assim mesmo, embora a terra
não tivesse profundidade. Mas tendo o sol se erguido, a
queimou e, como não tinha raiz, ela secou.
Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e cresceram os
espinhos, e estes a sufocaram
Uma outra caiu, finalmente, em boa terra, e dava frutos.
Alguns grãos rendiam cem para um, outros a sessenta,
outros a trinta;
9. “Escutai a parábola daquele que semeia. Aquele que ouve a
parábola do Reino e não a entende, o espírito do mal vem e
carrega o que foi semeado em seu coração; é aquele que recebeu a
semente ao longo do caminho.
Aquele que recebe a semente em meio às pedras é o que ouve a
palavra, e hoje a recebe no momento com alegria; mas ele não
tem em si raízes, antes é de pouca duração. E quando acontecem
as tribulações e as perseguições por amor da palavra, logo se
escandaliza.
O que recebe a semente entre os espinhos é aquele que ouve a
palavra mas, em seguida, as preocupações deste mundo e o
engano das riquezas sufocam nele a palavra e a tornam
infrutífera.
Mas aquele que recebe a semente em terra boa é o que ouve a
palavra e a entende, e dá fruto, às vezes cem, e outro sessenta, e
outro trinta por um.”
10. O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, em
seguida para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo
tanto nos mínimos detalhes como nos atos mais elevados.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido,
pois se encontra em campo oposto ao das seduções do interesse e do
coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não
sofrem repressão.
O homem que cumpre seu dever ama a Deus mais do que às
criaturas e às criaturas mais do que a si mesmo.
O dever se engrandece e esplende, sob uma forma, sempre mais
elevada, em cada uma das etapas superiores da Humanidade. A
obrigação moral da criatura em relação a Deus jamais cessa. Ela
deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço
imperfeito, mas deseja que a grandeza da Sua obra resplandeça aos
seus olhos.
11. O dever começa, precisamente, no
ponto em que ameaçais a felicidade
ou a paz do vosso próximo, e
termina no limite em que não
desejaríeis ver transposto em
relação a vós mesmos
12. A virtude, no seu mais alto grau, comporta o conjunto de todas as
qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom,
caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do
homem virtuoso. Infelizmente, elas são, muitas vezes,
acompanhadas de pequenas falhas morais, que as deslustram e
enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso,
já que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e possui o vício
contrário, o orgulho. A virtude verdadeiramente digna desse nome
não gosta de exibir-se. Nós a percebemos, mas ela se esconde na
sombra e foge à admiração das multidões.
É para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos
convido, meus filhos. Mas afastai de vossos corações o sentimento
do orgulho, da vaidade e do amor-próprio, que deslustram sempre
as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se apresenta
como modelo e se gaba das próprias qualidades, para todos os
ouvidos tolerantes.
13. A autoridade, assim como a fortuna, é uma delegação, de que se
pedirá contas a quem dela foi investido. Não creiais que ela seja
dada para vos proporcionar o fútil prazer de mandar, tampouco,
segundo acredita falsamente a maior parte dos poderosos da Terra,
como um direito ou uma propriedade.
Quem quer que seja depositário da autoridade, independente da
extensão não deve esquecer-se de que é um encarregado de almas, e
responderá pela boa ou má orientação que der aos seus
subordinados, bem como as faltas que estes poderão cometer, os
vícios aos quais serão arrastados, em consequência dessa
orientação ou de maus exemplos recebidos.
O superior que guardou as palavras do Cristo não despreza
nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as diferenças
sociais não subsistem diante de Deus.
14. Purificai, portanto, os vossos corações; não deixeis que
pensamentos fúteis ou mundanos os perturbem. Elevai o vosso
Espírito até aqueles a quem chamais, a fim de que, encontrando em
vós as disposições necessárias, possam lançar muitas sementes
para germinar em vossos corações
Vivei como os homens de vossa época, como devem viver os
homens: sacrificai-vos às necessidades, às frivolidades de cada dia,
mas sacrificai-vos com um sentimento de pureza que as possa
santificar.
Nada façais sem que a lembrança de Deus venha purificar e
santificar os vossos atos.
O homem que vivesse isolado não teria como exercer a caridade.
Somente no contato com os seus semelhantes, nas lutas mais
difíceis, é que ele encontra a ocasião de praticá-la. Aquele que se
isola se priva, voluntariamente, do meio mais poderoso de
aperfeiçoamento: tendo que pensar apenas nele mesmo, sua vida é a
de um egoísta.
15. A perfeição moral consiste na maceração do corpo?
Necessidade de cuidar do corpo, que, segundo as
alternativas de saúde e doença, influem de maneira
muito importante sobre a alma,
Temos dois sistemas que se defrontam neste caso: o
dos ascetas, que desejam abater o corpo, e o dos
materialistas, que querem diminuir a alma.
Amai, então, a vossa alma, mas cuidai também do
corpo, instrumento da alma.