O documento resume as principais escolas literárias brasileiras desde o Quinhentismo até o Modernismo, destacando autores e obras de cada período. As escolas literárias mencionadas são: Quinhentismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Parnasianismo, Naturalismo, Realismo, Simbolismo, Pré-Modernismo e Modernismo. O texto também fornece breves informações sobre a literatura de descobrimento do Brasil no século XVI.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
Literatura do Romantismo
1. LiteraturaQuinhentismo
LiteraturadeInformação
BarrocoArcadismo
Romantismo
Parnasianismo
Naturalismo
Realismo
Simbolismo
Pré-Modernismo
ModernismoDescobrimento do Brasil
Século XVI
ExpansãoMarítima
cartas
flora
fauna
Riquezas
descritiva
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Pero Vaz de Caminha
José de Anchieta
portugueses
Gregório de Matos
Padre Antônio Vieira
Sermões
Aleijadinho
Poesiaprosa igrejas
Poesia lírica
Claudio Manuel da Costa
Ouro
Neoclassicismo
Marília de Dirceu
MachadodeAssis
Memórias Póstumas de Brás Cubas
José de Alencar
egocentrismo
nacionalismo
liberdade
Amor
Ódio
respeito
honra
amizade
Aluísio Azevedo Comportamento humano
Subjetivismo
musicalidade
Transcendentalismo
Cruz e Souza
Conservadorismo
Renovação
Os Sertões
Euclides da Cunha
Urupês
Manuel Bandeira
MariodeAndrade
OswalddeAndrade
CecíliaMeireles
ViníciusdeMoraes
NelsonRodrigues
2. Literatura
Resumo da Escola Literária:
Romantismo
Prof. Espec. Rafael Vasconcelos
E-mail: vasconcelos.professor@gmail.com
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6. O Romantismo é uma das escolas literárias mais importantes da nossa literatura e uma das
mais utilizadas nas avaliações do ENEM e VESTIBULARES FEDERAIS.
7. Tudo o que aconteceu no período
do Arcadismo, reflete no século XIX
com o Romantismo
8. 1. Se inicia na França,
Alemanha e Inglaterra
2. Momento em que temos
uma classe social em
ascensão: Burguesia
3. Temos neste momento
a palavra chave do
Romantismo: A
IDEALIZAÇÃO uma
IDEOLOGIA
4. No século XIX entra um
grande gênero literário: O
ROMANCE.
(Um tipo de Texto, Gênero) –
Um gênero Burguês. Nasce
para atender as
necessidades da burguesia.
Ou seja: ´´eu quero ouvir
falar da minha classe``.
5. Uma das principais características do Romantismo é
o Egocentrismo, o individualismo e o subjetivismo.
9. Mas o que significa SUBJETIVISMO?
Subjetividade vem da palavra SUJEITO.
Palavra que começa a
ganhar força no século
XIX
Subjetivismo – Ideia
subjetiva, nada mais é do
que uma visão muito
particular das coisas.
10. INDIVIDUALISMO E SUBJETISMOS É A MESMA COISA?
Não é a mesma coisa, mas são teorias
que andam próximas nesta época da
nossa literatura.
11. O Romantismo também possui um reflexo da Cavalaria Medieval.
Aquele idealismo do homem bom, heroi, bonito, corajoso, valente e desbravador; volta a
acontecer no Romantismo. Por isso alguns vestibulares fazem menção do homem romântico
ao homem medieval – devido a semelhança entre dois.
13. O heroi ou heroina do Romantismo
São IDEALIZADOS.
Ou seja
Eles quase atingem a perfeição
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16. 1. Se inicia em mais
ou menos 1836 – O
momento literário.
Mas em 1808 a Família Real chegam às nossas terras. Praticamente expulsos
da Europa pelo bloqueio continental do Napoleão Bonaparte dos comércios
entre os países europeus, o Portugal fica sem opções de negociações
comerciais. Momento este em que decidem ir para ´´nossa colônia, nossa
terra brasilis``.
17. Com a chegada da Família Real o Brasil ganhou:
Abertura de portos;
A Biblioteca Nacional
Imprensa
Tipografia
Edição
Não vamos esquecer que em 1808 o Brasil ainda era colônia.
O homem que morava no Brasil, intelectuais, por exemplo, já estavam cansados do
imperialismo e coronealismo.
Até que D. Pedro proclama a independência em 1922
PROFESSOR, MAS QUAL A RELAÇÃO DISSO COM A LITERATURA?
18. É aí que começa o sentimento que chamamos de:
ANTI-LUSITANO
Entre estes sentimentos estão a arte.
O brasileiro passa a querer se desprender da cultura europeia.
MAS CUIDADO
A nossa literatura ainda NÃO consegue ser totalmente independente.
Isso só vai acontecer no início do século XX com o Modernismo.
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25. Conhecida como a
geração: Mal-do-Século
Amor
exagerado
O Sentimentalismo e
o Egocentrismo
CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
MELANCOLIA, A TRISTEZA, A
DEPRESSÃO, O SATANISMO E A
OBSCURIDADE, ELÉM DE, CLARO, A
MORTE.
26. Byron foi um Inglês devasso e
enlouquecido.
Para os Românticos a morte possuía outro significado.
Era o mesmo que: LIBERDADE.
Morrer era deixar de sofrer.
27. Por que o amor, a mulher e os sentimentos são tão valorizados nesta segunda fase
do Romantismo?
Cuidado: A MULHER É IDEALIZADA EM QUASE
TODOS OS MOMENTOS DO ROMANTISMO.
Mas na 2ª Geração da Poesia ela – a mulher – é
idealizada demais. E esta é uma preferência do própria
eu-lírico. Ele opta em idealizar, imaginar, sonhar com a
perfeição desta figura feminina do que tê-la propriamente
dita, ou seja, opta o irreal ao real.
30. E aí a mãe chega com uma sopa.
Não é ruim, mas naquele momento não era a sua idealização.
Na verdade, ruim foi você ter imaginado uma lasanha e uma
sobremesa deliciosa.
31. É por isso que se sofre tanto nesta segunda fase do Romantismo.
Porque se cria, imagina e idealiza – algo natural dos humanos no decorrer da vida – e
não se atinge o que se esperou.
Todos nós ainda somos românticos.
Quando dizemos que alguém é romântico, que alguém possui uma visão romântica
das coisas este é o real significado: Uma pessoa que idealiza as coisas.
DICA DO PRO RAFA:
Seja um Romântico no Ensino Médio.
Foco no ENEM, idealize a sua vaga na universidade,
idealize a sua vida acadêmica e o seu futuro
profissional!
Não coma a sopa. Como a lasanha com a coxinha de
brigadeiro de nutella com morango.
32. O GRANDE SÍMBOLO
O GRANDE AUTOR
DA 2ª GERAÇÃO DO
ROMANTISMO
Morre antes dos 21
anos, vítima de
tuberculose.
É o autor que
engloba todas as
características
desta 2ª geração.
Se destaca por
sua POESIA
primorosa.
33. CUIDADO com as poesias de Álvares de Azevedo, MUITO CUIDADO. Porque ele não é apenas uma
coisa. Ele abordará a escravidão (cuidado porque este estilo de poesia também pertence ao autor Pedro
Ivo), Poesia Sentimentalista – sobre ele próprio – e daí vem o famoso poema: ´´Se eu morresse
amanhã...``; Sua poesia é sentimental e faz muito uso da idealização da figura feminina. E MAIS DO
QUE TUDO: Ele também fará DOIS TIPOS DE TEXTOS DIFERENTES: Teatro e Contos. No teatro
escreveu o famoso texto MACÁRIO (jovem que encontra um velho senhor e que mais tarde descobre
ser o Diabo). E em contos escreveu a obra Noites na Taverna, muito utilizado nos vestibulares.
Incesto, necrofilia,
degolação
Livro de Poesias de Álvares de
Azevedo é Lira dos Vinte Anos. E
é deste livro que retiram a
maioria das poesias contidas nas
questões do ENEM e Grandes
Vestibulares.
34. Poeta considerado como sendo o
queridinho de todos.
Autor muito parodiado
pelos outros poetas.
Característica
macabra, satânica e
a melancolia
exagerada, são
características da
segunda fase do
Romantismo que
não fazem parte da
sua literatura. Não
totalmente.
Álvares de Azevedo é o
exagero e o Casimiro é o
´´mimoso``, ´´querido``;
nos dando a impressão de
que para o Casimiro tudo
é mais bonito. Porém não
é apenas impressão, esta
é de fato uma de suas
características. Sua poesia
é mais sútil, simples.
Características: sutileza,
simplicidade, poesia com
ritmo, ou seja, há
sonoridade. É dele a autoria
de uma das poesias mais
famosas mundialmente -
´´Meus Oito Anos``:
(Ai que saudades da aurora
da minha vida, da minha
infância queria, que os anos
não trazem mais``>
35. Casimiro não viveu apenas de simplicidade e saudosismo. É dele
também as poesias que traduzirão os grandes saraus da época, a
beleza dos jovens dançando nos grandes bailes, a transcrição
daquele amor que chamamos de ´´amor pueril`` (amor juvenil e puro).
36. Autor pouco explorado nos
vestibulares e ENEM, mas
que merece uma atenção
especial.
Varela é a
melancolia em
forma de pessoa.
Uma tristeza
exacerbada.
´´Termina de ler e
temos vontade de
se matar.``.
Varela possui uma
característica muito famosa
nele:
O PANDEISMO
(quando vemos Deus nas
coisas).
Ex:
FRASE: Vejam que linda
árvore!
RESPOSTA: É a presença
de Deus nela dando vida.
Varela que já era depressivo,
melancólico e que vivia o
máximo do mal-do-século, num
belo dia, em casa, após beber
todas, tropeça e cai por cima
do filho, matando-o.
E a partir daí a depressão
liquida com ele de uma vez por
todas. Diante disso lhe vem a
inspiração para compor o
famoso poema: Cântico dos
Calvários.
Notas do Editor
Resposta:
O termo romântico, independentemente da escola literária, refere-se às pessoas que, de um modo geral, acreditam no amor e esperam encontrar a pessoa amada.
Espera-se que os alunos respondam à pergunta baseados em seus conhecimentos prévios e relacionem a ideia de romantismo com algumas características genéricas do movimento artístico.
Resposta:
Os alunos poderão responder que, apesar das profundas mudanças comportamentais e das novas configurações de relacionamento, ainda é possível verificar na sociedade moderna alguns traços do Romantismo, como o valor que muitas pessoas ainda atribuem ao casamento (seja ele oficial ou não). É claro que o conceito de comportamento romântico está se distanciando do amor cortês (principalmente por causa das relações de igualdade entre homem e mulher), mas é bom lembrar que muitas mulheres ainda preferem os galanteios, a proteção, as flores e a declaração exagerada do sentimento do amante.
Os alunos devem responder com base em suas opiniões pessoais.
A intenção é colocar em discussão se os ideais do Romantismo ainda estão presentes nos dias de hoje, ou se eles se restringem a determinado momento do passado.
Com base nas informações levantadas nos dois primeiros slides, discutir com os alunos quais obras seriam românticas. Primeiro, eles devem apontar que obras seriam essas e explicar porque elas podem ser consideradas românticas.
Anote no quadro as obras e características dos textos citados, que as identificariam como românticas. Assim, algumas noções gerais sobre o movimento já podem ser esboçadas.
A Independência dos Estados Unidos, em 1776, e a Revolução Francesa, em 1789, provocaram repercussões não só na Europa, mas principalmente nas diversas colônias presentes na América.
A busca pela independência e pela liberdade, em relação às metrópoles, desencadeou a formação de novos Estados Nacionais. Esses países, que se formaram politicamente, precisavam de uma unidade cultural para que o povo se reconhecesse ideologicamente, criando uma identidade nacional.
Os artistas, percebendo a necessidade dessa cultura própria, passaram a retratar as paisagens e os costumes de suas terras, tanto na literatura quanto na pintura. Nascia, assim, um dos temas mais recorrentes das artes do período romântico, o nacionalismo.
As pinturas e literaturas românticas retratavam frequentemente a flora e a fauna dos países de origem dos artistas, em oposição ao modelo proposto pelo Arcadismo, que visava à presença de uma natureza universal.
Analisar a imagem deste slide, que se enquadra na estética arcadista, e fazer uma comparação com a obra do slide anterior.
Colocar em discussão as seguintes perguntas:
a) Como é apresentada a natureza em cada uma das obras?
Quais dos pintores retrata a natureza da sua terra?
A intenção é mostrar para os alunos como a obra romântica retrata a natureza local com a intenção de ressaltar a paisagem, como uma forma de nacionalismo. No Romantismo a natureza também tinha a função de mostrar o estado de espírito do autor (tristeza, alegria, angústia, etc). Já as obras do arcadismo retratavam a natureza como cenário, sempre bucólico, o qual transmitia o equilíbrio, a tranquilidade e a paz: alguns ideais de carpe diem do período.
As invasões napoleônicas, que ameaçavam a soberania de Portugal, obrigaram a Família Real a fugir para o Brasil, no ano de 1808. Posteriormente, D. João VI transferiu a Corte portuguesa e todo o aparelho burocrático para o Brasil. Ministros, políticos, juízes, funcionários da administração da Corte, o alto clero, a nobreza, comerciantes, populares, etc. deslocaram-se para o Brasil onde fincaram suas raízes. Com o deslocamento humano vieram os tesouros do reino, incluindo diversas bibliotecas, equipamentos gráficos, etc.
Os portugueses, insatisfeitos com a crise política que se instituiu em Portugal, revoltaram-se e exigiram o retorno de D. João VI.
Ante o receio de perder o controle sobre sua terra natal, o rei retornou em 1821, acompanhado de quatro mil portugueses. Seu filho, D. Pedro I, assumiu a Coroa no Brasil e proclamou a independência no ano seguinte.
Consumada a independência política, faltava fazer com que os brasileiros se identificassem como brasileiros, ou seja, que compusessem, em conformidade com o vocabulário político dos fins do século XVIII, uma nação.
O poeta Gonçalves Dias (1823- -1864) nasceu no Maranhão. Muito jovem e seguindo a tradição dos brasileiros ricos, viajou para Portugal, em 1838, com o objetivo de realizar o curso preparatório para ingressar no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Já estudante universitário, o poeta teve contato com escritores românticos portugueses, alemães e franceses. Em função dessa convivência, conheceu o nacionalismo, que incorporou à sua obra, até então, permeada pelo ideário artístico europeu.
Note-se que boa parte da exploração nacionalista dessa obra se dá por meio de outro grande tema romântico: a natureza. Enquanto os poetas europeus cantavam o cipreste ou o carvalho – árvores nativas da Europa – Gonçalves Dias, então em Coimbra, falava das saudades que sentia da pátria brasileira, enaltecendo as virtudes da natureza típica de nosso país. Daí a escolha da palmeira, característica da Região Nordeste. Para exaltar a fauna, o poeta elegeu o sabiá. Era comum entre os autores europeus a exaltação do rouxinol, pássaro de belíssimo canto, habitante das paisagens europeias. Em um clima de comparação, que dá clara superioridade ao ambiente brasileiro, Gonçalves Dias desafia a histórica sonoridade do canto do rouxinol nos versos: “As aves, que aqui gorjeiam,/ Não gorjeiam como lá”.
O poema “Canção do exílio” traz, também, um dos temas marcantes do Romantismo, a solidão. Os poetas românticos valorizavam o isolamento como forma de atingir a plenitude para a criação poética. Para muitos, o exílio e o isolamento decorriam inclusive de práticas sociais. Gonçalves Dias, que saiu do Brasil para estudar, assim como muitos outros jovens poetas de sua época, vivenciou, dessa forma, o exílio voluntário.
A dificuldade de se inserir no sistema de produção capitalista levou diversos poetas românticos a uma introspecção subjetiva. Diante disso, muitos deles, ante a realidade que se figurava opressora, expressaram em seus poemas a vontade de morrer, o pessimismo, o desejo de evasão. Outras formas de reação aos valores sociais do final do século XVII e início do século XIX foram a ironia e o sarcasmo.
A poesia da segunda geração romântica transitará entre manifestações absolutamente tímidas e moldadas pelo amor platônico e idealizado e a crítica sarcástica à sociedade. O poeta valorizava, então, não só a mulher idealizada, mas também a real, de carne e osso, com a qual ele efetivamente convivia.
O poeta inglês Lord Byron foi o grande inspirador da estética literária “segunda geração poética”, tanto por suas composições quanto por seu estilo de vida.
Byron era um aventureiro intelectualizado que participou da guerra pela libertação da Grécia contra os turcos, viveu amores proibidos, entre outras experiências cantadas em sua obra.
A influência de Byron foi fortíssima entre os românticos brasileiros, a ponto de ele ser, inclusive, traduzido por Castro Alves.
Entre os poetas da segunda geração, destaca-se Álvares de Azevedo. Seguindo a tradição das famílias abastadas, o poeta ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, com 16 anos. Lá pôde conviver com José de Alencar e José Bonifácio, nomes que se destacariam no âmbito das letras e da política brasileira. Em torno da biografia de Álvares de Azevedo circularam diversas lendas. Uma delas era a de que o poeta participou da sociedade epicureia – um grupo que cultuava o prazer acima de tudo. Essa sociedade, estimulada
por vinho e conhaque, reunia-se em tavernas e cemitérios.
A poesia de Álvares de Azevedo apresentava forte dualidade. A primeira parte de suas obras revelava um rapaz sensível e sonhador, o lado Ariel, angelical, que via, na imagem da virgem pálida e idealizada, a possibilidade do amor, mesmo que este só se concretizasse com a morte.
Casimiro de Abreu foi outro poeta de significativa importância na segunda geração. Nascido em 1839, em Barra de São João, RJ, filho de um rico comerciante e fazendeiro português, o poeta recebeu apenas instrução primária em Nova Friburgo. Obrigado pelo pai a trabalhar no comércio, foi para o Rio de Janeiro, em 1852. No ano seguinte, viajou para Portugal e teve a oportunidade de iniciar-se em atividades literárias. A partir daí, passou a escrever poemas inspirados em Gonçalves Dias, que tinham como tema a natureza do Brasil. Casimiro retornou ao país em 1857 e passou a atuar como jornalista no jornal Correio Mercantil, com Manuel Antônio de Almeida e o jovem, e ainda revisor de textos, Machado de Assis.
Fagundes Varela foi o último poeta representativo da segunda geração romântica (1841-1875). Filho de um juiz, passou a infância no interior do Rio de Janeiro. No ano de 1862, o futuro poeta matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. Nunca terminou o curso de Direito, preferindo a literatura e dispersando-se na boêmia. Varela, contrariando todas as expectativas da sociedade da época, casou-se com uma atriz de circo por quem havia se apaixonado. A família não aceitou o matrimônio, fato esse que contribuiu para agravar as suas dificuldades financeiras.
A terceira geração da poesia romântica é conhecida como condoreira ou social, pois tinha como objetivo descrever os males que assolavam a sociedade brasileira, como a escravidão.
O poeta Castro Alves (1847-1871) é, sem dúvida, o maior representante da terceira geração romântica. Nascido no interior da Bahia, mudou-se, ainda jovem, com a família para Salvador. Nos tempos de colégio, Castro Alves foi colega de Rui Barbosa. Em 1862, mudou-se para o Recife, para concluir o curso preparatório e ingressar na Faculdade de Direito do Recife. Lá, integrou-se rapidamente à vida literária acadêmica. Boêmio e admirado pelos seus versos, o poeta acabou por negligenciar os estudos.
O lirismo-amoroso de Castro Alves foi moldado por um erotismo incomum aos poetas românticos das gerações anteriores. É bem provável que esse erotismo tenha decorrido da experiência amorosa com a atriz Eugênia Câmara. O poeta tornou--se famoso pela poesia de cunho social, especialmente, contra a escravidão.