2. O Romantismo está relacionado a
dois acontecimentos que mudaram a face
da Europa:
Revolução Revolução
Industrial Francesa
3. - a arte da
burguesia
Burgues
ia
Polít Soci
ica al Aristocracia
Econô
mica
4. A carroça de
feno
(1821), de
John Constable
"Em cada país o romantismo produziu uma nova literatura
exuberante com imensas variações entre seus autores
porém, em todos eles, persistem algumas características em
comum: opulência e liberdade, devoção ao individualismo,
confiança na bondade da natureza e no homem "natural" e
na fé permanente nas fontes ilimitadas do espírito e da
5. - Literatura burguesa
- Sentimentalismo: a pessoa era o centro
das atenções e o amor era a medida de
tudo ( tom confessional nos textos)
- Subjetivismo: o escritor romântico
retrata o mundo como ele vê e sente, por
isso os poemas são escritos em primeira
pessoa.
- Idealização: busca por um mundo mais
belo, livre de imperfeições. O poeta
idealiza o amor, o herói e a mulher.
- Patriarcalismo: o século XIX também é
conhecido por refletir em sua literatura
6.
7. O início da fase romântica na
literatura portuguesa ocorreu com a
publicação do poema narrativo “Camões”,
do autor Almeida Garret, em 1825. Neste
poema é expressado uma espécie de
biografia sentimental de Luís Vaz de
Camões.
9. *Segunda geração romântica
portuguesa
-Mal do século
- Excessos do subjetivismo e do
“emocionalismo” românticos.
- Irracionalismo
- Escapismo, fantasia
- Pessimismo
*Terceira geração romântica portuguesa
- Diluição das características românticas.
- Pré-realismo
10. ALMEIDA GARRET
Almeida Garrett: um do
mais
importantes representante
do
Romantismo português.
Nasceu na cidade do Porto (Portugal)
em 1799 e morreu em 1854, na cidade de
Lisboa. Seus romances possuíam um forte
caráter dramático. Participou também da
política, escrevendo sobre este tema. Produziu
textos históricos, críticos e diplomáticos.
11. SEUS OLHOS
Divino, eterno! – e
Seus olhos – se suave
eu sei pintar Ao mesmo tempo:
O que os meus mas grave
E de tão fatal
olhos cegou –
poder,
Não tinham luz de Que, um só
brilhar, momento que a vi,
Era chama de Queimar toda alma
queimar; senti...
E o fogo que a Nem ficou mais Garret
Almeida de
12. ALEXANDRE HERCULANO
Herculano foi o responsável
pela introdução e pelo
desenvolvimento da narrativa
histórica em Portugal.
Alexandre Herculano - Nasceu na cidade de
Lisboa em 1810 e morreu em 1877, na cidade de
Val-de-lobos.. Homem de lúcida visão crítica e
participante ativo das lutas políticas de seu
tempo , destaca-se principalmente como
historiador , tendo escrito História de Portugal e
da origem e estabelecimento da Inquisição em
13. Camilo Castelo Branco
Consagrado como o
melhor representante
do Ultra-Romantismo.
Camilo Castelo Branco nasceu na cidade de
Lisboa em 1825 e morreu em 1890 na cidade de
São Miguel de Seide. Teve uma vida que pode
ser confundida com uma de suas próprias
novelas, ou seja, uma vida dramática e tão cheia
de atribulações que chega a espelhar as
14. AMIGOS
Amigos cento e dez, e talvez mais,
Um dia adoeci profundamen
eu já contei. Vaidades que eu sentia! cento e dez,
Ceguei. Dos
Pensei que sobre a terra não havia somente
houve um
mais ditoso mortal entre os mortais.
que não desfez os laços qua
rotos.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
tão zelosos das leis da cortesia,
- Que vamos nós (diziam) lá
que eu, já farto de os ver, fazer?
me escapulia
às suas curvaturas vertebraís. está cego, não nos po
Se ele
Camilo Castelo Branco
ver". .
- Que cento e nove impávido
15.
16. Considera-se que o período romântico
no Brasil inicia em 1836, com a
publicação da obra Suspiros Poéticos e
Saudades, do poeta Gonçalves de
Magalhães e vai até o ano de 1881,
com a publicação do romance realista
Memórias Póstumas de Brás Cubas de
Machado de Assis.
17. Precedentes: Período de Transição
(1808-1836)
Simultaneamente ao final das últimas produções do
movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real
portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no
ano de 1808, significou, o início do processo de
Independência da Colônia. O período compreendido
entre 1808 e 1836 é considerado de transição na
literatura brasileira devido à transferência do poder de
Portugal para as terras brasileiras que trouxe consigo,
além da corte e da realeza, as novidades e modelos
literários do Velho Continente nos moldes franceses e
ingleses. Houve também a mudança de foco artístico
e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da
colônia desde o ano de 1763.
Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser
19. A insatisfação das classes dominantes
com o Império fez com que surgissem
tentativas de independência da metrópole,
produzindo um sentimento de nacionalismo
que culminaria com a Declaração da
Independência, em 1822, por Dom Pedro I.
Outro aspecto importante é com relação
à escravidão dos negros: o Brasil era uma das
poucas colônias americanas que ainda
sustentava o sistema econômico baseado do
trabalho escravo, o que gerou opiniões
controversas por parte dos autores daquela
época. Temos expressões literárias
abolicionistas (p. ex.: o poeta Gonçalves de
Magalhães) e outras que tratavam do tema
21. 1 Geração
-Nacionalismo ou indianismo: exaltação
da natureza, do índio, volta ao passado
histórico (temas principais giram em torno
da nova pátria)
-Autores principais: Gonçalves de
Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto
Alegre e José de Alencar
22. 2º Geração: Ultrarromântica ou mal-do-
século
-Obras inspiradas no poeta Lord Byron e
Goethe.
-Individualismo
-Egocentrismo
-Negativismo
-Duvida
-Desilusão
-Sentimento relacionados a fuga da
realidade
23. 3º Geração: Condoreira
- Inicio de uma onda realista influenciada
pela obra política social do francês Victor
Hugo.
-Poesia de Denuncia
- Poetas clamam por uma poesia social
em que a humanidade trabalhe por
igualdade, justiça e liberdade
-Autores: Castro Alves e Sousândrade
24. 1823 –
1864
Nasceu em Caxias, no
Maranhão e, com quinze anos,
vai a Coimbra estudar Direito.
Longe do Brasil, toma contato
com poetas portugueses que
cultivavam a Idade Média. É
considerado o primeiro poeta
de fato brasileiro por dar vazão
aos sentimentos de um povo
com relação à pátria.
Em 1843 escreve seu famoso
poema Canção do Exílio, onde
se percebe algumas das
principais características do
25. CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem Em Não permita Deus
palmeiras, cismar, sozinho, à que eu morra,
Onde canta o Sabiá; noite, Sem que eu volte
As aves, que aqui Mais prazer eu para lá;
gorjeiam, encontro lá; Sem que disfrute os
Minha terra tem
Não gorjeiam como lá. primores
palmeiras, Que não encontro por
Nosso céu tem mais Onde canta o Sabiá. cá;
estrelas, Sem qu'inda aviste as
Nossas várzeas têm mais terra tem
Minha palmeiras,
flores, primores, Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais tais não encontro
Que
vida, eu cá;
26. Casimiro de Abreu
1839 - 1860
Os aspectos formais de sua
obra são considerados fracos,
porém, sua temática revela
grande importância no
desenvolvimento da poesia
romântica para as letras
brasileiras. Sua linguagem
simples, acompanhada por um
ritmo fácil, rima pobre e
repetitiva revelam um poeta
empenhado na expressão dos
sentimentos saudosistas com
relação à pátria e à infância.
Essa última, em tom de
profunda nostalgia, revela um
tempo em que a vida era mais
prazerosa, junto à natureza e
27. Meus oito anos
Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que
flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
Casimiro de Abreu
A vida um hino de amor! (...)
28. 1831 -1852
A obra de Álvares de
Azevedo
apresenta linguagem
inconfundível, em cujo
vocabulário são
constantes as palavras
que expressam seu
estado de espírito, a
fuga do poeta da
realidade, sua busca
29. Fechar meus olhosMORRESSE AMANHÃ
SE EU minha
triste irmã;
Minha mãe de saudades
Mas essa dor da vida que
morreria
devora
Se eu morresse amanhã!
A ânsia de glória, o
dolorido afã...
Quanta glória pressinto
A dor no peito emudecera
em meu futuro!
ao menos
Que aurora de porvir e
Se eu morresse amanhã!
que manhã!
Eu perdera chorando
essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul!
que dove n'alva
Acorda a natureza mais
30. 1847 –
1871
Antônio Frederico de
Castro
Alves, poeta, nasceu
em Muritiba, BA, em
14 de março de
1847, e faleceu em
Salvador, BA, em 6
de julho de 1871. É
o patrono da Cadeira
31. NAVIO NEGREIRO
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar
humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro
d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus!
Que horror!
32. IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho orquestra irônica,
E ri-se a
Que das luzernas avermelha oestridente...
brilho.
Em sangue a se banhar. E da ronda fantástica a
serpente
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite, espirais ...
Faz doudas
Horrendos a dançar... Se o velho arqueja, se no chão
resvala,
Negras mulheres, suspendendo às tetas gritos... o chicote
Ouvem-se
estala.
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães: E voam mais e mais...
Outras moças, mas nuas e espantadas,
Presa nos elos de uma só
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
33. No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
Castro Alves