3. No Brasil, a partir da chegada da família real,
em 1808, leva o Rio de Janeiro a viver um
intenso processo de urbanização, tornando-se
um campo propício à divulgação das novas
tendências europeias.
4. Após 1822, cresce no Brasil independente o
sentimento de nacionalismo, busca-se o
passado histórico, exalta-se a natureza pátria,
características europeias que se encaixavam
perfeitamente à necessidade brasileira de auto-
afirmação.
5. A publicação de SUSPIROS POÉTICOS e
SAUDADES, Gonçalves de Magalhães, foi o
marco oficial do início do Romantismo no
Brasil. (1936)
6. O desenvolvimento econômico do país e o
consequente processo de urbanização
trouxeram novas necessidades para as famílias
burguesas.
Ideologia do consumismo dos produtos da
revolução industrial.
Público alvo: estudantes e mulheres.
7. Público burguês e conservador inviabilizando o
surgimento de produções artísticas de caráter
mais crítico em relação à realidade brasileira.
9. INDIVIDUALISMO
Cada sujeito é diferente um do outro.
No romantismo a visão do mundo se da através de
muita SENSIBILIDADE, através da
AFETIVIDADE e da DEVOÇÃO FILIAL.
10. No romance, o personagem sempre sofre!!!
Não há herois clássicos no romance.
Ex: Juca Pirama – Gonçalves Dias.
O romântico tem crise de identidade,
primeira vez que isso é mostrado e relatado na
literatura.
11. SUBJETIVIDADE: não havia limites para a
sensibilidade e a imaginação do romântico. A
supervalorização desses traços psicológicos
pode levá-lo a duas atitudes extremas:
Byronismo = onde se cultuava a energia
individual
Mal do século = atitude mais radical, onde o
escritor se anulava, passivamente, diante da
realidade.
12. EVASÃO DA REALIDADE: o romântico não
aceitava os limites da realidade, ele pretendia ir
além, para um mundo idealizado, infinito, que lhe
servia como refúgio. EVASÃO – FUGA.
PROCURA DA NATUREZA: cultuava a natureza.
Esse culto foi uma forma de reprovar a sociedade e
de mostrar insatisfação para com a civilização
urbana.
13. IDEALIZAÇÃO DO AMOR: o sentimentalismo
romântico oscilou entre duas atitudes
extremas: a exaltação do amor (sentimento
capaz de transformar o mundo) e sua
lamentação (sentimento melancólico e
pessimista, com uma visão desencantada do
mundo).
MULHER: foi transformada pelo idealismo
romântico ora em objeto místico e de fatal
contemplação, ora em objeto de sensualidade,
erotismo.
15. 1ª geração: indianismo, nacionalismo.
Principais autores e textos:
Gonçalves Dias – I – Juca Pirama
É um poema totalmente indianista.
Juca Pirama significa aquele que deve morrer.
O poema é divido em 10 partes.
1ª parte é um poema épico/narrativo, pois descreve o
tempo, o espaço, o narrador e o personagem.
A partir da 2ª parte, o poema conta a história do índio
tupi.
16. Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu‟inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
17. Poema escrito por Gonçalves Dias quando
estava estudando em Portugal.
Poema repleto de sentimentalismo e
nacionalismo. Saudades da terra natal.
Crise política, exílio de escritores, autores,...
18. 2ª geração: poetas ultra-românticos insatisfeitos
com as formas convencionais do cotidiano.
Elevavam o amor apenas ao nível subjetivo e o
associavam ao tema da morte.
19. Principais autores e textos:
Álvares de Azevedo – Lira dos vinte anos
Poemas com obsessão do poeta pela morte e pela
mulher virgem, predileção pelos momentos
indefinidos do crepúsculo ou pelos encantos da
noite escura.
Casimiro de Abreu – Meus oito anos
20. Impregnada de subjetivismo, o sentimento
presente é a saudade da infância, que decorrerá
como tema principal:
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!
O poeta utiliza essa representatividade da infância
como forma de escapismo, fugindo assim do
momento presente.
21. O céu bordado d’estrelas,
A terra de amores cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
22. (FUVEST)
“Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
No fragmento acima, pertencente a um poema de
Álvares de Azevedo, notam-se características de
qual tendência romântica?
a)Bucolismo c)Nacionalismo
b)Poesia Condoreira d)Indianismo
e)Mal-do-século
23. 3ª geração: através dos poetas condoreiros, o nome
associa-se ao condor ou outras aves, como a águia,
o falcão e o albatroz, que foram tomadas como
símbolo dessa geração de poetas com
preocupações sociais, houve a exteriorização das
tensões interiorizadas pelos poetas da 2ª geração.
Amor relacionado ao sexo e a sensualidade da
mulher.
24. Principais autores:
Castro Alves é considerado o poeta dos escravos.
Sua principal obra é Navio Negreiro.
25. (Enem) O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”,
do poeta romântico Castro Alves.
“Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh‟alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n‟amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
-Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
Esse poema aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da
morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na
palavra
a) Embalsamada
b) Infinito
c) Amplidão
d) Dormir
e) Sono
26. (UFRGS) Sobre a poesia de Castro Alves, é
incorreto afirmar que:
a) Apresenta traços de evolução à postura
temática do movimento em que se encaixa.
b) Acrescenta um certo tom de erotismo a
determinadas composições.
c) Manifesta o ponto mais alto do condoreirismo
na Literatura Brasileira.
d) Encontra, no abolicionismo, um meio
fundamental de sustentação temática.
e) Segue a tendência da segunda geração
romântica, limitando-se exclusivamente à
morbidez byroniana.
31. 1) Flash-back narrativo: é a volta no tempo para
que sejam explicadas, por meio do passado,
certas atitudes das personagens no presente.
2) O amor como redenção
32. 3) Idealização da mulher: essa mulher não tem
opinião própria e é dominada pela emoção e
obedientes, submissas seja pelos pais ou após o
casamento pelo marido
4) Linguagem metafórica: visto que a prosa
romântica tende à fantasia, é natural que haja
muita descrição, comparação e metáfora,
usadas para idealizar um ambiente ou uma
personagem.
33. A prosa é dividida em:
Romance Indianista
Romance Urbano
Romance Regionalista
Romance Histórico
34. Romance urbano: crítica aos costumes da
sociedade, também é conhecido como romance
de costumes.
Manuel de Macedo – A Moreninha
José de Alencar – Senhora, Lucíola
Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um
sargento de milícias
Romance indianista: valoriza o índio como um
ser extraordinário, „heroi‟ da época colonial.
José de Alencar – O Guarani, Ubirajara, Iracema.
35. Romance regionalista: procurava caracterizar a
cultura de uma determina região ou tipo
regional.
José de Alencar - O Gaúcho
Visconde de Taunay – Inocência (centro-oeste)
Romance histórico: retratava de modo
romanceado acontecimentos históricos do país.
José de Alencar – O Guarani, Iracema
36.
37. Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha
Tema: fidelidade do amor de infância.
Como crítica social vemos o casamento, pois,
na época o ajuste matrimonial era feito pelos
pais dos jovens. Há referência ao trabalho
escravo e aos castigos corporais a que os negros
eram submetidos.
38. As personagens mais importantes são Augusto
e Carolina.
Augusto que era um estudante de medicina
alegre, jovial e inconstante em seus amores. O
autor lhe confere complexidade já que no início
da história o personagem é descrito de uma
forma e no final dela é descrito de outra.
A personagem central é Carolina, menina de
quatorze anos, possuía cabelos negros, olhos
escuros, era travessa, inteligente, astuta e
persistente na obtenção de seus intentos.
39. Memórias de um sargento de milícias
Personagem principal um anti-herói,
Leonardo, a obra relata seus esforços para
driblar as adversidades de sua condição social
e, ao mesmo tempo, se aproveitar ao máximo
dos intervalos de sorte que tem na vida. São
esses os mesmos motivos que impelem a
grande maioria das personagens do romance.
40. Ao traçar o perfil de Leonardo, o autor retrata
um tipo genuinamente brasileiro, com sua
malandragem bem carioca e sua propensão ao
não fazer nada, ócio, numa aversão ao trabalho,
que antecipa, em quase um século, o celebrado
“herói sem nenhum caráter” e modelo de nossa
gente, Macunaíma, do modernista Mário de
Andrade.
41. Leonardo: anti-herói, herói às avessas, herói
picaresco - desde a infância é esperto,
vagabundo e mulherengo.