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Profª Manuela Dias
(1836 – 1881)

Portugal: Período pós-Revolução Francesa
     Brasil: Independência do Brasil
   No Brasil, a partir da chegada da família real,
    em 1808, leva o Rio de Janeiro a viver um
    intenso processo de urbanização, tornando-se
    um campo propício à divulgação das novas
    tendências europeias.
   Após 1822, cresce no Brasil independente o
    sentimento de nacionalismo, busca-se o
    passado histórico, exalta-se a natureza pátria,
    características europeias que se encaixavam
    perfeitamente à necessidade brasileira de auto-
    afirmação.
   A publicação de SUSPIROS POÉTICOS e
    SAUDADES, Gonçalves de Magalhães, foi o
    marco oficial do início do Romantismo no
    Brasil. (1936)
   O desenvolvimento econômico do país e o
    consequente processo de urbanização
    trouxeram novas necessidades para as famílias
    burguesas.
    Ideologia do consumismo dos produtos da
    revolução industrial.
    Público alvo: estudantes e mulheres.
   Público burguês e conservador inviabilizando o
    surgimento de produções artísticas de caráter
    mais crítico em relação à realidade brasileira.

   INDIVIDUALISMO

 Cada sujeito é diferente um do outro.



No romantismo a visão do mundo se da através de
muita SENSIBILIDADE, através da
AFETIVIDADE e da DEVOÇÃO FILIAL.
No romance, o personagem sempre sofre!!!
Não há herois clássicos no romance.
Ex: Juca Pirama – Gonçalves Dias.



      O romântico tem crise de identidade,
primeira vez que isso é mostrado e relatado na
literatura.
   SUBJETIVIDADE: não havia limites para a
    sensibilidade e a imaginação do romântico. A
    supervalorização desses traços psicológicos
    pode levá-lo a duas atitudes extremas:
  Byronismo = onde se cultuava a energia
individual
Mal do século = atitude mais radical, onde o
escritor se anulava, passivamente, diante da
realidade.
EVASÃO DA REALIDADE: o romântico não
aceitava os limites da realidade, ele pretendia ir
além, para um mundo idealizado, infinito, que lhe
servia como refúgio. EVASÃO – FUGA.

PROCURA DA NATUREZA: cultuava a natureza.
Esse culto foi uma forma de reprovar a sociedade e
de mostrar insatisfação para com a civilização
urbana.
   IDEALIZAÇÃO DO AMOR: o sentimentalismo
    romântico oscilou entre duas atitudes
    extremas: a exaltação do amor (sentimento
    capaz de transformar o mundo) e sua
    lamentação (sentimento melancólico e
    pessimista, com uma visão desencantada do
    mundo).
   MULHER: foi transformada pelo idealismo
    romântico ora em objeto místico e de fatal
    contemplação, ora em objeto de sensualidade,
    erotismo.

   1ª geração: indianismo, nacionalismo.
   Principais autores e textos:
 Gonçalves Dias – I – Juca Pirama
É um poema totalmente indianista.
Juca Pirama significa aquele que deve morrer.
O poema é divido em 10 partes.
1ª parte é um poema épico/narrativo, pois descreve o
tempo, o espaço, o narrador e o personagem.
A partir da 2ª parte, o poema conta a história do índio
tupi.
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu‟inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
   Poema escrito por Gonçalves Dias quando
    estava estudando em Portugal.
   Poema repleto de sentimentalismo e
    nacionalismo. Saudades da terra natal.
   Crise política, exílio de escritores, autores,...
   2ª geração: poetas ultra-românticos insatisfeitos
    com as formas convencionais do cotidiano.
    Elevavam o amor apenas ao nível subjetivo e o
    associavam ao tema da morte.
  Principais autores e textos:
Álvares de Azevedo – Lira dos vinte anos
Poemas com obsessão do poeta pela morte e pela
mulher virgem, predileção pelos momentos
indefinidos do crepúsculo ou pelos encantos da
noite escura.

Casimiro de Abreu – Meus oito anos
Impregnada de subjetivismo, o sentimento
presente é a saudade da infância, que decorrerá
como tema principal:
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
- Que os anos não trazem mais!

O poeta utiliza essa representatividade da infância
como forma de escapismo, fugindo assim do
momento presente.
O céu bordado d’estrelas,
A terra de amores cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
   (FUVEST)
“Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!

No fragmento acima, pertencente a um poema de
Álvares de Azevedo, notam-se características de
qual tendência romântica?
a)Bucolismo                c)Nacionalismo
b)Poesia Condoreira        d)Indianismo
e)Mal-do-século
3ª geração: através dos poetas condoreiros, o nome
associa-se ao condor ou outras aves, como a águia,
o falcão e o albatroz, que foram tomadas como
símbolo dessa geração de poetas com
preocupações sociais, houve a exteriorização das
tensões interiorizadas pelos poetas da 2ª geração.

Amor relacionado ao sexo e a sensualidade da
mulher.
  Principais autores:
Castro Alves é considerado o poeta dos escravos.
Sua principal obra é Navio Negreiro.
   (Enem) O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”,
    do poeta romântico Castro Alves.

“Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh‟alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n‟amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
-Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.

Esse poema aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da
morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na
palavra
a) Embalsamada
b) Infinito
c) Amplidão
d) Dormir
e) Sono
   (UFRGS) Sobre a poesia de Castro Alves, é
     incorreto afirmar que:
a)   Apresenta traços de evolução à postura
     temática do movimento em que se encaixa.
b)   Acrescenta um certo tom de erotismo a
     determinadas composições.
c)   Manifesta o ponto mais alto do condoreirismo
     na Literatura Brasileira.
d)   Encontra, no abolicionismo, um meio
     fundamental de sustentação temática.
e)   Segue a tendência da segunda geração
     romântica, limitando-se exclusivamente à
     morbidez byroniana.
   PROSA
   O sentimentalismo exagerado,
      a mulher idealizada
      o amor impossível



   Final feliz
   Final trágico
   Moreninha – 1º romance brasileiro
   1) Flash-back narrativo: é a volta no tempo para
    que sejam explicadas, por meio do passado,
    certas atitudes das personagens no presente.



   2) O amor como redenção
   3) Idealização da mulher: essa mulher não tem
    opinião própria e é dominada pela emoção e
    obedientes, submissas seja pelos pais ou após o
    casamento pelo marido
   4) Linguagem metafórica: visto que a prosa
    romântica tende à fantasia, é natural que haja
    muita descrição, comparação e metáfora,
    usadas para idealizar um ambiente ou uma
    personagem.
 A prosa é dividida em:
Romance Indianista
Romance Urbano
Romance Regionalista
Romance Histórico
  Romance urbano: crítica aos costumes da
   sociedade, também é conhecido como romance
   de costumes.
Manuel de Macedo – A Moreninha
José de Alencar – Senhora, Lucíola
Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um
sargento de milícias

 Romance indianista: valoriza o índio como um
  ser extraordinário, „heroi‟ da época colonial.
José de Alencar – O Guarani, Ubirajara, Iracema.
  Romance regionalista: procurava caracterizar a
   cultura de uma determina região ou tipo
   regional.
José de Alencar - O Gaúcho
Visconde de Taunay – Inocência (centro-oeste)

  Romance histórico: retratava de modo
   romanceado acontecimentos históricos do país.
José de Alencar – O Guarani, Iracema
   Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha
   Tema: fidelidade do amor de infância.
   Como crítica social vemos o casamento, pois,
    na época o ajuste matrimonial era feito pelos
    pais dos jovens. Há referência ao trabalho
    escravo e aos castigos corporais a que os negros
    eram submetidos.
   As personagens mais importantes são Augusto
    e Carolina.
   Augusto que era um estudante de medicina
    alegre, jovial e inconstante em seus amores. O
    autor lhe confere complexidade já que no início
    da história o personagem é descrito de uma
    forma e no final dela é descrito de outra.

    A personagem central é Carolina, menina de
    quatorze anos, possuía cabelos negros, olhos
    escuros, era travessa, inteligente, astuta e
    persistente na obtenção de seus intentos.
   Memórias de um sargento de milícias
   Personagem principal um anti-herói,
    Leonardo, a obra relata seus esforços para
    driblar as adversidades de sua condição social
    e, ao mesmo tempo, se aproveitar ao máximo
    dos intervalos de sorte que tem na vida. São
    esses os mesmos motivos que impelem a
    grande maioria das personagens do romance.
   Ao traçar o perfil de Leonardo, o autor retrata
    um tipo genuinamente brasileiro, com sua
    malandragem bem carioca e sua propensão ao
    não fazer nada, ócio, numa aversão ao trabalho,
    que antecipa, em quase um século, o celebrado
    “herói sem nenhum caráter” e modelo de nossa
    gente, Macunaíma, do modernista Mário de
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   Leonardo: anti-herói, herói às avessas, herói
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Romantismo

  • 2. (1836 – 1881) Portugal: Período pós-Revolução Francesa Brasil: Independência do Brasil
  • 3. No Brasil, a partir da chegada da família real, em 1808, leva o Rio de Janeiro a viver um intenso processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas tendências europeias.
  • 4. Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza pátria, características europeias que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de auto- afirmação.
  • 5. A publicação de SUSPIROS POÉTICOS e SAUDADES, Gonçalves de Magalhães, foi o marco oficial do início do Romantismo no Brasil. (1936)
  • 6. O desenvolvimento econômico do país e o consequente processo de urbanização trouxeram novas necessidades para as famílias burguesas.  Ideologia do consumismo dos produtos da revolução industrial.  Público alvo: estudantes e mulheres.
  • 7. Público burguês e conservador inviabilizando o surgimento de produções artísticas de caráter mais crítico em relação à realidade brasileira.
  • 8.
  • 9. INDIVIDUALISMO Cada sujeito é diferente um do outro. No romantismo a visão do mundo se da através de muita SENSIBILIDADE, através da AFETIVIDADE e da DEVOÇÃO FILIAL.
  • 10. No romance, o personagem sempre sofre!!! Não há herois clássicos no romance. Ex: Juca Pirama – Gonçalves Dias. O romântico tem crise de identidade, primeira vez que isso é mostrado e relatado na literatura.
  • 11. SUBJETIVIDADE: não havia limites para a sensibilidade e a imaginação do romântico. A supervalorização desses traços psicológicos pode levá-lo a duas atitudes extremas: Byronismo = onde se cultuava a energia individual Mal do século = atitude mais radical, onde o escritor se anulava, passivamente, diante da realidade.
  • 12. EVASÃO DA REALIDADE: o romântico não aceitava os limites da realidade, ele pretendia ir além, para um mundo idealizado, infinito, que lhe servia como refúgio. EVASÃO – FUGA. PROCURA DA NATUREZA: cultuava a natureza. Esse culto foi uma forma de reprovar a sociedade e de mostrar insatisfação para com a civilização urbana.
  • 13. IDEALIZAÇÃO DO AMOR: o sentimentalismo romântico oscilou entre duas atitudes extremas: a exaltação do amor (sentimento capaz de transformar o mundo) e sua lamentação (sentimento melancólico e pessimista, com uma visão desencantada do mundo).  MULHER: foi transformada pelo idealismo romântico ora em objeto místico e de fatal contemplação, ora em objeto de sensualidade, erotismo.
  • 14.
  • 15. 1ª geração: indianismo, nacionalismo.  Principais autores e textos: Gonçalves Dias – I – Juca Pirama É um poema totalmente indianista. Juca Pirama significa aquele que deve morrer. O poema é divido em 10 partes. 1ª parte é um poema épico/narrativo, pois descreve o tempo, o espaço, o narrador e o personagem. A partir da 2ª parte, o poema conta a história do índio tupi.
  • 16. Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas tem mais flores, Nossos bosques tem mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite - Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu‟inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
  • 17. Poema escrito por Gonçalves Dias quando estava estudando em Portugal.  Poema repleto de sentimentalismo e nacionalismo. Saudades da terra natal.  Crise política, exílio de escritores, autores,...
  • 18. 2ª geração: poetas ultra-românticos insatisfeitos com as formas convencionais do cotidiano. Elevavam o amor apenas ao nível subjetivo e o associavam ao tema da morte.
  • 19.  Principais autores e textos: Álvares de Azevedo – Lira dos vinte anos Poemas com obsessão do poeta pela morte e pela mulher virgem, predileção pelos momentos indefinidos do crepúsculo ou pelos encantos da noite escura. Casimiro de Abreu – Meus oito anos
  • 20. Impregnada de subjetivismo, o sentimento presente é a saudade da infância, que decorrerá como tema principal: Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida - Que os anos não trazem mais! O poeta utiliza essa representatividade da infância como forma de escapismo, fugindo assim do momento presente.
  • 21. O céu bordado d’estrelas, A terra de amores cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar!
  • 22. (FUVEST) “Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! No fragmento acima, pertencente a um poema de Álvares de Azevedo, notam-se características de qual tendência romântica? a)Bucolismo c)Nacionalismo b)Poesia Condoreira d)Indianismo e)Mal-do-século
  • 23. 3ª geração: através dos poetas condoreiros, o nome associa-se ao condor ou outras aves, como a águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais, houve a exteriorização das tensões interiorizadas pelos poetas da 2ª geração. Amor relacionado ao sexo e a sensualidade da mulher.
  • 24.  Principais autores: Castro Alves é considerado o poeta dos escravos. Sua principal obra é Navio Negreiro.
  • 25. (Enem) O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves. “Oh! Eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh‟alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n‟amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma... Nos seus beijos de fogo há tanta vida... -Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida. Mas uma voz responde-me sombria: Terás o sono sob a lájea fria. Esse poema aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra a) Embalsamada b) Infinito c) Amplidão d) Dormir e) Sono
  • 26. (UFRGS) Sobre a poesia de Castro Alves, é incorreto afirmar que: a) Apresenta traços de evolução à postura temática do movimento em que se encaixa. b) Acrescenta um certo tom de erotismo a determinadas composições. c) Manifesta o ponto mais alto do condoreirismo na Literatura Brasileira. d) Encontra, no abolicionismo, um meio fundamental de sustentação temática. e) Segue a tendência da segunda geração romântica, limitando-se exclusivamente à morbidez byroniana.
  • 27. PROSA
  • 28.
  • 29. O sentimentalismo exagerado, a mulher idealizada o amor impossível  Final feliz  Final trágico
  • 30. Moreninha – 1º romance brasileiro
  • 31. 1) Flash-back narrativo: é a volta no tempo para que sejam explicadas, por meio do passado, certas atitudes das personagens no presente.  2) O amor como redenção
  • 32. 3) Idealização da mulher: essa mulher não tem opinião própria e é dominada pela emoção e obedientes, submissas seja pelos pais ou após o casamento pelo marido  4) Linguagem metafórica: visto que a prosa romântica tende à fantasia, é natural que haja muita descrição, comparação e metáfora, usadas para idealizar um ambiente ou uma personagem.
  • 33.  A prosa é dividida em: Romance Indianista Romance Urbano Romance Regionalista Romance Histórico
  • 34.  Romance urbano: crítica aos costumes da sociedade, também é conhecido como romance de costumes. Manuel de Macedo – A Moreninha José de Alencar – Senhora, Lucíola Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias  Romance indianista: valoriza o índio como um ser extraordinário, „heroi‟ da época colonial. José de Alencar – O Guarani, Ubirajara, Iracema.
  • 35.  Romance regionalista: procurava caracterizar a cultura de uma determina região ou tipo regional. José de Alencar - O Gaúcho Visconde de Taunay – Inocência (centro-oeste)  Romance histórico: retratava de modo romanceado acontecimentos históricos do país. José de Alencar – O Guarani, Iracema
  • 36.
  • 37. Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha  Tema: fidelidade do amor de infância.  Como crítica social vemos o casamento, pois, na época o ajuste matrimonial era feito pelos pais dos jovens. Há referência ao trabalho escravo e aos castigos corporais a que os negros eram submetidos.
  • 38. As personagens mais importantes são Augusto e Carolina.  Augusto que era um estudante de medicina alegre, jovial e inconstante em seus amores. O autor lhe confere complexidade já que no início da história o personagem é descrito de uma forma e no final dela é descrito de outra. A personagem central é Carolina, menina de quatorze anos, possuía cabelos negros, olhos escuros, era travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos.
  • 39. Memórias de um sargento de milícias  Personagem principal um anti-herói, Leonardo, a obra relata seus esforços para driblar as adversidades de sua condição social e, ao mesmo tempo, se aproveitar ao máximo dos intervalos de sorte que tem na vida. São esses os mesmos motivos que impelem a grande maioria das personagens do romance.
  • 40. Ao traçar o perfil de Leonardo, o autor retrata um tipo genuinamente brasileiro, com sua malandragem bem carioca e sua propensão ao não fazer nada, ócio, numa aversão ao trabalho, que antecipa, em quase um século, o celebrado “herói sem nenhum caráter” e modelo de nossa gente, Macunaíma, do modernista Mário de Andrade.
  • 41. Leonardo: anti-herói, herói às avessas, herói picaresco - desde a infância é esperto, vagabundo e mulherengo.