SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ 
Titulo: Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana 
Disciplina: Língua Portuguesa 
Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva 
Alunos: Bruna Stéfani Eugênio nº 3 
Murilo Donini nº 25 
Natalia Celestino Salgado nº 26 
Série: 2º ano C 
Jacareí 
2014
Sumário 
1. Introdução ......................................................................................................................... 3 
2. Machado de Assis: inovador e revolucionário....................................................................... 4 
2.1. Origens do Realismo ....................................................................................................... 4 
2.2 Realismo no Brasil .............................................................................................................. 4 
2.2.1 Características do Realismo no Brasil ............................................................................... 4 
2.2.2 Autores realistas brasileiros ............................................................................................ 5 
2.3 Conhecendo um pouco de Machado de Assis ....................................................................... 6 
2.4 Características do estilo machadiano ............................................................................... 7 
2.5 Principais obras machadianas .......................................................................................... 7 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 9 
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO 
A pesquisa proposta como atividade avaliativa do 4º bimestre, pela professora 
Maria Piedade Teodoro da Silva, de Língua Portuguesa, visa aprofundar o 
conhecimento sobre o que representou para o Movimento Literário Realismo no 
Brasil, Machado de Assis, além de apresentar o seu estilo e suas principais obras. 
Buscamos atingir esses objetivos, respondendo às seguintes perguntas de pesquisa: 
Qual a importância de Machado de Assis para o Movimento Literário Realismo no 
Brasil? Quais as principais obras machadianas? Como se caracteriza o estilo de 
Machado de Assis? 
Espera-se que, no final da pesquisa, todas as perguntas tenham sido 
respondidas e o conhecimento aprofundado acerca do grande escritor brasileiro 
Machado de Assis.
2. Machado de Assis: inovador e revolucionário 
2.1 Origens do Realismo 
O Realismo surgiu em meados do século XIX na Europa. Os escritores 
pertencentes a esse movimento faziam parte de segmentos sociais que tiveram sua 
origem na burguesia e nas camadas médias nas sociedades. Tal ato reflete a 
tendência dessa mesma burguesia em assumir o comando das discussões estéticas 
e políticas de seu tempo. 
Contrariamente à estética romântica, em que a narrativa de aventura ou o 
romance de amor contrapunham um herói íntegro às forças sociais instituídas, o 
texto realista criticava as futilidades da vida burguesa, observando a distância o 
desempenho de personagens que, muitas vezes, pareciam adaptados à vida social. 
2.2 Realismo no Brasil 
2.2.1 Características do Realismo no Brasil 
Segundo o site infoescola.com, na segunda parte do século XIX, três 
importantes movimentos literários floresceram: o Parnasianismo, o Realismo e o 
Naturalismo. O Realismo é considerado a pintura objetiva da realidade, uma forma 
de reação ao excesso e á espiritualidade. Alguns autores consagrados que 
escreveram obras realistas são: Homero, na tragédia e comedia clássica, Cervantes, 
Chaucer, Balzac e Dostoiévski.
No Brasil o início do Realismo ocorre em duas direções. A primeira é 
relacionada sobre os problemas sociais, ambiente urbano e elemento do cotidiano já 
aconteceu flerte do realismo com o naturalismo. Assumindo uma posição ideológica 
regionalista, na qual se elevou a cor local, a vida difícil em ambiente rural brasileiro e 
o determinismo, negando a existência do livre-arbítrio. 
2.2.2 Autores realistas brasileiros 
Os autores realistas brasileiros são Machado de Assis e Raul Pompeia. 
A obra de Raul Pompeia, composta de poemas em prosas, crônicas, uma 
novela e narrativas curtas, experimenta, assim como a de Machado, formas 
diferentes de escrita literária, sem atingir os mesmos resultados. Contudo, seu 
romance intitulado O Ateneu: uma crônica de saudades, publicado em 1888, 
conquista o interesse dos estudiosos de literatura em nosso país. 
Narrada em primeira pessoa, a trama refaz o percurso de Sergio quando este 
ingressa em um colégio interno chamado Ateneu. O fio condutor não são as 
lembranças do narrador já adulto que, ao rememorar acontecimentos, pessoas e, é 
principalmente, conflitos vividos, faz uma espécie de balanço critico e pessimista 
sobre o seu passado. Estruturado em episódios, o romance não expõe fatos de 
maneira cronológica, mais explora psicologicamente ações e reações das 
personagens, em procedimento típico do realismo. 
Um dos pontos essenciais da obra é o deslocamento entre as figuras do 
narrador e da personagem. A narração não tenta recuperar a perspectiva infantil dos 
anos passados no colégio, mas sim combina lembranças e julgamento. Ao fazer 
isso, o narrador mostra intencionalmente ao leitor um mundo de seres atormentados, 
muitos dos quais falsos, outros moralmente deformados, todos convivendo em um 
espaço que deveria edificar pessoas.
2.3 Conhecendo um pouco de Machado de Assis 
Segundo o site releituras.com, Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de 
Janeiro em 21 de junho de 1839, filho de um operário mestiço de negro e português, 
Francisco José de Assis e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis. 
Sinhá Rita, com a cara em fogo e os olhos esbugalhados, instava pela 
vara, sem largar a negrinha, agora presa de um acesso de tosse. Damiao sentiu-se 
compungido; mas ele precisava tanto sair do seminário! Chegou à marquesa, pegou na vara 
e entregou-a a Sinhá Rita. (Páginas recolhidas) 
De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco da sua infância e inicio da 
juventude. Criado no morro do livramento, consta que ajudava a missa na Igreja da 
Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês à época morando em São 
Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como 
era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio, tem contato com 
professores e alunos e até provável assistisse as aulas nas ocasiões em que não 
estava trabalhando. 
Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. 
Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de 
uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava também 
com a proteção da madrinha D. Maria José Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro 
e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, 
onde foram agregados seus pais.
2.4 Características do estilo machadiano 
É considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos e reconhecido 
como um dos melhores contistas da língua portuguesa. Oferece ao leitor inúmeras 
possibilidades de leitura de seus contos. 
Escreveu romances, peças de teatro, poesias, contos e crônicas, além de ter 
sido um importante jornalista. Suas primeiras obras de ficção caracterizam-se pela 
adesão à estética romântica. 
Machado construiu verdadeiros documentos de época, ao mesmo tempo em 
que traçou um preciso estudo das profundezas da alma humana, pois, alinhou o 
olhar atento aos costumes da sociedade do segundo Reinado e dos primeiros anos 
da republica e a capacidade singular das pesquisas de investigar o caráter e o modo 
como as pessoas se posicionam no mundo. 
2.5 Principais obras machadianas 
Foi o autor da obra que marcou o início do Realismo literário no Brasil, 
Memórias póstumas de Brás Cubas, publicada em 1881. A história é narrada por 
Brás Cubas, que já está morto e conta os acontecimentos, desde o seu nascimento 
até a sua morte, “sem temer mais nada”. 
Na dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me para descer, entrou 
no meu quarto uma borboleta, tão negra como a outra, e muito maior 
do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me; entrei logo a 
pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e na dignidade que, 
apesar dele, soube conversar. A borboleta, depois de esvoaçar muito 
em torno de mim, pousou-me na testa. Sacudi-a, ela foi pousar na 
vidraça; e, porque eu sacudisse de novo, saiu dali e veio parar em 
cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite. O gesto
brando com que, uma vez posta, começou a mover as asas, tinha um 
certo ar escarninho, que me aborreceu muito. Dei de ombros, sai do 
quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no 
mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, 
bati-lhe e ela caiu. (Memórias póstumas de Brás Cubas) 
Ainda no período realista, escreveu Histórias sem datas, em 1884, que narra 
um desencontro amoroso entre duas personagens. Acompanhando as indecisões e 
o sofrimento de uma delas, o narrador expõe a inconsistência de caráter e as 
fraquezas humanas de ambas. 
Deolindo sorriu. Era assim mesmo, Uma noite de almirante, como eles 
dizem, uma noite de almirante que o esperava em terra. Começara a paixão três meses 
antes de sair a corveta. Chamava-se Genoveva, caboclinha de vinte anos, esperta, olho 
negro e atrevido. Encontraram-se em casa de terceiro e ficaram morrendo um pelo outro, a 
tal ponto que estiveram prestes a dar uma cabeçada, ele deixaria o serviço e ela o 
acompanharia para a vila mais recôndita do interior. (Histórias sem data) 
Em seguida, Dom Casmurro, em 1899, que é narrado em flashback e conta, 
em primeira pessoa, a história de Bentinho. O protagonista é apaixonado por Capitu, 
mas sua mãe quer torná-lo padre e encaminha-o ao seminário. 
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética 
para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem 
quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de 
ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluído misterioso e 
energético, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos 
dias de ressaca. (Dom Casmurro) 
Também, Quincas Borba (1891), Esaú e Jacó (1904) e Memórias de Aires 
(1908).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após o término da pesquisa, pode-se dizer que o objetivo foi alcançado, já que 
todas as perguntas, apresentadas no início, foram respondidas. Conhecemos o 
estilo literário de Machado de Assis, suas principais obras e sua importância para o 
Movimento Literário Realismo no Brasil. 
Machado deu início a esse movimento literário em seu país de origem através da 
obra Memórias póstumas de Brás Cubas; também produziu Dom Casmurro, Quincas 
Borba, Esaú e Jacó, Memórias de Aires, Histórias sem data e Páginas recolhidas. 
Foi pioneiro na descoberta da alma humana e escreveu livros, que são considerados 
verdadeiros documentos de época, pois relatam como era a sociedade nos séculos 
XIX e XX. 
Absurdamente crítico, inovador e revolucionário, Machado é considerado o 
maior romancista brasileiro de todos os tempos e um dos maiores contistas, além de 
escrever também poesia, crônicas e ser jornalista. Aderiu a estética romântica em 
suas primeiras obras de ficção, mas se destacou com suas obras realistas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Adorno, Theodor W.; Horkheimer, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 1985. 
 ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: W. Buch. 2006 
 LITERATURA: Realismo no Brasil. Disponivel em: 
<www.infoescola.com/literatura/realismo-no-brasil/>. Acesso em: 1 dez. 2014. 
 RELEITURAS: Machado de Assis. Disponível em: 
<www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp>. Acesso em: 28 nov. 2014. 
.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Jonatas Carlos
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismoJonatas Carlos
 
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosa
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosaAula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosa
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosaConnce Santana
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª faseJonatas Carlos
 
O Realismo e o Naturalismo em Portugal
O Realismo e o Naturalismo em PortugalO Realismo e o Naturalismo em Portugal
O Realismo e o Naturalismo em PortugalHipolito Ximenes
 
2º momento modernista poema
2º momento modernista   poema2º momento modernista   poema
2º momento modernista poemaCicero Luciano
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Singular ocorrência
Singular ocorrênciaSingular ocorrência
Singular ocorrênciaUNIOESTE
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugalJonatas Carlos
 
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fasejacsonufcmestrado
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasilJonatas Carlos
 
O Ateneu especial
O Ateneu especialO Ateneu especial
O Ateneu especialAna Batista
 
Literatura aula 22 - modernismo no brasil
Literatura   aula 22 - modernismo no brasilLiteratura   aula 22 - modernismo no brasil
Literatura aula 22 - modernismo no brasilJuliana Oliveira
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secasElis Lima Escapacherri
 

Mais procurados (20)

Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
 
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosa
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosaAula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosa
Aula 25-modernismo-no-brasil-2ª-fase-prosa
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
 
O Realismo e o Naturalismo em Portugal
O Realismo e o Naturalismo em PortugalO Realismo e o Naturalismo em Portugal
O Realismo e o Naturalismo em Portugal
 
Machado de Assis
Machado de Assis Machado de Assis
Machado de Assis
 
Machado de assis obras
Machado de assis   obrasMachado de assis   obras
Machado de assis obras
 
Aula machado de assis
Aula   machado de assisAula   machado de assis
Aula machado de assis
 
2º momento modernista poema
2º momento modernista   poema2º momento modernista   poema
2º momento modernista poema
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
 
Singular ocorrência
Singular ocorrênciaSingular ocorrência
Singular ocorrência
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
 
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
 
Pré-Modernismo
Pré-ModernismoPré-Modernismo
Pré-Modernismo
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
 
O Ateneu especial
O Ateneu especialO Ateneu especial
O Ateneu especial
 
Literatura aula 22 - modernismo no brasil
Literatura   aula 22 - modernismo no brasilLiteratura   aula 22 - modernismo no brasil
Literatura aula 22 - modernismo no brasil
 
Machado De Assis
Machado De AssisMachado De Assis
Machado De Assis
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
 
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
 

Semelhante a Machado de Assis: pioneiro da alma humana

Movimento Literário Realismo
Movimento Literário Realismo Movimento Literário Realismo
Movimento Literário Realismo Luiz Fernando
 
Livros essências da leitura brasileira
Livros essências da leitura brasileiraLivros essências da leitura brasileira
Livros essências da leitura brasileiraAna Borges
 
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1pptFernandaRibeiro419723
 
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani  Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani Carol Segall
 
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assisjasonrplima
 
O retrato real da sociedade burguesa no século XIX pela percepção do Movimen...
O retrato real da sociedade burguesa  no século XIX pela percepção do Movimen...O retrato real da sociedade burguesa  no século XIX pela percepção do Movimen...
O retrato real da sociedade burguesa no século XIX pela percepção do Movimen...Doutora em Linguística Aplicada pela PUC-SP
 
Movimento Literário Realismo no Brasil
Movimento Literário Realismo no BrasilMovimento Literário Realismo no Brasil
Movimento Literário Realismo no BrasilRuanGBA
 
10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se lerDavid Souza
 
Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Vinicius Soco
 
A Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo
A Moreninha - Joaquim Manoel de MacedoA Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo
A Moreninha - Joaquim Manoel de MacedoGeovanna Alves
 
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).ppt
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).pptrealismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).ppt
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).pptANDRESSASILVADESOUSA
 

Semelhante a Machado de Assis: pioneiro da alma humana (20)

Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
Portugues4em
Portugues4emPortugues4em
Portugues4em
 
Movimento Literário Realismo
Movimento Literário Realismo Movimento Literário Realismo
Movimento Literário Realismo
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas 2ª A - 2011
Memórias Póstumas de Brás Cubas   2ª A - 2011Memórias Póstumas de Brás Cubas   2ª A - 2011
Memórias Póstumas de Brás Cubas 2ª A - 2011
 
Livros essências da leitura brasileira
Livros essências da leitura brasileiraLivros essências da leitura brasileira
Livros essências da leitura brasileira
 
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt
2ano_machado_de_assis.auladerevisaoparte1ppt
 
2ano_machado_de_assis.ppt
2ano_machado_de_assis.ppt2ano_machado_de_assis.ppt
2ano_machado_de_assis.ppt
 
Helena - Machado de Assis
Helena - Machado de AssisHelena - Machado de Assis
Helena - Machado de Assis
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani  Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 
Panorama do modernismo no brasil
Panorama do modernismo no brasilPanorama do modernismo no brasil
Panorama do modernismo no brasil
 
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
 
O retrato real da sociedade burguesa no século XIX pela percepção do Movimen...
O retrato real da sociedade burguesa  no século XIX pela percepção do Movimen...O retrato real da sociedade burguesa  no século XIX pela percepção do Movimen...
O retrato real da sociedade burguesa no século XIX pela percepção do Movimen...
 
Movimento Literário Realismo no Brasil
Movimento Literário Realismo no BrasilMovimento Literário Realismo no Brasil
Movimento Literário Realismo no Brasil
 
A geração de 45
A geração de 45A geração de 45
A geração de 45
 
10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se ler
 
Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas
 
A Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo
A Moreninha - Joaquim Manoel de MacedoA Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo
A Moreninha - Joaquim Manoel de Macedo
 
realismoenaturalismo.pdf
realismoenaturalismo.pdfrealismoenaturalismo.pdf
realismoenaturalismo.pdf
 
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).ppt
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).pptrealismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).ppt
realismo-naturalismo-2c2aa-sc3a9rie (1).ppt
 

Machado de Assis: pioneiro da alma humana

  • 1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Titulo: Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva Alunos: Bruna Stéfani Eugênio nº 3 Murilo Donini nº 25 Natalia Celestino Salgado nº 26 Série: 2º ano C Jacareí 2014
  • 2. Sumário 1. Introdução ......................................................................................................................... 3 2. Machado de Assis: inovador e revolucionário....................................................................... 4 2.1. Origens do Realismo ....................................................................................................... 4 2.2 Realismo no Brasil .............................................................................................................. 4 2.2.1 Características do Realismo no Brasil ............................................................................... 4 2.2.2 Autores realistas brasileiros ............................................................................................ 5 2.3 Conhecendo um pouco de Machado de Assis ....................................................................... 6 2.4 Características do estilo machadiano ............................................................................... 7 2.5 Principais obras machadianas .......................................................................................... 7 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 9 4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 10
  • 3. 1. INTRODUÇÃO A pesquisa proposta como atividade avaliativa do 4º bimestre, pela professora Maria Piedade Teodoro da Silva, de Língua Portuguesa, visa aprofundar o conhecimento sobre o que representou para o Movimento Literário Realismo no Brasil, Machado de Assis, além de apresentar o seu estilo e suas principais obras. Buscamos atingir esses objetivos, respondendo às seguintes perguntas de pesquisa: Qual a importância de Machado de Assis para o Movimento Literário Realismo no Brasil? Quais as principais obras machadianas? Como se caracteriza o estilo de Machado de Assis? Espera-se que, no final da pesquisa, todas as perguntas tenham sido respondidas e o conhecimento aprofundado acerca do grande escritor brasileiro Machado de Assis.
  • 4. 2. Machado de Assis: inovador e revolucionário 2.1 Origens do Realismo O Realismo surgiu em meados do século XIX na Europa. Os escritores pertencentes a esse movimento faziam parte de segmentos sociais que tiveram sua origem na burguesia e nas camadas médias nas sociedades. Tal ato reflete a tendência dessa mesma burguesia em assumir o comando das discussões estéticas e políticas de seu tempo. Contrariamente à estética romântica, em que a narrativa de aventura ou o romance de amor contrapunham um herói íntegro às forças sociais instituídas, o texto realista criticava as futilidades da vida burguesa, observando a distância o desempenho de personagens que, muitas vezes, pareciam adaptados à vida social. 2.2 Realismo no Brasil 2.2.1 Características do Realismo no Brasil Segundo o site infoescola.com, na segunda parte do século XIX, três importantes movimentos literários floresceram: o Parnasianismo, o Realismo e o Naturalismo. O Realismo é considerado a pintura objetiva da realidade, uma forma de reação ao excesso e á espiritualidade. Alguns autores consagrados que escreveram obras realistas são: Homero, na tragédia e comedia clássica, Cervantes, Chaucer, Balzac e Dostoiévski.
  • 5. No Brasil o início do Realismo ocorre em duas direções. A primeira é relacionada sobre os problemas sociais, ambiente urbano e elemento do cotidiano já aconteceu flerte do realismo com o naturalismo. Assumindo uma posição ideológica regionalista, na qual se elevou a cor local, a vida difícil em ambiente rural brasileiro e o determinismo, negando a existência do livre-arbítrio. 2.2.2 Autores realistas brasileiros Os autores realistas brasileiros são Machado de Assis e Raul Pompeia. A obra de Raul Pompeia, composta de poemas em prosas, crônicas, uma novela e narrativas curtas, experimenta, assim como a de Machado, formas diferentes de escrita literária, sem atingir os mesmos resultados. Contudo, seu romance intitulado O Ateneu: uma crônica de saudades, publicado em 1888, conquista o interesse dos estudiosos de literatura em nosso país. Narrada em primeira pessoa, a trama refaz o percurso de Sergio quando este ingressa em um colégio interno chamado Ateneu. O fio condutor não são as lembranças do narrador já adulto que, ao rememorar acontecimentos, pessoas e, é principalmente, conflitos vividos, faz uma espécie de balanço critico e pessimista sobre o seu passado. Estruturado em episódios, o romance não expõe fatos de maneira cronológica, mais explora psicologicamente ações e reações das personagens, em procedimento típico do realismo. Um dos pontos essenciais da obra é o deslocamento entre as figuras do narrador e da personagem. A narração não tenta recuperar a perspectiva infantil dos anos passados no colégio, mas sim combina lembranças e julgamento. Ao fazer isso, o narrador mostra intencionalmente ao leitor um mundo de seres atormentados, muitos dos quais falsos, outros moralmente deformados, todos convivendo em um espaço que deveria edificar pessoas.
  • 6. 2.3 Conhecendo um pouco de Machado de Assis Segundo o site releituras.com, Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis. Sinhá Rita, com a cara em fogo e os olhos esbugalhados, instava pela vara, sem largar a negrinha, agora presa de um acesso de tosse. Damiao sentiu-se compungido; mas ele precisava tanto sair do seminário! Chegou à marquesa, pegou na vara e entregou-a a Sinhá Rita. (Páginas recolhidas) De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco da sua infância e inicio da juventude. Criado no morro do livramento, consta que ajudava a missa na Igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio, tem contato com professores e alunos e até provável assistisse as aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava também com a proteção da madrinha D. Maria José Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais.
  • 7. 2.4 Características do estilo machadiano É considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos e reconhecido como um dos melhores contistas da língua portuguesa. Oferece ao leitor inúmeras possibilidades de leitura de seus contos. Escreveu romances, peças de teatro, poesias, contos e crônicas, além de ter sido um importante jornalista. Suas primeiras obras de ficção caracterizam-se pela adesão à estética romântica. Machado construiu verdadeiros documentos de época, ao mesmo tempo em que traçou um preciso estudo das profundezas da alma humana, pois, alinhou o olhar atento aos costumes da sociedade do segundo Reinado e dos primeiros anos da republica e a capacidade singular das pesquisas de investigar o caráter e o modo como as pessoas se posicionam no mundo. 2.5 Principais obras machadianas Foi o autor da obra que marcou o início do Realismo literário no Brasil, Memórias póstumas de Brás Cubas, publicada em 1881. A história é narrada por Brás Cubas, que já está morto e conta os acontecimentos, desde o seu nascimento até a sua morte, “sem temer mais nada”. Na dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me para descer, entrou no meu quarto uma borboleta, tão negra como a outra, e muito maior do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me; entrei logo a pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e na dignidade que, apesar dele, soube conversar. A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa. Sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; e, porque eu sacudisse de novo, saiu dali e veio parar em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite. O gesto
  • 8. brando com que, uma vez posta, começou a mover as asas, tinha um certo ar escarninho, que me aborreceu muito. Dei de ombros, sai do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu. (Memórias póstumas de Brás Cubas) Ainda no período realista, escreveu Histórias sem datas, em 1884, que narra um desencontro amoroso entre duas personagens. Acompanhando as indecisões e o sofrimento de uma delas, o narrador expõe a inconsistência de caráter e as fraquezas humanas de ambas. Deolindo sorriu. Era assim mesmo, Uma noite de almirante, como eles dizem, uma noite de almirante que o esperava em terra. Começara a paixão três meses antes de sair a corveta. Chamava-se Genoveva, caboclinha de vinte anos, esperta, olho negro e atrevido. Encontraram-se em casa de terceiro e ficaram morrendo um pelo outro, a tal ponto que estiveram prestes a dar uma cabeçada, ele deixaria o serviço e ela o acompanharia para a vila mais recôndita do interior. (Histórias sem data) Em seguida, Dom Casmurro, em 1899, que é narrado em flashback e conta, em primeira pessoa, a história de Bentinho. O protagonista é apaixonado por Capitu, mas sua mãe quer torná-lo padre e encaminha-o ao seminário. Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluído misterioso e energético, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. (Dom Casmurro) Também, Quincas Borba (1891), Esaú e Jacó (1904) e Memórias de Aires (1908).
  • 9. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após o término da pesquisa, pode-se dizer que o objetivo foi alcançado, já que todas as perguntas, apresentadas no início, foram respondidas. Conhecemos o estilo literário de Machado de Assis, suas principais obras e sua importância para o Movimento Literário Realismo no Brasil. Machado deu início a esse movimento literário em seu país de origem através da obra Memórias póstumas de Brás Cubas; também produziu Dom Casmurro, Quincas Borba, Esaú e Jacó, Memórias de Aires, Histórias sem data e Páginas recolhidas. Foi pioneiro na descoberta da alma humana e escreveu livros, que são considerados verdadeiros documentos de época, pois relatam como era a sociedade nos séculos XIX e XX. Absurdamente crítico, inovador e revolucionário, Machado é considerado o maior romancista brasileiro de todos os tempos e um dos maiores contistas, além de escrever também poesia, crônicas e ser jornalista. Aderiu a estética romântica em suas primeiras obras de ficção, mas se destacou com suas obras realistas.
  • 10. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Adorno, Theodor W.; Horkheimer, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.  ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: W. Buch. 2006  LITERATURA: Realismo no Brasil. Disponivel em: <www.infoescola.com/literatura/realismo-no-brasil/>. Acesso em: 1 dez. 2014.  RELEITURAS: Machado de Assis. Disponível em: <www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp>. Acesso em: 28 nov. 2014. .