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Autocuidado
Apoiado
O Adoecimento
O adoecimento traz, para a vida da pessoa,
sentimentos complexos:
– Quebra da continuidade existencial, ou seja o
indivíduo deixa de se conhecer como antes;
– Interrupção e/ou suspensão de atividades
antes prazerosas;
– Readaptação a limitações e novas condições
físicas;
– Possibilidade de morte
A doença crônica
• Quando este adoecimento é algo crônico, surge a
necessidade de novas adaptações.
• Frequentemente, ao receber o diagnóstico de ser o
portador de uma doença crônica, a pessoa terá que
lidar com:
– Aceitação do adoecimento, com consequente perda de
integridade física;
– Manejo do tratamento de acordo com fatores de sua vida
particular;
O Controle
• Após o diagnóstico, surgem novas
necessidades:
– Exames e consultas clínicas;
– Medicações;
– Mudanças de estilo de vida
• Sabemos o quanto torna-se difícil a
transição de PESSOA SAUDÁVEL para
PACIENTE.
• Muitas vezes essa pessoa precisa de
auxilio para adaptar-se às novas
mudanças, principalmente as referentes à
mudança no estilo de vida.
O CUIDADO ÀS PESSOAS COM
DOENÇAS CRÔNICAS
Doenças Crônicas
• Entendemos que ao iniciarmos o acompanhamento
da pessoa com doença crônica, é necessário que
fazer uma estratificação de risco para doenças
crônicas, afim de nos auxiliar no acompanhamento
deste paciente.
• Você pode obter maiores informações sobre
estratificação de risco, nos casos: Joana, Vera e
Samuel.
Você Sabia?
• Há evidências de que 70 a 80% das pessoas com
doenças crônicas, de menores riscos, podem ter
sua atenção à saúde centrada no autocuidado
apoiado, prescindindo de uma atenção constante,
focada na atenção profissional.
• Em geral, essas pessoas interagem com as equipes
multiprofissionais da ESF.
• Segundo Mendes (2012), cerca de 80% dos
sintomas médicos são autodiagnosticados
e auto retratados pelos pacientes;
• Deste modo, percebe-se a importância de
oferecer uma escuta qualificada às pessoas
com doenças crônicas, que são as
verdadeiras prestadoras de cuidados
primários para si mesmas;
• Podemos pensar em não mais considerá-
las como pacientes, mas agentes de sua
saúde, provedoras de seus cuidados.
AUTO CUIDADO APOIADO
Auto Cuidado Apoiado
• O objetivo principal do Auto Cuidado Apoiado é
auxiliar as pessoas para que elas tornem-se
agentes responsáveis pela manutenção de seu
autocuidado.
• Partimos do princípio de que as pessoas
portadoras de doenças crônicas conhecem tanto
quanto, de sua condição e de suas necessidades
de atenção, os profissionais de saúde.
Auto Cuidado Apoiado
• Pode ser considerado como a prestação sistemática
de serviços educacionais e intervenções de apoio para
aumentar a confiança e as habilidades das pessoas
usuárias dos sistemas atenção à saúde em gerenciar
seus problemas, o que inclui:
– Monitoramento regular das condições de saúde,
– Estabelecimento de metas a serem alcançadas,
– Suporte para a solução desses problemas
Auto Cuidado Apoiado
• Envolve duas atividades interrelacionadas:
– Prover informações sobre a prevenção e o
manejo da condição crônica;
– Ajudar as pessoas a tornarem-se proativas na
prevenção e no gerenciamento da condição
crônica.
Lembre-se!
• Bons auto cuidadores são pessoas INFORMADAS
e PROATIVAS;
• Muitas vezes nosso trabalho é auxiliar as
pessoas a aceitarem sua doença, possibilitando
a percepção para a necessidade do autocuidado
Deste Modo
• Criamos possibilidades para que a pessoa:
– Decida e escolha seu tratamento;
– Adote, mude e mantenha comportamentos
que contribuam para a sua saúde;
– Utilize recursos necessários para dar suporte
às mudanças;
– Supere as barreiras que o impedem de ter
uma melhoria da sua saúde.
• Para que o autocuidado se dê com
efetividade, a pessoa com doença crônica
deve ter o apoio de família, dos amigos,
das organizações comunitárias e, muito
especialmente, da equipe
multiprofissional da atenção básica.
CONSTRUINDO O AUTO
CUIDADO APOIADO
• As formas como as pessoas se colocam frente a
uma condição crônica variam de uma atitude
ativa e de convivência com suas restrições, a uma
forma mais reativa ou de redução de sua
sociabilidade;
• A diferença entre essas posturas diante da
ocorrência de uma condição crônica não é a
condição da doença em si, mas pelo modo como
as pessoas são capazes de manejá-la.
• A expressão decisão é central nas doenças crônicas
porque o autocuidado apoiado constitui, sempre, uma
decisão entre ajudar-se ou não fazer nada;
• A decisão pelo autocuidado apoiado implica uma
pessoa: decidir sobre as metas que deseja atingir;
construir alternativas para atingir essas metas;
elaborar um plano de ação para chegar a essas metas;
implantar o plano de ação; monitorar os resultados;
fazer mudanças quando necessárias; e celebrar as
metas realizadas.
Muitas vezes, quando percebemos que a pessoa
não consegue se cuidar, torna-se necessário que
pensemos sobre o que pode estar acontecendo:
– Quem é essa pessoa que está adoecida?
– Como ela lida, normalmente com as diversidades de
sua vida?
– Qual a representação que este adoecer tem para
ela?
– Ela conta com o apoio de uma rede, que a auxiliará
neste momento?
Deste modo, podemos reconhecer
eventuais dificuldades e agirmos de um
modo mais eficaz para auxiliar nossos
pacientes à percepção do auto cuidado.
No autocuidado apoiado é fundamental
resgatar a atenção colaborativa entre a
equipe da atenção básica e os usuárias.
Portanto, há que se mover de um
paradigma de que apenas o profissional
de saúde detém o conhecimento sobre o
processo de saúde-doença.
O Auto Cuidado Apoiado
• Tem sido sustentado por uma metodologia
conhecida como 5 As:
– Avaliação;
– Aconselhamento (tenha mais informações no caso
José Clemente);
– Acordo;
– Assistência;
– Acompanhamento;
• Os cinco As estão fortemente interrelacionados a
um bom sistema de autocuidado apoiado
OS 5 AS...
Avalie
– Conhecimento e ideias da pessoa sobre seu
estilo de vida e sua condição de saúde assim
como o grau de motivação e confiança para
assumir comportamentos mais saudáveis.
Aconselhe
– Aconselhe por meio de abordagem motivacional e
educação autodirigida. Forneça informação à
medida que a pessoa relata o que sabe sobre sua
condição e quais dúvidas têm sobre a mesma.
– Verifique o que ela entendeu das recomendações
feitas, oriente e treine as habilidades necessárias
para situações específicas.
Acorde (Pactue)
– Estabeleça uma parceria com a pessoa para
construir colaborativamente um plano de
ação com a pactuação de metas específicas,
mensuráveis e de curto prazo. Avalie o grau
de confiança em alcançar a meta,
considerando o contexto.
Assista
– Dê assistência ao processo de mudança –
auxilie no planejamento, na elaboração e
adequações dos planos de ação; treine
habilidades como a resolução de problemas,
o automonitoramento e a prevenção de
recaídas; avalie deslizes e recaídas; forneça
material de apoio.
– Acompanhe e monitore periodicamente o
processo, principalmente nas fases iniciais,
em intervalos curtos, elaborando com a
pessoa as adequações do plano de ação e
pactuando novas metas.
Acompanhe
EXEMPLIFICANDO
Tipo de A Intervenções
Avaliação
Avaliar o conhecimento da
pessoa sobre sua condição de
saúde
Perguntar à pessoa o que é
mais importante para ela, no
momento, no autocuidado
Perguntar à pessoa quais são as
barreiras ao autocuidado
Avaliar a importância e o grau
de confiança da pessoa para o
autocuidado
Tipo de A Intervenções
Aconselhamento
Informar a pessoa sobre os seus sintomas e os
resultados dos exames complementares
reconhecendo a sua singulaRidade cultural
Informar a pessoa que as mudanças
comportamentais são tão importantes quanto
tomar medicamentos
Informar quais são as evidências sobre as
mudanças de comportamento na saúde
Compartilhar as diretrizes clínicas baseadas em
evidência para encorajar a pessoa a participar
no tratamento
Tipo de A Intervenções
Acorde (Pactue)
Estabelecer, de forma compartilhada com a
pessoa, uma meta específica para o autocuidado
Prover possíveis opções para a definição da meta
de autocuidado
Estimular a pessoa a buscar a ajuda de parentes e
amigos para a definição da meta
Estimular a pessoa a buscar a ajuda de parentes e
amigos para a definição da meta
Estabelecer de forma compartilhada o plano de
ações para alcançar a meta definida
Estabelecer, em conjunto, o grau de confiança da
pessoa em alcançar a meta
Tipo de A Intervenções
Assistência
Ajudar a pessoa a identificar possíveis barreiras
para atingir a meta
Discutir com a pessoa o plano de autocuidado
Encaminhar a pessoa a um grupo ou a um curso
sobre autocuidado apoiado
Identificar com a pessoa possíveis recursos
existentes na família e na comunidade que
possa dar suporte ao autocuidado
Prestar serviços que sejam adequados à cultura
da pessoa
Nos encontros de monitoramento, fazer a
revisão de progresso do plano de autocuidado,
renegociar meta e rever plano de ações
Tipo de A Intervenções
Acompanhamento
Dar à pessoa uma cópia, por escrito, do
plano de autocuidado
Monitorar, à distância, por telefone ou
correio, o plano de autocuidado
Interferir para que a pessoa possa utilizar os
recursos comunitários importantes no seu
autocuidado
Os 5 As...
• Vale ressaltar que se torna necessária uma constante
avaliação do processo de acompanhamento ao auto cuidado
apoiado;
• Esta avaliação pode ser realizada tanto pela satisfação da
equipe, quanto a do paciente;
• O objetivo dessa avaliação é identificarmos os aspectos que
precisam ser melhorados, para que o paciente consiga,
efetivamente, seguir as etapas propostas.
O PAPEL DA ATENÇÃO
BÁSICA
A Equipe
A equipe da atenção básica deve dispor de habilidades, atitudes e
instrumentos para dar apoio ao autocuidado:
– Ajudar a pessoas a compreenderem seu papel central em gerenciar sua condição
crônica;
– Disponibilizar tempo na agenda para as atividades de autocuidado apoiado;
– Explicar às pessoas o papel de cada membro da equipe no autocuidado;
– Ajudar as pessoas a definirem metas de melhoria de sua saúde
– Apoiá-las na elaboração de plano de ações que aumentem sua confiança no
cumprimento dessas metas;
– Ser capaz de ter uma comunicação eficaz, utilizando estratégias como perguntar-
informar-perguntar
– Fortalecimento de vínculo para assegurar que as pessoas entenderam as
informações;
– Preparar um plano de autocuidado, por escrito, que envolva as metas e o plano de
ações para ficar claro o que as pessoas deverão fazer;
– Utilizar grupos facilitados por profissionais de saúde.
Lembre-se
“Dado o comportamento profissional
apropriado, pode ser que o doente encontre
uma solução pessoal para problemas complexos
da vida emocional e das relações interpessoais;
o que fizemos não foi aplicar um tratamento,
mas facilitar o crescimento”
(Winnicott))
Referências Bibliográficas
• Prefeitura Municipal de Curitiba. Apoio ao autocuidado. In:
Cavalcanti AM, Oliveira ACL (org). Autocuidado apoiado:
manual do profissional da saúde. Curitiba: Secretaria
Municipal de Saúde, 2012, p.45-68.
• Botega, Neury José . Reação à doença e à hospitalização. In:
Botega, N.J. (Org.) Prática psiquiátrica no hospital geral:
interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed Editora,
2002.p.43-59,
• Mendes, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas
na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-
Americana da Saúde, 2012, p.281-302.
• Winnicott, Donald Woods. A cura. in: Tudo começa em casa.
2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
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Igual 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

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  • 2. O Adoecimento O adoecimento traz, para a vida da pessoa, sentimentos complexos: – Quebra da continuidade existencial, ou seja o indivíduo deixa de se conhecer como antes; – Interrupção e/ou suspensão de atividades antes prazerosas; – Readaptação a limitações e novas condições físicas; – Possibilidade de morte
  • 3. A doença crônica • Quando este adoecimento é algo crônico, surge a necessidade de novas adaptações. • Frequentemente, ao receber o diagnóstico de ser o portador de uma doença crônica, a pessoa terá que lidar com: – Aceitação do adoecimento, com consequente perda de integridade física; – Manejo do tratamento de acordo com fatores de sua vida particular;
  • 4. O Controle • Após o diagnóstico, surgem novas necessidades: – Exames e consultas clínicas; – Medicações; – Mudanças de estilo de vida
  • 5. • Sabemos o quanto torna-se difícil a transição de PESSOA SAUDÁVEL para PACIENTE. • Muitas vezes essa pessoa precisa de auxilio para adaptar-se às novas mudanças, principalmente as referentes à mudança no estilo de vida.
  • 6. O CUIDADO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS
  • 7. Doenças Crônicas • Entendemos que ao iniciarmos o acompanhamento da pessoa com doença crônica, é necessário que fazer uma estratificação de risco para doenças crônicas, afim de nos auxiliar no acompanhamento deste paciente. • Você pode obter maiores informações sobre estratificação de risco, nos casos: Joana, Vera e Samuel.
  • 8. Você Sabia? • Há evidências de que 70 a 80% das pessoas com doenças crônicas, de menores riscos, podem ter sua atenção à saúde centrada no autocuidado apoiado, prescindindo de uma atenção constante, focada na atenção profissional. • Em geral, essas pessoas interagem com as equipes multiprofissionais da ESF.
  • 9. • Segundo Mendes (2012), cerca de 80% dos sintomas médicos são autodiagnosticados e auto retratados pelos pacientes; • Deste modo, percebe-se a importância de oferecer uma escuta qualificada às pessoas com doenças crônicas, que são as verdadeiras prestadoras de cuidados primários para si mesmas; • Podemos pensar em não mais considerá- las como pacientes, mas agentes de sua saúde, provedoras de seus cuidados.
  • 11. Auto Cuidado Apoiado • O objetivo principal do Auto Cuidado Apoiado é auxiliar as pessoas para que elas tornem-se agentes responsáveis pela manutenção de seu autocuidado. • Partimos do princípio de que as pessoas portadoras de doenças crônicas conhecem tanto quanto, de sua condição e de suas necessidades de atenção, os profissionais de saúde.
  • 12. Auto Cuidado Apoiado • Pode ser considerado como a prestação sistemática de serviços educacionais e intervenções de apoio para aumentar a confiança e as habilidades das pessoas usuárias dos sistemas atenção à saúde em gerenciar seus problemas, o que inclui: – Monitoramento regular das condições de saúde, – Estabelecimento de metas a serem alcançadas, – Suporte para a solução desses problemas
  • 13. Auto Cuidado Apoiado • Envolve duas atividades interrelacionadas: – Prover informações sobre a prevenção e o manejo da condição crônica; – Ajudar as pessoas a tornarem-se proativas na prevenção e no gerenciamento da condição crônica.
  • 14. Lembre-se! • Bons auto cuidadores são pessoas INFORMADAS e PROATIVAS; • Muitas vezes nosso trabalho é auxiliar as pessoas a aceitarem sua doença, possibilitando a percepção para a necessidade do autocuidado
  • 15. Deste Modo • Criamos possibilidades para que a pessoa: – Decida e escolha seu tratamento; – Adote, mude e mantenha comportamentos que contribuam para a sua saúde; – Utilize recursos necessários para dar suporte às mudanças; – Supere as barreiras que o impedem de ter uma melhoria da sua saúde.
  • 16. • Para que o autocuidado se dê com efetividade, a pessoa com doença crônica deve ter o apoio de família, dos amigos, das organizações comunitárias e, muito especialmente, da equipe multiprofissional da atenção básica.
  • 18. • As formas como as pessoas se colocam frente a uma condição crônica variam de uma atitude ativa e de convivência com suas restrições, a uma forma mais reativa ou de redução de sua sociabilidade; • A diferença entre essas posturas diante da ocorrência de uma condição crônica não é a condição da doença em si, mas pelo modo como as pessoas são capazes de manejá-la.
  • 19. • A expressão decisão é central nas doenças crônicas porque o autocuidado apoiado constitui, sempre, uma decisão entre ajudar-se ou não fazer nada; • A decisão pelo autocuidado apoiado implica uma pessoa: decidir sobre as metas que deseja atingir; construir alternativas para atingir essas metas; elaborar um plano de ação para chegar a essas metas; implantar o plano de ação; monitorar os resultados; fazer mudanças quando necessárias; e celebrar as metas realizadas.
  • 20. Muitas vezes, quando percebemos que a pessoa não consegue se cuidar, torna-se necessário que pensemos sobre o que pode estar acontecendo: – Quem é essa pessoa que está adoecida? – Como ela lida, normalmente com as diversidades de sua vida? – Qual a representação que este adoecer tem para ela? – Ela conta com o apoio de uma rede, que a auxiliará neste momento?
  • 21. Deste modo, podemos reconhecer eventuais dificuldades e agirmos de um modo mais eficaz para auxiliar nossos pacientes à percepção do auto cuidado.
  • 22. No autocuidado apoiado é fundamental resgatar a atenção colaborativa entre a equipe da atenção básica e os usuárias. Portanto, há que se mover de um paradigma de que apenas o profissional de saúde detém o conhecimento sobre o processo de saúde-doença.
  • 23. O Auto Cuidado Apoiado • Tem sido sustentado por uma metodologia conhecida como 5 As: – Avaliação; – Aconselhamento (tenha mais informações no caso José Clemente); – Acordo; – Assistência; – Acompanhamento; • Os cinco As estão fortemente interrelacionados a um bom sistema de autocuidado apoiado
  • 25. Avalie – Conhecimento e ideias da pessoa sobre seu estilo de vida e sua condição de saúde assim como o grau de motivação e confiança para assumir comportamentos mais saudáveis.
  • 26. Aconselhe – Aconselhe por meio de abordagem motivacional e educação autodirigida. Forneça informação à medida que a pessoa relata o que sabe sobre sua condição e quais dúvidas têm sobre a mesma. – Verifique o que ela entendeu das recomendações feitas, oriente e treine as habilidades necessárias para situações específicas.
  • 27. Acorde (Pactue) – Estabeleça uma parceria com a pessoa para construir colaborativamente um plano de ação com a pactuação de metas específicas, mensuráveis e de curto prazo. Avalie o grau de confiança em alcançar a meta, considerando o contexto.
  • 28. Assista – Dê assistência ao processo de mudança – auxilie no planejamento, na elaboração e adequações dos planos de ação; treine habilidades como a resolução de problemas, o automonitoramento e a prevenção de recaídas; avalie deslizes e recaídas; forneça material de apoio.
  • 29. – Acompanhe e monitore periodicamente o processo, principalmente nas fases iniciais, em intervalos curtos, elaborando com a pessoa as adequações do plano de ação e pactuando novas metas. Acompanhe
  • 31. Tipo de A Intervenções Avaliação Avaliar o conhecimento da pessoa sobre sua condição de saúde Perguntar à pessoa o que é mais importante para ela, no momento, no autocuidado Perguntar à pessoa quais são as barreiras ao autocuidado Avaliar a importância e o grau de confiança da pessoa para o autocuidado
  • 32. Tipo de A Intervenções Aconselhamento Informar a pessoa sobre os seus sintomas e os resultados dos exames complementares reconhecendo a sua singulaRidade cultural Informar a pessoa que as mudanças comportamentais são tão importantes quanto tomar medicamentos Informar quais são as evidências sobre as mudanças de comportamento na saúde Compartilhar as diretrizes clínicas baseadas em evidência para encorajar a pessoa a participar no tratamento
  • 33. Tipo de A Intervenções Acorde (Pactue) Estabelecer, de forma compartilhada com a pessoa, uma meta específica para o autocuidado Prover possíveis opções para a definição da meta de autocuidado Estimular a pessoa a buscar a ajuda de parentes e amigos para a definição da meta Estimular a pessoa a buscar a ajuda de parentes e amigos para a definição da meta Estabelecer de forma compartilhada o plano de ações para alcançar a meta definida Estabelecer, em conjunto, o grau de confiança da pessoa em alcançar a meta
  • 34. Tipo de A Intervenções Assistência Ajudar a pessoa a identificar possíveis barreiras para atingir a meta Discutir com a pessoa o plano de autocuidado Encaminhar a pessoa a um grupo ou a um curso sobre autocuidado apoiado Identificar com a pessoa possíveis recursos existentes na família e na comunidade que possa dar suporte ao autocuidado Prestar serviços que sejam adequados à cultura da pessoa Nos encontros de monitoramento, fazer a revisão de progresso do plano de autocuidado, renegociar meta e rever plano de ações
  • 35. Tipo de A Intervenções Acompanhamento Dar à pessoa uma cópia, por escrito, do plano de autocuidado Monitorar, à distância, por telefone ou correio, o plano de autocuidado Interferir para que a pessoa possa utilizar os recursos comunitários importantes no seu autocuidado
  • 36. Os 5 As... • Vale ressaltar que se torna necessária uma constante avaliação do processo de acompanhamento ao auto cuidado apoiado; • Esta avaliação pode ser realizada tanto pela satisfação da equipe, quanto a do paciente; • O objetivo dessa avaliação é identificarmos os aspectos que precisam ser melhorados, para que o paciente consiga, efetivamente, seguir as etapas propostas.
  • 37. O PAPEL DA ATENÇÃO BÁSICA
  • 38. A Equipe A equipe da atenção básica deve dispor de habilidades, atitudes e instrumentos para dar apoio ao autocuidado: – Ajudar a pessoas a compreenderem seu papel central em gerenciar sua condição crônica; – Disponibilizar tempo na agenda para as atividades de autocuidado apoiado; – Explicar às pessoas o papel de cada membro da equipe no autocuidado; – Ajudar as pessoas a definirem metas de melhoria de sua saúde – Apoiá-las na elaboração de plano de ações que aumentem sua confiança no cumprimento dessas metas; – Ser capaz de ter uma comunicação eficaz, utilizando estratégias como perguntar- informar-perguntar – Fortalecimento de vínculo para assegurar que as pessoas entenderam as informações; – Preparar um plano de autocuidado, por escrito, que envolva as metas e o plano de ações para ficar claro o que as pessoas deverão fazer; – Utilizar grupos facilitados por profissionais de saúde.
  • 40. “Dado o comportamento profissional apropriado, pode ser que o doente encontre uma solução pessoal para problemas complexos da vida emocional e das relações interpessoais; o que fizemos não foi aplicar um tratamento, mas facilitar o crescimento” (Winnicott))
  • 41. Referências Bibliográficas • Prefeitura Municipal de Curitiba. Apoio ao autocuidado. In: Cavalcanti AM, Oliveira ACL (org). Autocuidado apoiado: manual do profissional da saúde. Curitiba: Secretaria Municipal de Saúde, 2012, p.45-68. • Botega, Neury José . Reação à doença e à hospitalização. In: Botega, N.J. (Org.) Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.p.43-59, • Mendes, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan- Americana da Saúde, 2012, p.281-302. • Winnicott, Donald Woods. A cura. in: Tudo começa em casa. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
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