2. CONCEITO
• Segundo a definição da OMS, revista em 2002:
“Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove qualidade de vida de
pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a
continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento.
Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de
outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.”
3. CONCEITO
• O Cuidado Paliativo não se baseia em protocolos, mas sim em
princípios.
• Não se fala mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a
vida.
• Indica-se o cuidado desde o diagnóstico.
• Não se fala também em impossibilidade de cura, mas na
possibilidade ou não de tratamento modificador da doença, desta
forma, afastando a ideia de “não ter mais nada a fazer”.
4. PRINCÍPIOS
1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis
• Para isso é necessário conhecimentos específicos para:
Prescrição de medicamentos;
Adoção de medidas não farmacológicas;
Abordagem dos aspectos psicossocial e espirituais que caracterizam
o “sintoma total”, onde todos esses fatores podem contribuir para a
exacerbação ou atenuação dos sintomas.
5. PRINCÍPIOS
2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal
da vida
• O Cuidado Paliativo resgata a possibilidade da morte como um
evento natural e esperado na presença de doença ameaçadora da
vida, colocando ênfase na vida que ainda pode ser vivida.
3. Não acelerar nem adiar a morte
• Não realizar intervenções desnecessárias e prognosticar paciente
portador de doença progressiva e incurável.
• Definição da linha tênue entre do fazer e do não fazer.
6. PRINCÍPIOS
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais ao paciente
• Angústia, depressão e desesperança interferem objetivamente na
evolução da doença, na intensidade e frequência dos sintomas que
podem apresentar maior dificuldade de controle.
• A abordagem psicológica e espiritual desses aspectos se faz
fundamental.
• É o aspecto da transcendência, do significado da vida, aliado ou não
à religião, que devemos estar preparados para abordar. Sempre
lembrando que o sujeito é o paciente, sua crença, seus princípios.
7. PRINCÍPIOS
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver
tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte
• Viver ativamente, e não simplesmente viver, nos remete à questão da
sobrevida a qualquer custo, que esperamos combater.
6. Oferecer um sistema de suporte para auxiliar os familiares
durante a doença do paciente e a enfrentar o luto
• Todo o núcleo familiar e social do paciente também “adoece”.
• A família, tanto biológica como adquirida (amigos, parceiros, etc.),
pode e deve ser parceira e colaboradora.
8. PRINCÍPIOS
7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos
pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto
• A integração sugerida pelo Cuidado Paliativo é uma forma de
observarmos o paciente sob todas as suas dimensões e a importância
de todos estes aspectos na composição do seu perfil para elaboramos
uma proposta de abordagem.
Espiritual
Social
Psicológica
ou
Emocional
Física ou
Biológica
9. PRINCÍPIOS
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente no
curso da doença
• Com uma abordagem holística, observando este paciente como um
ser biográfico mais que um ser simplesmente biológico, poderemos,
respeitando seus desejos e necessidades, melhorar sim o curso da
doença, e segundo a experiência de vários serviços de Cuidados
Paliativos, também prolongar sua sobrevida.
10. PRINCÍPIOS
9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com
outras medidas de prolongamento da vida, como a quimioterapia e
radioterapia e incluir todas as intervenções necessárias para
melhorar e compreender e controlar situações clínicas estressantes
• Iremos cuidar do paciente em diferentes momentos da evolução da
doença, já que os Cuidados Paliativos devem ser iniciados desde o
diagnóstico. Portanto, não devemos privá-los dos recursos
diagnósticos e terapêuticos disponíveis.
• Devemos utilizá-los de forma hierarquizada, levando-se em
consideração os benefícios que podem trazer e os malefícios que
devem ser evitados.
11. PRINCÍPIOS
9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com
outras medidas de prolongamento da vida, como a quimioterapia e
radioterapia e incluir todas as intervenções necessárias para
melhorar e compreender e controlar situações clínicas estressantes
• Uma abordagem precoce também permite a prevenção dos sintomas
e de complicações inerentes à doença de base, além de propiciar o
diagnóstico e tratamento adequados de doenças que possam cursar
paralelamente à doença principal.
12. FUNDAMENTOS
• Indicação dos Cuidados Paliativos:
Pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura.
• Não deve ser iniciado somente da fase de terminalidade, mas a partir
do diagnóstico e durante todo o processo de progressão da doença.
• A prioridade do tratamento em Cuidados Paliativos não é cura, e sim
um cuidado integral ao paciente e seus familiares.
• Os Cuidados Paliativos desenvolvem o cuidado ao paciente e seus
familiares visando à: qualidade de vida e manutenção da dignidade
humana na doença, na terminalidade da vida, na morte e no luto.
14. GRAUS DE COMPLEXIDADE
• Cuidados Paliativos Gerais: abordagem do paciente e familiares a
partir do diagnóstico médico da doença em progressão.
• Cuidados Paliativos Específicos: abordagem do paciente e
familiares nas últimas semanas ou últimos seis meses de vida, a
partir do momento em que é verificado o estado progressivo de
declínio.
• Cuidados de Terminalidade: compreendem o terceiro grau e são
lançados, em geral, nas últimas 72 horas de vida.
15. REFERÊNCIAS
ANCP. Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de Cuidados Paliativos. 2. ed.
Porto Alegre, 2012. Disponível em: <http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf>. Acesso em: maio. 2020.