SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
INTUBAÇÃO TRAQUEAL 
*A utilização de uma via aérea artificial está frequentemente indicada em pacientes com 
diminuição do nível de consciência, trauma facial ou oral, secreção respiratória intensa, 
falência respiratória e naqueles com necessidade de ventilação mecânica. 
*A utilização de ventilação mecânica está relacionada com a inabilidade dos pulmões 
em manter uma adequada oxigenação sanguínea ou ainda em manter uma adequada 
remoção de dióxido de carbono das células; 
*A intubação traqueal é um processo caracterizado por riscos relacionados ao próprio 
sucesso da intubação e sua manutenção ou associados à utilização da ventilação 
mecânica. 
CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 
 Utilizar oximetria de pulso durante a intubação endotraqueal para detecção 
precoce da hipoxemia; 
 Antes da intubação endotraqueal, utilizar oxigênio a 100%, por 3 A 5 minutos, 
através de uma máscara com bolsa reservatória de oxigênio (Ambu); 
 O procedimento de intubação não deve ultrapassar 30 segundos; 
 Aplicar pressão na cartilagem cricóide (manobra de Sellick), para diminuir a 
incidência de aspiração do conteúdo e distensão gástrica. Este procedimento é 
realizado aplicando uma forte pressão ao redor da cartilagem cricóide, afastando 
as cordas vocais para baixo e facilitando a visualização; 
 Escolha do tamanho da cânula, que reflete o tamanho da mesma: cânulas com 
extensão de 2 mm são indicados para neonatos e de 9mm para adulto. O 
tamanho correto depende do peso do paciente; 
 A intubação endotraqueal pode ser realizada por via oral ou nasal. A habilidade 
em executar a intubação e as condições clínicas do paciente serão as condições 
determinantes para a escolha da via; 
 Os pacientes com suspeita de lesão em coluna cervical devem ser mantidos com 
a cabeça em linha reta durante a intubação endotraqueal. A intubação por via 
nasal é preferida nesses casos; 
 Técnica imprópria de intubação pode resultar em trauma de arcada dentária, 
tecidos moles, na boca ou nariz e cordas vocais; 
 O tubo endotraqueal pode também permitir a administração de medicações de 
emergência (epinefina, atropina, naloxone). 
INDICAÇÃO 
 Obstrução de via aérea superior secundária a: trauma, edema ou tumefações, 
hemorragia; 
 Apnéia; 
 Ineficácia na aspiração de secreções; 
 Elevado risco de broncoaspiração; 
 Insuficiência respiratória.
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 
 Equipamentos de proteção individual; 
 Tubo endotraqueal com cuff intacto (7,5 a 8 mm para mulheres adultas e 8 a 9 
mm para homens adultos); 
 Cabo de laringoscópio com bateria nova; 
 Lâminas de laringoscópio (curva e reta) 
 Ambú com máscara, conectado a oxigênio a 100%; 
 Fonte de oxigênio testada; 
 Luvas estéreis; 
 Seringa de 20 ml para insuflar o cuff; 
 Solução lubrificante (lidocaína gel ou spray); 
 Sonda de aspiração conectada a frasco de aspiração ligado ao vácuo; 
 Estetoscópio; 
 Fio-guia estéril; 
 Respirador testado e funcionante; 
 Cadarço ou fita adesiva para fixação do tubo endotraqueal; 
 Equipamentos adicionais (medicações sedativas e tranqüilizantes). 
PROCEDIMENTOS 
· Pesquisar história possível de trauma ou suspeita de trauma medular; 
· Avaliar presença de distensão gástrica, visando reduzir o risco de 
vômitos com possível broncoaspiração, devido ao acúmulo de ar, 
alimentos ou secreções. Em pacientes com distensão gástrica ou que 
tenham se alimentado recentemente, deve-se pressionar a cartilagem 
cricóide para diminuir o risco de broncoaspiração; 
· Avaliar o nível de consciência, presença de ansiedade e dificuldade 
respiratória para determinar a necessidade de sedação ou de utilização de 
agentes tranqüilizantes para a intubação; 
· Assegurar o entendimento do procedimento pelo paciente; 
· Antes do procedimento providenciar acesso venoso para o uso de drogas 
sedativas, tranqüilizantes ou outras medicações; 
· O posicionamento do paciente é essencial para o sucesso do 
procedimento. O paciente sem história de trauma deve ser mantido 
imobilizado, com a cabeça hiper-estendida e o pescoço flexionado. Esse 
procedimento permite visualizar com o laringoscópio as cordas vocais e 
a traquéia; 
· Paciente com história de trauma deve ter sua coluna cervical imobilizada, 
sustentando-a durante todo o procedimento de intubação, prevenindo 
agravo para a coluna cervical, secundário ao posicionamento incorreto 
durante o procedimento; 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Separar o material de intubação endotraqueal necessário; 
Lavar as mãos e colocar o equipamento de proteção individual; 
Conectar a sonda de aspiração ao sistema de aspiração a vácuo e deixar o respirador 
preparado para a posterior utilização; 
Testar o cuff do tubo endotraqueal com seringa de 20 ml; 
Avaliar o posicionamento do paciente, hiperestender a cabeça e flexionar o pescoço 
(afastar a possibilidade de trauma cervical); 
Retirar próteses dentárias e realizar aspiração das secreções na cavidade nasal e oral se 
necessário; 
Realizar oxigenação a 100% para prevenir hipoxemia utilizando máscara com 
reservatório de oxigênio de 3 a 5 minutos antes da intubação, através de movimentos 
respiratórios freqüentes e lentos (reduz o escape de ar para o estômago, que facilita a 
distensão gástrica, e facilitam a entrada de ar nos pulmões). A oxigenação adequada 
com Ambu deve ser mantida até a obtenção de uma via aérea artificial; 
Providenciar pré medicação, pois os medicamentos tranqüilizantes reduzem a ansiedade 
do paciente durante a realização do procedimento; 
Aplicar pressão na cartilagem cricóide, se solicitado; 
Uma vez inserido e posicionado o tubo endotraqueal, confirmar local e oxigenar o 
paciente com 100 % de O2. A tentativa de intubação não deve ultrapassar 30 segundos. 
Pacientes que apresentam dificuldade no ato de intubar devem ser hiperoxigenados 
entre as tentativas de realização do procedimento; 
Auscultar região do epigástrio, no sentido de identificar intubação errônea. Atentar para 
distensão abdominal; 
Auscultar bases e ápices dos pulmões, bilateralmente, buscando sons respiratórios. Na 
ausência de sons respiratórios à esquerda, tracione de 1 a 2 cm a cânula endotraqueal e 
reavalie ausculta pulmonar e posicionamento; 
Observar simetria e movimentos da caixa torácica; 
Avaliar saturação do oxigênio por oximetria de pulso não invasiva; 
Conectar o tubo endotraqueal ao sistema de ventilação mecânica; 
Fixar o tubo endotraqueal com cadarço ou fita adesiva; 
Reconfirmar, após a fixação o correto posicionamento do tubo; 
Observar e registrar o posicionamento do tubo (na altura da arcada dentária em cm): 
homens 23 cm e mulheres 21 cm; 
Realizar aspiração de secreções endotraqueais se necessário, hiperoxigenar a 100% 
durante o procedimento, utilizando técnica asséptica; 
Confirmar o posicionamento do tubo endotraqueal através da radiografia de tórax; 
Realizar ausculta pulmonar a intervalos regulares de 4 horas; 
Manter a pressão do cuff em torno de 20 a 25 mmHg. Seria o volume da ar necessário 
para assegurar o posicionamento da cânula e evitar o risco de aspiração do conteúdo 
gástrico sem causar isquemia da traquéia

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinalSondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinal
Rodrigo Abreu
 
Assistencia enfermagem-cirurgica-1
Assistencia enfermagem-cirurgica-1Assistencia enfermagem-cirurgica-1
Assistencia enfermagem-cirurgica-1
Heraldo Maia
 
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO ReduzidoSedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
galegoo
 

Mais procurados (20)

Sondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinalSondagem gastrointestinal
Sondagem gastrointestinal
 
Assistencia enfermagem-cirurgica-1
Assistencia enfermagem-cirurgica-1Assistencia enfermagem-cirurgica-1
Assistencia enfermagem-cirurgica-1
 
12 traqueostomia (2) - cópia
12 traqueostomia (2) - cópia12 traqueostomia (2) - cópia
12 traqueostomia (2) - cópia
 
Acesso venoso central
Acesso venoso centralAcesso venoso central
Acesso venoso central
 
Acesso Venoso Central
Acesso Venoso CentralAcesso Venoso Central
Acesso Venoso Central
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 1)
 
Hist rico uti
Hist rico utiHist rico uti
Hist rico uti
 
Cateterismo vesical
Cateterismo vesicalCateterismo vesical
Cateterismo vesical
 
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO ReduzidoSedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
SedaçãO, Analgesia E SequêNcia RáPida De IntubaçãO Reduzido
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
 
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
 
Aula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenosAula de cuidados com drenos
Aula de cuidados com drenos
 
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
Unidade de Terapia Intensiva (parte 2)
 
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
Período Intra Operatório e Tempos Cirúrgicos AULA 5
 
Afogamento
AfogamentoAfogamento
Afogamento
 
Intoxicação exógena
Intoxicação exógenaIntoxicação exógena
Intoxicação exógena
 
Aula 1- Assistência ao Paciente Grave.pdf
Aula 1- Assistência ao Paciente Grave.pdfAula 1- Assistência ao Paciente Grave.pdf
Aula 1- Assistência ao Paciente Grave.pdf
 
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgicoAula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
Aula sobre prevenção de infecção de sítio cirúrgico
 
História da Cirurgia
História da CirurgiaHistória da Cirurgia
História da Cirurgia
 
Aerossolterapia
AerossolterapiaAerossolterapia
Aerossolterapia
 

Destaque

Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areas
thaaisvieira
 
Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica BásicaVentilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica
Felipe Patrocínio
 
Acesso à Via Aérea Não Invasivo
Acesso à Via Aérea Não InvasivoAcesso à Via Aérea Não Invasivo
Acesso à Via Aérea Não Invasivo
siatego
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraqueal
Rodrigo Abreu
 
Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
 Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
jaddy xavier
 

Destaque (20)

Protocolo Intubação Sequência Rápida HCPA
Protocolo Intubação Sequência Rápida HCPAProtocolo Intubação Sequência Rápida HCPA
Protocolo Intubação Sequência Rápida HCPA
 
Cuidados de enfemagem
Cuidados de enfemagemCuidados de enfemagem
Cuidados de enfemagem
 
Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areas
 
Iot
IotIot
Iot
 
Carro de Emergência
Carro de EmergênciaCarro de Emergência
Carro de Emergência
 
Analgesia e Sedação na UTI
Analgesia e Sedação na UTIAnalgesia e Sedação na UTI
Analgesia e Sedação na UTI
 
Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica BásicaVentilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica
 
Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica Ventilação Mecânica Básica
Ventilação Mecânica Básica
 
Acesso à Via Aérea Não Invasivo
Acesso à Via Aérea Não InvasivoAcesso à Via Aérea Não Invasivo
Acesso à Via Aérea Não Invasivo
 
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de EnfermagemVentilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
 
Pressão Venosa Central
Pressão Venosa CentralPressão Venosa Central
Pressão Venosa Central
 
Sedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaSedação e Analgesia
Sedação e Analgesia
 
Ventilação Mecânica
Ventilação MecânicaVentilação Mecânica
Ventilação Mecânica
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraqueal
 
Modos ventilatórios
 Modos ventilatórios  Modos ventilatórios
Modos ventilatórios
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
 Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
Medicamentos Utilizados em Urgências e Emergências
 
Aula PCR
Aula PCRAula PCR
Aula PCR
 
Aula acessos venosos
Aula acessos venososAula acessos venosos
Aula acessos venosos
 

Semelhante a Aula intubacao traqueal

Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração Orotraqueal
Andressa Macena
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
JessiellyGuimares
 
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
Tereza Cristina Silva
 
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cegaCap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
Thiago Viegas
 
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapiaAula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
luciananestor2009
 

Semelhante a Aula intubacao traqueal (20)

Respiração Orotraqueal
Respiração OrotraquealRespiração Orotraqueal
Respiração Orotraqueal
 
Estação aspiração traqueostomia
Estação aspiração traqueostomiaEstação aspiração traqueostomia
Estação aspiração traqueostomia
 
Estação (higiene respiratória aspiraçâo) turma b
Estação (higiene respiratória   aspiraçâo) turma bEstação (higiene respiratória   aspiraçâo) turma b
Estação (higiene respiratória aspiraçâo) turma b
 
Aula sobre ressuscitador artificial manual
Aula sobre ressuscitador artificial manualAula sobre ressuscitador artificial manual
Aula sobre ressuscitador artificial manual
 
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagemAULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptxASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE SONDAGENS.pptx
 
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
1 orientacoes sobre_o_manuseio_do_paciente_com_pneumonia_e_insuficiencia_resp...
 
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
 
aspiração-convertido.pptx
aspiração-convertido.pptxaspiração-convertido.pptx
aspiração-convertido.pptx
 
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cegaCap 123 intubação nasotraqueal cega
Cap 123 intubação nasotraqueal cega
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM SONDA NASOENTERAL ( SNE, SNG, GTT).pptx
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM SONDA NASOENTERAL ( SNE, SNG, GTT).pptxCUIDADOS DE ENFERMAGEM COM SONDA NASOENTERAL ( SNE, SNG, GTT).pptx
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM SONDA NASOENTERAL ( SNE, SNG, GTT).pptx
 
Disturbios Respirátorio_VI e VNI
 Disturbios Respirátorio_VI e VNI Disturbios Respirátorio_VI e VNI
Disturbios Respirátorio_VI e VNI
 
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapiaAula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
Aula de fundamentos de enfermagem oxigênio terapia
 
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicaçãoDrenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
Drenagem torácica - métodos e técnicas de aplicação
 
Aula suporte respiratorio em uti
Aula suporte respiratorio em uti Aula suporte respiratorio em uti
Aula suporte respiratorio em uti
 
Sondagens
SondagensSondagens
Sondagens
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
 
CATETERISMO CENTRAL, SONDAGENS..pptx
CATETERISMO CENTRAL, SONDAGENS..pptxCATETERISMO CENTRAL, SONDAGENS..pptx
CATETERISMO CENTRAL, SONDAGENS..pptx
 
Enfermagem em ClÃ_nica Cirúrgica (1).pdf
Enfermagem em ClÃ_nica Cirúrgica (1).pdfEnfermagem em ClÃ_nica Cirúrgica (1).pdf
Enfermagem em ClÃ_nica Cirúrgica (1).pdf
 
Cuidados com Traquestomia fisioterapia.pptx
Cuidados com Traquestomia fisioterapia.pptxCuidados com Traquestomia fisioterapia.pptx
Cuidados com Traquestomia fisioterapia.pptx
 

Último

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 

Aula intubacao traqueal

  • 1. INTUBAÇÃO TRAQUEAL *A utilização de uma via aérea artificial está frequentemente indicada em pacientes com diminuição do nível de consciência, trauma facial ou oral, secreção respiratória intensa, falência respiratória e naqueles com necessidade de ventilação mecânica. *A utilização de ventilação mecânica está relacionada com a inabilidade dos pulmões em manter uma adequada oxigenação sanguínea ou ainda em manter uma adequada remoção de dióxido de carbono das células; *A intubação traqueal é um processo caracterizado por riscos relacionados ao próprio sucesso da intubação e sua manutenção ou associados à utilização da ventilação mecânica. CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS  Utilizar oximetria de pulso durante a intubação endotraqueal para detecção precoce da hipoxemia;  Antes da intubação endotraqueal, utilizar oxigênio a 100%, por 3 A 5 minutos, através de uma máscara com bolsa reservatória de oxigênio (Ambu);  O procedimento de intubação não deve ultrapassar 30 segundos;  Aplicar pressão na cartilagem cricóide (manobra de Sellick), para diminuir a incidência de aspiração do conteúdo e distensão gástrica. Este procedimento é realizado aplicando uma forte pressão ao redor da cartilagem cricóide, afastando as cordas vocais para baixo e facilitando a visualização;  Escolha do tamanho da cânula, que reflete o tamanho da mesma: cânulas com extensão de 2 mm são indicados para neonatos e de 9mm para adulto. O tamanho correto depende do peso do paciente;  A intubação endotraqueal pode ser realizada por via oral ou nasal. A habilidade em executar a intubação e as condições clínicas do paciente serão as condições determinantes para a escolha da via;  Os pacientes com suspeita de lesão em coluna cervical devem ser mantidos com a cabeça em linha reta durante a intubação endotraqueal. A intubação por via nasal é preferida nesses casos;  Técnica imprópria de intubação pode resultar em trauma de arcada dentária, tecidos moles, na boca ou nariz e cordas vocais;  O tubo endotraqueal pode também permitir a administração de medicações de emergência (epinefina, atropina, naloxone). INDICAÇÃO  Obstrução de via aérea superior secundária a: trauma, edema ou tumefações, hemorragia;  Apnéia;  Ineficácia na aspiração de secreções;  Elevado risco de broncoaspiração;  Insuficiência respiratória.
  • 2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS  Equipamentos de proteção individual;  Tubo endotraqueal com cuff intacto (7,5 a 8 mm para mulheres adultas e 8 a 9 mm para homens adultos);  Cabo de laringoscópio com bateria nova;  Lâminas de laringoscópio (curva e reta)  Ambú com máscara, conectado a oxigênio a 100%;  Fonte de oxigênio testada;  Luvas estéreis;  Seringa de 20 ml para insuflar o cuff;  Solução lubrificante (lidocaína gel ou spray);  Sonda de aspiração conectada a frasco de aspiração ligado ao vácuo;  Estetoscópio;  Fio-guia estéril;  Respirador testado e funcionante;  Cadarço ou fita adesiva para fixação do tubo endotraqueal;  Equipamentos adicionais (medicações sedativas e tranqüilizantes). PROCEDIMENTOS · Pesquisar história possível de trauma ou suspeita de trauma medular; · Avaliar presença de distensão gástrica, visando reduzir o risco de vômitos com possível broncoaspiração, devido ao acúmulo de ar, alimentos ou secreções. Em pacientes com distensão gástrica ou que tenham se alimentado recentemente, deve-se pressionar a cartilagem cricóide para diminuir o risco de broncoaspiração; · Avaliar o nível de consciência, presença de ansiedade e dificuldade respiratória para determinar a necessidade de sedação ou de utilização de agentes tranqüilizantes para a intubação; · Assegurar o entendimento do procedimento pelo paciente; · Antes do procedimento providenciar acesso venoso para o uso de drogas sedativas, tranqüilizantes ou outras medicações; · O posicionamento do paciente é essencial para o sucesso do procedimento. O paciente sem história de trauma deve ser mantido imobilizado, com a cabeça hiper-estendida e o pescoço flexionado. Esse procedimento permite visualizar com o laringoscópio as cordas vocais e a traquéia; · Paciente com história de trauma deve ter sua coluna cervical imobilizada, sustentando-a durante todo o procedimento de intubação, prevenindo agravo para a coluna cervical, secundário ao posicionamento incorreto durante o procedimento; INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
  • 3. Separar o material de intubação endotraqueal necessário; Lavar as mãos e colocar o equipamento de proteção individual; Conectar a sonda de aspiração ao sistema de aspiração a vácuo e deixar o respirador preparado para a posterior utilização; Testar o cuff do tubo endotraqueal com seringa de 20 ml; Avaliar o posicionamento do paciente, hiperestender a cabeça e flexionar o pescoço (afastar a possibilidade de trauma cervical); Retirar próteses dentárias e realizar aspiração das secreções na cavidade nasal e oral se necessário; Realizar oxigenação a 100% para prevenir hipoxemia utilizando máscara com reservatório de oxigênio de 3 a 5 minutos antes da intubação, através de movimentos respiratórios freqüentes e lentos (reduz o escape de ar para o estômago, que facilita a distensão gástrica, e facilitam a entrada de ar nos pulmões). A oxigenação adequada com Ambu deve ser mantida até a obtenção de uma via aérea artificial; Providenciar pré medicação, pois os medicamentos tranqüilizantes reduzem a ansiedade do paciente durante a realização do procedimento; Aplicar pressão na cartilagem cricóide, se solicitado; Uma vez inserido e posicionado o tubo endotraqueal, confirmar local e oxigenar o paciente com 100 % de O2. A tentativa de intubação não deve ultrapassar 30 segundos. Pacientes que apresentam dificuldade no ato de intubar devem ser hiperoxigenados entre as tentativas de realização do procedimento; Auscultar região do epigástrio, no sentido de identificar intubação errônea. Atentar para distensão abdominal; Auscultar bases e ápices dos pulmões, bilateralmente, buscando sons respiratórios. Na ausência de sons respiratórios à esquerda, tracione de 1 a 2 cm a cânula endotraqueal e reavalie ausculta pulmonar e posicionamento; Observar simetria e movimentos da caixa torácica; Avaliar saturação do oxigênio por oximetria de pulso não invasiva; Conectar o tubo endotraqueal ao sistema de ventilação mecânica; Fixar o tubo endotraqueal com cadarço ou fita adesiva; Reconfirmar, após a fixação o correto posicionamento do tubo; Observar e registrar o posicionamento do tubo (na altura da arcada dentária em cm): homens 23 cm e mulheres 21 cm; Realizar aspiração de secreções endotraqueais se necessário, hiperoxigenar a 100% durante o procedimento, utilizando técnica asséptica; Confirmar o posicionamento do tubo endotraqueal através da radiografia de tórax; Realizar ausculta pulmonar a intervalos regulares de 4 horas; Manter a pressão do cuff em torno de 20 a 25 mmHg. Seria o volume da ar necessário para assegurar o posicionamento da cânula e evitar o risco de aspiração do conteúdo gástrico sem causar isquemia da traquéia