SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 160
Prof. Eduardo Felix Machado
Introdução
 O fenômeno respiração não
compreende apenas os atos de
inspiração e expiração.
FUNÇÕES DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
 Fornecimento de oxigênio aos
tecidos e remoção do dióxido de
carbono.
O estudo da Fisiologia da Respiração
pode ser dividido em quatro grandes
eventos funcionais:
 1- a ventilação pulmonar, que é a renovação
cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico;
 2- a difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de
carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;
 3- o transporte, no sangue e nos líquidos
corporais, do O2 (dos pulmões para as
células) e do CO2 (das células para os
pulmões);
 4- a regulação da ventilação e de outros
aspectos da respiração.
Revisão Anatomia
Cavidade nasal
Faringe
Laringe
Traquéia
Brônquio
Bronquíolo
Diafragma Coração
http://www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/medicine/pulmonar/cxr/cxrl5.htm
Principais Músculos
Ventilatórios
 Diafragma
 Músculos intercostais externos e
internos
 Músculo reto abdome
 Músculo oblíquo interno
 Músculo transverso interno
Inspiração
 É um movimento ativo, onde
músculos respiratórios tem que
desenvolver o trabalho necessário
para vencer as propriedades
elásticas e resistivas do pulmão e
parede torácica
Diafragma
 É o músculo respiratório mais
importante
 Representa 70% da função
muscular global
 Na inspiração se move para baixo e
se retifica
 Em respiração normal esse
movimento cerca de 1,0 cm
podendo alcançar 10cm na
inspiração máxima
Intercostais
 Intercostais internos exibe atuação
durante a inspiração aumentando a
caixa torácica e intercostais
externos atuam durante exercício
físico moderado e severo.
Expiração
 Movimento passivo.
 O ar é expulso quando os
componentes elásticos retornam a
sua posição de repouso após a
inspiração
Insuficiência Respiratória
Aguda
 Este termo é usualmente usado em
situações nas quais a eliminação de
dióxido de carbono é inadequada
ou a pressão arterial de O2 é
anormalmente baixa
Insuficiência Respiratória
Aguda
Identificam esta situação
 PaO2 inferior a 60mmHg
 PaCO2 superior a 50mmHg
 FR menor que 12 ou maior que 35
Insuficiência Respiratória
Aguda
 O número pacientes com IRpA é
elevado, podendo ser a causa da
internação, como também ser
instalado no decorrer de outra
patologia.
Diagnóstico IRpA
 Feito na grande maioria pela
equipe de enfermagem
Manifestações clínicas
 SNC: agitação, cefaléia, tremores,
alucinações, convulsões
 RESPIRAÇÃO: amplitude, freqüência,
ritmo, padrão, expiração prolongada,
respiração paradoxal
 AUSCULTA: roncos, sibilos, estertores,
ausência de murmúrio vesicular
 APARÊNCIA: sudorese, cianose, uso da
musculatura acessória
 HEMODINÂMICA: taquicardia,
bradicardia, arritmia, hipertensão,
hipotensão
IRpA
 A IRpA, classicamente é
classificada em tipo I (hipoxêmica)
e tipo II (hipercapnica).
Tipo PaO2 PaCO2
Mecanismo
Básico
I   ou normal
Déficit
oxigenação
II  
Déficit
ventilação
MECANISMO FISIOPATOLÓGICO
TIPOS I E II
Causas Insuficiência
Respiratória
Ventilatória
Alvéolo capilar
Ventilatória
 Neuromuscular: secção medula espinal,
intoxicação drogas, hipertensão
intracraniana, doenças
neuromusculares.
 Restritiva: má formação parede
torácica, tumores intra abdominais,
ascite, tumores mediastino, hérnias
diafragmáticas, ocupação espaço
pleural, fibrose pulmonar, doenças
infecciosas
 Obstrutiva: obstrução vias aéreas.
Alvéolo- Capilar
 Para que os pulmões exerçam sua
função respiratória adequadamente,
não é só necessário que os alvéolos
sejam ventilados e seus capilares
perfundidos, mas que a relação entre
ventilação e perfusão seja
equilibrada, pois do contrário haverá
zonas em que se desperdiça perfusão
( efeito shunt ) e outras que se
desperdiça ventilação.
 Ex. tromboembolismo, atelectasias
Cuidados imediatos de
enfermagem na IRpA
 Desobstrução vias aéreas
superiores: limpeza orofaringe,
hiper extensão pescoço, uso cânula
orofaríngea
 Ventilação
 Oxigenoterapia
Assistência Enfermagem na
IRpA
 Monitorização eletrocardigráfica
contínua
 SSVV
 Aspiração secreções
 Avaliar secreções
 Balanço hídrico
 Cuidados Respiração mecânica
 Cuidados Intubação e traqueostomia
Assistência Enfermagem na
IRpA
 Coleta e encaminhamento materiais
para exames
 Cuidados especiais com drenagem
torácica
 Auxílio posicionamento raio X tórax
 Dieta conforme prescrição
 Medidas conforto e higiene
 Observação geral paciente quanto a:
sinais hipóxia, má perfusão e ansiedade,
manifestações cárdio-circulatória,
desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-
básico
Assistência Enfermagem na
IRpA
 Anotações de enfermagem:
fundamental importância no
acompanhamento diário da
evolução clínica do paciente
com IRpA, deve abranger todos
os sinais e sintomas
apresentados, bem como as
reações ao tratamento a que
está sendo submetido.
Estabelecimento Via Aérea
Livre
 Consiste na necessidade mais
imediata de tratamento da IRpA e
muitas vezes nos casos mais
simples, é a solução para o
tratamento.
Estabelecimento Via Aérea
Livre
 Aspiração de secreções
 Colocação de cânula oro-faringea
 Entubação endotraqueal
 Traqueostomia
Nos casos de trauma em que pode haver
acometimento
da coluna cervical, deve-se ficar atento para
não
se tracionar o pescoço. Nesse caso, para abrir a
via aérea
deve-se apenas elevar a mandíbula
Elevação da mandíbula para
abertura das vias aéreas em ou
com suspeita de lesão na coluna
cervical. pacientes vítimas
de trauma
Manobra Jaw-Thrust
Aspiração de Secreções
Material :
Aspirador portátil ou vácuo
canalizado com vacuômetro
Extensão de borracha ou PVC
Luva estéril
Sonda aspiração
Frasco com solução salina ou água
estéril para lavar a sonda
Técnica
 Calçar luva com técnica estéril
 Com a mão não dominante segura a
extensão
 Com a mão dominante conectar a
sonda de aspiração
 Com a mão não dominante abrir o
aspirador
 Introduzir a sonda pela traqueostomia
ou cânula endotraqueal sem fazer
sucção até a carina sem fazer
traumatismos
 A sonda pode ser guiada pelo brônquio
direito ou esquerdo lateralizando a
cabeça para o lado oposto
 Com movimentos giratórios aspirar
retirando a sonda
 Cada sucção deve durar cerca de 10 a
12 segundos
 Lavar a sonda com água estéril
 Repetir o processo até remoção
completa das secreções, oxigenando o
paciente nos intervalos
 Observar presença de cianose,
taquipnéia, taquicardia, sudorese e
arritmias durante a aspiração
 Em caso de hipóxia severa, serão
executados poucos movimentos
aspiratórios, em curto espaço de tempo.
Colocação Cânula Orofaringea
Guedel
Intubação Endotraqueal
 Consiste na colocação de um tubo
na traquéia do paciente, através da
cavidade oral ou nasal
Intubação Traqueal
 A utilização de uma via aérea
artificial está frequentemente
indicada em pacientes com
diminuição do nível de consciência,
trauma facial, secreção traqueal
intensa, falência respiratória e
naqueles que necessitam de
ventilação mecânica
Intubação Traqueal
 É um procedimento caracterizado
por riscos relacionados ao próprio
processo de intubação e sua
manutenção ou associados a
ventilação mecânica
Materiais
 Tubos de vários calibres e com cuff
 Laringoscópio com lâminas de
vários tamanhos
 Seringa insuflar cuff
 Sistema aspiração montado
 Material aspiração
 Mandril ou fio guia
 Material fixação tubo
 Ambú com máscara ligado a fonte
de O2
 Luvas estéreis
 Solução lubrificante ( lidocaína gel )
 Estetoscópio
 Respirador artificial
 Medicações sedativa ACM
 Equipamentos de proteção
individual
Cabo e lâminas do laringoscópio
Pilhas
TET com balonete e cuff
Conhecimentos Necessários
 Utilizar oximetria de pulso durante a
intubação para detecção precoce de
hipoxemia
 Ventilar através de máscara com reservatório
de O2 ( ambu ) por 3 a 5 minutos
 O procedimento não deve ultrapassar 30
segundos
 Manobra de sellick ( pressão cartilagem
cricóide) diminui possibilidade de aspiração
conteúdo e distensão gástrica
 Escolha correta tamanho da cânula
 Pode ser realizado via nasal ou oral
 Tubo endotaqueal pode ser via
administraçaõ medicamentos em
situações de emergência
 Explicar procedimento a família e
ao paciente
 Explicar motivo imobilização
Preparo do paciente
 Pesquisar história de trauma
 Colocar SNG em drenagem
 Antes intubação providenciar
acesso venoso
 Posicionamento paciente
 Para ventilar hiper extensão e para
intubar posição reta
Assistência de Enfermagem
durante intubação
 Explicar o procedimento ao paciente
 Testar o cuff
 Aspira cavidade oral se necessário
 Após colocação tubo proceder
aspiração, estando o cuff já insulflado
 Auscultar
 Fixar o tubo
 Observar expansibilidade torácica
 Observar ocorrência enfisema
subcutâneo
 Conectar ao respirador artificial
 Avaliar saturação de O2
 Observar e registrar o posicionamento
do tubo
Procedimentos de enfermagem
ao paciente intubado
 Ausculta pulmonar a cada 4 horas
 Manter fixação adequada do tubo
 Manter a pressão do cuff em torno de
20 a 25mmHg e monitorar a cada 6
horas
 Aspirar SN
 Hiperoxigenar durante aspirações
 Higiene das narinas e oral a cada 6
horas
Resultados esperados
 Adequada ventilação artificial
 Posicionamento correto e seguro
da via aérea artificial
 Facilidade remoção secreções
 Estabilidade hemodinâmica
Extubação endotraqueal
 Consiste em remover a via aérea
artificial desde que o paciente
esteja apto a respirar de forma
independente
 Explicar procedimento ao paciente
 Deixar material emergência preparado
 Manter oximetria de pulso
 Aspirar cânula, nariz e boca com técnica
asséptica
 Trocar a luva estéril e a sonda
 Retirar a sonda aspirando
 Oferecer O2 suplementar
 Monitor o paciente em intervalos
reduzidos nas primeiras horas
 Manter ações minimizar risco de
aspiração
 Anotações em prontuário
 Procedimento realizado por médico,
enfermeiro ou fisioterapêuta
Traqueostomia
 Traqueotomia abertura traqueia
 Traqueostomia orifício onde se
insere a cânula
Traqueostomia
 É utilizada para corrigir obstrução
importante de vias aéreas e para
possibilitar respiração artificial
prolongada
Materiais
 Material pequena cirurgia
 Capotes e máscara
 Antisséptico
 Lâmina bisturi 11
 Mononylon 3-0
 Seringas
 Agulhas
 Anestésico local
 Categute 2-0
 Cânula traqueostomia
 Luva estéril
 Gaze
 Materiais de emergência
 Extensor
 Coxin hiperestender pescoço
Assistência de enfermagem
antes
 Providenciar materiais
 Posicionar paciente
 Aspiração secreção
Assistência de enfermagem
durante
 Enfermagem ao lado paciente aspirando
secreções e medicando se necessário
 Após colocação da cânula fixação,
aspiração, insuflação cuff
oxigenoterapia conforme prescrição
 Curativo local
 Paciente em posição confortável
 Ver orientações paciente intubado
Oxigenoterapia
 A IRpA vem, geralmente
acompanhada de déficit de O2. A
dosagem dos gases arteriais
permitirá avaliação de grau de
hipóxia para indicação médica de
oxigenoterapia. É também indicado
nas alterações hemodinâmicas
graves, IAM, anemia, pós
operatório de grandes cirurgias
entre outras.
Oxigenoterapia
 A dosagem de O2 deve obedecer
rigorosamente a indicação médica,
sendo os fluxometros ajustados
adequadamente à dose prescrita.
Altas concentrações de O2 são
responsáveis por lesões tóxicas.
Métodos de Administração
 Catéter nasal: O2 a 100% é oferecido,
mas o fluxo irá variar de 0,5 a 5l/min.
A FiO2 resultante dependerá da
ventilação minuto do paciente, mas a
FiO2 máxima não excederá de 0,4 a
0,5.
 É um dispositivo de baixo fluxo e baixa
concentração de O2
 EX:com 2l/m,
FiO2=21%+(2x3%)=27%
 Máscara facial de Venturi: fornece O2 a
100% através de um dispositivo de
mistura (ar- O2).
 Pode ser bem controlada de 0,24 a
0,50%
 É um dispositivo de alto fluxo e
concentração de O2 controlado.
 Máscara Facial de Aerosol: combina
concentrações variáveis de O2 e
fluxos moderados. Mistura O2 a
100% com ar ambiente para
oferecer nível de FiO2 desejada
 Máscara facial com reservatório:
este tipo máscara incorpora uma
bolsa- reservatório no qual o
paciente respira. Este reservatório
é preenchido com O2 a 100%
vindo da fonte de suprimento. É
um dispositivo de alto fluxo e alta
concentração de O2, portanto
permite ao paciente não intubado
maximizar o aporte de O2
 Unidade de reanimação – AMBU:
não é considerado um dispositivo
de suplementação de O2, mas faz
parte do equipamento de
emergência .
Umidificação de Secreções
 A fluidificação de secreções é
usada continuamente, quando o
paciente esta em uso de
oxigenoterapia
Ventilação Artificial
Poderá ser feita de dois modos:
 Ventilação mecânica
 Ventilação manual
Ventilação manual
 Empregada nos casos em que há
necessidade de ventilação por curta
duração, como transporte de
paciente ou etapa na instalação de
respiradores mecânicos. É utilizado
a bolsa auto- insuflável.
 O AMBU promove insuflação dos
pulmões, mantendo uma ventilação
artificial com pressão positiva nos
casos de apneia.
 Pode ser adaptado a cânula
endotraqueal, a cânula
traqueostomia ou a máscara que é
colocado na face do paciente.
Ventilação Mecânica
 A ventilação mecânica é
um método de suporte
para o paciente durante
uma enfermidade aguda,
não constituindo nunca,
uma terapia curativa.
 O emprego da ventilação
mecânica implica riscos
próprios, devendo sua
indicação ser prudente e
criteriosa e sua aplicação
cercada por cuidados
específicos.
Tipos ventilação mecânica
 Invasiva
 Não invasiva
OBJETIVOS CLÍNICOS
 Reverter hipercapnia
 Reverter a acidose respiratória aguda
 Reduzir o desconforto respiratório
 Prevenir ou reverter atelectasias
 Reverter fadiga dos músculos respiratórios
 Permitir sedação, anestesia ou uso de
bloqueadores
neuromusculares
 Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e
miocárdico
 Reduzir a pressão intracraniana
 Estabilizar a parede torácica
Respiradores mecânicos
Como métodos essenciais de
ventilação mecânica devemos
entender todo e qualquer
método de suporte ventilatório
capaz de prover, com o menor
dano e custo possível, a melhor
ventilação e oxigenação
capazes de suprir a demanda
do paciente.
Ciclo respiratório na ventilação
artificial
 Fase 1: disparo ventilador
 Fase 2: inspiração
 Fase 3: transição da inspiração para
expiração (ciclagem do ventilador)
 Fase 4: expiração
Modos ventilatórios
Diferentes tipos de interação entre
paciente e ventilador nas fases do ciclo
respiratório é que caracterizam os
diferentes modos ventilatórios
CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO
POSITIVA
 Ciclados a tempo
 Ciclados a pressão
 Ciclados a volume
 Ciclados a fluxo
Ciclados a tempo
 A inspiração termina após um
tempo inspiratório predeterminado.
 A quantidade de gás ofertada e a
pressão de vias aéreas vão variar,
a cada respiração dependendo das
modificações da mecânica
pulmonar.
Ciclados a pressão
 A inspiração cessa quando é
alcançada a pressão máxima
predeterminada. Os volumes
oferecidos variarão de acordo
com as mudanças da mecânica
pulmonar. A ventilação- minuto
não é garantida.
Ciclados a volume
 A inspiração termina após se
completar um volume corrente
predeterminado.
Ciclados a fluxo
 A inspiração termina quando
determinado fluxo é alcançado.
Ciclos ofertados pelo
respirador
 Ventilação mecânica controlada
O aparelho é o único responsável
pela ventilação do paciente e todo
o processo acontece
automaticamente, independente do
estímulo respiratório do paciente.
A FR é pré determinada
 Ventilação mecânica assistida: a
ciclagem do aparelho dependerá
única e exclusivamente do esforço
inspiratório do paciente, o qual
determinará a FR que desejar
 Ventilação assisto- controlada: a
ciclagem dependerá do esforço
inspiratório do paciente, porém
com uma FR mínima ajustada no
respirador
Ciclo espontâneo
 O paciente respira normalmente
acoplado ao circuito do ventilador,
com controle de toda fase
inspiratória.
Parâmetros ajustados no
ventilador
 Volume corrente ( VT) volume de
ar trocado em cada respiração.
 6 a 10ml/Kg de peso corporal
Volume minuto
 Volume de ar respirado a cada
minuto. Resultante do VT e da FR
utilizada
 Em torno de 5 a 10 l /min
Freqüência respiratória FR
 Número respirações por minuto. O
aumento da FR aumenta o volume
minuto com queda na PaCO2
 FR= 12 a 16 rpm
Relação I:E
 Relação entre o tempo inspiratório
e o tempo expiratório
 Usualmente 1:2 ou 1:3
FiO2
 É a concentração de O2 ofertado
ao paciente
 Varia de 0,21 a 1
Sensibilidade
 Ajuste ventilatório que regula a
sensibilidade do aparelho ao
esforço respiratório do paciente
PEEP
 É a pressão expiratória positiva
final, mantendo uma pressão intra-
alveolar por todo o ciclo
respiratório.
 O ciclo fisiológico varia de 3 a
5cmH2O
Complacência
 Complacência é o grau de
expansão que os pulmões
experimentam para cada unidade
de aumento de pressão
transpulmonar ou seja é a medida
da elasticidade pulmonar e da caixa
torácica
Resistência
 É a resistência oferecida pelas vias
aéreas a entrada do ar. Está
relacionada com o calibre das vias
aéreas e com o fluxo de ar
Volume residual
 É o volume de ar que permanece
nos pulmões mesmo após uma
expiração forçada
Shunt pulmonar
 É a passagem sangue por alvéolos
não ventilados
Espaço morto fisiológico
 Somatória do ar que permanece
nas vias aéreas, traquéia e nos
brônquios
Modalidades de
Ventilação
Ventilação Controlada
 PCV e VCV
 Nesta modalidade todos os
movimentos respiratórios são
gerados pelo aparelho e o paciente
não é capaz de iniciar respirações
adicionais, assim programa-se a FR
e a sensibilidade do aparelho não
interfere em sua ciclagem
Ventilação assisto controlada
 Permite um mecanismo misto de
disparo, o ciclo do aparelho
dependerá do esforço respiratório
do paciente, porem com uma FR
pré ajustada, caso o paciente
apresente apnéia.
 A sensibilidade tem que estar
ligada
 Pode ser usada em VCV e PCV
Ventilação mandatória
intermitente sincronizada SIMV
 Esta modalidade permite
ventilações controladas ou assisto
controladas com respirações
espontâneas entre os ciclos
CPAP (PRESSÃO CONTÍNUA
VIAS AÉREAS )
 É a modalidade respiratória em que
o paciente respira
espontaneamente através do
circuito do ventilador, com uma
pressão positiva constante na
inspiração e na expiração. A CPAP
pode ser oferecida em pacientes
intubados (ventilação invasiva) ou
através de máscaras (ventilação
não-invasiva
PSV – Ventilação suporte de
pressão
 A ventilação com pressão de
suporte é uma modalidade
ventilatória parcial que auxilia os
ciclos espontâneos do paciente por
meio de uma pressão positiva pré-
determinada e constante durante a
inspiração.
Complicações ventilação
mecânica
 Alcalose respiratória aguda – É
uma das ocorrências mais comuns.
Pode prejudicar a perfusão
cerebral, predispor à arritmia
cardíaca, além de ser razão
freqüente para insucesso do
desmame.
Complicações ventilação
mecânica
 Elevação da pressão intracraniana
– A ventilação com pressão positiva
na presença de pressão
intracraniana (PIC) elevada pode
prejudicar o fluxo sanguíneo
cerebral, principalmente quando se
utilizam altos níveis de PEEP,
devido à diminuição do retorno
venoso do território cerebral e o
conseqüente aumento da PIC
Complicações ventilação
mecânica
 Meteorismo (distensão gástrica maciça) –
Pacientes sob ventilação mecânica,
principalmente aqueles com
baixacomplacência pulmão-tórax, podem
desenvolver distensão gasosa gástrica e/ou
intestinal. Isto presumivelmente ocorre
quando o vazamento do gás ao redor do tubo
endotraqueal ultrapassa a resistência do
esfíncter esofágicoinferior. Este problema
pode ser resolvido ou aliviado pela introdução
de uma sonda nasogástrica, ou ajustando-se
a pressão do balonete.
Complicações ventilação
mecânica
 Pneumonia – O desenvolvimento
da pneumonia associada à
ventilação mecânica requer uma
fonte de microorganismos
infectantes.
Complicações ventilação
mecânica
 Atelectasia – As causas de
atelectasia relacionadas à
ventilação mecânica estão
associadas à intubação seletiva,
presença de rolhas de secreção no
tubo traqueal ou nas vias aéreas e
hipoventilação alveolar.
Complicações ventilação
mecânica
 Barotrauma – As situações como
pneumotórax, pneumomediastino e
enfisema subcutâneo traduzem a
situação de ar extra-alveolar.
Complicações ventilação
mecânica
 Fístula broncopleural – O escape
broncopleural persistente de ar, ou
fístula broncopleural (FBP), durante
a ventilação mecânica, pode ser
conseqüente à ruptura alveolar
espontânea ou à laceração direta
da pleura visceral.
Complicações ventilação
mecânica
 Extubação acidental – Além da má
fixação do tubo, outros fatores que
levam à extubação acidental são os
quadros de agitação psicomotora e
as mudanças de decúbito.Verifica-
se que os pacientes com intubação
orotraqueal são os mais propensos
à extubação acidental.
Complicações ventilação
mecânica
 Lesões de pele e/ou lábios – Estas
ulcerações ocorrem devido ao
modo de fixação do tubo, ao tipo
de material utilizado
(esparadrapos) e a falta de
mobilização da cânula em
intervalos de tempos regulares.
Complicações ventilação
mecânica
 Lesões traqueais – Estas lesões
podem ser provocadas por fatores
como a alta pressão do cuff ou
como o tracionamento dos TOT ou
TQT. Pressões elevadas do
balonete levam desde à diminuição
de atividade do epitélio ciliado,
isquemia, necrose até a fístulas
traqueais.
Asistência de enfermagem ao
paciente em uso respirador mecânico
 1) Vigilância constante
 2) Controle de sinais vitais e
monitorização cardiovascular
 3) Monitorização de trocas gasosas
e padrão respiratório
 4) Observação dos sinais
neurológicos
 5) Aspiração de secreções
pulmonares
Assistência de enfermagem ao
paciente em uso respirador mecânico
 6) Observação dos sinais de
hiperinsuflação
 7) Higiene oral, troca de fixação do
TOT/TQT, mobilização do TOT
 8) Controle da pressão do balonete
 9) Monitorização do balanço
hidroeletrolítico e peso corporal
 10) Controle nutricional
Asistência de enfermagem ao
paciente em uso respirador mecânico
 11) Umidificação e aquecimento do gás
inalado
 12) Observação do circuito do
ventilador
 13) Observação dos alarmes do
ventilador
 14) Nível de sedação do paciente e de
bloqueio neuromuscular
 15) Observação do sincronismo entre o
paciente e a máquina
Asistência de enfermagem ao
paciente em uso respirador mecânico
 16) Orientação de exercícios
 17) Preenchimento dos
formulários de controle
 18) Apoio emocional ao
paciente
 19) Controle de infecção
 20) Desmame
Desmame
 Corresponde a retirada gradual suporte
ventilatório até a retomada da
ventilação espontânea.
 Desmame difícil: é considerado nos
pacientes que, apesar de submetidos à
correção dos disturbios funcionais e a
técnicas de ventilação mecânica e
treinamento muscular, não conseguem
se manter em ventilação espontânea e
falham sucessivamente nas tentativas
de desmame.
Modalidade para Desmame
 SIMV
 PSV
 Tubo em “T”
 CPAP
Critério para Iniciar Desmame
 Melhora ou resolução doença base que
determinou o uso ventilação mecânica
 Estabilidade hemodinâmica
 Capacidade de iniciar esforços
respiratórios
 Estabilidade da infecção
 Oxigenação adequada ( PaO2/ FiO2 >
200
Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem
Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem
Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem
Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem
Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem

Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptx
Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptxAula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptx
Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptxAtenobsica16
 
Via aérea dificil
Via aérea dificilVia aérea dificil
Via aérea dificilAnestesiador
 
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...Aroldo Gavioli
 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGENINTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGENarymurilo123
 
Doenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioDoenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioAroldo Gavioli
 
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptx
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptxAssistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptx
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptxFlávia Vaz
 
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisAfecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisMariana Benitez Fini
 
Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areasthaaisvieira
 
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptx
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptxAULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptx
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptxJoaoLucasSilva9
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)cuidadoaoadulto
 
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014italofg
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealclbell
 
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfAula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfGiza Carla Nitz
 

Semelhante a Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem (20)

Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptx
Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptxAula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptx
Aula Sequencia Rápida de Intubação Faculdade Pombal.pptx
 
Via aérea dificil
Via aérea dificilVia aérea dificil
Via aérea dificil
 
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios   enfe...
Abordagem diagnóstica ao paciente crítico com distúrbios respiratórios enfe...
 
Aula PCR.pptx
Aula PCR.pptxAula PCR.pptx
Aula PCR.pptx
 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGENINTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN
 
Doenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioDoenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratório
 
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptx
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptxAssistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptx
Assistencia de enfermagem ao paciente critico respiratório.pptx
 
Cirurgia toracica
Cirurgia toracicaCirurgia toracica
Cirurgia toracica
 
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisAfecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
 
Cuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias AreasCuidado com as Vias Areas
Cuidado com as Vias Areas
 
OXIGENOTERAPIA.pptx
OXIGENOTERAPIA.pptxOXIGENOTERAPIA.pptx
OXIGENOTERAPIA.pptx
 
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptx
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptxAULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptx
AULA 03 - SISTEMA RESPIRATORIO PARTE FINAL - Enfermagem médica.pptx
 
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
Estação Aula Prática (Troca de Curativo do Dreno de Tórax)
 
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
009 intubacao em_sequencia_rapida_na_pediatria_17092014
 
Pcr
PcrPcr
Pcr
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traqueal
 
Oxigeneoterapia
OxigeneoterapiaOxigeneoterapia
Oxigeneoterapia
 
Cti ira aula 2
Cti   ira  aula 2Cti   ira  aula 2
Cti ira aula 2
 
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfAula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
 
Insuficiencia respiratória na infancia
Insuficiencia respiratória na infanciaInsuficiencia respiratória na infancia
Insuficiencia respiratória na infancia
 

Último

dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 

Último (13)

dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 

Fisiologia da Respiração, Insuficiência Respiratória Aguda e Cuidados de Enfermagem

  • 2. Introdução  O fenômeno respiração não compreende apenas os atos de inspiração e expiração.
  • 3. FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO  Fornecimento de oxigênio aos tecidos e remoção do dióxido de carbono.
  • 4. O estudo da Fisiologia da Respiração pode ser dividido em quatro grandes eventos funcionais:  1- a ventilação pulmonar, que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico;  2- a difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;  3- o transporte, no sangue e nos líquidos corporais, do O2 (dos pulmões para as células) e do CO2 (das células para os pulmões);  4- a regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 12. Principais Músculos Ventilatórios  Diafragma  Músculos intercostais externos e internos  Músculo reto abdome  Músculo oblíquo interno  Músculo transverso interno
  • 13.
  • 14.
  • 15. Inspiração  É um movimento ativo, onde músculos respiratórios tem que desenvolver o trabalho necessário para vencer as propriedades elásticas e resistivas do pulmão e parede torácica
  • 16. Diafragma  É o músculo respiratório mais importante  Representa 70% da função muscular global  Na inspiração se move para baixo e se retifica  Em respiração normal esse movimento cerca de 1,0 cm podendo alcançar 10cm na inspiração máxima
  • 17. Intercostais  Intercostais internos exibe atuação durante a inspiração aumentando a caixa torácica e intercostais externos atuam durante exercício físico moderado e severo.
  • 18. Expiração  Movimento passivo.  O ar é expulso quando os componentes elásticos retornam a sua posição de repouso após a inspiração
  • 19.
  • 20.
  • 21. Insuficiência Respiratória Aguda  Este termo é usualmente usado em situações nas quais a eliminação de dióxido de carbono é inadequada ou a pressão arterial de O2 é anormalmente baixa
  • 22. Insuficiência Respiratória Aguda Identificam esta situação  PaO2 inferior a 60mmHg  PaCO2 superior a 50mmHg  FR menor que 12 ou maior que 35
  • 23. Insuficiência Respiratória Aguda  O número pacientes com IRpA é elevado, podendo ser a causa da internação, como também ser instalado no decorrer de outra patologia.
  • 24. Diagnóstico IRpA  Feito na grande maioria pela equipe de enfermagem
  • 25. Manifestações clínicas  SNC: agitação, cefaléia, tremores, alucinações, convulsões  RESPIRAÇÃO: amplitude, freqüência, ritmo, padrão, expiração prolongada, respiração paradoxal  AUSCULTA: roncos, sibilos, estertores, ausência de murmúrio vesicular  APARÊNCIA: sudorese, cianose, uso da musculatura acessória  HEMODINÂMICA: taquicardia, bradicardia, arritmia, hipertensão, hipotensão
  • 26. IRpA  A IRpA, classicamente é classificada em tipo I (hipoxêmica) e tipo II (hipercapnica).
  • 27. Tipo PaO2 PaCO2 Mecanismo Básico I   ou normal Déficit oxigenação II   Déficit ventilação MECANISMO FISIOPATOLÓGICO TIPOS I E II
  • 29. Ventilatória  Neuromuscular: secção medula espinal, intoxicação drogas, hipertensão intracraniana, doenças neuromusculares.  Restritiva: má formação parede torácica, tumores intra abdominais, ascite, tumores mediastino, hérnias diafragmáticas, ocupação espaço pleural, fibrose pulmonar, doenças infecciosas  Obstrutiva: obstrução vias aéreas.
  • 30. Alvéolo- Capilar  Para que os pulmões exerçam sua função respiratória adequadamente, não é só necessário que os alvéolos sejam ventilados e seus capilares perfundidos, mas que a relação entre ventilação e perfusão seja equilibrada, pois do contrário haverá zonas em que se desperdiça perfusão ( efeito shunt ) e outras que se desperdiça ventilação.  Ex. tromboembolismo, atelectasias
  • 31. Cuidados imediatos de enfermagem na IRpA  Desobstrução vias aéreas superiores: limpeza orofaringe, hiper extensão pescoço, uso cânula orofaríngea  Ventilação  Oxigenoterapia
  • 32. Assistência Enfermagem na IRpA  Monitorização eletrocardigráfica contínua  SSVV  Aspiração secreções  Avaliar secreções  Balanço hídrico  Cuidados Respiração mecânica  Cuidados Intubação e traqueostomia
  • 33. Assistência Enfermagem na IRpA  Coleta e encaminhamento materiais para exames  Cuidados especiais com drenagem torácica  Auxílio posicionamento raio X tórax  Dieta conforme prescrição  Medidas conforto e higiene  Observação geral paciente quanto a: sinais hipóxia, má perfusão e ansiedade, manifestações cárdio-circulatória, desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido- básico
  • 34. Assistência Enfermagem na IRpA  Anotações de enfermagem: fundamental importância no acompanhamento diário da evolução clínica do paciente com IRpA, deve abranger todos os sinais e sintomas apresentados, bem como as reações ao tratamento a que está sendo submetido.
  • 35. Estabelecimento Via Aérea Livre  Consiste na necessidade mais imediata de tratamento da IRpA e muitas vezes nos casos mais simples, é a solução para o tratamento.
  • 36. Estabelecimento Via Aérea Livre  Aspiração de secreções  Colocação de cânula oro-faringea  Entubação endotraqueal  Traqueostomia
  • 37. Nos casos de trauma em que pode haver acometimento da coluna cervical, deve-se ficar atento para não se tracionar o pescoço. Nesse caso, para abrir a via aérea deve-se apenas elevar a mandíbula
  • 38. Elevação da mandíbula para abertura das vias aéreas em ou com suspeita de lesão na coluna cervical. pacientes vítimas de trauma Manobra Jaw-Thrust
  • 39.
  • 40. Aspiração de Secreções Material : Aspirador portátil ou vácuo canalizado com vacuômetro Extensão de borracha ou PVC Luva estéril Sonda aspiração Frasco com solução salina ou água estéril para lavar a sonda
  • 41. Técnica  Calçar luva com técnica estéril  Com a mão não dominante segura a extensão  Com a mão dominante conectar a sonda de aspiração  Com a mão não dominante abrir o aspirador  Introduzir a sonda pela traqueostomia ou cânula endotraqueal sem fazer sucção até a carina sem fazer traumatismos
  • 42.  A sonda pode ser guiada pelo brônquio direito ou esquerdo lateralizando a cabeça para o lado oposto  Com movimentos giratórios aspirar retirando a sonda  Cada sucção deve durar cerca de 10 a 12 segundos  Lavar a sonda com água estéril  Repetir o processo até remoção completa das secreções, oxigenando o paciente nos intervalos
  • 43.  Observar presença de cianose, taquipnéia, taquicardia, sudorese e arritmias durante a aspiração  Em caso de hipóxia severa, serão executados poucos movimentos aspiratórios, em curto espaço de tempo.
  • 45. Intubação Endotraqueal  Consiste na colocação de um tubo na traquéia do paciente, através da cavidade oral ou nasal
  • 46. Intubação Traqueal  A utilização de uma via aérea artificial está frequentemente indicada em pacientes com diminuição do nível de consciência, trauma facial, secreção traqueal intensa, falência respiratória e naqueles que necessitam de ventilação mecânica
  • 47. Intubação Traqueal  É um procedimento caracterizado por riscos relacionados ao próprio processo de intubação e sua manutenção ou associados a ventilação mecânica
  • 48. Materiais  Tubos de vários calibres e com cuff  Laringoscópio com lâminas de vários tamanhos  Seringa insuflar cuff  Sistema aspiração montado  Material aspiração  Mandril ou fio guia
  • 49.  Material fixação tubo  Ambú com máscara ligado a fonte de O2  Luvas estéreis  Solução lubrificante ( lidocaína gel )  Estetoscópio  Respirador artificial  Medicações sedativa ACM  Equipamentos de proteção individual
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54. Cabo e lâminas do laringoscópio Pilhas TET com balonete e cuff
  • 55.
  • 56. Conhecimentos Necessários  Utilizar oximetria de pulso durante a intubação para detecção precoce de hipoxemia  Ventilar através de máscara com reservatório de O2 ( ambu ) por 3 a 5 minutos  O procedimento não deve ultrapassar 30 segundos  Manobra de sellick ( pressão cartilagem cricóide) diminui possibilidade de aspiração conteúdo e distensão gástrica
  • 57.  Escolha correta tamanho da cânula  Pode ser realizado via nasal ou oral  Tubo endotaqueal pode ser via administraçaõ medicamentos em situações de emergência  Explicar procedimento a família e ao paciente  Explicar motivo imobilização
  • 58. Preparo do paciente  Pesquisar história de trauma  Colocar SNG em drenagem  Antes intubação providenciar acesso venoso  Posicionamento paciente  Para ventilar hiper extensão e para intubar posição reta
  • 59. Assistência de Enfermagem durante intubação  Explicar o procedimento ao paciente  Testar o cuff  Aspira cavidade oral se necessário  Após colocação tubo proceder aspiração, estando o cuff já insulflado  Auscultar  Fixar o tubo  Observar expansibilidade torácica
  • 60.  Observar ocorrência enfisema subcutâneo  Conectar ao respirador artificial  Avaliar saturação de O2  Observar e registrar o posicionamento do tubo
  • 61.
  • 62.
  • 63. Procedimentos de enfermagem ao paciente intubado  Ausculta pulmonar a cada 4 horas  Manter fixação adequada do tubo  Manter a pressão do cuff em torno de 20 a 25mmHg e monitorar a cada 6 horas  Aspirar SN  Hiperoxigenar durante aspirações  Higiene das narinas e oral a cada 6 horas
  • 64. Resultados esperados  Adequada ventilação artificial  Posicionamento correto e seguro da via aérea artificial  Facilidade remoção secreções  Estabilidade hemodinâmica
  • 65.
  • 66. Extubação endotraqueal  Consiste em remover a via aérea artificial desde que o paciente esteja apto a respirar de forma independente
  • 67.  Explicar procedimento ao paciente  Deixar material emergência preparado  Manter oximetria de pulso  Aspirar cânula, nariz e boca com técnica asséptica  Trocar a luva estéril e a sonda  Retirar a sonda aspirando
  • 68.  Oferecer O2 suplementar  Monitor o paciente em intervalos reduzidos nas primeiras horas  Manter ações minimizar risco de aspiração  Anotações em prontuário  Procedimento realizado por médico, enfermeiro ou fisioterapêuta
  • 69. Traqueostomia  Traqueotomia abertura traqueia  Traqueostomia orifício onde se insere a cânula
  • 70. Traqueostomia  É utilizada para corrigir obstrução importante de vias aéreas e para possibilitar respiração artificial prolongada
  • 71. Materiais  Material pequena cirurgia  Capotes e máscara  Antisséptico  Lâmina bisturi 11  Mononylon 3-0  Seringas  Agulhas  Anestésico local  Categute 2-0
  • 72.  Cânula traqueostomia  Luva estéril  Gaze  Materiais de emergência  Extensor  Coxin hiperestender pescoço
  • 73. Assistência de enfermagem antes  Providenciar materiais  Posicionar paciente  Aspiração secreção
  • 74. Assistência de enfermagem durante  Enfermagem ao lado paciente aspirando secreções e medicando se necessário  Após colocação da cânula fixação, aspiração, insuflação cuff oxigenoterapia conforme prescrição  Curativo local  Paciente em posição confortável  Ver orientações paciente intubado
  • 75.
  • 76.
  • 77. Oxigenoterapia  A IRpA vem, geralmente acompanhada de déficit de O2. A dosagem dos gases arteriais permitirá avaliação de grau de hipóxia para indicação médica de oxigenoterapia. É também indicado nas alterações hemodinâmicas graves, IAM, anemia, pós operatório de grandes cirurgias entre outras.
  • 78. Oxigenoterapia  A dosagem de O2 deve obedecer rigorosamente a indicação médica, sendo os fluxometros ajustados adequadamente à dose prescrita. Altas concentrações de O2 são responsáveis por lesões tóxicas.
  • 79. Métodos de Administração  Catéter nasal: O2 a 100% é oferecido, mas o fluxo irá variar de 0,5 a 5l/min. A FiO2 resultante dependerá da ventilação minuto do paciente, mas a FiO2 máxima não excederá de 0,4 a 0,5.  É um dispositivo de baixo fluxo e baixa concentração de O2  EX:com 2l/m, FiO2=21%+(2x3%)=27%
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83.  Máscara facial de Venturi: fornece O2 a 100% através de um dispositivo de mistura (ar- O2).  Pode ser bem controlada de 0,24 a 0,50%  É um dispositivo de alto fluxo e concentração de O2 controlado.
  • 84.
  • 85.  Máscara Facial de Aerosol: combina concentrações variáveis de O2 e fluxos moderados. Mistura O2 a 100% com ar ambiente para oferecer nível de FiO2 desejada
  • 86.
  • 87.  Máscara facial com reservatório: este tipo máscara incorpora uma bolsa- reservatório no qual o paciente respira. Este reservatório é preenchido com O2 a 100% vindo da fonte de suprimento. É um dispositivo de alto fluxo e alta concentração de O2, portanto permite ao paciente não intubado maximizar o aporte de O2
  • 88.
  • 89.  Unidade de reanimação – AMBU: não é considerado um dispositivo de suplementação de O2, mas faz parte do equipamento de emergência .
  • 90. Umidificação de Secreções  A fluidificação de secreções é usada continuamente, quando o paciente esta em uso de oxigenoterapia
  • 91. Ventilação Artificial Poderá ser feita de dois modos:  Ventilação mecânica  Ventilação manual
  • 92. Ventilação manual  Empregada nos casos em que há necessidade de ventilação por curta duração, como transporte de paciente ou etapa na instalação de respiradores mecânicos. É utilizado a bolsa auto- insuflável.  O AMBU promove insuflação dos pulmões, mantendo uma ventilação artificial com pressão positiva nos casos de apneia.
  • 93.  Pode ser adaptado a cânula endotraqueal, a cânula traqueostomia ou a máscara que é colocado na face do paciente.
  • 94. Ventilação Mecânica  A ventilação mecânica é um método de suporte para o paciente durante uma enfermidade aguda, não constituindo nunca, uma terapia curativa.
  • 95.  O emprego da ventilação mecânica implica riscos próprios, devendo sua indicação ser prudente e criteriosa e sua aplicação cercada por cuidados específicos.
  • 96. Tipos ventilação mecânica  Invasiva  Não invasiva
  • 97.
  • 98.
  • 99.
  • 100. OBJETIVOS CLÍNICOS  Reverter hipercapnia  Reverter a acidose respiratória aguda  Reduzir o desconforto respiratório  Prevenir ou reverter atelectasias  Reverter fadiga dos músculos respiratórios  Permitir sedação, anestesia ou uso de bloqueadores neuromusculares  Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico  Reduzir a pressão intracraniana  Estabilizar a parede torácica
  • 101. Respiradores mecânicos Como métodos essenciais de ventilação mecânica devemos entender todo e qualquer método de suporte ventilatório capaz de prover, com o menor dano e custo possível, a melhor ventilação e oxigenação capazes de suprir a demanda do paciente.
  • 102. Ciclo respiratório na ventilação artificial  Fase 1: disparo ventilador  Fase 2: inspiração  Fase 3: transição da inspiração para expiração (ciclagem do ventilador)  Fase 4: expiração
  • 103.
  • 104.
  • 105. Modos ventilatórios Diferentes tipos de interação entre paciente e ventilador nas fases do ciclo respiratório é que caracterizam os diferentes modos ventilatórios
  • 106. CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA  Ciclados a tempo  Ciclados a pressão  Ciclados a volume  Ciclados a fluxo
  • 107. Ciclados a tempo  A inspiração termina após um tempo inspiratório predeterminado.  A quantidade de gás ofertada e a pressão de vias aéreas vão variar, a cada respiração dependendo das modificações da mecânica pulmonar.
  • 108. Ciclados a pressão  A inspiração cessa quando é alcançada a pressão máxima predeterminada. Os volumes oferecidos variarão de acordo com as mudanças da mecânica pulmonar. A ventilação- minuto não é garantida.
  • 109. Ciclados a volume  A inspiração termina após se completar um volume corrente predeterminado.
  • 110. Ciclados a fluxo  A inspiração termina quando determinado fluxo é alcançado.
  • 111. Ciclos ofertados pelo respirador  Ventilação mecânica controlada O aparelho é o único responsável pela ventilação do paciente e todo o processo acontece automaticamente, independente do estímulo respiratório do paciente. A FR é pré determinada
  • 112.  Ventilação mecânica assistida: a ciclagem do aparelho dependerá única e exclusivamente do esforço inspiratório do paciente, o qual determinará a FR que desejar
  • 113.  Ventilação assisto- controlada: a ciclagem dependerá do esforço inspiratório do paciente, porém com uma FR mínima ajustada no respirador
  • 114. Ciclo espontâneo  O paciente respira normalmente acoplado ao circuito do ventilador, com controle de toda fase inspiratória.
  • 115. Parâmetros ajustados no ventilador  Volume corrente ( VT) volume de ar trocado em cada respiração.  6 a 10ml/Kg de peso corporal
  • 116. Volume minuto  Volume de ar respirado a cada minuto. Resultante do VT e da FR utilizada  Em torno de 5 a 10 l /min
  • 117. Freqüência respiratória FR  Número respirações por minuto. O aumento da FR aumenta o volume minuto com queda na PaCO2  FR= 12 a 16 rpm
  • 118. Relação I:E  Relação entre o tempo inspiratório e o tempo expiratório  Usualmente 1:2 ou 1:3
  • 119. FiO2  É a concentração de O2 ofertado ao paciente  Varia de 0,21 a 1
  • 120. Sensibilidade  Ajuste ventilatório que regula a sensibilidade do aparelho ao esforço respiratório do paciente
  • 121. PEEP  É a pressão expiratória positiva final, mantendo uma pressão intra- alveolar por todo o ciclo respiratório.  O ciclo fisiológico varia de 3 a 5cmH2O
  • 122.
  • 123. Complacência  Complacência é o grau de expansão que os pulmões experimentam para cada unidade de aumento de pressão transpulmonar ou seja é a medida da elasticidade pulmonar e da caixa torácica
  • 124. Resistência  É a resistência oferecida pelas vias aéreas a entrada do ar. Está relacionada com o calibre das vias aéreas e com o fluxo de ar
  • 125. Volume residual  É o volume de ar que permanece nos pulmões mesmo após uma expiração forçada
  • 126. Shunt pulmonar  É a passagem sangue por alvéolos não ventilados
  • 127. Espaço morto fisiológico  Somatória do ar que permanece nas vias aéreas, traquéia e nos brônquios
  • 129. Ventilação Controlada  PCV e VCV  Nesta modalidade todos os movimentos respiratórios são gerados pelo aparelho e o paciente não é capaz de iniciar respirações adicionais, assim programa-se a FR e a sensibilidade do aparelho não interfere em sua ciclagem
  • 130.
  • 131. Ventilação assisto controlada  Permite um mecanismo misto de disparo, o ciclo do aparelho dependerá do esforço respiratório do paciente, porem com uma FR pré ajustada, caso o paciente apresente apnéia.  A sensibilidade tem que estar ligada  Pode ser usada em VCV e PCV
  • 132.
  • 133. Ventilação mandatória intermitente sincronizada SIMV  Esta modalidade permite ventilações controladas ou assisto controladas com respirações espontâneas entre os ciclos
  • 134. CPAP (PRESSÃO CONTÍNUA VIAS AÉREAS )  É a modalidade respiratória em que o paciente respira espontaneamente através do circuito do ventilador, com uma pressão positiva constante na inspiração e na expiração. A CPAP pode ser oferecida em pacientes intubados (ventilação invasiva) ou através de máscaras (ventilação não-invasiva
  • 135. PSV – Ventilação suporte de pressão  A ventilação com pressão de suporte é uma modalidade ventilatória parcial que auxilia os ciclos espontâneos do paciente por meio de uma pressão positiva pré- determinada e constante durante a inspiração.
  • 136.
  • 137. Complicações ventilação mecânica  Alcalose respiratória aguda – É uma das ocorrências mais comuns. Pode prejudicar a perfusão cerebral, predispor à arritmia cardíaca, além de ser razão freqüente para insucesso do desmame.
  • 138. Complicações ventilação mecânica  Elevação da pressão intracraniana – A ventilação com pressão positiva na presença de pressão intracraniana (PIC) elevada pode prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral, principalmente quando se utilizam altos níveis de PEEP, devido à diminuição do retorno venoso do território cerebral e o conseqüente aumento da PIC
  • 139. Complicações ventilação mecânica  Meteorismo (distensão gástrica maciça) – Pacientes sob ventilação mecânica, principalmente aqueles com baixacomplacência pulmão-tórax, podem desenvolver distensão gasosa gástrica e/ou intestinal. Isto presumivelmente ocorre quando o vazamento do gás ao redor do tubo endotraqueal ultrapassa a resistência do esfíncter esofágicoinferior. Este problema pode ser resolvido ou aliviado pela introdução de uma sonda nasogástrica, ou ajustando-se a pressão do balonete.
  • 140. Complicações ventilação mecânica  Pneumonia – O desenvolvimento da pneumonia associada à ventilação mecânica requer uma fonte de microorganismos infectantes.
  • 141. Complicações ventilação mecânica  Atelectasia – As causas de atelectasia relacionadas à ventilação mecânica estão associadas à intubação seletiva, presença de rolhas de secreção no tubo traqueal ou nas vias aéreas e hipoventilação alveolar.
  • 142. Complicações ventilação mecânica  Barotrauma – As situações como pneumotórax, pneumomediastino e enfisema subcutâneo traduzem a situação de ar extra-alveolar.
  • 143. Complicações ventilação mecânica  Fístula broncopleural – O escape broncopleural persistente de ar, ou fístula broncopleural (FBP), durante a ventilação mecânica, pode ser conseqüente à ruptura alveolar espontânea ou à laceração direta da pleura visceral.
  • 144. Complicações ventilação mecânica  Extubação acidental – Além da má fixação do tubo, outros fatores que levam à extubação acidental são os quadros de agitação psicomotora e as mudanças de decúbito.Verifica- se que os pacientes com intubação orotraqueal são os mais propensos à extubação acidental.
  • 145. Complicações ventilação mecânica  Lesões de pele e/ou lábios – Estas ulcerações ocorrem devido ao modo de fixação do tubo, ao tipo de material utilizado (esparadrapos) e a falta de mobilização da cânula em intervalos de tempos regulares.
  • 146. Complicações ventilação mecânica  Lesões traqueais – Estas lesões podem ser provocadas por fatores como a alta pressão do cuff ou como o tracionamento dos TOT ou TQT. Pressões elevadas do balonete levam desde à diminuição de atividade do epitélio ciliado, isquemia, necrose até a fístulas traqueais.
  • 147. Asistência de enfermagem ao paciente em uso respirador mecânico  1) Vigilância constante  2) Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular  3) Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório  4) Observação dos sinais neurológicos  5) Aspiração de secreções pulmonares
  • 148. Assistência de enfermagem ao paciente em uso respirador mecânico  6) Observação dos sinais de hiperinsuflação  7) Higiene oral, troca de fixação do TOT/TQT, mobilização do TOT  8) Controle da pressão do balonete  9) Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso corporal  10) Controle nutricional
  • 149. Asistência de enfermagem ao paciente em uso respirador mecânico  11) Umidificação e aquecimento do gás inalado  12) Observação do circuito do ventilador  13) Observação dos alarmes do ventilador  14) Nível de sedação do paciente e de bloqueio neuromuscular  15) Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina
  • 150. Asistência de enfermagem ao paciente em uso respirador mecânico  16) Orientação de exercícios  17) Preenchimento dos formulários de controle  18) Apoio emocional ao paciente  19) Controle de infecção  20) Desmame
  • 151.
  • 152.
  • 153. Desmame  Corresponde a retirada gradual suporte ventilatório até a retomada da ventilação espontânea.  Desmame difícil: é considerado nos pacientes que, apesar de submetidos à correção dos disturbios funcionais e a técnicas de ventilação mecânica e treinamento muscular, não conseguem se manter em ventilação espontânea e falham sucessivamente nas tentativas de desmame.
  • 154. Modalidade para Desmame  SIMV  PSV  Tubo em “T”  CPAP
  • 155. Critério para Iniciar Desmame  Melhora ou resolução doença base que determinou o uso ventilação mecânica  Estabilidade hemodinâmica  Capacidade de iniciar esforços respiratórios  Estabilidade da infecção  Oxigenação adequada ( PaO2/ FiO2 > 200