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Unidade Manual de
Respiração Artificial -
AMBU
Profª Daniella Guedes Manciolli
Definição
AMBU-Artificial Manual Breathing Unit
Unidade Manual de Respiração Artificial ou
resuscitator manual.
A ventilação com ambu (bolsa-válvula-máscara) -
método padrão para fornecer rapidamente
ventilação de resgate a pacientes com apneia ou
insuficiência ventilatória grave.
 Parte central-
-Bolsa- 1 litro (1000 ml) de capacidade;
 Parte anterior-
-Máscara- boa vedação, com desencaixe;
-Válvula de segurança (ela se abre, para escape de ar, quando excede a
pressão dentro do pulmão, geralmente adulto- 60 cmh2O e criança- 40
cmh2O), importante estar sempre aberta;
- Válvula de peep unidirecional (bico de pato) tanto para inspiração quanto
para expiração;
 Parte posterior-
-Bolsa reservatória acoplada na válvula de reservatório;
-Válvula de entrada- para o oxigênio;
-Válvulas unidirecionais- para a entrada do ar (o ar entra mais não sai);
Composição da bolsa-válvula-máscara
• Tipos de Fluxo:
 Lento (linear)
 Rápido (turbilhionar)
• Tamanhos:
 Adulto
 Infantil
 neo
A correta ventilação com o Ambu requer competência
técnica e depende de elementos como :
Via respiratória pérvia;
Vedação adequada da máscara;
Técnica de ventilação apropriada;
Válvula PEEP se necessário para melhorar a oxigenação;
Manter a orofaringe livre de obstruções físicas (p. ex., secreções, vômitos e/ou
corpos estranhos);
Posicionamento do paciente e manobras manuais adequadas para posicionar a
língua e os tecidos moles das vias respiratórias altas de modo a não obstruí-las;
Adjuvantes das vias respiratórias, como as cânulas nasofaríngea ou orofaríngea,
para facilitar a troca gasosa eficaz.
Indicações
Ventilação de emergência para apneia, insuficiência respiratória ou parada
respiratória iminente.
Pré-ventilação e/ou oxigenação, ou ventilação provisória e/ou oxigenação,
durante as tentativas de obter e manter vias respiratórias artificiais definitivas
(p. ex., entubação endotraqueal).
Contraindicações
• Não há contraindicação médica ao suporte ventilatório do paciente;
Complicações: Se a ventilação com ambu for usada durante um
período prolongado ou se for feita incorretamente, pode-se introduzir
ar no estômago- gerar uma distensão gástrica.
Descrição da técnica
Posição olfativa (sniffing) — somente na ausência de lesão da coluna cervical;
paciente em supinação na maca;
Posicionar-se na cabeceira ou lateral da maca;
Colocar a máscara no nariz e boca do paciente, realizando adequada vedação;
A posição tradicional das mãos é a preensão "C-E", posicionando os dedos médios, anulares e
mínimos (o "E") sob a mandíbula e puxando a mandíbula para cima, enquanto os polegares e os
indicadores criam um "C" pressionando a máscara;
Certificar-se de aplicar elevação apenas nas partes ósseas da mandíbula, porque a pressão nos
tecidos moles do pescoço ou embaixo do queixo pode obstruir as vias respiratórias.
Para cada inspiração, comprimir o ambu de maneira firme e suave a fim de prover um
volume corrente de 6 a 7 mL/kg (ou cerca de 500 mL para um adulto de tamanho médio)
por 1 segundo e então soltar a bolsa para permitir que ela infle novamente.
Ao usar um ambu de 1.000 mL, comprimir apenas até a metade para obter o volume
corrente correto;
Em caso de parada cardíaca, não exceder 8 a 10 inspirações por minuto (uma respiração
completa a cada 6 a 7,5 segundos);
Observar se há elevação adequada do tórax durante a ventilação.
Descrição da técnica
Técnica de bag Squeezing
Manobra de Higiene brônquica- utilizar o fluxo para descolar e deslocar
secreção.
Quando precisa-se deslocar uma secreção mais profunda, mais aderida a parede
pulmonar, de difícil expectoração pelo paciente e de difícil aspiração, como
tampão mucoso ou rolha de secreção.
Indicado para pacientes traqueostomizados com dificuldade de tossir.
Posição do paciente com cabeceira elevada, 45-60 graus;
Testar o ambu e conectá-lo a rede de oxigênio, 15 litros por minuto;
Ideal que seja realizada por 2 fisioterapeutas;
Separar o material de aspiração;
Desconectar o paciente do ventilador e conectá-lo ao ambu (caso seja na UTI, porém
essa técnica de descolamento e direcionamento de rolhas pode ser realizada pelo
ventilador mecânico ajustando parâmetros, sendo mais segura e efetiva);
Insuflação lenta e pausa de 2 a 3 segundos e desinsuflação bruscamente (para
simulação da tosse);
Quando o fisioterapeuta 1 desinsuflar o ambu, o fisioterapeuta 2 irá ao mesmo tempo
fazer uma compressão torácica rápida;
Pode-se repetir 5 a 6 ciclos;
Ao deslocar a secreção para as áreas mais centrais, realizar a aspiração;
Descrição da técnica:
Pneumotórax não drenado (pode acontecer a fístula broncopleural);
Bolhas no dreno de tórax (pneumotórax não drenado);
Enfisema subcutâneo (bolhas de ar ou ar embaixo da pele na região de pescoço
e tórax)- característico de pneumotórax;
Broncoespasmo;
Instabilidade hemodinâmica mais hipotensão arterial;
Hipertensão intracraniana;
Plaquetas baixas;
Fratura de costelas, osteoporose;
Instabilidade da caixa torácica (traumas ou pós-traumas);
Peep elevada no ventilador;
Contraindicações:
Recrutamento alveolar- pressão positiva que atua em brônquios
colaterais promovendo expansão de áreas com atelectasias.
Pacientes ventilando em ar ambiente.
Insuflações consecutivas, de forma que o ar seja “empilhado” (não
deve haver expirações entre as insuflações).
O fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inspiração a cada
insuflação com o AMBU e esse volume de ar se mantém por meio
do fechamento da glote.
As insuflações são repetidas até que os pulmões estejam
completamente expandidos, atingindo-se a capacidade de
insuflação máxima (CIM).
A expiração é passiva ou o paciente pode realizar uma tosse
utilizando altos volumes de ar armazenados nos pulmões com a
técnica.
Técnica de Empilhamento Aéreo - AIR STACKING
 Posicionar o paciente preferencialmente em sedestação ou na posição supina;
 Orientar para que incialmente o paciente realize uma inspiração profunda;
 Posicionar a interface;
 Solicitar que o paciente realize a inspiração ao mesmo tempo de cada insuflação, repetidas vezes
mantendo o volume de ar com a glote fechada;
 São realizadas 3 ou mais insuflações até atingir a capacidade de insuflação máxima.
 Estar atento a expansibilidade do tórax na técnica, para identificar se o paciente está expirando de maneira
inadequada durante a técnica, observar se não há escape de ar;
 Deve ser realizado diariamente, 3 vezes ao dia, até atingir 10 manobras de insuflação máxima por sessão,
de acordo com a capacidade de cada paciente;
 Realizar a manobra pelo menos 1 hora após as refeições;
 Não deve ocorrer tontura, o que pode sugerir hiperventilação ou desconforto. Se ocorrerem esses
sintomas, a manobra deve ser interrompida e reiniciada;
 Paciente com força de MMSS preservada ou mínima para promover insuflações com o ressuscitador
manual podem realizar a técnica de forma independente, se possível com o uso do bocal.
Descrição da técnica:
Referências:
• SARMENTO, George Jerre Vieira. FISIOTERAPIA
RESPIRATORIA DE A A Z. 1ªED. MANOLE, 2016.

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Aula sobre ressuscitador artificial manual

  • 1. Unidade Manual de Respiração Artificial - AMBU Profª Daniella Guedes Manciolli
  • 2. Definição AMBU-Artificial Manual Breathing Unit Unidade Manual de Respiração Artificial ou resuscitator manual. A ventilação com ambu (bolsa-válvula-máscara) - método padrão para fornecer rapidamente ventilação de resgate a pacientes com apneia ou insuficiência ventilatória grave.
  • 3.  Parte central- -Bolsa- 1 litro (1000 ml) de capacidade;  Parte anterior- -Máscara- boa vedação, com desencaixe; -Válvula de segurança (ela se abre, para escape de ar, quando excede a pressão dentro do pulmão, geralmente adulto- 60 cmh2O e criança- 40 cmh2O), importante estar sempre aberta; - Válvula de peep unidirecional (bico de pato) tanto para inspiração quanto para expiração;  Parte posterior- -Bolsa reservatória acoplada na válvula de reservatório; -Válvula de entrada- para o oxigênio; -Válvulas unidirecionais- para a entrada do ar (o ar entra mais não sai); Composição da bolsa-válvula-máscara
  • 4. • Tipos de Fluxo:  Lento (linear)  Rápido (turbilhionar) • Tamanhos:  Adulto  Infantil  neo
  • 5. A correta ventilação com o Ambu requer competência técnica e depende de elementos como : Via respiratória pérvia; Vedação adequada da máscara; Técnica de ventilação apropriada; Válvula PEEP se necessário para melhorar a oxigenação; Manter a orofaringe livre de obstruções físicas (p. ex., secreções, vômitos e/ou corpos estranhos); Posicionamento do paciente e manobras manuais adequadas para posicionar a língua e os tecidos moles das vias respiratórias altas de modo a não obstruí-las; Adjuvantes das vias respiratórias, como as cânulas nasofaríngea ou orofaríngea, para facilitar a troca gasosa eficaz.
  • 6. Indicações Ventilação de emergência para apneia, insuficiência respiratória ou parada respiratória iminente. Pré-ventilação e/ou oxigenação, ou ventilação provisória e/ou oxigenação, durante as tentativas de obter e manter vias respiratórias artificiais definitivas (p. ex., entubação endotraqueal).
  • 7. Contraindicações • Não há contraindicação médica ao suporte ventilatório do paciente; Complicações: Se a ventilação com ambu for usada durante um período prolongado ou se for feita incorretamente, pode-se introduzir ar no estômago- gerar uma distensão gástrica.
  • 8. Descrição da técnica Posição olfativa (sniffing) — somente na ausência de lesão da coluna cervical; paciente em supinação na maca; Posicionar-se na cabeceira ou lateral da maca; Colocar a máscara no nariz e boca do paciente, realizando adequada vedação; A posição tradicional das mãos é a preensão "C-E", posicionando os dedos médios, anulares e mínimos (o "E") sob a mandíbula e puxando a mandíbula para cima, enquanto os polegares e os indicadores criam um "C" pressionando a máscara; Certificar-se de aplicar elevação apenas nas partes ósseas da mandíbula, porque a pressão nos tecidos moles do pescoço ou embaixo do queixo pode obstruir as vias respiratórias.
  • 9. Para cada inspiração, comprimir o ambu de maneira firme e suave a fim de prover um volume corrente de 6 a 7 mL/kg (ou cerca de 500 mL para um adulto de tamanho médio) por 1 segundo e então soltar a bolsa para permitir que ela infle novamente. Ao usar um ambu de 1.000 mL, comprimir apenas até a metade para obter o volume corrente correto; Em caso de parada cardíaca, não exceder 8 a 10 inspirações por minuto (uma respiração completa a cada 6 a 7,5 segundos); Observar se há elevação adequada do tórax durante a ventilação. Descrição da técnica
  • 10. Técnica de bag Squeezing Manobra de Higiene brônquica- utilizar o fluxo para descolar e deslocar secreção. Quando precisa-se deslocar uma secreção mais profunda, mais aderida a parede pulmonar, de difícil expectoração pelo paciente e de difícil aspiração, como tampão mucoso ou rolha de secreção. Indicado para pacientes traqueostomizados com dificuldade de tossir.
  • 11. Posição do paciente com cabeceira elevada, 45-60 graus; Testar o ambu e conectá-lo a rede de oxigênio, 15 litros por minuto; Ideal que seja realizada por 2 fisioterapeutas; Separar o material de aspiração; Desconectar o paciente do ventilador e conectá-lo ao ambu (caso seja na UTI, porém essa técnica de descolamento e direcionamento de rolhas pode ser realizada pelo ventilador mecânico ajustando parâmetros, sendo mais segura e efetiva); Insuflação lenta e pausa de 2 a 3 segundos e desinsuflação bruscamente (para simulação da tosse); Quando o fisioterapeuta 1 desinsuflar o ambu, o fisioterapeuta 2 irá ao mesmo tempo fazer uma compressão torácica rápida; Pode-se repetir 5 a 6 ciclos; Ao deslocar a secreção para as áreas mais centrais, realizar a aspiração; Descrição da técnica:
  • 12. Pneumotórax não drenado (pode acontecer a fístula broncopleural); Bolhas no dreno de tórax (pneumotórax não drenado); Enfisema subcutâneo (bolhas de ar ou ar embaixo da pele na região de pescoço e tórax)- característico de pneumotórax; Broncoespasmo; Instabilidade hemodinâmica mais hipotensão arterial; Hipertensão intracraniana; Plaquetas baixas; Fratura de costelas, osteoporose; Instabilidade da caixa torácica (traumas ou pós-traumas); Peep elevada no ventilador; Contraindicações:
  • 13. Recrutamento alveolar- pressão positiva que atua em brônquios colaterais promovendo expansão de áreas com atelectasias. Pacientes ventilando em ar ambiente. Insuflações consecutivas, de forma que o ar seja “empilhado” (não deve haver expirações entre as insuflações). O fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inspiração a cada insuflação com o AMBU e esse volume de ar se mantém por meio do fechamento da glote. As insuflações são repetidas até que os pulmões estejam completamente expandidos, atingindo-se a capacidade de insuflação máxima (CIM). A expiração é passiva ou o paciente pode realizar uma tosse utilizando altos volumes de ar armazenados nos pulmões com a técnica. Técnica de Empilhamento Aéreo - AIR STACKING
  • 14.
  • 15.  Posicionar o paciente preferencialmente em sedestação ou na posição supina;  Orientar para que incialmente o paciente realize uma inspiração profunda;  Posicionar a interface;  Solicitar que o paciente realize a inspiração ao mesmo tempo de cada insuflação, repetidas vezes mantendo o volume de ar com a glote fechada;  São realizadas 3 ou mais insuflações até atingir a capacidade de insuflação máxima.  Estar atento a expansibilidade do tórax na técnica, para identificar se o paciente está expirando de maneira inadequada durante a técnica, observar se não há escape de ar;  Deve ser realizado diariamente, 3 vezes ao dia, até atingir 10 manobras de insuflação máxima por sessão, de acordo com a capacidade de cada paciente;  Realizar a manobra pelo menos 1 hora após as refeições;  Não deve ocorrer tontura, o que pode sugerir hiperventilação ou desconforto. Se ocorrerem esses sintomas, a manobra deve ser interrompida e reiniciada;  Paciente com força de MMSS preservada ou mínima para promover insuflações com o ressuscitador manual podem realizar a técnica de forma independente, se possível com o uso do bocal. Descrição da técnica:
  • 16. Referências: • SARMENTO, George Jerre Vieira. FISIOTERAPIA RESPIRATORIA DE A A Z. 1ªED. MANOLE, 2016.