2. Sonda Vesical ou Cateter vesical .
• CONCEITO:
o É a introdução de um cateter (sonda) vesical estéril
pelo meato urinário até chegar a bexiga para a
drenagem da urina. Deve-se utilizar técnica asséptica
no procedimento afim de evitar uma infecção urinaria
no paciente.
3. Tipos de Sondas ou Cateter Vesical
Variam de modelos e materiais, de acordo com o tipo
de sondagem, se de alivio ou de demora.
De Alívio: não permanecera muito tempo no cliente, usado para
colher amostra estéril de urina ou para esvaziar a bexiga em
retenção urinaria. (as mais usadas são as sondas de Nelaton)
Esse tipo de sonda pode ser repetido quando necessário, porém,
o uso repetido aumento os riscos de trauma e infecção.
Numeração de 8-12 Fr.
4. ➢ De Demora: usada quando o cateter deve permanecer por
mais tempo para a drenagem continua. (mais usado o cateter
de Folley de 2 e 3 vias)
➢ O tempo de permanência e de no máximo 15 dias.
➢ Numeração de 14-16 Fr em mulheres
➢ 16-20 Fr em homens.
5. FINALIDADES DAS SONDAS
Esvaziar a bexiga em caso de retenção urinaria.
Colher amostras estéreis de urina asséptica para exames.
Observar os aspectos da urina em paciente traumatizado.
Permitir uma avaliação continua e apurada da diurese.
Fornecer uma via para irrigação da bexiga.
Realizar o controle indireto da função hemodinâmica e promover a
drenagem de paciente com incontinência urinária;
Preparo pré-parto, pré-operatório e exames pélvicos (quando indicados);
Esvaziar a bexiga para procedimentos cirúrgicos ou operatórios.
6. MATERIAIS
Bandeja;
Sonda uretral (homens e mulher: no 10 a 14) de alívio ou de
demora;
Luvas estéreis;
Frasco com soro (para insuflar o balão da sonda);
Xilocaína (lubrificante)
Gaze;
Agulha de aspiro 40X12
2 seringas de 20ml
Frasco com povidine tópico;
Pacote de cateterismo (cuba-rim, cuba redonda, gaze e pinça);
Esparadrapo ou micropore.
Extensão de sonda mais saco coletor
Acessório quando houver necessidade (comadre, biombo)
7. PROCEDIMENTO
1. Orientar o (a) paciente quanto ao procedimento a ser realizado (paciente se sentira mais
seguro (a) se o procedimento for explicado)
2. Preparar todo material a ser utilizado
3. Proporcionar ambiente privativo
4. Promover a lavagem externa da região perineal com sabão antisséptico e enxaguar (para
retirar completamente o excesso do sabão)
5. Colocar a paciente em posição ginecológica(mulheres) e Decúbito Dorsal(homens).
6. Abrir o pacote da sonda indicada e colocar junto a cuba rim, sem contaminar.
7. Observar se há boa iluminação(para facilitar o acesso ao meato urinário)
8. Lavar as mãos e calçar luvas estéreis. (buscando reduzir a possibilidade de infecção)
9. Posicionar o paciente. A posição ginecológica para o sexo feminino e decúbito dorsal com as
pernas juntas, para o sexo masculino
10. Calçar as luvas
11. Posicionar o material adequadamente e lubrificara ponta da sonda com a mão enluvada
12. Fazer a antissepsia com a pinça montada da seguinte forma:
8. • Para o sexo feminino:
• 1- Separar os pequenos lábios, de modo que o
meato uretral seja visualizado.
• 2- Limpar ao redor do meato uretral com um
preparado iodado:
• - Manipular as gazes para a limpeza com uma
pinça
• - Utilizar a gaze uma única vez
• - Se o paciente for sensível ao iodo utiliza-se
outro agente antisséptico sem iodo.
• 4- Introduzir a sonda lubrificada , através do
meato uretral, usando técnicas assépticas, até
a saída de urina.
• - Certificar-se se a sonda não é muito
grossa para o meato uretral.
• - Manter-se a extremidade externa da
sonda dentro da cuba rim estéril.
9. Para o sexo masculino:
1- Afastar com o polegar e o indicador da mão esquerdao prepúcioque
cobre a glande de modo que o meato uretral seja visualizado.
2- Limpar ao redor do meato uretral com um preparado iodado:
- Manipular as gazes para a limpezacom umapinça
- Utilizar a gaze uma únicavez
- Se o pacientefor sensível ao iodo utiliza-seoutro agente antisséptico sem
iodo.
3- Introduzir a sonda lubrificada, através do meato uretral, usando técnicas
assépticas, até a saída de urina.
- Certificar-se se a sonda não é muitogrossa para o meato uretral.
- Manter-sea extremidadeexternada sonda dentro da cuba rim estéril.
10. 13. Inflar o balão de acordo com as instruções do fabricante.
14. Mobilizar a sonda suavemente e conecta-la ao sistema de
drenagem, verificar a saída da urina.
15. Deixar o coletor abaixo do nível da sonda.
16. Fixar a sonda da face interna da coxa. Não traciona-la.
17, Deixar o paciente confortável
18. Recolher e desprezar o material, manter a unidade organizada.
19. Lavar as mãos.
20. Anotar no prontuário o procedimento, o volume e aspecto
urinário.
Sonda já fixada na uretra, presa de modo
que o paciente se mova com facilidade,
no leito, sem correr o risco de mover a
sonda.
11. RETIRADA DA SONDA
➢ Materiais:
➢ Luvas de procedimento;
➢ Gaze
➢ Seringas;
➢ Benzina ou éter;
➢ Técnica:
➢ 1. Somente realizada sob prescrição médica;
➢ 2. Cumprimente e explique o procedimento ao
paciente;
➢ 3. Calçar luvas de procedimento;
➢ 4. Limpar a região com solução antisséptica
➢ 5. Adaptar a seringa na válvula da sonda e esvaziar
o balão;
➢ 6. Envolver a sonda com gaze e puxá-la;
➢ 7. Desprezar a sonda no lixo;
➢ 8. Retirar as luvas
➢ 9. Observar sinais de infecção e de desconforto ao
urinar
➢ 10. Registrar em prontuário
12. COMPLICAÇÕES
• Infecção Urinária: mais comum causada principalmente pelo uso
incorreto da técnica asséptica.
• Hemorragia: pode ser causada pela utilização de uma sonda de calibre
inadequado ao tamanho da uretra, passagem incorreta, existência de
patologia previa.
• Formação de cálculos na Bexiga: devido a, longa permanência da
sonda
• Bexiga Neurogênica: nos pacientes com permanência prolongada da
sonda.
• Trauma Tissular: devido a aplicação de força durante a passagem,
utilização de sonda muito calibrosa.
13. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• O profissional de enfermagem deve transmitir atitudes calmas ao cliente.
• Proporcionar privacidade.
• Evitar a introdução de microrganismos no meato uretral
• Limpar ao redor da junção meato sonda, pelo menos duas vezes por dia, com um sabão
antisséptico.
• Ensinar o paciente a limpar ao redor da sonda
• Ao colher urina para cultura
•Utilizar técnica preconizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de sua
unidade ou segundo norma do Ministério da Saúde.
•Não se deve permitir ao acumulo de urina no tubo, para evitar infecção.
•A bolsa é esvaziada a intervalos de 06 a 12 horas
• Nunca tracionar a sonda, ela pode sair de posição dentro da bexiga trazendo risco de
lesionar a uretra e ocorrer extra vazamento da urina pela uretra, podendo ocorrer
complicações no tratamento.
14. ➢ Alternar o lado de fixação da bolsa coletora para evitar lesão no meato
urinário (entrada da uretra) e a pele onde a sonda se apoia. Deve-se
alternar a posição da bolsa no momento da higienização, procurando
não exceder 6h à 8h contínuas para cada lado.
➢ Não deixar a bolsa coletora da sondagem vesical de demora em
contato direto com o piso/chão. Isso proporciona alto risco de
contaminação podendo desencadear infecção do trato urinário.
➢ Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha média da cintura do
paciente.
➢ NUNCA promover o refluxo da urina, depositada no trajeto do extensor
que liga a bolsa coletora a sonda, pois seu retorno para o interior da
bexiga pode causar infecção do trato urinário.
➢ Na drenagem da bolsa observar sempre o aspecto (cor, viscosidade e
cheiro) e o volume da urina depositada/excretada.