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Mastite colibacilar
Demetrio Herrera
Veterinário especialista em qualidade do leite




1. Introdução                                        2. Patogenia

A    pesar dos esforços de produtores e
     técnicos para melhorar a saúde do úbere dos
rebanhos, a mastite colibacilar continua a ser
                                                     Escherichia coli assim como a maioria das
                                                     bactérias Gram-negativas, tem na sua membrana
                                                     externa uma macromolécula característica e
                                                                                                       apetite, febre, prostração, choque e em alguns
                                                                                                       casos morte do animal. Dependendo do estado
                                                                                                       imunitário da vaca, a apresentação pode não ser
um problema importante em muitas fazendas.           essencial denominada lipopolissacárido (LPS).     tanto aguda. A infecção crónica com episódios
Em fazendas onde as mastites de origem               Este LPS é o principal fator de patogenicidade    clínicos recorrentes também pode ocorrer,
contagiosa estão praticamente erradicadas e          da bactéria, o desencadeante do típico quadro     mas é menos frequente.
com baixas contagens celulares de tanque, entre      de mastite hiperaguda por coliformes. A injeção   A capacidade do sistema imunitário da vaca é
20 e 40% dos episódios de mastites clínicas          intramamária experimental de LPS em animais       chave para limitar a rápida proliferação de E. coli
são provocados por coliformes. Escherichia coli,     sãos provoca a mesma sintomatologia e é dose      no úbere e reduzir a ação tóxica do LPS.
Klebsiella spp. e em menor grau Enterobacter spp.    dependente, provocando a morte do animal a        Os neutrófilos são os principais atores na
são os coliformes mais frequentemente isolados       doses altas.                                      luta contra as infecções intramamárias.
de episódios clínicos deste tipo. A apresentação     A bactéria penetra unicamente via canal do        Encarregam-se de sequestrar, matar e
do quadro clínico e os seus custos derivados         teto, multiplica-se rapidamente na cisterna do    eliminar o patógeno, ajudados por anticorpos
(leite retirado, custo do tratamento, reposição      úbere, e no processo de multiplicação e lise,     opsonizantes, principalmente IgG 2 e citocinas
por morte ou sacrifício do animal, etc.) é muito     a toxicidade e a potente capacidade indutora      pró-inflamatórias, as quais são responsáveis
variável e depende primordialmente de fatores        de citocinas inflamatórias do LPS provoca na       pelo influxo massivo de neutrófilos desde os
ligados à vaca, mais do que à patogenicidade da      vaca uma sintomatologia geralmente aguda,         capilares sanguíneos do úbere até à cisterna. A
estirpe implicada. No presente artigo discutiremos   que cursa com uma perda quase total da            rápida mobilização dos neutrófilos até ao úbere
os fatores predisponentes e as medidas de            produção láctea, uma inflamação aguda do           é fundamental para reduzir os efeitos do quadro
prevenção para lutar contra esta patologia.          quarto afetado e frequentemente perda de          clínico.
2
2 Mastite colibacilar                                                                                                              Biblioteca

Demetrio Herrera




3. Fatores predisponentes




nº
  A maioria das infecções intramamárias por
coliformes dão-se nas duas primeiras semanas
do período seco e sobretudo no periparto. Além
disso, praticamente metade das mastites clínicas
que ocorrem dentro dos primeiros 100 dias em
lactação, têm origem na secagem e periparto. A
apresentação aguda ou hiperaguda da mastite
colibacilar não é exclusiva do pós-parto, (apesar
de se apresentar neste período numa elevada
percentagem). As infecções intramamárias por
coliformes na lactação avançada provocam casos
leves ou moderados que o próprio sistema imune
das vacas é capaz de resolver e frequentemente
passam despercebidos.




 O início do período seco é uma fase de risco       O periparto é também uma fase de risco, o sistema imunitário vê-se comprometido por vários
 devido principalmente a:                           factores:
 • Aumento da pressão no interior do úbere que      • O parto em si é estressante para a vaca. Os
 às vezes provoca perdas de leite e também do       níveis plasmáticos de cortisol experimentam um
 antibiótico das seringas de secagem, deixando      forte incremento fisiológico necessário para o
 o esfíncter aberto, por onde podem penetrar        desencadeamento do parto e a colostrogénese.          • Outros:
 bactérias.                                         O cortisol inibe a resposta inflamatória e             * Perdas de leite fruto do aumento da
                                                    influi negativamente na funcionalidade dos             pressão intramamária no final do período seco.
 • Proliferação bacteriana na pele do teto,         neutrófilos.                                           O esfíncter está aberto para a entrada dos
 fruto da paragem da ordenha e da prática de
 pré e pós-dipping.                                                                                       patógenos.

 • Atraso na formação do tampão de queratina.
                                                    • Balanço Energético Negativo (BEN). Há
                                                    uma infinidade de estudos que relacionam o
                                                                                                          * A maioria de formulações antibióticas das
                                                                                                          cânulas de secagem não cobrem a fase final
 Há vacas que tardam dias, algumas mesmo            BEN com patologias pós-parto. O aumento das
 semanas a selar o teto.                                                                                  da secagem, especialmente em secagens
                                                    necessidades energéticas no pós-parto unido a
                                                                                                          standard de 60 dias. Além disso, a maioria dos
 • Uma higiene deficiente ao aplicar as cânulas      uma capacidade de ingesta reduzida, provoca a
                                                    mobilização de reservas de gordura, que depois        produtos que existem no mercado apresentam
 intramamárias de secagem pode provocar
                                                    da sua metabolização no fígado podem provocar         uma atividade limitada frente aos Gram
 infecções intramamárias.
                                                    cetose. Os corpos cetónicos infuem negativamente      negativos.
                                                    na capacidade de migração e recrutamento de           * Ordenha pós-parto frequentemente difícil
                                                    neutrófilos até ao úbere, a fagocitose e também        pelo edema do úbere que provoca entradas
                                                    a capacidade de oxidação e destruição por parte       de ar durante a ordenha, facilitando a entrada
                                                    dos neutrófilos.                                       de patógenos para a cisterna

                                                    • Stress. Fatores estressantes como o calor, stress
                                                    metabólico, concorrência, transporte, etc. induzem
                                                    a secreção de cortisol e provoca imunossupressão.
                                                    No pós-parto, o stress é um círculo vicioso. Vacas
                                                    stressadas comem menos, com o que o BEN
                                                    alarga-se ou acentua-se, e a imunossupressão
                                                    potencia-se.
Biblioteca                                                                                                                       Mastite colibacilar   3




4. Tratamento                                        5. Prevenção
O tratamento deve enfocar-se na vaca, não            Tendo em conta a fraca eficácia de qualquer          E e Se na ração, importantes para o sistema
na bactéria. E.coli multiplica-se rapidamente        tratamento frente à mastite colibacilar             imune, já que incrementam a atividade
no úbere alcançando o pico de concentração           hiperaguda, a prevenção é o melhor tratamento       fagocitária dos neutrófilos. Estados carenciais
em menos de 12 horas (Erksine et al 1989).           possível. Conhecendo os períodos de máximo          destes elementos aumentam a possibilidade de
O reconhecimento dos sinais clínicos de              risco e os fatores predisponentes, as estratégias   sofrer mastite, a severidade e também a duração
mastite colibacilar ocorre normalmente               de prevenção centram-se em 2 vias:                  da infecção.
depois de atingida a máxima concentração                                                                 • Vacinação. A vacinação contra a mastite
bacteriana no úbere. Esta ideia põe em dúvida        1. Minimizar a exposição da ponta do teto à         colibacilar é uma estratégia frequentemente
a conveniência de tratar com antibióticos            bactéria presente no ambiente:                      implementada nas fazendas leiteiras dos
a mastite colibacilar. Além disso há muitos          • Extremar a higiene das zonas de descanso das      Estados Unidos (entre 40-65% das fazendas
estudos que demonstram a fraca eficácia dos          vacas, especialmente pátios de secas, pré e pós-    aplicam a vacinação). As mais utilizadas são
tratamentos antibióticos contra as mastites          parto tendo em conta que estes são os períodos      vacinas baseadas na cepa J5 de E. coli. Esta
por Gram negativos. Por isso, centramo-nos           de maior risco de contrair infecção intramamária    cepa é um mutante que carece da cadeia
no tratamento sintomático:                           por coliformes. Cubículos ou camas limpas e         O-polissacárida do LPS, deixando exposto
1. Soro hipertónico salino IV. A vaca deve ter       secas são chaves para evitar a proliferação de E.   ao sistema imunitário o antigénio “core” do
acesso livre a água limpa e fresca.                  coli nas zonas de repouso. Os materiais inertes     LPS. À diferença da cadeia O-polissacárida, a
2. AINEs para controlar febre e inflamação.          como areia ou mármore são mais adequados se         composição e estrutura do dito antigénio “core”
3. Cálcio, ferro e vitaminas ADE para potenciar      os comparamos com os orgânicos como palha,          encontra-se muito conservada entre os distintos
a função dos neutrófilos.                            serrim, cascas, as bactérias proliferam menos.      Gram-negativos, pelo que as vacinas com J5
4. Ocitocina e ordenhas frequentes. A própria        • Ordenhar tetos limpos e secos.                    induzem anticorpos opsonizantes “anti-core” com
dor e inflamação inibe a descida do leite. A                                                             imunidade cruzada contra diferentes estirpes de
ocitocina ajuda a um melhor esvaziamento             2. Aumentar a resistência do animal à infecção:     E.coli e outros Gram-negativos.
do úbere, eliminando assim maior número de           • Minimizar o stress de qualquer tipo.               A eficácia da vacinação na protecção contra a
bactérias.                                           • Rações e estratégias de alimentação que           mastite colibacilar aguda foi demonstrada em
5. Antibióticos ativos frente a Gram negativos       reduzam ao mínimo o BEN e a sua duração no          diferentes estudos de campo. Em numerosas
por via parenteral (como preventivo da septicemia,   tempo. O objetivo é maximizar a ingestão de         referências bibliográficas constata-se que a
não para curar a infecção).                          matéria seca.                                       imunização com J5 não previne as infecções
                                                     • Assegurar os aportes necessários de Vitamina      intramamárias por coliformes, mas reduz sim a
2
4 Mastite colibacilar                                                                                                                Biblioteca

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severidade, o aparecimento do caso clínico, e
as perdas econômicas por morte ou sacrifício do                                 Referências Bibliográficas
animal.




nº
Segundo alguns estudos econômicos levados a                                     1. Bradley et al. 2001 Adaptation of E. coli to the bovine mammary gland,
cabo nos EUA, um programa vacinal contra este                                   J Clin Microbiol Mai 2001; 39(5):1845-9).
tipo de mastites é economicamente rentável
                                                                                2. Passey S, Bradley A, Mellor H. Escherichia coli isolated from bovine
quando mais de 1% das lactações se vêem
                                                                                mastitis invade mammary cells by a modified endocytic pathway. V et
afetadas por mamite colibacilar.                                                Microbiol. 27 Juillet 2008;130(1-2):151-64.
De acordo com a bibliografia, a vacinação pode ser
uma ferramenta de grande utilidade na prevenção                                 3. Wilson DJ et al., 2007. Comparison of J5 Vaccinates and Controls
das mastites causadas por Gram-negativos em                                     for Incidence, Etiologic Agent, Clinical Severity, and Survival in the Herd
 fazendas onde existe esta problemática.                                        Following Naturally Occurring Cases of Clinical Mastitis J.DairySci, Sept.
Considerando que o pós-parto é o período                                        2007 ,90(9):4282-8)
mais crítico e onde se dão a maioria de casos
                                                                                4. Mallard BA, Burnside EB, Burton JH, Wilkie BN. Variation in serum
clínicos pelas causas já citadas, o objectivo
                                                                                immunoglobulins in Canadian Holstein-Friesians. J Dairy Sci 1983;
deve ser potenciar a imunidade neste período
                                                                                66:862–6.
vacinando os animais na secagem, e revacinando
antes do parto. Uma dose de reforço durante os                                  5. Burton JL, Chaiyotwittayakun A, Smith K, et al. Novel applications for
primeiros meses de lactação pode ser apropriada                                 coliform vaccine programs. Proceedings of the 41st Annual Meeting of the
para prolongar a duração da imunidade.                                          National Mastitis Council. Orlando (FL); 2002. p. 89–110.
Em climas quentes e úmidos onde a incidência
pode ser alta nos meses de Verão, uma dose                                      6. Preisler MT, Weber PSD, Tempelman RJ, et al. Glucocorticoid receptor
de reforço a todos os animais poderia proteger                                  down-regulation in neutrophils of periparturient cows. Am J Vet Res 2000;
                                                                                61:14–9.
também o rebanho.
                                                                                7. David J. Wilson, Ruben N. Gonzalez,Vaccination strategies for reducing
                                                                                clinical severity of coliform mastitis Vet Clin Food Anim 19 (2003) 187–
                                                                                197.

                                                                                8. P, Ruegg. Evaluating the effectiveness of Mastitis Vaccines, 2001.
 Conclusões
                                                                                9. Adrian Gonzalez Garrido. Manejo del posparto para el control de las
A mastite colibacilar é uma patologia importante em muitas fazendas             enfermedades Metabólicas. Libro ponencias Congreso ANEMBE2007.
pelo impacto econômico que implica. A prevenção é a melhor ferramenta
                                                                                10. Wilson DJ, Grohn YT, Bennett GJ, González RN, Schukken YH, Spatz J.Milk
para controlar este problema. O manejo do período seco e do periparto é
                                                                                production change following clinical mastitis and reproductive performance
chave. Vacas alojadas em pátios ou cubículos limpos, secos e confortáveis       compared among J5 vaccinated and control dairy cattle. J Dairy Sci. Oct.
vão reduzir as infecções intramamárias por coliformes. Além disso estratégias   2008; 91(10):3869-79.
de alimentação que minimizem o BEN no pós-parto e reduzam o stress
ajudaram a vaca a lutar contra a mastite hiperaguda. Por último, assinalar      11. Jeanne L. Burton,Ronald J. Erskine, Immunity and mastitis. Some new
que um protocolo de vacinação na secagem, pode ser de grande ajuda para         ideas for an old disease Vet Clin Food Anim 19 (2003) 1–45.
prevenir os casos clínicos por coliformes nas fazendas onde exista esta
problemática.                                                                   12. Erskine RJ, VanDyk EJ, Bartlett PC, Burton JL, Boyle MC. Effect of
                                                                                hyperimmunization with an Escherichia coli J5 bacterin in adult lactating
                                                                                dairy cows J Am Vet Med Assoc. Oct. 2007; 231(7):1092-7.

                                                                                13. NAHMS Dairy 2007 Part III: Reference of Dairy Cattle Health and
                                                                                Management Practices in the United States, 2007 www.aphis.usda.gov/
                                                                                vs/ceah/ncahs/nahms/dairy/dairy07/Dairy2007_PartIII.pdf.

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Prevenção da mastite colibacilar

  • 1. 2 Biblioteca Mastite colibacilar Demetrio Herrera Veterinário especialista em qualidade do leite 1. Introdução 2. Patogenia A pesar dos esforços de produtores e técnicos para melhorar a saúde do úbere dos rebanhos, a mastite colibacilar continua a ser Escherichia coli assim como a maioria das bactérias Gram-negativas, tem na sua membrana externa uma macromolécula característica e apetite, febre, prostração, choque e em alguns casos morte do animal. Dependendo do estado imunitário da vaca, a apresentação pode não ser um problema importante em muitas fazendas. essencial denominada lipopolissacárido (LPS). tanto aguda. A infecção crónica com episódios Em fazendas onde as mastites de origem Este LPS é o principal fator de patogenicidade clínicos recorrentes também pode ocorrer, contagiosa estão praticamente erradicadas e da bactéria, o desencadeante do típico quadro mas é menos frequente. com baixas contagens celulares de tanque, entre de mastite hiperaguda por coliformes. A injeção A capacidade do sistema imunitário da vaca é 20 e 40% dos episódios de mastites clínicas intramamária experimental de LPS em animais chave para limitar a rápida proliferação de E. coli são provocados por coliformes. Escherichia coli, sãos provoca a mesma sintomatologia e é dose no úbere e reduzir a ação tóxica do LPS. Klebsiella spp. e em menor grau Enterobacter spp. dependente, provocando a morte do animal a Os neutrófilos são os principais atores na são os coliformes mais frequentemente isolados doses altas. luta contra as infecções intramamárias. de episódios clínicos deste tipo. A apresentação A bactéria penetra unicamente via canal do Encarregam-se de sequestrar, matar e do quadro clínico e os seus custos derivados teto, multiplica-se rapidamente na cisterna do eliminar o patógeno, ajudados por anticorpos (leite retirado, custo do tratamento, reposição úbere, e no processo de multiplicação e lise, opsonizantes, principalmente IgG 2 e citocinas por morte ou sacrifício do animal, etc.) é muito a toxicidade e a potente capacidade indutora pró-inflamatórias, as quais são responsáveis variável e depende primordialmente de fatores de citocinas inflamatórias do LPS provoca na pelo influxo massivo de neutrófilos desde os ligados à vaca, mais do que à patogenicidade da vaca uma sintomatologia geralmente aguda, capilares sanguíneos do úbere até à cisterna. A estirpe implicada. No presente artigo discutiremos que cursa com uma perda quase total da rápida mobilização dos neutrófilos até ao úbere os fatores predisponentes e as medidas de produção láctea, uma inflamação aguda do é fundamental para reduzir os efeitos do quadro prevenção para lutar contra esta patologia. quarto afetado e frequentemente perda de clínico.
  • 2. 2 2 Mastite colibacilar Biblioteca Demetrio Herrera 3. Fatores predisponentes nº A maioria das infecções intramamárias por coliformes dão-se nas duas primeiras semanas do período seco e sobretudo no periparto. Além disso, praticamente metade das mastites clínicas que ocorrem dentro dos primeiros 100 dias em lactação, têm origem na secagem e periparto. A apresentação aguda ou hiperaguda da mastite colibacilar não é exclusiva do pós-parto, (apesar de se apresentar neste período numa elevada percentagem). As infecções intramamárias por coliformes na lactação avançada provocam casos leves ou moderados que o próprio sistema imune das vacas é capaz de resolver e frequentemente passam despercebidos. O início do período seco é uma fase de risco O periparto é também uma fase de risco, o sistema imunitário vê-se comprometido por vários devido principalmente a: factores: • Aumento da pressão no interior do úbere que • O parto em si é estressante para a vaca. Os às vezes provoca perdas de leite e também do níveis plasmáticos de cortisol experimentam um antibiótico das seringas de secagem, deixando forte incremento fisiológico necessário para o o esfíncter aberto, por onde podem penetrar desencadeamento do parto e a colostrogénese. • Outros: bactérias. O cortisol inibe a resposta inflamatória e * Perdas de leite fruto do aumento da influi negativamente na funcionalidade dos pressão intramamária no final do período seco. • Proliferação bacteriana na pele do teto, neutrófilos. O esfíncter está aberto para a entrada dos fruto da paragem da ordenha e da prática de pré e pós-dipping. patógenos. • Atraso na formação do tampão de queratina. • Balanço Energético Negativo (BEN). Há uma infinidade de estudos que relacionam o * A maioria de formulações antibióticas das cânulas de secagem não cobrem a fase final Há vacas que tardam dias, algumas mesmo BEN com patologias pós-parto. O aumento das semanas a selar o teto. da secagem, especialmente em secagens necessidades energéticas no pós-parto unido a standard de 60 dias. Além disso, a maioria dos • Uma higiene deficiente ao aplicar as cânulas uma capacidade de ingesta reduzida, provoca a mobilização de reservas de gordura, que depois produtos que existem no mercado apresentam intramamárias de secagem pode provocar da sua metabolização no fígado podem provocar uma atividade limitada frente aos Gram infecções intramamárias. cetose. Os corpos cetónicos infuem negativamente negativos. na capacidade de migração e recrutamento de * Ordenha pós-parto frequentemente difícil neutrófilos até ao úbere, a fagocitose e também pelo edema do úbere que provoca entradas a capacidade de oxidação e destruição por parte de ar durante a ordenha, facilitando a entrada dos neutrófilos. de patógenos para a cisterna • Stress. Fatores estressantes como o calor, stress metabólico, concorrência, transporte, etc. induzem a secreção de cortisol e provoca imunossupressão. No pós-parto, o stress é um círculo vicioso. Vacas stressadas comem menos, com o que o BEN alarga-se ou acentua-se, e a imunossupressão potencia-se.
  • 3. Biblioteca Mastite colibacilar 3 4. Tratamento 5. Prevenção O tratamento deve enfocar-se na vaca, não Tendo em conta a fraca eficácia de qualquer E e Se na ração, importantes para o sistema na bactéria. E.coli multiplica-se rapidamente tratamento frente à mastite colibacilar imune, já que incrementam a atividade no úbere alcançando o pico de concentração hiperaguda, a prevenção é o melhor tratamento fagocitária dos neutrófilos. Estados carenciais em menos de 12 horas (Erksine et al 1989). possível. Conhecendo os períodos de máximo destes elementos aumentam a possibilidade de O reconhecimento dos sinais clínicos de risco e os fatores predisponentes, as estratégias sofrer mastite, a severidade e também a duração mastite colibacilar ocorre normalmente de prevenção centram-se em 2 vias: da infecção. depois de atingida a máxima concentração • Vacinação. A vacinação contra a mastite bacteriana no úbere. Esta ideia põe em dúvida 1. Minimizar a exposição da ponta do teto à colibacilar é uma estratégia frequentemente a conveniência de tratar com antibióticos bactéria presente no ambiente: implementada nas fazendas leiteiras dos a mastite colibacilar. Além disso há muitos • Extremar a higiene das zonas de descanso das Estados Unidos (entre 40-65% das fazendas estudos que demonstram a fraca eficácia dos vacas, especialmente pátios de secas, pré e pós- aplicam a vacinação). As mais utilizadas são tratamentos antibióticos contra as mastites parto tendo em conta que estes são os períodos vacinas baseadas na cepa J5 de E. coli. Esta por Gram negativos. Por isso, centramo-nos de maior risco de contrair infecção intramamária cepa é um mutante que carece da cadeia no tratamento sintomático: por coliformes. Cubículos ou camas limpas e O-polissacárida do LPS, deixando exposto 1. Soro hipertónico salino IV. A vaca deve ter secas são chaves para evitar a proliferação de E. ao sistema imunitário o antigénio “core” do acesso livre a água limpa e fresca. coli nas zonas de repouso. Os materiais inertes LPS. À diferença da cadeia O-polissacárida, a 2. AINEs para controlar febre e inflamação. como areia ou mármore são mais adequados se composição e estrutura do dito antigénio “core” 3. Cálcio, ferro e vitaminas ADE para potenciar os comparamos com os orgânicos como palha, encontra-se muito conservada entre os distintos a função dos neutrófilos. serrim, cascas, as bactérias proliferam menos. Gram-negativos, pelo que as vacinas com J5 4. Ocitocina e ordenhas frequentes. A própria • Ordenhar tetos limpos e secos. induzem anticorpos opsonizantes “anti-core” com dor e inflamação inibe a descida do leite. A imunidade cruzada contra diferentes estirpes de ocitocina ajuda a um melhor esvaziamento 2. Aumentar a resistência do animal à infecção: E.coli e outros Gram-negativos. do úbere, eliminando assim maior número de • Minimizar o stress de qualquer tipo. A eficácia da vacinação na protecção contra a bactérias. • Rações e estratégias de alimentação que mastite colibacilar aguda foi demonstrada em 5. Antibióticos ativos frente a Gram negativos reduzam ao mínimo o BEN e a sua duração no diferentes estudos de campo. Em numerosas por via parenteral (como preventivo da septicemia, tempo. O objetivo é maximizar a ingestão de referências bibliográficas constata-se que a não para curar a infecção). matéria seca. imunização com J5 não previne as infecções • Assegurar os aportes necessários de Vitamina intramamárias por coliformes, mas reduz sim a
  • 4. 2 4 Mastite colibacilar Biblioteca Demetrio Herrera severidade, o aparecimento do caso clínico, e as perdas econômicas por morte ou sacrifício do Referências Bibliográficas animal. nº Segundo alguns estudos econômicos levados a 1. Bradley et al. 2001 Adaptation of E. coli to the bovine mammary gland, cabo nos EUA, um programa vacinal contra este J Clin Microbiol Mai 2001; 39(5):1845-9). tipo de mastites é economicamente rentável 2. Passey S, Bradley A, Mellor H. Escherichia coli isolated from bovine quando mais de 1% das lactações se vêem mastitis invade mammary cells by a modified endocytic pathway. V et afetadas por mamite colibacilar. Microbiol. 27 Juillet 2008;130(1-2):151-64. De acordo com a bibliografia, a vacinação pode ser uma ferramenta de grande utilidade na prevenção 3. Wilson DJ et al., 2007. Comparison of J5 Vaccinates and Controls das mastites causadas por Gram-negativos em for Incidence, Etiologic Agent, Clinical Severity, and Survival in the Herd fazendas onde existe esta problemática. Following Naturally Occurring Cases of Clinical Mastitis J.DairySci, Sept. Considerando que o pós-parto é o período 2007 ,90(9):4282-8) mais crítico e onde se dão a maioria de casos 4. Mallard BA, Burnside EB, Burton JH, Wilkie BN. Variation in serum clínicos pelas causas já citadas, o objectivo immunoglobulins in Canadian Holstein-Friesians. J Dairy Sci 1983; deve ser potenciar a imunidade neste período 66:862–6. vacinando os animais na secagem, e revacinando antes do parto. Uma dose de reforço durante os 5. Burton JL, Chaiyotwittayakun A, Smith K, et al. Novel applications for primeiros meses de lactação pode ser apropriada coliform vaccine programs. Proceedings of the 41st Annual Meeting of the para prolongar a duração da imunidade. National Mastitis Council. Orlando (FL); 2002. p. 89–110. Em climas quentes e úmidos onde a incidência pode ser alta nos meses de Verão, uma dose 6. Preisler MT, Weber PSD, Tempelman RJ, et al. Glucocorticoid receptor de reforço a todos os animais poderia proteger down-regulation in neutrophils of periparturient cows. Am J Vet Res 2000; 61:14–9. também o rebanho. 7. David J. Wilson, Ruben N. Gonzalez,Vaccination strategies for reducing clinical severity of coliform mastitis Vet Clin Food Anim 19 (2003) 187– 197. 8. P, Ruegg. Evaluating the effectiveness of Mastitis Vaccines, 2001. Conclusões 9. Adrian Gonzalez Garrido. Manejo del posparto para el control de las A mastite colibacilar é uma patologia importante em muitas fazendas enfermedades Metabólicas. Libro ponencias Congreso ANEMBE2007. pelo impacto econômico que implica. A prevenção é a melhor ferramenta 10. Wilson DJ, Grohn YT, Bennett GJ, González RN, Schukken YH, Spatz J.Milk para controlar este problema. O manejo do período seco e do periparto é production change following clinical mastitis and reproductive performance chave. Vacas alojadas em pátios ou cubículos limpos, secos e confortáveis compared among J5 vaccinated and control dairy cattle. J Dairy Sci. Oct. vão reduzir as infecções intramamárias por coliformes. Além disso estratégias 2008; 91(10):3869-79. de alimentação que minimizem o BEN no pós-parto e reduzam o stress ajudaram a vaca a lutar contra a mastite hiperaguda. Por último, assinalar 11. Jeanne L. Burton,Ronald J. Erskine, Immunity and mastitis. Some new que um protocolo de vacinação na secagem, pode ser de grande ajuda para ideas for an old disease Vet Clin Food Anim 19 (2003) 1–45. prevenir os casos clínicos por coliformes nas fazendas onde exista esta problemática. 12. Erskine RJ, VanDyk EJ, Bartlett PC, Burton JL, Boyle MC. Effect of hyperimmunization with an Escherichia coli J5 bacterin in adult lactating dairy cows J Am Vet Med Assoc. Oct. 2007; 231(7):1092-7. 13. NAHMS Dairy 2007 Part III: Reference of Dairy Cattle Health and Management Practices in the United States, 2007 www.aphis.usda.gov/ vs/ceah/ncahs/nahms/dairy/dairy07/Dairy2007_PartIII.pdf.