O documento discute Staphylococcus aureus e intoxicação alimentar causada por esta bactéria. S. aureus é uma bactéria Gram-positiva frequentemente encontrada na pele humana que pode produzir enterotoxinas em alimentos, causando sintomas como náusea e vômito. A intoxicação ocorre quando alimentos contaminados são ingeridos, e pode ser prevenida mantendo os alimentos em temperaturas adequadas e praticando boa higiene.
2. STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Características
• Bactéria Gram-positiva
• Família Micrococcaceae.
• mais de 35 espécies
• Células têm a forma de cocos,
• Não formador de esporos, imóveis,
• Agrupados em forma de cachos,
em cadeias curtas, aos pares ou sozinha
• Anaeróbios facultativos
3. STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Características
Transmitida por alimentos
Frequentemente encontrada na pele e nas fossas nasais
de pessoas saudáveis;
Presente no ar e no ambiente
Grupo de risco III
Incluiu doenças de perigo moderada
4. • Produz toxinas - enterotoxinas - agente responsável pela
intoxicação alimentar
• S. aureus, S. hyicus, S. delphini, S. intermedius (espécies
coagulase positivas) e espécies coagulase negativas (S.
chromogens, S. hycus, S. cohnii) => apresentam interesse
em alimentos.
• Tolerantes a alta concentração de NaCl e a nitratos
STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Características
5. Reservatório de S. aureus
Homem (cavidade nasal) e
animais (gado leiteiro)
Fontes de contaminação
manipuladores de alimentos
Pode-se esperar a presença de estafilococos em
alimentos de origem animal ou manipulados
Epidemiologia
6. Necessidades nutricionais e ambientais
• Mesófilos, crescem entre 7 a 45º C
• Enterotoxinas produzidas entre 10 e 45º C;
• Pode multiplicar em concentrações de até 20% de sal;
• Tolera faixa de pH entre 4 e 9,8, mas o ótimo é entre 6 e
7.
• Pode crescer em aw abaixo de 0,83 (limite: 0,80)
7. Enterotoxinas (SE)
• Proteínas simples
• Resistentes a enzimas proteolíticas, como tripsina,
quimiotripsina, renina e papaína;
• Resistentes ao calor => inativação é atingida a 80º C por 3’ou a 100º C
por 1’;
• A produção das SE tende a ser favorecida em condições ótimas de
crescimento (pH, temperatura, aw e outros);
• É produzida no final da fase log e início da estacionária
8.
9. Intoxicação alimentar
estafilocócica
• S. aureus provoca intoxicação pela ingestão de alimento
contendo toxinas pré-formadas.
• O nº de células de S. aureus necessários para produzir a SE
varia com substrato .
• Quantidade mínima de toxina: 20 mg.
• A toxina é produto da multiplicação da bactéria nos
alimentos deixados em temperaturas inadequadas
• Toxinas apresentam ação emética e diarréica.
10. • Os sítios de reação localizam-se no intestino.
• O estímulo é transferido através dos nervos vago e
simpático ao centro do vômito (SNC), que induz a
retroperistalsia do estomago e do intestino.
• A ação diarréica é o sintoma muito comum, e uma provável
explicação seria a ativação de um mecanismo secretor de
Na e Cl => perda de água.
11. • Período de incubação: 1 a 6 h.
• Sintomas: náusea, vômito, dores abdominais, diarréia e
sudorese, prostração, hipotensão,disritmia, queda na
temperatura corporal.
• Raros casos de óbitos, pode ocorrer em crianças, idosos e
indivíduos debilitados.
12. Prova da intoxicação estafilocócica
Tratamento, medidas de controle
recuperação de estafilococos
enterotoxigênicos das sobras dos alimentos
suspeito
14. • Manter o alimento acima de 60°C
• Manter os alimentos susceptíveis sob refrigeração (4°C).
• Ao controlar-se fatores que afetam o crescimento de S.
aureus, a produção da enterotoxina também será
controlada.
Prevenção da intoxicação
15. Fatores mais frequentes envolvidos
nos surtos de intoxicação
• Ingestão de um produto/alimento contendo a enterotoxina
estafilocócica.
• Refrigeração inadequada;
• Alimentos preparados com muita antecedência;
• Manipuladores infectados com higiene pessoal deficiente;
• Cozimento ou processamento inadequado;
• Alimentos mantidos sob aquecimento em temperaturas que
favoreçam a multiplicação.
16. Alimentos incriminados
• carnes e produtos cárneos; aves e ovos; saladas com ovos,
atum, galinha, batata, macarrão; patês, molhos, tortas de
cremes, bombas de chocolate e outros; sanduíches com
recheios; produtos lácteos e derivados.
• São de alto risco os alimentos que requerem considerável
manipulação para seu preparo e que permanecem em
temperatura ambiente elevada e por muito tempo após sua
preparação.
17. Medidas preventivas
• educação dos manipuladores de alimentos
• conscientização sobre o risco da produção de alimentos em
larga escala e dos fatores críticos que desencadeiam a
produção da enterotoxina;
• orientações para rigorosa higiene e limpeza das cozinhas;
• controle de temperatura;
• Limpeza das mãos e unhas;
• conscientização sobre o perigo de infecções em pele, nariz e
olhos, etc..
18. • Os sintomas da gastroenterite estafilocócica : náuseas,
vômito, dores abdominais, diarreia, sudorese e cefaleia,
podem aparecer de 30min a 6h após a ingestão;
• Quadro sintomático dura em média dois dias.
• Intoxicações severas podem levar indivíduos
imunodeficientes ao óbito.
• Tratada com reposição de líquidos e sais.
• Para prevenir, é necessário que as pessoas que manipulam
alimentos tenham cuidados com as condições higieno –
sanitárias, e
• alimentos com maior risco de contaminações, como carnes,
produtos lácteos, ovos e molhos sejam sempre mantidos em
temperaturas baixas e respeitar seu período de consumo.
GASTROENTERITE ESTAFILOCÓCICA
19. Conclusão
São bactérias Gram-positivas que se apresentam de várias formas:
cocos,.diplococos e principalmente estafilococos (parecido com um
cacho de uvas).
Multiplicam-se em temperatura de 7,8ºC até 48,5ºC)
As células, ao crescerem no alimento, produzem a toxina
estafilocócica, uma enterotoxina que resiste às altas temperaturas
de cozimento dos alimentos.
As fontes de contaminação por S. aureus são produtos lácteos,
carnes (principalmente de aves), ovos, atum, macarrão, etc.
22. “O cansaço físico, mesmo que suportado
forçosamente, não prejudica o corpo, enquanto
o conhecimento imposto à força não pode
permanecer na alma por muito tempo.”
Platão
OBRIGADA