SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Jefferson Alexandre – Laísa Carolina – Yasmin Sarmento
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
ESCOLA DE ENFERMAGEM E FARMÁCIA – ESENFAR
CURSO: FARMÁCIA
Pequeno histórico….
• 1928 – Alexander Fleming descobre a Penicilina.
Fleming – Primeiro a observar a resistência natural de microorganismos aos
antibióticos.
Bactérias do grupo coli-tifóide RESISTENTES
A descoberta da penincilina. Foto
tirada por Alexander Fleming.
Observou que a colônia do fungo
Penicilium acidentalmente
contaminou a placa e inibiu o
crescimento bacteriano nas suas
proximidades
Pequeno histórico….
• Década de 1940 – A era dos antibióticos. A penicilina é usada em grande escala
durante a Segunda Guerra Mundial e em infecções por Staphylococcus e
Streptococcus.
Abraham e Chain – Descobriram uma enzima capaz de bloquear a ação da
penicilina, denominada penicilinase .
• No fim dos anos 50 – A espécie Staphylococcus aureus adquire resistência
Pequeno histórico….
• Anos 60 e 70: Muitas cepas de bactérias adquirem resistência contra os
antibióticos.
O uso inadequado dos antibióticos foi um dos fatores que mais contribuiu. Ele acaba
por selecionar exemplares resistentes.
O processo é simples, mas perigoso: bactérias que sobrevivem aos antibióticos são
resistentes, podem gerar outras bactérias que também são resistentes.
A resistência bacteriana:
RESISTÊNCIA BACTERIANA
A capacidade que uma determinada cepa bacteriana pode apresentar
em se multiplicar numa concentração antibiótica superior àquela que
inibe a maior parte das bactérias pertencentes a essa mesma cepa.
• constitui um sistema de defesa;
• está sempre associada a um ou mais mecanismos metabólicos.
Ao discutirmos a resistência bacteriana é conveniente considerar tanto os
mecanismos de ação dos antimicrobianos quanto as propriedades necessárias para
a sua eficácia.
RESISTÊNCIA BACTERIANA
A classificação mais comum dos antibióticos baseia-se no seu mecanismo de ação.
• Inibição da síntese de parede celular;
• Inibição da síntese de proteínas;
• Alteração da membrana citoplasmática;
• Inibidores da síntese dos ácidos nucléicos;
• Alteração do metabolismo do ácido fólico.
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Os antimicrobianos devem ser capazes de:
• Alcançar os alvos moleculares, que são primariamente intracelulares.
• Interagir com uma molécula-alvo de modo a desencadear a morte da bactéria;
• Evitar a ação das bombas de efluxo;
• Evitar a inativação por enzimas capazes de modificar o fármaco no ambiente
extracelular ou no interior da célula bacteriana.
RESISTÊNCIA BACTERIANA
As bactérias podem expressar resistência:
característica
intrínseca de um
microrganismo,
que ocorre sem
uma exposição
prévia ao
antibiótico
mutações nos
próprios genes
ou pela aquisição
dos genes de
resistência de
outras bactérias
Natural
Adquirida
Resistência Adquirida
Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar seu DNA, material genético,
que ocorre de através de dois grandes mecanismos:
• Mutação num loci do cromossoma;
• Transferência horizontal de genes
Alteração na sequência de bases
do DNA sem aquisição de genes
de outro microrganismo.
Mutação
Aquisição de genes de resistência
anteriormente presentes em outros
microrganismos.
Transferência
horizontal de
genes
Resistência Adquirida
• PLASMÍDEOS
são pequenos segmentos de DNA circular com replicação independente,
presentes em bactérias.
Os plasmídeos possuem variadas funções de acordo com os seus tipos.
Fertilidade Bacteriana
Resistência aos
Antibióticos
Resistência Adquirida
• PLASMÍDEOS
Fertilidade Bacteriana
Resistência aos
Antibióticos
Os Plasmídeos de
Fertilidade (F)
possuem a única função de
iniciar a conjugação bacteriana.
Plasmídeos de
Resistência (R)
são os que contém os genes que
tornam as bactérias resistentes
aos antibióticos.
Resistência Adquirida
MUTAÇÃO
• As mutações são alterações na estrutura dos genes, que podem ocorrer durante
a replicação.
• Envolve deleção, substituição ou adição. Leva a alterações na composição de
aminoácidos de determinados peptídeos.
Resistência Adquirida
MUTAÇÃO
• As mutações que ocorrem podem ser induzidas ou espontâneas.
MUTAÇÕES
Se o erro for um benefício para a bactéria, como no caso da resistência aos antibióticos,
então tenderá a predominar naquela espécie.
Induzidas
Mudanças no DNA causadas por
substâncias ambientais ou radiação.
Espontâneas
Mudanças naturais na estrutura do
DNA. Erros durante a replicação.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• ocorre quando um dado microrganismo recebe material genético de outro
microrganismo, passando a expressar a característica contida no gene
recentemente adquirido.
• Esse material genético pode ser
transferido de algumas formas:
transformação, transdução, conjugação e
ainda transposição.
• O processo de transmissão de genes é
possível devido à presença de estruturas
específicas no DNA designadas de
Integrons.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transformação
Processo no qual há lise de determinado microrganismo com liberação de seu
material genético para o meio, dessa forma, outra bactéria é capaz de captar esse
DNA incorporando-o ao seu genoma.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transformação
Este mecanismo foi descoberto em
Streptococcus pneumoniae, em 1928 por F.
Griffith, tendo sido mais tarde encontrado em
Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae,
Neisseria meningitidis, Bacillus subtilis e
Staphylococcus sp.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transdução
Envolve a incorporação acidental de DNA bacteriano cromossômico ou plasmidial por
um bacteriófago durante seu processo de infecção celular.
O bacteriófago atua então como um vetor
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transdução
Exerce papel importante na transferência de
plasmídios R (resistência) entre S. aureus e
Streptococcus pyogenes.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Conjugação
É um processo que requer contato físico, bactéria-bactéria, em que uma das células, a
doadora, transfere através de fímbria ou pilus sexual o material genético a outra,
chamada receptora.
A habilidade de uma bactéria em conjugar normalmente é codificada em plasmídios,
chamados plasmídios F.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Conjugação
Recebe material genético sob a forma de plasmídios que pode conter genes
determinantes de resistência (plasmídios R). Pode ainda conjugar com outra bactéria,
atuando agora como doadora, pois junto com genes de resistência, ela recebe genes
conjugativos (plasmídios F).
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Conjugação
Nas bactérias Gram positivas,
como por exemplo Enterococcus
faecalis, a conjugação ocorre
mediada por plasmídeos e o
envolvimento de genes
cromossómicos
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transposição
Há a dependência da presença na bactéria de segmentos curtos de DNA denominados
transpossons.
Transpossons são regiões de DNA móveis, capazes de migrar de uma região do DNA
para outras regiões.
Resistência Adquirida
TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES
• Transposição
Podem conter genes de resistência para um ou
mais antibióticos.
Um exemplo de Transpossons é encontrado em
Enterococcus faecalis, e contém o gene que confere
resistência à tetraciclina.
Resistência Natural
Mecanismos de resistência naturais de um gênero ou espécie bacteriana, é aquela que
faz parte das características naturais, fenotípicas do microrganismo, transmitida
apenas verticalmente à prole. Faz parte da herança genética do microrganismo.
Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos
CLSI – Clinical and Laboratory Standards Institute (Instituto de Normas
Clínicas e Laboratoriais).
Organização internacional, interdisciplinar e
educacional que promove o desenvolvimento e a
ampla utilização de normas e procedimentos
laboratoriais padronizados.
Facilitando um processo exclusivo de
desenvolvimento de padrões de testes
laboratoriais clínicos com base em informações e
consenso entre profissionais da indústria, do
governo e de saúde .
60 países
1.400
organizações
Microbiologistas,
farmacêuticos,
biomédicos, etc.
Diagnóstico microbiológico
Diagnóstico
laboratorial
Epidemiológico
Fisiopatológico
Conhecimento
Colaboração
interprofissional
Suspeita Clínica
Tipo de Amostra
Coleta Transporte
Etapa crucial
Diagnóstico microbiológico
1. Coleta
2. Identificação
3. Transporte da
amostra
Fase Pré-analítica
1. Processo
2. Qualidade
3. Resultados
Fase Analítica
1. Relato do
resultado
2. Intepretação do
resultado
3. Diagnóstico
4. Tratamento
Fase Pós-analítica
Paciente
Teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos (TSA)
- Orienta a escolha;
- Monitoramento de resistência bacteriana;
- Implantação de medidas de controle.
- Indicativo do tratamento mais eficaz;
- Redução de custos;
- Menor número de procedimentos invasivos;
- Menos tempo de permanência dos pacientes.
Disco Difusão em
Ágar (Kirby e
Bauer)
Qualitativo
• Diluição em caldo
• Macrodiluição;
• Microdiluição;
• Diluição em Ágar;
• Etest.
Quantitativo
Automatizados
Teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos (TSA)
MIC
É a menor concentração inibitória mínima que inibe completamente o
crescimento bacteriano.
12.5 6.25 3.12 g/mL
Diluição em Caldo
- Macrodiluição
Primeira a ser utilizada na avaliação da sensibilidade aos agentes
antimicrobianos e envolve a preparação de diluições seriadas e logarítmicas
de antimicrobianos em um meio de cultura líquido, o qual permitirá o
crescimento bacteriano.
Diluição em Caldo
- Macrodiluição
Determinação de resultado
quantitativo, a CIM
Avaliação de um número substancial
de bactérias
Quantidade de reagentes utilizada
Espaço necessário para o
armazenamento dos tubos
Possibilidade da ocorrência de erros
durante a preparação
Trabalho manual dispendioso na
preparação do teste
Diluição em Caldo
- Microdiluição
A microdiluição em caldo corresponde à miniatura da técnica de diluição. Ao
contrário da anterior, a microdiluição em caldo utiliza placas de Elisa estéreis,
com 96 poços, com o fundo em formato de “U”, para permitir a melhor
visualização do crescimento bacteriano.
É utilizado o caldo Mueller Hinton ajustado com cátions, que contém 20 a 25
mg de Ca2+ e 10 a 12,5 mg de Mg2+. Quantidade insuficiente de cátions
pode aumentar a atividade de aminoglicosídeos e vice-versa.
Diluição em Caldo
- Microdiluição
Diluição em Caldo
- Microdiluição
• economia de espaço e de reagentes;
• reprodutibilidade dos resultados,
devido à possibilidade de preparação
de grande quantidade de placas a
partir da mesma série de diluições
de antimicrobianos;
• geração de um resultado
quantitativo;
• conveniência de poder utilizar placas
pré-fabricadas e sistemas
automatizados.
Vantagens
• inflexibilidade na escolha dos
antimicrobianos a serem testados,
quando se utilizam as placas pré-
fabricadas;
• alto custo;
• dificuldade em discernir o
crescimento bacteriano da amostra
inoculada daquele causado por
bactérias contaminantes.
Desvantagens
Diluição em Ágar
O método de diluição em ágar para determinar a susceptibilidade
antimicrobiana, incorpora antimicrobiano no ágar e cada placa contém uma
concentração antimicrobiana diferente. A suspensão da bactéria é ajustada
ao padrão de turvação de 0,5 McFarland. Este método é recomendado para
microrganismos exigentes como o N. gonorrhoeae.
Podem ser avaliadas, incluídos os controles, até 32 bactérias
simultaneamente, quando se utiliza a placa de 90 x 60 mm. Em geral, são
necessárias de 6 a 12 placas para avaliar a sensibilidade a um antimicrobiano.
As amostras bacterianas são inoculadas simultaneamente sobre a superfície
do ágar utilizando o multi-inoculador, que dispensa de 1 a 3 μL de solução
contendo aproximadamente o inóculo final de 1 x 104UFC/mL
Diluição em Ágar
Vantagens:
Utilizado em estudos epidemiológicos
 Fácil execução
 Permite testar vários isolados
simultaneamente
 Promove resultados quantitativos
 Permite o teste de bactérias
fastidiosas
 Baixo custo (relativo)
Poucos isolados
 Preparo das placas e estocagem
Desvantagens:
• é um método muito trabalhoso,
no que se refere à preparação
das placas e do inóculo
bacteriano;
• as placas de ágar contendo
antimicrobianos devem ser
preparadas, preferencialmente,
no dia em que serão usadas,
pois o armazenamento das
placas pode determinar a perda
da atividade antimicrobiana.
Etest
Determina a suscetibilidade de maneira quantitativa, é baseado no uso de
tiras ou "epsilômetros" (AB Biodisk, Suécia) que contêm um gradiente
exponencial contínuo de antibiótico e uma escala interpretativa.
Etest
Vantagens:
• flexibilidade na escolha dos agentes
antimicrobianos a serem testados;
• fácil execução e fornecimento de um
resultado quantitativo (CIM).
Desvantagens:
• alto custo das fitas;
• número limitado de antimicrobianos
testados por placa.
Automatizado
Os métodos automatizados costumam usar pontos de corte ou diluições em
concentrações específicas que permitem diferenciar as categorias de
interpretação. Quando sistemas comerciais são usados, as recomendações de
fabricação devem ser seguidas em relação ao armazenamento, inoculação,
incubação e interpretação.
A FDA indica que os sistemas comerciais fornecem resultados de
suscetibilidade equivalentes aos resultados gerados usando o método de
referência recomendado pelo CLSI para os microorganismos e agentes
antimicrobianos descritos no folheto de fabricação.
Automatizado
Vitek 2 WalkAway BD Phoenix
Automatizado
• maior rapidez na emissão dos resultados;
• padronização intra e interlaboratorial;
• disponibilidade de programas de
computação adicionais, que permitem a
redução do trabalho manual e a emissão
simultânea de relatórios para a farmácia
hospitalar;
• alguns sistemas ainda têm um programa
de computação denominado Expert, que
auxilia a interpretação dos resultados dos
testes de sensibilidade.
Vantagens
• estes sistemas são onerosos;
• não fornecem o resultado exato da CIM,
com exceção do BD PhoenixTM, que
apresenta diluições seriadas;
• alguns equipamentos não apresentam
uma boa acurácia na detecção da
expressão de alguns mecanismos de
resistência, principalmente, os
mecanismos de resistência induzíveis, que
demandam maior tempo para sua
expressão.
Desvantagens
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
O teste de disco-difusão em ágar foi descrito em 1966, por Kirby e Bauer.
É um dos métodos de suscetibilidade mais simples, confiável e mais utilizado
pelos laboratórios de microbiologia.
Baseia-se na presença ou ausência de uma zona de inibição do crescimento,
que é medida em milímetros.
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
Meio de
cultura
Inóculo
Preparo
Semeadura
Discos
Aplicação
Incubação
das placas
Leitura das
placas
Interpretação
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
• fácil execução;
• reprodutibilidade;
• utilização de reagentes de baixo
custo;
• resultados de fácil interpretação
clínica;
• flexibilidade quanto à escolha dos
antimicrobianos;
• não requer utilização de
equipamentos especiais.
Vantagens
falta de mecanização ou automação para
realização deste teste;
ausência de padronização do método para
alguns microrganismos e agentes
antimicrobianos, por exemplo: o S.
pneumoniae versus ceftriaxona, que deverá ser
avaliado por um método quantitativo;
este método pode não ser adequado para a
detecção de mecanismos de resistência
resultantes da produção de beta-lactamases,
por exemplo: o enterococo versus ampicilina,
ou outros mecanismos mais complexos,
como o estafilococo com sensibilidade
diminuída aos glicopeptídeos.
Desvantagens
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
- Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby
e Bauer)
Composição química do meio
de cultura
Concentração de cátions pH
- Agar Müeller-Hinton;
- 4 a 6 mm de espessura;
- Permite bom
crescimento do
microrganismo e uma
boa difusibilidade do
antibiótico, podendo
ainda, se necessário, ser
acrescido de sangue.
- Variação de cátions
divalentes, afetarão
nos resultados com
aminoglicosídeos,
tetraciclina e colistina;
- Concentrações;
- Concentrações;
- Timina e timidina.
- O pH do meio
deve estar entre
7,2 e 7,4.
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
- Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby
e Bauer)
Inóculo Discos Cepas
- Um inóculo com
turvação a 0,5 da escala
de McFarland deve ser
usado. Esta escala deve
ser mantida à
temperatura ambiente e
no escuro.
- Os discos devem ser
armazenados a -8 °C ou
congelados a -14 °C;
- Remoção dos discos duas
horas antes da utilização;
- Guardados com
dessecantes;
- Devem utilizar o disco com
concentração e validade
correta.
- De acordo com o teste
de susceptibilidade
(método de difusão
em disco, diluição em
ágar e microdiluição) e
o agente
antimicrobiano, a
cepa ATCC é
selecionada.
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
- Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby
e Bauer)
Incubação
A temperatura e o
tempo de incubação
dependem do
microrganismo a ser
testado.
Disco Difusão (Kirby e Bauer)
- Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby
e Bauer)
Incubação
Escolha do antimicrobiano
- As recomendações do Instituto de Padrões do Laboratório Clínico dos
Estados Unidos (CLSI) para cada grupo de microorganismos abrangem
agentes com eficácia comprovada cujos testes são aceitáveis in vitro.
- Considerações também são estabelecidas para agentes antimicrobianos
em testes específicos, eficácia clínica, prevalência de resistência e
recomendação para a seleção de antimicrobianos de primeira linha e
agentes alternativos.
- O CLSI agrupa os antimicrobianos da seguinte forma:
Grupo A Drogas de primeira escolha para o
antibiograma.
Grupo B
Agentes clinicamente importante. Usados quando organismo
resistente ao grupo A, Infecção polimicrobiana, alergia,
intolerância, resposta clínica inadequada.
Grupo C Agentes alternativos ou suplementares, usados quando
há resistência a antimicrobianos primários.
Grupo U Agentes antimicrobianos que são usados apenas para o
tratamento de infecções do trato urinário.
Grupo O Inclui agentes que têm indicações clínicas para o grupo
de organismos, mas geralmente não são candidatos a
testes de rotina.
Grupo Inv Inclui agentes que estão sob investigação e ainda
não foram aprovados pelo FDA.
Para o CLSI, a seleção de antimicrobianos baseia-se em tabelas de
relatórios de rotina, relatórios seletivos e em consulta com o
comitê de Doenças Infecciosas e a farmácia.
Escolha do antimicrobiano
- Os testes de suscetibilidade antimicrobiana são indicados para qualquer
organismo envolvido em um processo infeccioso;
- Não é indicado quando a infecção é causada por um microrganismo
conhecido por ser suscetível a um determinado medicamento ;
- Quando a natureza da infecção não é clara e na amostra uma mistura de
diferentes microrganismos ou flora normal é observada, os testes de
suscetibilidade não são indicados, pois podem gerar um uso inadequado de
um antibiótico
- Critérios para Interpretação de Testes de Suscetibilidade
Farmacológico Farmacocinético Microbiológico Clínico
Susceptível (S)
Quando o microrganismo é inibido pelas
concentrações atingidas pelo agente antimicrobiano
quando a dose recomendada é usada para o local da
infecção.
Intermediário (I)
A categoria intermediária implica eficácia clínica em
locais no corpo onde a droga é fisiologicamente
concentrada ou quando uma dose maior que o
normal pode ser usada.
Resistente (R) Quando o isolamento não é inibido pelas
concentrações séricas do antimicrobiano
normalmente atingidas em doses normais.
Não susceptíveis Os isolados que têm CIM acima ou um diâmetro da área
abaixo dos valores indicados para o ponto de corte como
suscetíveis, podem ser relatados como "não suscetíveis“.
Escolha do antimicrobiano
- Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
Escolha do antimicrobiano
- Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
Escolha do antimicrobiano
- Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
Escolha do antimicrobiano
- Controle de Qualidade por teste de Disco Difusão
Condições para o teste:
- Meio: para Disco Difusão
- - Agar Mueller Hinton 90x15mm ou 140x15mm
- - Inoculo: suspensão realizada direto da colônia, equivalente a escala
0,5 de Mac Farland
- - Incubação: temperatura de 35±2ºC, por 20 a 24 horas em ar
ambiente.
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases
São enzimas catalíticas que quebram a ligação amida do anel beta-lactâmico, fazendo com
que o antibiótico perca sua capacidade de se ligar às proteínas de ligação à penicilina e sua
ação bactericida..
- β-lactamases de espectro extendido (ESBL)
Capazes de hidrolisar o anel beta-lactâmico de cefalosporinas de terceira
geração e dos monobactâmicos.
Grupo 2b Grupo 2be
Resistência em Gram-negativas
- Detecção de ESBL
Indicados principalmente para:
Métodos:
Disco difusão Microdiluição em caldo
Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Escherichia coli
O CLSI recomenda que para esta técnica devem ser levadas em
consideração em termos de meio de cultura (Agar Mueller Hinton ou
caldo Mueller Hinton), concentração de inóculo (padrão 0,5 McFarland),
tempo e atmosfera de incubação.
Resistência em Gram-negativas
- Detecção de ESBL
Métodos alternativos:
Etest
Tiras contendo concentrações
decrescentes de cefalosporina
(ceftazidima) e do outro lado a
mesma cefalosporina com uma
concentração fixa de ácido
clavulânico.
Ágar Mueller Hinton.
Ordem da redução da concentração dupla
Relação >8
Resistência em Gram-negativas
- Detecção de ESBL
Métodos alternativos:
Duplo disco difusão
A cepa é testada frente a dois
discos:
- Cefalosporina de terceira geração;
- Inibidor de beta-lactamase
(amoxacilina + ácido clavilânico).
20 mm Aparecimento de zona fantasma
Alargamento da zona de inibição
Controle de qualidade:
Controle negativo: Escherichia coli ATCC
25922;
Controle positivo: Klebsiella pneumoniae
ATCC 700603
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases AmpC (cefalosporinases)
São enzimas são normalmente resistentes à inibição por ácido clavulânico e
são mais ativas contra as cefalosporinas e cefamicinas como cefoxitina do que
contra benzilpenicilinas..
Atualmente, o CLSI não possui uma técnica padronizada para a detecção de
AmpC; no entanto, o teste de peneira ESBL pode ser usado para rastrear β-
lactamases do tipo AmpC.
Teste do disco para AmpC
Teste do disco com ácido
borônico
Teste tridimensional para detecção
de AmpC mediada por plasmídeo
Teste com Ágar
suplementado com Cefoxitina
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases AmpC (cefalosporinases)
Teste do disco para AmpC
É colocada sobre a superfície do Ágar
um disco de 30 µg de cefoxitina e
junto um disco Tris EDTA.
Disco contendo Tris-EDTA:
permeabiliza a célula bactéria.
Positivo: é observado uma trinca na
zona de inibição próxima ao disco de
cefoxitina, indicando inativação da
enzima.
K. pneumoniae, Salmonella, P.
Mirabilis E. coli
Teste do disco com ácido
borônico
É um método que é baseado na
inibição de AmpC com ácido fenil
borônico (AFB).
Dois discos de ceftazidima e
cefotaxima de 30 μg
Dois discos ceftazidima e cefotaxima
de 30 μg + 30 μl AFB.
Positivo: alo de inibição dos dois
discos com AFB ≥ 5mm em relação aos
dois discos sem AFB
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases AmpC (cefalosporinases)
Teste Tridimensional
- Inoculação do Ágar Mueller Hinton
com E. coli ATCC 25922;
- Um disco de cefoxitina 30 μg;
- Fenda de 5 mm em forma radial;
- Dentro da fenda a amostra é
colocada.
Positivo: Crescimento do
microrganismo no ponto de
interpetação da zona de inibição e a
fenda.
Teste com ágar suplementado
- Para realizar esta técnica, é utilizado o
Ágar Mueller Hinton com diferentes
concentrações de Cefoxitina (2, 4, 8 e
16 μg/mL) com E. coli ATCC 25922.
- Poços circulares de 5 mm de
diâmetro.
- 30 μL de extrato das células da
amostra cultivada tripticase e
centrifugadas.
Positivo: Zona de crescimento ao redor
da periferia do poço.
K. Pneumoniae e E. coli
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC)
As carbapenemases representam a família mais versátil das betalactamases,
estas enzimas têm a capacidade de hidrolisar os carbapenens e a grande
maioria hidrolisa quase todos os beta-lactâmicos para uso clínico.
O laboratório de microbiologia desempenha um papel muito importante na
detecção e confirmação da resistência em Enterobacteriaceae a carbapenens,
devido à sua rápida disseminação e à sua dificuldade para o tratamento
adequado.
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC)
Disco Difusão
- Discos de meropenem e ertapenem de 10
μg;
- Incubação de 35 ± 2 °C em condições
aeróbias para 16-18horas;
- Carbapenemase suspeita: diâmetro de
halo 16-21mm diâmetro halogénio
meropenem ertapenem 19-21mm;
- Deve ser confirmado com o teste de
Hodge;
- Não usar disco imipenem porque é pobre
preditor de carbapenemases;
- Controle de qualidade: E. coli ATCC 25922.
Microdiluição
- Imipenem, meropenem ou ertapenem de
1 μg/ml;
- Incubação de 35 ± 2 °C em condições
aeróbias para 16-20horas;
- Carbapenemase suspeita: ertapenem
2µg/mL, imipenem e meropenem 2-
4µg/mL;
- Deve ser confirmado com o teste de
Hodge;
- Controle de qualidade: E. coli ATCC 25922.
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC)
Preparar uma suspensão
da cepa E. coli ATCC
25922
Inoculação em
ágar Mueller
Hinton
Ertapenem
10 µg
3-5 colônias do
microrganismo
testado
Sulco sentido
disco periferia
Controle
positivo:
K.pneumoniae
BAA 1705
Controle
negativo: E. coli
ATCC 25992
Teste Hodge
A – Controle Negativo;
B – Controle Positivo.
C – Amostra Testada;
Positivo: Fenda no crescimento
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo metalo β-Lactamases (MBL)
São caracterizadas pela capacidade de hidrolisar carbapenêmicos e inibidores
de β-lactâmicos, como ácido clavulânico e tazobactam, mas suscetíveis à
inibição por agentes quelantes como EDTA, ácido mercaptoacético e ácido
mercaptopropiônico.
O CLSI não possui nenhum procedimento padronizado para a detecção de β-
lactamases de metalo; entretanto, alguns autores descreveram técnicas que
podem facilitar a detecção desse mecanismo pelo laboratório:
Etest
Tiras com imipenem e
imipenem-EDTA
Positivo: A presença de uma zona
fantasma entre os dois gradientes ou
a deformação na elipse imipenem.
Limitações: Enterobacteriaceae e pode
dar falsos positivos em P. aeruginosa
e A. baumannii
Sinergismo
Semelhante ao teste do acido borônico
sendo que os discos meropenem são
impregnados com EDTA
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo metalo β-Lactamases - New Delhi Metalobetalactamase
(NDM)
• É uma enzima da classe das metalo-betalactamases (grupo B de Ambler) ;
• Veiculada por plasmídeos (gene blaNDM);
• Hidrolisa todos beta- lactâmicos;
• quando se percebe a redução de sensibilidade aos carbapenens in vitro
em enterobactérias, é necessária a pesquisa de NDM.
• Para identificação da metalobetalactamase NDM-1 é necessária uma
pesquisa direta do gene blaNDM através da metodologia de PCR.
• O teste modificado de Hodge não foi sensível para detecção da atividade
de NDM. O Etest mostrou um resultado duvidoso.
Resistência em Gram-negativas
- β-Lactamases do tipo Oxilinase
• É uma enzima da classe das metalo-betalactamases (grupo B de Ambler) ;
• Veiculada por plasmídeos (gene blaNDM);
• Hidrolisa todos beta- lactâmicos;
• quando se percebe a redução de sensibilidade aos carbapenens in vitro
em enterobactérias, é necessária a pesquisa de NDM.
• Para identificação da metalobetalactamase NDM-1 é necessária uma
pesquisa direta do gene blaNDM através da metodologia de PCR.
• O teste modificado de Hodge não foi sensível para detecção da atividade
de NDM. O Etest mostrou um resultado duvidoso.
OBRIGADO!
Usem o antimicrobiano por via oral, via
intravenosa ou via tópica... Mas nunca por via
das dúvidas!!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Imunidade ativa e passiva
Imunidade ativa e passivaImunidade ativa e passiva
Imunidade ativa e passivaMessias Miranda
 
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e Alergias
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e AlergiasDoenças Auto-Imunes, Transplantes e Alergias
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e AlergiasIsabel Lopes
 
Imunidade adaptativa
Imunidade adaptativaImunidade adaptativa
Imunidade adaptativaSilas Gouveia
 
Antigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposAntigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposLABIMUNO UFBA
 
Genética bacteriana
Genética bacterianaGenética bacteriana
Genética bacterianakaiorochars
 
Antibióticos – soluções e problemas
 Antibióticos – soluções e problemas Antibióticos – soluções e problemas
Antibióticos – soluções e problemasClécio Bubela
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoSafia Naser
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneLys Duarte
 
32 Sistema ImunitáRio Defesas Especificas
32 Sistema ImunitáRio   Defesas Especificas32 Sistema ImunitáRio   Defesas Especificas
32 Sistema ImunitáRio Defesas EspecificasLeonor Vaz Pereira
 
Aula bacteriologia
Aula   bacteriologiaAula   bacteriologia
Aula bacteriologiaRogger Wins
 
Antifúngicos
Antifúngicos Antifúngicos
Antifúngicos dapab
 
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)Bio
 
ICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesRicardo Portela
 

Mais procurados (20)

Imunidade ativa e passiva
Imunidade ativa e passivaImunidade ativa e passiva
Imunidade ativa e passiva
 
Slide imuno
Slide imunoSlide imuno
Slide imuno
 
Aula 12 virus
Aula   12 virusAula   12 virus
Aula 12 virus
 
Auto imunidade
Auto imunidadeAuto imunidade
Auto imunidade
 
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e Alergias
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e AlergiasDoenças Auto-Imunes, Transplantes e Alergias
Doenças Auto-Imunes, Transplantes e Alergias
 
Imunidade adaptativa
Imunidade adaptativaImunidade adaptativa
Imunidade adaptativa
 
Antigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposAntigenos e Anticorpos
Antigenos e Anticorpos
 
Genética bacteriana
Genética bacterianaGenética bacteriana
Genética bacteriana
 
Imunodiagnostico
ImunodiagnosticoImunodiagnostico
Imunodiagnostico
 
Antibióticos – soluções e problemas
 Antibióticos – soluções e problemas Antibióticos – soluções e problemas
Antibióticos – soluções e problemas
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de ação
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema Imune
 
32 Sistema ImunitáRio Defesas Especificas
32 Sistema ImunitáRio   Defesas Especificas32 Sistema ImunitáRio   Defesas Especificas
32 Sistema ImunitáRio Defesas Especificas
 
Aula bacteriologia
Aula   bacteriologiaAula   bacteriologia
Aula bacteriologia
 
Aula antimicrobianos
Aula antimicrobianosAula antimicrobianos
Aula antimicrobianos
 
Antifúngicos
Antifúngicos Antifúngicos
Antifúngicos
 
Enterobactérias
EnterobactériasEnterobactérias
Enterobactérias
 
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)
Biotecnologia e Engenharia Genética (Power Point)
 
Hipersensibilidade
HipersensibilidadeHipersensibilidade
Hipersensibilidade
 
ICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - HipersensibilidadesICSA17 - Hipersensibilidades
ICSA17 - Hipersensibilidades
 

Semelhante a RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIBIÓTICOS(1).pptx

5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx
5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx
5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptxvalentimamuge
 
Como escolher antibioticos
Como escolher antibioticosComo escolher antibioticos
Como escolher antibioticosFredericoMMN
 
Antibioticos antibacterianos
Antibioticos antibacterianosAntibioticos antibacterianos
Antibioticos antibacterianosrafaelancelmo
 
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptUso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptDanielleRodriguesdos
 
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxFármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxbudjarne abdul
 
Microbiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxMicrobiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxLarcioFerreiraSilva
 
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacteriana
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacterianaApresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacteriana
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacterianaAmanda Consulin Amorim
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMizabellinurse
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderDouglas Lício
 
Farmacos antibioticos
Farmacos antibioticosFarmacos antibioticos
Farmacos antibioticosRhennan Lima
 
Antimicrobianos 18 04-2018
Antimicrobianos 18 04-2018Antimicrobianos 18 04-2018
Antimicrobianos 18 04-2018nipeal
 
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoMorfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoPedro Filho
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosedvandef
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosantoniohenriquedesou2
 
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfImunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfvitorepalmeida1
 
Bacterias
BacteriasBacterias
Bacteriassavaro
 

Semelhante a RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIBIÓTICOS(1).pptx (20)

Virulencia amanda guimaraes
Virulencia amanda guimaraesVirulencia amanda guimaraes
Virulencia amanda guimaraes
 
5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx
5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx
5.Principios terapia antimicrobiana-Resistencia.pptx
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino monera
 
Como escolher antibioticos
Como escolher antibioticosComo escolher antibioticos
Como escolher antibioticos
 
Aula slides bacteriologia
Aula slides   bacteriologiaAula slides   bacteriologia
Aula slides bacteriologia
 
Antibioticos antibacterianos
Antibioticos antibacterianosAntibioticos antibacterianos
Antibioticos antibacterianos
 
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptUso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
 
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxFármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
 
Microbiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxMicrobiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptx
 
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacteriana
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacterianaApresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacteriana
Apresentação: Estrategias moleculares para combate à resistência bacteriana
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
 
Farmacos antibioticos
Farmacos antibioticosFarmacos antibioticos
Farmacos antibioticos
 
Antimicrobianos 18 04-2018
Antimicrobianos 18 04-2018Antimicrobianos 18 04-2018
Antimicrobianos 18 04-2018
 
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoMorfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Atendente de Farmácia - Antibioticos
Atendente de Farmácia - AntibioticosAtendente de Farmácia - Antibioticos
Atendente de Farmácia - Antibioticos
 
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfImunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
 
Bacterias
BacteriasBacterias
Bacterias
 

Último

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
 

RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIBIÓTICOS(1).pptx

  • 1. RESISTÊNCIA BACTERIANA Jefferson Alexandre – Laísa Carolina – Yasmin Sarmento UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS ESCOLA DE ENFERMAGEM E FARMÁCIA – ESENFAR CURSO: FARMÁCIA
  • 2. Pequeno histórico…. • 1928 – Alexander Fleming descobre a Penicilina. Fleming – Primeiro a observar a resistência natural de microorganismos aos antibióticos. Bactérias do grupo coli-tifóide RESISTENTES A descoberta da penincilina. Foto tirada por Alexander Fleming. Observou que a colônia do fungo Penicilium acidentalmente contaminou a placa e inibiu o crescimento bacteriano nas suas proximidades
  • 3. Pequeno histórico…. • Década de 1940 – A era dos antibióticos. A penicilina é usada em grande escala durante a Segunda Guerra Mundial e em infecções por Staphylococcus e Streptococcus. Abraham e Chain – Descobriram uma enzima capaz de bloquear a ação da penicilina, denominada penicilinase . • No fim dos anos 50 – A espécie Staphylococcus aureus adquire resistência
  • 4. Pequeno histórico…. • Anos 60 e 70: Muitas cepas de bactérias adquirem resistência contra os antibióticos. O uso inadequado dos antibióticos foi um dos fatores que mais contribuiu. Ele acaba por selecionar exemplares resistentes. O processo é simples, mas perigoso: bactérias que sobrevivem aos antibióticos são resistentes, podem gerar outras bactérias que também são resistentes.
  • 5. A resistência bacteriana: RESISTÊNCIA BACTERIANA A capacidade que uma determinada cepa bacteriana pode apresentar em se multiplicar numa concentração antibiótica superior àquela que inibe a maior parte das bactérias pertencentes a essa mesma cepa. • constitui um sistema de defesa; • está sempre associada a um ou mais mecanismos metabólicos. Ao discutirmos a resistência bacteriana é conveniente considerar tanto os mecanismos de ação dos antimicrobianos quanto as propriedades necessárias para a sua eficácia.
  • 6. RESISTÊNCIA BACTERIANA A classificação mais comum dos antibióticos baseia-se no seu mecanismo de ação. • Inibição da síntese de parede celular; • Inibição da síntese de proteínas; • Alteração da membrana citoplasmática; • Inibidores da síntese dos ácidos nucléicos; • Alteração do metabolismo do ácido fólico.
  • 7. RESISTÊNCIA BACTERIANA Os antimicrobianos devem ser capazes de: • Alcançar os alvos moleculares, que são primariamente intracelulares. • Interagir com uma molécula-alvo de modo a desencadear a morte da bactéria; • Evitar a ação das bombas de efluxo; • Evitar a inativação por enzimas capazes de modificar o fármaco no ambiente extracelular ou no interior da célula bacteriana.
  • 8. RESISTÊNCIA BACTERIANA As bactérias podem expressar resistência: característica intrínseca de um microrganismo, que ocorre sem uma exposição prévia ao antibiótico mutações nos próprios genes ou pela aquisição dos genes de resistência de outras bactérias Natural Adquirida
  • 9. Resistência Adquirida Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar seu DNA, material genético, que ocorre de através de dois grandes mecanismos: • Mutação num loci do cromossoma; • Transferência horizontal de genes Alteração na sequência de bases do DNA sem aquisição de genes de outro microrganismo. Mutação Aquisição de genes de resistência anteriormente presentes em outros microrganismos. Transferência horizontal de genes
  • 10. Resistência Adquirida • PLASMÍDEOS são pequenos segmentos de DNA circular com replicação independente, presentes em bactérias. Os plasmídeos possuem variadas funções de acordo com os seus tipos. Fertilidade Bacteriana Resistência aos Antibióticos
  • 11. Resistência Adquirida • PLASMÍDEOS Fertilidade Bacteriana Resistência aos Antibióticos Os Plasmídeos de Fertilidade (F) possuem a única função de iniciar a conjugação bacteriana. Plasmídeos de Resistência (R) são os que contém os genes que tornam as bactérias resistentes aos antibióticos.
  • 12. Resistência Adquirida MUTAÇÃO • As mutações são alterações na estrutura dos genes, que podem ocorrer durante a replicação. • Envolve deleção, substituição ou adição. Leva a alterações na composição de aminoácidos de determinados peptídeos.
  • 13. Resistência Adquirida MUTAÇÃO • As mutações que ocorrem podem ser induzidas ou espontâneas. MUTAÇÕES Se o erro for um benefício para a bactéria, como no caso da resistência aos antibióticos, então tenderá a predominar naquela espécie. Induzidas Mudanças no DNA causadas por substâncias ambientais ou radiação. Espontâneas Mudanças naturais na estrutura do DNA. Erros durante a replicação.
  • 14. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • ocorre quando um dado microrganismo recebe material genético de outro microrganismo, passando a expressar a característica contida no gene recentemente adquirido. • Esse material genético pode ser transferido de algumas formas: transformação, transdução, conjugação e ainda transposição. • O processo de transmissão de genes é possível devido à presença de estruturas específicas no DNA designadas de Integrons.
  • 15. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transformação Processo no qual há lise de determinado microrganismo com liberação de seu material genético para o meio, dessa forma, outra bactéria é capaz de captar esse DNA incorporando-o ao seu genoma.
  • 16. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transformação Este mecanismo foi descoberto em Streptococcus pneumoniae, em 1928 por F. Griffith, tendo sido mais tarde encontrado em Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Bacillus subtilis e Staphylococcus sp.
  • 17. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transdução Envolve a incorporação acidental de DNA bacteriano cromossômico ou plasmidial por um bacteriófago durante seu processo de infecção celular. O bacteriófago atua então como um vetor
  • 18. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transdução Exerce papel importante na transferência de plasmídios R (resistência) entre S. aureus e Streptococcus pyogenes.
  • 19. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Conjugação É um processo que requer contato físico, bactéria-bactéria, em que uma das células, a doadora, transfere através de fímbria ou pilus sexual o material genético a outra, chamada receptora. A habilidade de uma bactéria em conjugar normalmente é codificada em plasmídios, chamados plasmídios F.
  • 20. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Conjugação Recebe material genético sob a forma de plasmídios que pode conter genes determinantes de resistência (plasmídios R). Pode ainda conjugar com outra bactéria, atuando agora como doadora, pois junto com genes de resistência, ela recebe genes conjugativos (plasmídios F).
  • 21. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Conjugação Nas bactérias Gram positivas, como por exemplo Enterococcus faecalis, a conjugação ocorre mediada por plasmídeos e o envolvimento de genes cromossómicos
  • 22. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transposição Há a dependência da presença na bactéria de segmentos curtos de DNA denominados transpossons. Transpossons são regiões de DNA móveis, capazes de migrar de uma região do DNA para outras regiões.
  • 23. Resistência Adquirida TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE GENES • Transposição Podem conter genes de resistência para um ou mais antibióticos. Um exemplo de Transpossons é encontrado em Enterococcus faecalis, e contém o gene que confere resistência à tetraciclina.
  • 24. Resistência Natural Mecanismos de resistência naturais de um gênero ou espécie bacteriana, é aquela que faz parte das características naturais, fenotípicas do microrganismo, transmitida apenas verticalmente à prole. Faz parte da herança genética do microrganismo.
  • 25. Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos CLSI – Clinical and Laboratory Standards Institute (Instituto de Normas Clínicas e Laboratoriais). Organização internacional, interdisciplinar e educacional que promove o desenvolvimento e a ampla utilização de normas e procedimentos laboratoriais padronizados. Facilitando um processo exclusivo de desenvolvimento de padrões de testes laboratoriais clínicos com base em informações e consenso entre profissionais da indústria, do governo e de saúde . 60 países 1.400 organizações Microbiologistas, farmacêuticos, biomédicos, etc.
  • 27. Diagnóstico microbiológico 1. Coleta 2. Identificação 3. Transporte da amostra Fase Pré-analítica 1. Processo 2. Qualidade 3. Resultados Fase Analítica 1. Relato do resultado 2. Intepretação do resultado 3. Diagnóstico 4. Tratamento Fase Pós-analítica Paciente
  • 28. Teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos (TSA) - Orienta a escolha; - Monitoramento de resistência bacteriana; - Implantação de medidas de controle. - Indicativo do tratamento mais eficaz; - Redução de custos; - Menor número de procedimentos invasivos; - Menos tempo de permanência dos pacientes. Disco Difusão em Ágar (Kirby e Bauer) Qualitativo • Diluição em caldo • Macrodiluição; • Microdiluição; • Diluição em Ágar; • Etest. Quantitativo Automatizados
  • 29. Teste de Suscetibilidade aos Antimicrobianos (TSA) MIC É a menor concentração inibitória mínima que inibe completamente o crescimento bacteriano. 12.5 6.25 3.12 g/mL
  • 30. Diluição em Caldo - Macrodiluição Primeira a ser utilizada na avaliação da sensibilidade aos agentes antimicrobianos e envolve a preparação de diluições seriadas e logarítmicas de antimicrobianos em um meio de cultura líquido, o qual permitirá o crescimento bacteriano.
  • 31. Diluição em Caldo - Macrodiluição Determinação de resultado quantitativo, a CIM Avaliação de um número substancial de bactérias Quantidade de reagentes utilizada Espaço necessário para o armazenamento dos tubos Possibilidade da ocorrência de erros durante a preparação Trabalho manual dispendioso na preparação do teste
  • 32. Diluição em Caldo - Microdiluição A microdiluição em caldo corresponde à miniatura da técnica de diluição. Ao contrário da anterior, a microdiluição em caldo utiliza placas de Elisa estéreis, com 96 poços, com o fundo em formato de “U”, para permitir a melhor visualização do crescimento bacteriano. É utilizado o caldo Mueller Hinton ajustado com cátions, que contém 20 a 25 mg de Ca2+ e 10 a 12,5 mg de Mg2+. Quantidade insuficiente de cátions pode aumentar a atividade de aminoglicosídeos e vice-versa.
  • 33. Diluição em Caldo - Microdiluição
  • 34. Diluição em Caldo - Microdiluição • economia de espaço e de reagentes; • reprodutibilidade dos resultados, devido à possibilidade de preparação de grande quantidade de placas a partir da mesma série de diluições de antimicrobianos; • geração de um resultado quantitativo; • conveniência de poder utilizar placas pré-fabricadas e sistemas automatizados. Vantagens • inflexibilidade na escolha dos antimicrobianos a serem testados, quando se utilizam as placas pré- fabricadas; • alto custo; • dificuldade em discernir o crescimento bacteriano da amostra inoculada daquele causado por bactérias contaminantes. Desvantagens
  • 35. Diluição em Ágar O método de diluição em ágar para determinar a susceptibilidade antimicrobiana, incorpora antimicrobiano no ágar e cada placa contém uma concentração antimicrobiana diferente. A suspensão da bactéria é ajustada ao padrão de turvação de 0,5 McFarland. Este método é recomendado para microrganismos exigentes como o N. gonorrhoeae. Podem ser avaliadas, incluídos os controles, até 32 bactérias simultaneamente, quando se utiliza a placa de 90 x 60 mm. Em geral, são necessárias de 6 a 12 placas para avaliar a sensibilidade a um antimicrobiano. As amostras bacterianas são inoculadas simultaneamente sobre a superfície do ágar utilizando o multi-inoculador, que dispensa de 1 a 3 μL de solução contendo aproximadamente o inóculo final de 1 x 104UFC/mL
  • 36. Diluição em Ágar Vantagens: Utilizado em estudos epidemiológicos  Fácil execução  Permite testar vários isolados simultaneamente  Promove resultados quantitativos  Permite o teste de bactérias fastidiosas  Baixo custo (relativo) Poucos isolados  Preparo das placas e estocagem Desvantagens: • é um método muito trabalhoso, no que se refere à preparação das placas e do inóculo bacteriano; • as placas de ágar contendo antimicrobianos devem ser preparadas, preferencialmente, no dia em que serão usadas, pois o armazenamento das placas pode determinar a perda da atividade antimicrobiana.
  • 37. Etest Determina a suscetibilidade de maneira quantitativa, é baseado no uso de tiras ou "epsilômetros" (AB Biodisk, Suécia) que contêm um gradiente exponencial contínuo de antibiótico e uma escala interpretativa.
  • 38. Etest Vantagens: • flexibilidade na escolha dos agentes antimicrobianos a serem testados; • fácil execução e fornecimento de um resultado quantitativo (CIM). Desvantagens: • alto custo das fitas; • número limitado de antimicrobianos testados por placa.
  • 39. Automatizado Os métodos automatizados costumam usar pontos de corte ou diluições em concentrações específicas que permitem diferenciar as categorias de interpretação. Quando sistemas comerciais são usados, as recomendações de fabricação devem ser seguidas em relação ao armazenamento, inoculação, incubação e interpretação. A FDA indica que os sistemas comerciais fornecem resultados de suscetibilidade equivalentes aos resultados gerados usando o método de referência recomendado pelo CLSI para os microorganismos e agentes antimicrobianos descritos no folheto de fabricação.
  • 41. Automatizado • maior rapidez na emissão dos resultados; • padronização intra e interlaboratorial; • disponibilidade de programas de computação adicionais, que permitem a redução do trabalho manual e a emissão simultânea de relatórios para a farmácia hospitalar; • alguns sistemas ainda têm um programa de computação denominado Expert, que auxilia a interpretação dos resultados dos testes de sensibilidade. Vantagens • estes sistemas são onerosos; • não fornecem o resultado exato da CIM, com exceção do BD PhoenixTM, que apresenta diluições seriadas; • alguns equipamentos não apresentam uma boa acurácia na detecção da expressão de alguns mecanismos de resistência, principalmente, os mecanismos de resistência induzíveis, que demandam maior tempo para sua expressão. Desvantagens
  • 42. Disco Difusão (Kirby e Bauer) O teste de disco-difusão em ágar foi descrito em 1966, por Kirby e Bauer. É um dos métodos de suscetibilidade mais simples, confiável e mais utilizado pelos laboratórios de microbiologia. Baseia-se na presença ou ausência de uma zona de inibição do crescimento, que é medida em milímetros.
  • 43. Disco Difusão (Kirby e Bauer) Meio de cultura Inóculo Preparo Semeadura Discos Aplicação Incubação das placas Leitura das placas Interpretação
  • 45. Disco Difusão (Kirby e Bauer) • fácil execução; • reprodutibilidade; • utilização de reagentes de baixo custo; • resultados de fácil interpretação clínica; • flexibilidade quanto à escolha dos antimicrobianos; • não requer utilização de equipamentos especiais. Vantagens falta de mecanização ou automação para realização deste teste; ausência de padronização do método para alguns microrganismos e agentes antimicrobianos, por exemplo: o S. pneumoniae versus ceftriaxona, que deverá ser avaliado por um método quantitativo; este método pode não ser adequado para a detecção de mecanismos de resistência resultantes da produção de beta-lactamases, por exemplo: o enterococo versus ampicilina, ou outros mecanismos mais complexos, como o estafilococo com sensibilidade diminuída aos glicopeptídeos. Desvantagens
  • 46. Disco Difusão (Kirby e Bauer) - Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby e Bauer) Composição química do meio de cultura Concentração de cátions pH - Agar Müeller-Hinton; - 4 a 6 mm de espessura; - Permite bom crescimento do microrganismo e uma boa difusibilidade do antibiótico, podendo ainda, se necessário, ser acrescido de sangue. - Variação de cátions divalentes, afetarão nos resultados com aminoglicosídeos, tetraciclina e colistina; - Concentrações; - Concentrações; - Timina e timidina. - O pH do meio deve estar entre 7,2 e 7,4.
  • 47. Disco Difusão (Kirby e Bauer) - Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby e Bauer) Inóculo Discos Cepas - Um inóculo com turvação a 0,5 da escala de McFarland deve ser usado. Esta escala deve ser mantida à temperatura ambiente e no escuro. - Os discos devem ser armazenados a -8 °C ou congelados a -14 °C; - Remoção dos discos duas horas antes da utilização; - Guardados com dessecantes; - Devem utilizar o disco com concentração e validade correta. - De acordo com o teste de susceptibilidade (método de difusão em disco, diluição em ágar e microdiluição) e o agente antimicrobiano, a cepa ATCC é selecionada.
  • 48. Disco Difusão (Kirby e Bauer) - Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby e Bauer) Incubação A temperatura e o tempo de incubação dependem do microrganismo a ser testado.
  • 49. Disco Difusão (Kirby e Bauer) - Fatores que influenciam o resultado de um TSA – Disco-difusão (Kirby e Bauer) Incubação
  • 50. Escolha do antimicrobiano - As recomendações do Instituto de Padrões do Laboratório Clínico dos Estados Unidos (CLSI) para cada grupo de microorganismos abrangem agentes com eficácia comprovada cujos testes são aceitáveis in vitro. - Considerações também são estabelecidas para agentes antimicrobianos em testes específicos, eficácia clínica, prevalência de resistência e recomendação para a seleção de antimicrobianos de primeira linha e agentes alternativos. - O CLSI agrupa os antimicrobianos da seguinte forma: Grupo A Drogas de primeira escolha para o antibiograma. Grupo B Agentes clinicamente importante. Usados quando organismo resistente ao grupo A, Infecção polimicrobiana, alergia, intolerância, resposta clínica inadequada. Grupo C Agentes alternativos ou suplementares, usados quando há resistência a antimicrobianos primários. Grupo U Agentes antimicrobianos que são usados apenas para o tratamento de infecções do trato urinário. Grupo O Inclui agentes que têm indicações clínicas para o grupo de organismos, mas geralmente não são candidatos a testes de rotina. Grupo Inv Inclui agentes que estão sob investigação e ainda não foram aprovados pelo FDA. Para o CLSI, a seleção de antimicrobianos baseia-se em tabelas de relatórios de rotina, relatórios seletivos e em consulta com o comitê de Doenças Infecciosas e a farmácia.
  • 51. Escolha do antimicrobiano - Os testes de suscetibilidade antimicrobiana são indicados para qualquer organismo envolvido em um processo infeccioso; - Não é indicado quando a infecção é causada por um microrganismo conhecido por ser suscetível a um determinado medicamento ; - Quando a natureza da infecção não é clara e na amostra uma mistura de diferentes microrganismos ou flora normal é observada, os testes de suscetibilidade não são indicados, pois podem gerar um uso inadequado de um antibiótico - Critérios para Interpretação de Testes de Suscetibilidade Farmacológico Farmacocinético Microbiológico Clínico Susceptível (S) Quando o microrganismo é inibido pelas concentrações atingidas pelo agente antimicrobiano quando a dose recomendada é usada para o local da infecção. Intermediário (I) A categoria intermediária implica eficácia clínica em locais no corpo onde a droga é fisiologicamente concentrada ou quando uma dose maior que o normal pode ser usada. Resistente (R) Quando o isolamento não é inibido pelas concentrações séricas do antimicrobiano normalmente atingidas em doses normais. Não susceptíveis Os isolados que têm CIM acima ou um diâmetro da área abaixo dos valores indicados para o ponto de corte como suscetíveis, podem ser relatados como "não suscetíveis“.
  • 52. Escolha do antimicrobiano - Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
  • 53. Escolha do antimicrobiano - Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
  • 54. Escolha do antimicrobiano - Sugestão do FDA Clinical Indications para grupos de agentes antimicrobianos
  • 55. Escolha do antimicrobiano - Controle de Qualidade por teste de Disco Difusão Condições para o teste: - Meio: para Disco Difusão - - Agar Mueller Hinton 90x15mm ou 140x15mm - - Inoculo: suspensão realizada direto da colônia, equivalente a escala 0,5 de Mac Farland - - Incubação: temperatura de 35±2ºC, por 20 a 24 horas em ar ambiente.
  • 56. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases São enzimas catalíticas que quebram a ligação amida do anel beta-lactâmico, fazendo com que o antibiótico perca sua capacidade de se ligar às proteínas de ligação à penicilina e sua ação bactericida.. - β-lactamases de espectro extendido (ESBL) Capazes de hidrolisar o anel beta-lactâmico de cefalosporinas de terceira geração e dos monobactâmicos. Grupo 2b Grupo 2be
  • 57. Resistência em Gram-negativas - Detecção de ESBL Indicados principalmente para: Métodos: Disco difusão Microdiluição em caldo Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Escherichia coli O CLSI recomenda que para esta técnica devem ser levadas em consideração em termos de meio de cultura (Agar Mueller Hinton ou caldo Mueller Hinton), concentração de inóculo (padrão 0,5 McFarland), tempo e atmosfera de incubação.
  • 58. Resistência em Gram-negativas - Detecção de ESBL Métodos alternativos: Etest Tiras contendo concentrações decrescentes de cefalosporina (ceftazidima) e do outro lado a mesma cefalosporina com uma concentração fixa de ácido clavulânico. Ágar Mueller Hinton. Ordem da redução da concentração dupla Relação >8
  • 59. Resistência em Gram-negativas - Detecção de ESBL Métodos alternativos: Duplo disco difusão A cepa é testada frente a dois discos: - Cefalosporina de terceira geração; - Inibidor de beta-lactamase (amoxacilina + ácido clavilânico). 20 mm Aparecimento de zona fantasma Alargamento da zona de inibição Controle de qualidade: Controle negativo: Escherichia coli ATCC 25922; Controle positivo: Klebsiella pneumoniae ATCC 700603
  • 60. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases AmpC (cefalosporinases) São enzimas são normalmente resistentes à inibição por ácido clavulânico e são mais ativas contra as cefalosporinas e cefamicinas como cefoxitina do que contra benzilpenicilinas.. Atualmente, o CLSI não possui uma técnica padronizada para a detecção de AmpC; no entanto, o teste de peneira ESBL pode ser usado para rastrear β- lactamases do tipo AmpC. Teste do disco para AmpC Teste do disco com ácido borônico Teste tridimensional para detecção de AmpC mediada por plasmídeo Teste com Ágar suplementado com Cefoxitina
  • 61. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases AmpC (cefalosporinases) Teste do disco para AmpC É colocada sobre a superfície do Ágar um disco de 30 µg de cefoxitina e junto um disco Tris EDTA. Disco contendo Tris-EDTA: permeabiliza a célula bactéria. Positivo: é observado uma trinca na zona de inibição próxima ao disco de cefoxitina, indicando inativação da enzima. K. pneumoniae, Salmonella, P. Mirabilis E. coli Teste do disco com ácido borônico É um método que é baseado na inibição de AmpC com ácido fenil borônico (AFB). Dois discos de ceftazidima e cefotaxima de 30 μg Dois discos ceftazidima e cefotaxima de 30 μg + 30 μl AFB. Positivo: alo de inibição dos dois discos com AFB ≥ 5mm em relação aos dois discos sem AFB
  • 62. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases AmpC (cefalosporinases) Teste Tridimensional - Inoculação do Ágar Mueller Hinton com E. coli ATCC 25922; - Um disco de cefoxitina 30 μg; - Fenda de 5 mm em forma radial; - Dentro da fenda a amostra é colocada. Positivo: Crescimento do microrganismo no ponto de interpetação da zona de inibição e a fenda. Teste com ágar suplementado - Para realizar esta técnica, é utilizado o Ágar Mueller Hinton com diferentes concentrações de Cefoxitina (2, 4, 8 e 16 μg/mL) com E. coli ATCC 25922. - Poços circulares de 5 mm de diâmetro. - 30 μL de extrato das células da amostra cultivada tripticase e centrifugadas. Positivo: Zona de crescimento ao redor da periferia do poço. K. Pneumoniae e E. coli
  • 63. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC) As carbapenemases representam a família mais versátil das betalactamases, estas enzimas têm a capacidade de hidrolisar os carbapenens e a grande maioria hidrolisa quase todos os beta-lactâmicos para uso clínico. O laboratório de microbiologia desempenha um papel muito importante na detecção e confirmação da resistência em Enterobacteriaceae a carbapenens, devido à sua rápida disseminação e à sua dificuldade para o tratamento adequado.
  • 64. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC) Disco Difusão - Discos de meropenem e ertapenem de 10 μg; - Incubação de 35 ± 2 °C em condições aeróbias para 16-18horas; - Carbapenemase suspeita: diâmetro de halo 16-21mm diâmetro halogénio meropenem ertapenem 19-21mm; - Deve ser confirmado com o teste de Hodge; - Não usar disco imipenem porque é pobre preditor de carbapenemases; - Controle de qualidade: E. coli ATCC 25922. Microdiluição - Imipenem, meropenem ou ertapenem de 1 μg/ml; - Incubação de 35 ± 2 °C em condições aeróbias para 16-20horas; - Carbapenemase suspeita: ertapenem 2µg/mL, imipenem e meropenem 2- 4µg/mL; - Deve ser confirmado com o teste de Hodge; - Controle de qualidade: E. coli ATCC 25922.
  • 65. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo Carbapenamases (KPC) Preparar uma suspensão da cepa E. coli ATCC 25922 Inoculação em ágar Mueller Hinton Ertapenem 10 µg 3-5 colônias do microrganismo testado Sulco sentido disco periferia Controle positivo: K.pneumoniae BAA 1705 Controle negativo: E. coli ATCC 25992 Teste Hodge A – Controle Negativo; B – Controle Positivo. C – Amostra Testada; Positivo: Fenda no crescimento
  • 66. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo metalo β-Lactamases (MBL) São caracterizadas pela capacidade de hidrolisar carbapenêmicos e inibidores de β-lactâmicos, como ácido clavulânico e tazobactam, mas suscetíveis à inibição por agentes quelantes como EDTA, ácido mercaptoacético e ácido mercaptopropiônico. O CLSI não possui nenhum procedimento padronizado para a detecção de β- lactamases de metalo; entretanto, alguns autores descreveram técnicas que podem facilitar a detecção desse mecanismo pelo laboratório: Etest Tiras com imipenem e imipenem-EDTA Positivo: A presença de uma zona fantasma entre os dois gradientes ou a deformação na elipse imipenem. Limitações: Enterobacteriaceae e pode dar falsos positivos em P. aeruginosa e A. baumannii Sinergismo Semelhante ao teste do acido borônico sendo que os discos meropenem são impregnados com EDTA
  • 67. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo metalo β-Lactamases - New Delhi Metalobetalactamase (NDM) • É uma enzima da classe das metalo-betalactamases (grupo B de Ambler) ; • Veiculada por plasmídeos (gene blaNDM); • Hidrolisa todos beta- lactâmicos; • quando se percebe a redução de sensibilidade aos carbapenens in vitro em enterobactérias, é necessária a pesquisa de NDM. • Para identificação da metalobetalactamase NDM-1 é necessária uma pesquisa direta do gene blaNDM através da metodologia de PCR. • O teste modificado de Hodge não foi sensível para detecção da atividade de NDM. O Etest mostrou um resultado duvidoso.
  • 68. Resistência em Gram-negativas - β-Lactamases do tipo Oxilinase • É uma enzima da classe das metalo-betalactamases (grupo B de Ambler) ; • Veiculada por plasmídeos (gene blaNDM); • Hidrolisa todos beta- lactâmicos; • quando se percebe a redução de sensibilidade aos carbapenens in vitro em enterobactérias, é necessária a pesquisa de NDM. • Para identificação da metalobetalactamase NDM-1 é necessária uma pesquisa direta do gene blaNDM através da metodologia de PCR. • O teste modificado de Hodge não foi sensível para detecção da atividade de NDM. O Etest mostrou um resultado duvidoso.
  • 69. OBRIGADO! Usem o antimicrobiano por via oral, via intravenosa ou via tópica... Mas nunca por via das dúvidas!!