4. Mutação: alteração na sequência de
bases do DNAsem aquisição de genes de
outro microrganismo.
Recombinação genética: alteração no
genótipo que ocorre pela aquisição de
material genético de outro
microrganismo.
Processovertical
Ocorre durante
replicação
cromossomo
Processo
horizontal
Ocorredurante
transformação,
transdução e
conjugação
Variabilidade genética
9. Diversidadee ubiquidade bacteriana
Conjuntodenichos
ambientais quefornece:
Nutrientes
Umidade
Calor
Osmicrorganismos sãoubíquos.
Os ecossistemas são normalmente colonizados
por uma ampla e diversa microbiota,
formada principalmente por bactérias efungos.
Microbiota que coloniza o corpo humano é
numerosa, complexa e diversa.
10. ECOSSISTEMAHUMANO
Número de células do nossocorpo: 10trilhões
Número de células microbianas no nossocorpo:1012
Número de células microbianas no trato gastrintestinal humano:1013
Biomassabacteriana no intestino humano: 1,2 kg(40 a50%do pesofecal)
Diversidadee ubiquidade bacteriana
Nascidos em um ambiente repleto de micróbios, todos os
animais tornam-se infectados desde o momento do
nascimento e, por toda a vida, tanto o homem como outros
seresvivosalbergamumavariedadedeespécies bacterianas.
11. Exposição ao mundo microbiano
Morte
Doença- alteração do estado normal doorganismo
Infecção ou colonização - presença e multiplicação de
uma bactéria em um hospedeiro, sem sinais e sintomas
perceptíveis de doença. Infecção pode existir sem
doença detectável.
ExposiçãoXColonizaçãoXDoença
12. • Os microrganismos que habitam os diversos sítios anatômicos
do corpo humano e outros animais saudáveis podem ser
classificados em dois grupos:
Microbiota
13. contra instalação de microrganismos
•Barreira
patogênicos
• Produçãode substâncias utilizáveis pelo hospedeiro
• Degradaçãode substâncias tóxicas
• Modulação do sistemaimunológico
• Microrganismos encontrados com regularidade em
determinada área, quase sempre em altosnúmeros
• Não produzem doença em condiçõesnormais;
• Diversificada habilidade metabólica
Funções
14. Microrganismos podem se comportar como
patógenos oportunistas, em situações de
desequilíbrio ou ao serem introduzidos em sítios
não específicos.
Ex:E.coli no intestino: inofensivo
E.coli no trato urinário: colonização -infecção
urinária (doença)
Caráter anfibiôntico
16. • Microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos;
• Passam“temporariamente” pelo hospedeiro
Alguns microrganismos transitórios têm pouca importância,
desde que amicrobiota residente esteja emequilíbrio:
=> Havendo alteração nesse equilíbrio, os microrganismos
transitórios podem proliferar-se e causardoença
17. Ummicrorganismoé umpatógeno
sefor capazde causardoença
Patogenicidade – propriedade de um microrganismo
provocar alterações fisiológicas no hospedeiro, ou seja,
capacidade de produzir doença.
Virulência– Grau de patogenicidade, determinada pelos
fatores de virulência expressospelascélulas.
25. Os fatores de virulência são estruturas, produtos ou mecanismo
usados pelas bactérias para aumentar sua capacidade de causar
infecção.
INFECÇÃO X DOENÇA
Infecção: contato com o patógeno; presença do patógeno no organismo;
Doença: manifestação sintomática da ação patogênica;
Patogenicidade: capacidade da bactéria de causar infecção e virulência;
FATORES DE VIRULÊNCIA
26. Bactérias podem causar doença por 2 mecanismosprincipais:
Invasãoe inflamação:
- Bactérias podem aderir às células do hospedeiro, penetrar e se
multiplicar no local nos tecidos sadios, induzindo a resposta
inflamatória (eritema, edema, calor edor)
Produçãodetoxinase/ou enzimas:
- exotoxinas: polipeptídeos secretados pelascélulas;
- endotoxinas: LPSpresentes na parede celular de Gramnegativas.
Comoasbactériascausamdanosàscélulas
hospedeiras
27. Mecanismo de Virulência
PATOGENIA DA INFECÇÃO BACTERIANA
ADERÊNCIA DA BACTÉRIA
MULTIPLICAÇÃO LOCAL
Sistema Linfático
DISSEMINAÇÃO
CORRENTE SANGUÍNEA
Bacteriemia
ÓRGÃOS ALVOS
28. Adesinas ou ligantes;
Cápsulas;
Flagelos
Protease IgA
Endotoxinas
Exotoxinas
Capacidade de transportar o ferro
Slime
Lipopolissacáride
Peptídeoglicano
Fímbrias
PRINCIPAIS FATORES DE VIRULÊNCIA
29. Comoasbactériascausamdanosàscélulas
hospedeiras:invasãoe inflamação
Danodireto – aprópria aderência e invasão da bactéria causa
danos e lise dascélulashospedeiro.
Ex:Shigella, E.coli,Salmonella e N. gonorrhoeae
Adesão: geralmente é específica, dependente do
reconhecimento bactéria-hospedeiro
• Adesinas - localizadas em estruturas de
superfície da célula e interagem com
receptores dascélulas do hospedeiro.
30. Adesinas ou ligantes
Pili ou fímbrias e outras adesinas
Moléculas de superfície no patógeno que
se unem especificamente a receptores de
superfície no hospedeiro;
Aderência a mucosas
Reconhecem receptores especializados na
superfície de epitélios viabilizando a
colonização e infecção;
Invasão das células e tecidos do
hospedeiro
31. Pili ou fímbrias e outras adesinas
A maioria é composta de
glicoproteínas ou lipoproteínas
Presença de múltiplos pili poderá
constituir um poderoso mecanismo de
invasão;
Escherichia coli
Adesinas ou ligantes
33. Natureza protéica (pilina)
Mais curtos que osflagelos
Aderência
Fímbria ou Pili F – transferência de material genético durante a
conjugação
Fímbrias/pili
Pilus associado
a conjugação
34. Locomoção:movimento rotatório
Formam longos filamentos que partem do corpo da bactéria e
seestendem externamente àparede celular.
Ancorado na superfície da célula
Proteína flagelina
Flagelos
36. Estruturasexternasàparede celular
Polímero viscoso e gelationoso situado externamente àparede
celular, composto de polissacarídeo e/ou polipeptídeo.
• Proteção da célula bacteriana contradesidratação.
• Aderência – auxiliam na ligação da bactéria à superfícies
bióticas ou abióticas.
• Proteção - resistência à fagocitose pelas células de defesa do
corpo (fator devirulência).
=>bactérias encapsuladas sãomais VIRULENT
ASdo que asnão
encapsuladas.
Cápsula
41. Váriascamadas depeptidioglicano(cerca de 90%da parede)
Ácido teicoico (polissacarídeo ácido com resíduo de glicerol
fosfatoouribitol fosfato).
Paredecelular de Gram positiva
42. Poucascamadasde peptidioglicano(cercade10%)
Membrana externa
- Lipopolissacaríedo(LPS)
- Proteínas:porinas,lipoproteínas
Espaçoperiplasmático– entre amembranaexterna e membrana
citoplasmática
Paredecelular de Gram negativa
43. • Internamente => camada de fosfolipídeos e lipoproteína, ancorada ao
peptidioglicano.
• Externamente =>lipopolissacarídeo (LPS)
Paredecelular de Gram negativa
Membrana
citoplasmáti
ca
Citoplas
ma
Lipopolissacarideo
Membrana externa
Espaço
periplasmático
e lipoproteínas
Peptideoglicano
44. 3 componentes ligados covalentemente: lipídeo A, polissacarídeo cerne e
polissacarídeo O.
ENDOTOXINA
Diarreia, vômitos, febre e choque
potencialmente fatal
Estrutura do LPS
45. Proteína A (SpA)
Tem a habilidade de se ligar à porção
FC de IgG, impedindo, portanto que ela
sirva de fator de opsonização na
fagocitose.
IgG
S. aureus
SpA (Atn)
Fab
Fc
Fab
Proteína-A: Inibição de fagocitose
46. Toxinas Características:
Exotoxinas
• Excretadas por células
vivas
• Produzidas por bactérias
gram (+) e gram (-)
• Relativamente instáveis
• Altamente tóxicas
Endotoxinas
• Parte integrante da parede
celular das bactérias gram (-).
Liberadas durante a lise
• Encontradas apenas em
bactérias gram (-), LPS
• Relativamente estáveis
• Moderadamente tóxicas
Toxinas
48. Produçãode enzimas
Enzimas
• Coagulase– coagula o fibrinogênio no sangue,forma coágulo
– protege abactéria da fagocitose e aisola de outras defesas
do hospedeiro.
Staphylococcus aureus
49. Produçãode enzimas
• Colagenase – hidrólise do colágeno que forma os tecidos
conectivos de músculos e outros tecidos e órgãos. Células do
hospedeiro tornam-se fracamente aderidas =>disseminação da
bactéria.
Streptococcus spp
Clostridium perfringens
51. - Age nas junções
neuromusculares e impede a
transmissão de impulsos dos
neurônios para o músculo
pela inibição da liberação de
acetilcolina.
- Paralisia – músculo não
se contrai
Neurotoxina– Clostridiumbotulinum
Toxinabotulínica – agenasjunçõesneuromuscularese impedea
transmissãodeimpulsosparamúsculo(não secontrai)
57. Biofilme
Comunidades microbianas complexas, e dinâmicas, envoltas por
uma matriz, geralmente polissacarídica, proteção contra:
Radiações UV
Fagocitose
Desidratação
Predadores
Antimicrobianos
58. Biofilme (slime)
Infecção associada a cateter ou
próteses em geral, lentes de contato,
etc;
Diretamente relacionada com a
produção de uma matriz que se adere
ao plástico, formando uma malha;
Em um biofilme, as bactérias podem
ser 1000 vezes mais resistente a um
antibiótico;
Exs: S. aureus,
S. epidermidis,
S. mitis
P. aeruginosa
E. coli
Placa dentária- biofilme
59. Identificação da produção de Slime
pelo Staphylococcus
Placa com meio adicionado do corante vermelho congo
Colônias negras e rugosas
são produtoras de Slime
Colônias vermelhas são
Slime negativo
60. 1. Fatores antifagocíticos
Algumas espécies de bactérias têm a capacidade de
adquirir componentes normais do hospedeiro e inseri-los
em sua superfície.
2.Patogenicidade intracelular
Algumas bactérias conseguem sobreviver ao ataque do
hospedeiro por viver e multiplicar-se no interior de
leucócitos polimorfonucleares.
3.Heterogeneidade antigênica
4.Necessidade de ferro
Patogenia Da Infecção Bacteriana
Mecanismos De Virulência
61. Concentração de ferro nos tecidos
Ligação a proteínas (transferrina, ferritina, lactoferrina)
mantém o crescimento bacteriano;
Em resposta à infecção, diminui ainda mais o ferro
disponível por passagem de transferrina a lactoferrina
(hipoferremia);
Entre as bactérias patogênicas o sucesso da infecção
depende da capacidade de transportar ferro
desenvolvimento de sistemas de transporte de ferro de
alta afinidade: SIDERÓFOROS
63. Fatoresde proteção do hospedeiro
• Respostasimunes inatas
Proporcionam respostas locais rápidas ao desafio de uma bactéria -
Sistema complemento, neutrófilos, macrófagos e células natural killer
• Respostasimunes adaptativas
Identificam, atacam e eliminam asbactérias de forma específica-
Anticorpos e célulasT
Barreirasimunológicasdo hospedeiro
Macrófagofagocitando
bactérias
Antígeno -anticorpo
64. • Idade
- Crianças: mais susceptíveis às infecções (intestinais e
respiratórias)
- Idosos: mais susceptíveis àsinfecções respiratórias.
• Estressee dieta
- Fontes de estresse fisiológico (fadiga, dieta pobre,
desidratação, mudanças climáticas bruscas) – aumentam a
incidência e gravidade dasdoençasinfecciosas.
• Hospedeirocomprometido
- Um ou mais mecanismos de defesa estão inativados –
maior vulnerabilidade
Fatoresderiscodo hospedeiro
67. (Microbe, 2006)
Quais são cartas das bactérias? “As cartas de virulência”
Cada fator de virulência é considerado uma carta que pode
contribuir para apatogenicidade bacteriana