O documento discute comportamentos normais e patológicos em crianças, focando-se em problemas comuns como choro, birras, inquietação e hiperatividade. Explica que o choro em bebés é normal, mas que bebés "chorões" podem precisar de mais atenção. Birras em crianças de 2-3 anos também são normais, mas os pais devem manter a calma e ignorar birras que ocorrem para manipular. Inquietação em crianças pequenas é normal, mas pode ser um sinal de hiperatividade se persistir
2. Plano do Módulo
• Apresentação do Módulo
• Diagnóstico inicial
• Plano de Objectivos• Plano de Objectivos
– Conteúdos Programáticos
– Metodologias
– Avaliação
– Trabalho Final
4. Normal e Patológico
N o r m a l
O normal enquanto saúde, oposto à
doença;
O normal enquanto média estatística;
O normal enquanto ideal, utopia a realizar-
se ou a aproximar-se;
O normal enquanto um processo de
procura de equilíbrio.
5. Normal e Patológico
C r i a n ç a - ser individual
Reconhecer os sintomas;
Avaliar a função e o peso que esses
sintomas têm na estrutura da criança;sintomas têm na estrutura da criança;
Avaliar essa estrutura no âmbito da
evolução genética e do seu ambiente;
Só depois se poderá concluir
se serão sintomas normais ou
patológicos
6. Normal e Patológico
C r i a n ç a - ser individual
“O objectivo não é necessariamente
tornar a criança conforme o que o seu
meio, família, escola ou a sociedademeio, família, escola ou a sociedade
esperam dela, mas sim torná-la capaz
de ascender, com o menor número de
limitações possível, à sua autonomia e
felicidade.”
Chiland (1965)
9. Bebé
C h o r o
Até às 6 semanas - 2/3 h por dia
4º/6º mês - 1h por dia4º/6º mês - 1h por dia
Nos primeiros meses, 40% do choro
surge durante a noite, à medida que a
criança cresce, chora mais tempo de
dia do que de noite.
10. Bebé
B E B É C H O R Ã O
O bebé chorão é muito sensível e reage
queixando-se ou chorandoqueixando-se ou chorando
abertamente.
Quanto maior a ansiedade
ou angustia dos pais/educadores,
maior a inquietação da
criança.
11. Bebé
B E B É C H O R Ã O
É importante dedicar mais tempos e atenção
ao bebé nos momentos em que ele está
contente e calmo.
Para que o choro sem motivo desapareça por
completo, é necessário que os
pais/educadores não lhe dêem importância
enquanto chora e respondam de imediato
quando a criança deixa de chorar.
Com um bebé chorão também convém
antecipar-se ao choro quando se apercebe
que está mal-humorado e confortá-lo antes
que comece a ficar desesperado.
12. Birras e amuos
B I R R A
2/3 anos –
sentimento desentimento de
identidade está a
afirmar-se, começa a
ter vontade própria e
sente procura
manifestar-se.
13. Birras e amuos
B I R R A
A birra é uma das formas normais que a criança
tem de manifestar a frustração que sente.
Pelas contrariedades apresentadas pelosPelas contrariedades apresentadas pelos
pais/educadores,
Pelas suas próprias limitações físicas,
Pela sua dificuldade em se expressar verbalmente,
Por não entenderem as explicações e/ou não as
aceitarem,
Porque querem que as suas vontades se cumpram
imediatamente,
Porque quando não conseguem algo sentem um
grande desgosto.
14. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Antes: prevenir_deve evitar-se o cansaço ou uma super-
estimulação, parando as actividades antes que isso
aconteça.
Durante: tentar não perder a calma_ter-se consciência deDurante: tentar não perder a calma_ter-se consciência de
que é uma situação normal, embora incomoda. O adulto
deverá ser um bom modelo de auto controlo. Não é preciso
bater, castigar ou fazer troça.
Também não se deve ceder quando a birra é fruto de uma
proibição que os educadores consideram completamente
justificada.
Depois: depois do “berreiro” a criança precisa de confirmar
que os educadores, apesar de tudo, continuam a gostar dela
e aproxima-se em busca de afecto. É importante que estes
lhe peguem ao colo, sem fazer comentários sobre a birra e
apreciem a calma e a possibilidade de diálogo.
15. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Ter disponível um lugar sem distracções, mas sem
ser escuro nem desagradável.
Avisar de antemão quais os comportamentos não
desejados (bater, insultar) que irão provocar o
Avisar de antemão quais os comportamentos não
desejados (bater, insultar) que irão provocar o
isolamento.
Levar a criança ao lugar com firmeza, mas sem se
alterar e explicando-lhe claramente o motivo, sem
ceder.
Respeitar escrupulosamente o tempo de
isolamento, que não deve ser muito (bastam alguns
minutos).
16. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
A técnica do isolamento é benéfica para que a
criança se acalme e os pais consigam que oscriança se acalme e os pais consigam que os
filhos não reajam constantemente com birras.
É importante que a criança compreenda por
que razão os pais/educadores estão
aborrecidos com ela e o que deve fazer de
futuro para o evitar.
17. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Às vezes as crianças acalmam-se abraçando-
as e balançando-as um pouco. Não se deve
troçar. A sua frustração e raiva são reais e nãotroçar. A sua frustração e raiva são reais e não
merecem que se lhes falte ao respeito.
Também não se deve ridicularizá-las nem
dizer-lhes que os seu aborrecimento é pateta.
Deve-se mostrar compreensão para com esse
aborrecimento, mesmo que o mesmo não se
possa evitar.
18. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Algumas vezes as birras são uma
manifestação de sentimento de falta de
atenção. É importante dedicar um tempoatenção. É importante dedicar um tempo
especial à criança diariamente (em especial,
os pais).
19. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Deve-se avaliar se há alguma coisa que esteja
a provocar alteração na vida da criança, que
lhe provoque incómodo, tristeza, frustração.lhe provoque incómodo, tristeza, frustração.
Os pais/educadores deverão analisar se
estarão a ser demasiado rígidos e se a criança
estará a receber o afecto e a atenção que
necessita.
A birra poderá manifestar-se um sintoma de
algo forte emocionalmente que a criança
estará a sentir.
20. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Quando é evidente que a criança está a transformar
as birras num modo de conseguir sempre o que quer,
é preciso aprender a ignorá-las. Mesmo que
inicialmente intensifiquem o berreiro, se houverinicialmente intensifiquem o berreiro, se houver
persistência no método, as birras acabarão por
diminuir.
Nesta técnica, é importante permanecer impassível
enquanto a birra durar. Quando terminar, deve-se
acolher a criança, sem mencionar o sucedido, dando-
lhe oportunidade de se reconciliar e de receber um
elogio pelo seu bom comportamento.
21. Birras e amuos
B I R R A – O que fazer?
Depois de uma birra é necessário que os
pais/educadores dialoguem com a criança de
forma tranquila, para que esta entenda queforma tranquila, para que esta entenda que
com gritos e violência não se consegue nada.
Cabe aos pais/educadores
evitar que as crianças julguem
que com birras conseguem o
que querem!!
22. Birras e amuos
B I R R A
As birras vão sendo menores àAs birras vão sendo menores à
medida que os pais/educadores
elogiam e valorizamos momentos
em que a criança consegue
dominar-se e exprimir a sua raiva
ou frustração com palavras.
24. Irrequietude ou hiperactividade?
Irrequietude primária
• Até 2/3 anos
• A criança desloca-se para ir á
procura de situações que lhe
interessam ou para se afastarinteressam ou para se afastar
de situações que já não lhe
interessam
À medida que a criança vai
construindo um aparelho
mental, vai substituindo a
aventura motora pela aventura
mental
25. Irrequietude ou hiperactividade?
Irrequietude
• Após 3 anos
• Ansiedade
• Movimentação excessiva: anda• Movimentação excessiva: anda
sempre à procura, em fuga
constante, sem conseguir parar.
• Algumas crianças só encontram
calma nessa movimentação, sendo
incapazes de estar sentadas.
• Não têm consciência da sua
irrequietude.
26. Irrequietude ou hiperactividade?
Irrequietude
• Poderão:
• Ter dificuldades de aprendizagem;
• Ser agressivas;
• Ter problemas de indisciplina e de relação com os• Ter problemas de indisciplina e de relação com os
colegas e professores;
• Ter problemas ao nível do sono (dormem mal, sonham
pouco, não há passagem gradual entre vigília e sono);
• Ser mais propensas a acidentes (têm dificuldade em
pensar nos riscos que correm);
PERTURBAÇÕES DA LINGUAGEM
PERTURBAÇÕES DO PENSAMENTO
27. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = Perturbação Deficitária
da Atenção com Hiperactividade
• A criança mexe-se mais, reflecte menos e está• A criança mexe-se mais, reflecte menos e está
mais distraída comparativamente às crianças da
mesma idade.
• O hiperactivo é incapaz de controlar a sua
atenção, a sua impulsividade e a sua necessidade
de movimento.
• Não se trata de ausência de vontade, mas
ausência de controlo.
28. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Atenção:Atenção:
- A criança distrai-se com facilidade, mesmo quando
brinca;
- Não presta atenção aos pormenores e o trabalho da- Não presta atenção aos pormenores e o trabalho da
escola costuma estar sujo e desorganizado;
- Muitas vezes parece não estar a ouvir quando se fala
para ela;
- Passa de uma actividade para outras sem terminar o que
está a fazer;
- Sendo difícil manter a atenção, apenas se inteira de parte
das instruções dadas para as tarefas a realizar;
- Esquece com facilidade das tarefas a realizar e muitas
vezes perde o material da escola.
29. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Impulsividade:Impulsividade:
- Incapacidade de pensar antes de agir, desrespeitando
muitas vezes as normas sociais e as regras na sala;
-
muitas vezes as normas sociais e as regras na sala;
- Grande dificuldade em esperar pela sua vez (num jogo de
grupo, por ex.);
- A criança responde antes de terminarem a pergunta;
- Interfere nas conversas dos adultos e dá opiniões que
não lhe foram solicitadas;
- Corre riscos, tendo maiores probabilidades de acidentes;
- Incapacidade de trabalhar para atingir resultados a
médio/longo prazo;
30. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Agitação:Agitação:
- Incapacidade de estar quietas: mesmo quando têm- Incapacidade de estar quietas: mesmo quando têm
consciência disso, continuam incapazes de reprimir
essa necessidade;
- São mais activas que as outras crianças em todas
as actividades e em muitos casos, mesmo durante o
sono;
- Levantam-se, correm ou saltam em momentos
inadequados;
- Agitação inútil e gratuita, desligada das tarefas em
curso.
31. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Desobediência:Desobediência:
- Dificuldade em obedecer, em se deixar dirigir pelas- Dificuldade em obedecer, em se deixar dirigir pelas
regras estabelecidas;
- Não é um desejo de oposição, mas sim ausência de
controlo;
- Sendo incapazes de obedecer regras, são muitas
vezes vitimas de rejeição por parte dos colegas;
- Certos professores manifestam a sua irritação
dizendo que estas crianças não os ouvem e só
fazem o que querem, sendo interpretados como
mal-educados.
32. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Variabilidade no rendimento:Variabilidade no rendimento:
- De um dia para o outro conseguem realizar um- De um dia para o outro conseguem realizar um
trabalho com extrema exactidão e rapidez;
- Esta característica leva a que os educadores
caracterizem muitas vezes a criança como sendo
preguiçosa;
- É muito raro encontrar-se este género de
variabilidade nas crianças sem hiperactividade.
33. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• Para que a hiperactividade seja considerada um problema, osPara que a hiperactividade seja considerada um problema, os
sintomas terão que ser observados tanto em casa como nasintomas terão que ser observados tanto em casa como na
escola, durante um período de tempo contínuo e superior aescola, durante um período de tempo contínuo e superior a
seis meses.seis meses.seis meses.seis meses.
• Os sintomas aparecem entre os três e os cinco anos de idade;
• Quase 50% das crianças hiperactivas apresentam também
dificuldades importantes no comportamento;
• Entre 10% e 25% das crianças hiperactivas têm também
dificuldades em aprender;
• Entre 3% e 5% das crianças em idade escolar sofrem de
hiperactividade;
• É mais frequente nos rapazes do que nas raparigas;
• Os sintomas diminuem até à puberdade, mas nalguns casos
persistem até à idade adulta.
34. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• CausasCausas
• Factores genéticos
• Factores biológicos (disfunção nos transmissores neurais -
dopamina)dopamina)
• Provoca um abrandamento no funcionamento de uma zona o
cérebro, responsável pelo controlo de certos comportamentos.
• Consumo de álcool, tabaco e outras drogas, durante a gravidez.
• Problemas durante o parto.
A Hiperactividade pode ser agravada se as condições de vida
familiar forem instáveis, quer seja por problemas psicológicos
dos pais, dificuldades económicas ou por outras situações de
stresse.
35. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
•• TratamentoTratamento
• Medicação – reduz a inquietação motora e aumenta a• Medicação – reduz a inquietação motora e aumenta a
capacidade de atenção e concentração.
• Acompanhamento Psicológico – ajuda a criança a
controlar a impulsividade e dá-lhe regras para
melhorar a maneira de fazer as coisas. Aprende a
pensar antes de agir.
• Acompanhamento Psicopedagógico – caso a
perturbação tenha afectado a aprendizagem da
leitura.
36. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
Como agir
•• Para se conseguir que a criança acalme e seja
cada vez menos impulsiva é importante que os
pais e educadores não a castiguem, mas antes
valorizem os momentos do dia em que permanece
calma e sabe esperar
O apoio familiar é fundamental para o tratamento
da criança hiperactiva.
37. Irrequietude ou hiperactividade?
Hiperactividade = P.D.A.H.
Como agir
•• Devido à sua actividade constante, a criança
hiperactiva cansa-se facilmente e precisa de
períodos de descanso para não acabar o dia
totalmente esgotada.
Os pais e os professores devem estabelecer
hábitos regulares para que a criança saiba sempre
o que deve fazer.
38. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Enquanto as hiperactivas têm• Enquanto as hiperactivas têm
dificuldade em manter a sua
atenção na tarefa, podendo ser
muito boa no inicio e ir
diminuindo, as lunáticas não
conseguem estar atentas desde o
inicio, não conseguem concentrar-
se;
39. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Problemas de Memória _ dificilmente retêm matérias• Problemas de Memória _ dificilmente retêm matérias
que não despertem a sua atenção, ou que não haja
uma regra especifica (ex. x e ch) e principalmente
em dados abstractos, pois nos factos concretos, a
criança lunática revela uma memoria excelente;
A transferência entre a memória imediata e a
memória a longo prazo efectua-se com maior
dificuldade.
40. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Lentidão _ levam muito mais tempo que as outras• Lentidão _ levam muito mais tempo que as outras
crianças a compreender e assimilar ensinamentos;
São inteligentes, mas as informações trabalham
mais lentamente no cérebro.
As suas zonas cerebrais que servem para a
coordenação trabalham ao retardador.
41. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Ansiedade _ são calmas, sem problemas de• Ansiedade _ são calmas, sem problemas de
comportamento, mas muitas vezes são ansiosas,
talvez devido aos sucessivos fracassos que vão
tendo.
• Motricidade _ dificuldade na motricidade fina
(recortar, escrever…). Problemas de equilíbrio e de
coordenação.
42. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Dificuldade de Organização _ tem tendência para perder• Dificuldade de Organização _ tem tendência para perder
ou esquecer objectos, de entregar trabalhos porque não
fixou a data ou porque simplesmente se esqueceu de os
entregar. Conforme se vai tornando mais autónoma, mais
evidente se torna essa dificuldade.
• Imaginação _ têm uma imaginação fértil, surpreendendo
os adultos pelas suas ideias.
43. Crianças distraídas ou lunáticas
A criança com défice de atenção
• Não conseguem estar atentas desde o inicio das tarefas,• Não conseguem estar atentas desde o inicio das tarefas,
não conseguem concentrar-se;
• Passam de uma actividade para a outra sem terminar
nenhuma;
• Parecem “ausentes”, “fechadas na sua concha”;
• Com frequência são rotuladas de “preguiçosas”,
“desordenadas” ou “desorganizadas”.
44. Agressividade Infantil
Nos primeiros anos
• É normal haver uma certa• É normal haver uma certa
agressividade, pois para a
criança ainda é difícil ter em
consideração os outros e
controlar os seus impulsos.
45. Agressividade Infantil
Atitudes a tomar
• Basta afastá-las, recriminar com suavidade o• Basta afastá-las, recriminar com suavidade o
“agressor”.
• É importante fazer-lhes ver como as suas acções
afectam os outros e ensinar-lhes a reconciliarem-se.
• Os pais e educadores devem ser pacientes e
perseverantes, compreendendo que são coisas da
idade, que requerem a sua intervenção e
compreensão.
46. Agressividade Infantil
Nos anos seguintes
• Há crianças que começam a• Há crianças que começam a
habituar-se a brigar.
Quer pelo temperamento forte e
impulsivo, quer por estarem
fisicamente mais envolvidas, ou
por outras razões
(nomeadamente do foro
emocional).
47. Agressividade Infantil
Atitudes a tomar
• Separá-la do grupo com calma e firmeza;
• Dizer-lhe que assim não pode brincar e que volta quando
souber controlar-se;
•• Quando estiver calma, dizer-se-lhe com bons modos que
não pode bater;
• Embora reincida, não se deve desanimar nem chamar-lhe
“má”, mas sim mostrarmostrar--lhe confiança em como aprenderálhe confiança em como aprenderá
a controlara controlar--se e assim irá sentirse e assim irá sentir--se melhor e os amigosse melhor e os amigos
gostarão mais dela.gostarão mais dela.
• Elogiar os seus progressos e mencionar as vantagens.
48. Agressividade Infantil
É normal e saudável que as crianças utilizem muito
o corpo nas suas brincadeiras, brincando muitas
vezes com uma violência moderada e divertida.
Com estas brincadeiras aprendem a controlar a suaCom estas brincadeiras aprendem a controlar a sua
agressividade, a desenvolver e moderar energia, a
pregar e receber bem as partidas.
Não se deve suprimir estas brincadeiras, nem forçar as
crianças a uma compostura excessiva. Pois, esta
supressão poderá provocar algumas perturbações na
criança.
49. Agressividade Infantil
Quando a agressividade de
uma criança chama a atenção
e, à medida que vai
crescendo, acções como
bater, insultar ou ameaçar sebater, insultar ou ameaçar se
vão tornando um hábito, não
se deve julgar que
desaparecerá com o tempo, já
que uma agressividade muito
marcada na infância poderá
ser presságio de maior
agressividade no futuro.
50. Agressividade Infantil
O castigo físico, sobretudo quando
aplicado para corrigir uma criançaaplicado para corrigir uma criança
agressiva, revela uma grande
contradição, pois ensina aquilo que se
pretende corrigir.
51. Agressividade Infantil
Atitudes a tomar:
Devem-se estabelecer limites aos comportamentos
indesejáveis;indesejáveis;
Elogiar os bons comportamentos;
Ensinar aptidões para resolver conflitos: dialogar,
negociar, pactuar, auto-afirmar-se, fazer valer os
seus direitos;
Ensinar a evitar e ignorar as provocações, a não ver
hostilidade onde não existe e desenvolver sentido
de humor
52. Agressividade Infantil
Quando uma criança revela tendência para
ser agressiva, deve evitar-se que ela
consiga satisfazer as suas necessidades
por esse meio.por esse meio.
É importante encontrar as causas profundas
para o seu comportamento e tratá-las,
recorrendo à ajuda de um profissional, se
necessário.
53. Passividade
Dependendo do seu
temperamento, há
crianças mais calmas do
que outras.que outras.
Contudo, algumas vezes
as crianças mais calmas,
são mais sobrecarregadas
nas responsabilidades e é-
lhes dada menor atenção.
54. Passividade
As crianças passivas são pouco
espontâneas, costumam observar com
interesse o que querem, mas esperam que
os outros se aproximem delas.os outros se aproximem delas.
Quando as crianças são demasiado dóceis,
têm maiores dificuldades em se defenderem
e podem viver assustadas devido aos
colegas mais agressivos.
55. Passividade
Estas crianças “demasiado boas” podem
desenvolver insegurança e baixa auto-
estima, podendo desenvolver bases de uma
personalidade depressiva.personalidade depressiva.
Precisam de apoio de pais e educadores
para confiarem nelas próprias e sentirem-se
cada vez mais seguras.
56. Obediência/Desobediência
A obediência surge do afecto e respeito
mútuos.
Deve ser criado um ambiente (familiar e na escola)
onde todas as partes devem ser tidas em
consideração;
É necessário ser-se firme;
57. Obediência/Desobediência
Crianças com um ano.
Quando a criança começa a dar os primeiros
passos, há um mundo por conquistar, tendopassos, há um mundo por conquistar, tendo
necessidade de explorar o ambiente à sua
volta.
Dizer “não, não” com calma, firmeza e próximo da
criança
Retirar o objecto;
Se necessário, retirar a criança do local.
58. Obediência/Desobediência
Crianças com dois anos
A criança está a descobrir-se, como pessoa única e
diferente das outras. Sente que pode ter vontade própria
e quer testá-la.e quer testá-la.
Tem dificuldade em ter em conta as necessidades e
perspectivas dos outros, tendo também um escasso
conhecimento da realidade.
É importante que pais/educadores consigam agir
encontrando um equilíbrio entre as necessidades de
autonomia e a independência das crianças e a
aprendizagem de regras e limites, que lhes permitem
segurança.
59. Obediência/Desobediência
Crianças com dois anos
Quando a criança não dá importância, é melhor
não recriminar e discutir com ela. O adulto deveránão recriminar e discutir com ela. O adulto deverá
agir com habilidade, maturidade e alguma astúcia,
utilizando a sugestão.
Elogiar a criança e fazê-la sentir-se orgulhosa pelo
seu bom comportamento funcionará muito melhor do
que as repreensões e conflitos.
Firmeza, paciência, compreensão e flexibilidade.
60. Obediência/Desobediência
Crianças mais crescidas
À medida que crescem, as crianças adquirem uma grande
liberdade de movimento, que lhes permite agir muitas vezes
de forma contraditória ao desejo dos adultos.
Para evitar alguns conflitos e ajudar as crianças a
Obedecerem, os adultos devem :
Dar o exemplo;
Dar sempre uma explicação;
Não entrar em discussões intermediárias;
Mostrar-se firmes;
Se recorrer ao castigo, que seja realista e cumprido;
Ser coerentes;
Haver concordância entre os adultos (pai/mãe; educadores);
Falar com clareza e não pôr rótulos (“És um…”)
61. Obediência/Desobediência
Crianças mais crescidas
Quando se quer que a criança adquira outros
hábitos e comportamentos positivos, deve-sehábitos e comportamentos positivos, deve-se
ainda:
Certificar que a criança entendeu o que se lhe disse;
Não gritar a ordem à distância (estar próximo, olhar
nos olhos, num tom amável mas firme);
Certificar-se que a tarefa foi cumprida;
Se não for concretizada, abordar a criança de uma
forma calma e positiva;
Reforçar positivamente os progressos – elogiar.
62. Anorexia Mental
Perturbação que surge na infância, tanto em
meninos como em meninas e mais tarde na
adolescência, predominantemente em
raparigas.
• Luta activa contra o desejo de se aproximar do que
sente falta;
• Luta activa contra o desejo de se encher sem limites.
• Retiram satisfação da não satisfação das suas
necessidades.
64. Tiques e GaguezTiques e Gaguez
• T I Q U E S
• Estão relacionados com a evolução
psicomotora, mas também com certas
atitudes dos educadores.atitudes dos educadores.
• São movimentos que inicialmente
tinham um motivo, mas que se tornam
automáticos, inoportunos e
compulsivos, sem um propósito
definido.
65. Tiques e GaguezTiques e Gaguez
• T I Q U E S
– As crianças com tiques costumam
ser muito sensíveis, perfeccionistas,ser muito sensíveis, perfeccionistas,
exigentes consigo próprias, ansiosas
e muitas vezes, tímidas.
– Costumam surgir por volta dos seis
anos. Evidenciam-se na puberdade.
E tendem a desaparecer na
adolescência.
66. Tiques e GaguezTiques e Gaguez
• T I Q U E S
COMO AGIR?
– O que não se deve fazer:
• Centralizar a atenção no tique;
• Repetir-lhe constantemente que deixe de o
fazer;
• Ralhar-lhe por fazer o movimento
involuntário;
• Rir ou comentar a rir junto com outras
pessoas;
• Culpar a criança.
67. Tiques e GaguezTiques e Gaguez
• T I Q U E S
COMO AGIR?
– O que se deve fazer:
• Manter uma atitude calma;
• Incutir-lhe confiança em como vai curar-se;
• Verificar o que está na causa da ansiedade na
criança;
• Tentar solucionar ou ajudá-la a solucionar os
problemas que estão na base da ansiedade;
• Ensiná-la a relaxar os grupos musculares
envolvidos no tique.
68. Tiques e GaguezTiques e Gaguez
• G A G U E Z
– Surge entre 2/6 anos – altura do
desenvolvimento verbal.desenvolvimento verbal.
– Forma subtil de expandir a
agressividade
– Sendo um sintoma de inibição, a
criança deveria ser estimulada a
falar livremente, o que geralmente
não acontece.
69. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• “R O E R A S U N H A S”
– A criança tenta dar atenção aos problemas que
lhe são colocados.lhe são colocados.
– Defesa contra a dispersão da atenção.
– Não é uma manifestação de instabilidade, mas
sim uma defesa contra ela.
– Forma de dominar a ansiedade.
70. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
- Carência afectiva_sentimento de
abandono
– Depressão;
– Frequentemente acompanhado de
dificuldades de aprendizagem.
71. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
- Antes da criança ter sete anos é frequente
agarrar em objectos de outras pessoas eagarrar em objectos de outras pessoas e
considerá-las como seus.
- Os pais e educadores devem incutir na
criança conceitos morais sólidos para evitar
que o problema se agrave à medida que a
criança cresce.
72. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
COMO AGIR?COMO AGIR?
- Explicar que não se pode privar
ninguém do que é seu;
- Acalmar a criança dizendo-lhe que pode
acontecer a qualquer pessoa, mas que
esperam que não volte a repetir-se;
- Transmitir-lhe que se continua a confiar
nela e não lhe chamar nomes como
“ladra”.
73. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
COMO AGIR?COMO AGIR?
- Fazer com que a criança devolva o
objecto e peça desculpa pelo sucedido,
explicando-lhe que quando se rouba
alguma coisa, alguém sai prejudicado,
ensinando a colocar-se no lugar do
outro.
- Ensinar-lhe a reflectir antes de agir.
- Os pais devem dedicar mais atenção.
74. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
COMO AGIR?COMO AGIR?
- Para aumentar a sua auto-estima e
auto-confiança, podem proporcionar-lhe
actividades nas quais se sinta satisfeita
e receber elogios pelas suas habilidades
e competências.
- Dar-lhes algumas responsabilidades
permirtir-lhe-á sentir que os adultos
confiam nela, aumentando a sua auto-
confiança.
75. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• F U R T O
I N F A N T I L
COMO AGIR?COMO AGIR?
- Os castigos não surtirão efeito se as
causas que provocaram esse
comportamento não forem resolvidas.
- Os motivos devem ser investigados e
agir-se sobre os mesmos.
- Apesar dos esforços dos pais, se a
criança voltar a roubar é importante
consultar um psicólogo que ajudará a
analisar e compreender a situação.
76. Outras formas deOutras formas de
InstabilidadeInstabilidade
• D E P R E S S Ã O
I N F A N T I L
– Nem sempre revela inibições
(gaguez), compensações (furtos),
angústia (terror nocturno)…
– Pode revelar-se através da tristeza
manifesta e por perturbações de
conduta.