SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Municipalização e
Poder Autárquico
em Angola
Um caso de racionalidade e de afirmação
democrática
Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
Lisboa
2013

S
Tema

A racionalidade económica da intervenção pública
orçamental através de vários níveis de governo e
não apenas com base no governo central.
Ou seja,
a racionalidade económica da regionalização e da
municipalização (Poder Local)
Anarquia e autonomia do
poder local na Europa
S

È preciso ir à idade média europeia para entendermos a natureza experimental do
poder local nascido na Época pós-Carolíngia no chamado período de anarquia
política e enquadrado nos Estados que nasceram depois do Renascimento do
século XII.

S

No século VIII no Reino Franco e no Reino Visigodo a destruição do poder dá-se
porque o Estado é capturado por uma aristocracia que se apodera das riquezas e
do poder dos Reis.

S

Os Reinos Romano Bárbaros são destruídos pelos grandes senhores fundiários
que submetem as populações através dos latifúndios agrícolas. Eles vão destruir o
Estado com a concentração do poder.

S

Na desagregação carolíngia o contexto é diverso. A fragmentação é de natureza
democrática e há uma nova aristocracia cujo poder se baseia não só na
propriedade fundiária mas também na criação da riqueza. Há portanto na
fragmentação do século X e XI um poder difuso que marcara a origem do poder
local, que em Portugal ficou depois caracterizado pelos Concelho e
Municípios, logo criados no Afonso Henriques,
Anarquia e autonomia do
poder local na Europa
S

Com o Renascimento Carolíngio no século IX na Europa termina o
período bárbaro da Europa Medieval, com um modelo político original
cujo racional assenta na ideia de todo o poder é do Imperador e que o
atribui delegando a circunscrições territorialmente definidas.

S

O Imperio Carolíngio encerra as fronteiras e interrompe a integração e
experiencias de mistura nas fronteiras, separando o mundo entre os
cristãos e os excluídos, os que estavam for a das fronteiras do Imperio.
Este era um modelo imposto de cima para baixo que na verdade não
funcionou ou que na realidade conviveu com o poder de senhores
terratenentes ou militares poderosos.

S

O Renascimento Carolíngio foi também cultural com a Reforma
Escolástica, mais uma vez uma construção intelectual, baseada na
procura quase arqueológica dos modelos clássicos.
Anarquia e autonomia do
poder local na Europa
S

O Período pós-Carolíngio é usualmente denominado de período anárquico. Nos séculos X e XI, a
anarquia nao foi mais que a afirmação de um poder de baixo para cima. Em nosso entender marca
o surgimento de novas formas de poder mais adequados à realidade. Verdadeiramente nasce o
poder de natureza local, mais próximo da realidade social e cultural, mais próximo das populações
e longe do modelo racional do Imperio.

S

Estes experimentalismo anárquico político vai ser muito criativo e marca em nosso entender o
surgimento do poder local – os concelhos e depois, os Estados europeus que se afirmarão mais
tarde.

S

A memória do ideal carolíngio (assegurar ao povo cristão um guia único era a ideologia dominante
de Carlos Magno) mantem-se e vai reaparecer no meio da fragmentação pós-carolíngio no Impero
Saxão na Alemanha, no séc.. XI. Os imperadores Saxões tem uma ideologia com vocação para
definir a autoridade imperial de natureza divina. Os Otonianos abrem as fronteiras da cristandade
para além dos limites carolíngios, apesar de não dominar a França ou a Espanha.

S

A autoridade do Imperador é de natureza empírica. Ele nao impõe um poder um modelo, mas
agrega todas as realidades com uma relação de fidelidade.

S

O projeto é de expansão da cristandade e de respeito pelas estruturas locais na sua diversidade e
fragmentação.
Anarquia e autonomia do
poder local na Europa
S O sistema de coordenação de poderes locais estabelecidos

vão verificar-se também no sistema de organização dos
mosteiros cistercienses, que aglutinam diversos mosteiros em
vários territórios, com relações diversificadas com o meio
envolvente. Mesmo a Igreja Romana tem esta ideologia: uma
realidade unitária com fundamento divino que aglutina a
realidade diversificada do povo cristão. Daqui o conflito entre o
Papado e o Imperio, pois a Igreja reivindica o poder divino que
o Imperador Saxão queria para si.
S Este conflito assinala exatamente a fragmentação política, a

desagregação do Poder e do Estado no período pósCarolíngio.
S A Sociedade Política procede por experimentação.
Renascimento do Século XII

S A novidade cultural é a liberdade da procura e fontes e a critica

as fontes. Constitui-se neste síntese cultural uma cultura
europeia, depois da crise da dispersão.
S As instituições politicas procuram novos modelos

experimentais, com novos instrumentos de poder com base
empírica de relação entre poder e território, organizando a
autoridade de um modo estatal.
S Este renascimento político da racionalidade política do sec XII

– quando nasceu Portugal, marca o aparecimento também na
sociedade portuguesa dos Forais que vão ser uma forma
variada e experimental de adequar o poder real aos direitos
das populações e das ordens ou senhores que farão o
povoamento do território reconquistado ao Califado.
Anarquia e autonomia do
poder local na Europa
S Nesta desordem do Estado se deve entender um trend

expansivo: de crescimento demografico e de
crescimento economico.
Descentralização

S Actualmente a intervenção pública engloba uma elevada

complexidade uma vez que o leque de serviços públicos
fornecidos é amplo e de natureza diversificada.
S A intervenção pública - desde a Defesa Nacional, à

Justiça, à Saúde, à Educação, à circulação, transportes
ou saneamento básico, etç. - implica graus de rivalidade
e níveis de exclusão e de não-regeitabilidade diferentes.
Intervenção óptima do
Estado
S Assim sendo, numa ótica de intervenção óptima do

Estado, as condições de procura (congestionamento e
exclusão) e de produção (economias de escala) determinam
diferentes níveis de intervenção pública de acordo com a
dimensão óptima das comunidades que partilham os
recursos.
S Há bens públicos cuja distribuição é óptima à escala nacional

e outros que fazem mais sentido serem distribuidos à escala
regional, provincial ou local, pois os benefícios são
partilhados por comunidades mais pequenas.
Método

S Há portanto que analizar as vantagens e desvantagens

da opção por uma estrutura mais o menos
descentralizada/municipalização, para além das teorias
económicas que explicam o aparecimento de governos
regionais e locais.
S E vale a pena ter em consideração o facto que cada

caso da regionalização é um caso e não pode ser
transposto sem adaptações para outras situações.
INTERVENÇÃO PÚBLICA
NO MUNDO OCIDENTAL
S De acordo com a nossa definição (Rui Teixeira Santos, 2009)

a intervenção do Estado na Economia classicamente justificouse pelas falhas do mercado e teve várias formas desde o
reconhecimento jurídico do Estado Moderno Europeu:
S Estado Policial ou Estado Mínimo com funções básicas de

soberania e caracterizado pelo acto e regulamento
administrativo impositório;
S Estado Prestador de Serviços Públicos por via contratual

ou o Estado dos contratos de concessão;
S Estado Prestador de Serviços Públicos por administração

directa do Estado em que o interesse publico é substituido
pelo interesse geral na economia
INTERVENÇÃO PÚBLICA
NO MUNDO OCIDENTAL

S Estado Regulador e programador ou de Fomento e

Planeador
S Estado-Garante ou Estado Social de Garantia (depois

da crise de 2007/2008) onde a actividade típica é a
actividade de garantia (garantia dos depósitos, garantia
do emprego, etç) e seguro (Cheque-estudante, chequefuncionário, cheque-seguro, cheque-utente).
Intervenção Pública em Estados
Trasicionais pós-coloniais

S 1ª Fase: Ciclo de independencias substituição ou

manutenção das administrações públicas coloniais
S Ajudas ao desenvolvimento
S Mundo Bipolar: Guerra fria
S Falta de transparência e ausencia de políticas de combate à

corupção
S Clube de Paris para avaliação da dívida
Intervenção Pública em Estados
Trasicionais pós-coloniais

2ª Fase: Ciclo pós-queda do muro de Berlim (1989):
S Implementação de sistemas políticos democráticos
S Mundo monopolar
S Banco Mundial condiciona os apoios ao desenvolvimento à
transparencia ao combate à corupção
S Globalização e fim das ajudas ao terceiro mundo
S Emergencia de elevados fluxos financeiros e liberalização
do comércio mundial
Intervenção Pública em Estados
Trasicionais pós-coloniais
S 3º Ciclo de reconstrução e gestão eficiente:
S Após a crise financeira de 2007/2009
S -Criação de estruturas administrativas nacionais e construção
S
S
S
S

do poder descentralizado – Regionalização e poder local
Redução dos fluxos financeros mundiais
Redução do comércio mundial e aumento das barreiras
alfandegárias
Mundo Multipolar
Regresso do apoio ao desnvolvimento não na base de EstadoEstado, mas com base no Teceiro Sector (ONG e Fundações)
premiando as boas práticas e a gestão eficiente
Economia Política da
Regionalização/Municipalização
S O chamado “Federalismo Orçamental” vem combinar um nível

de decisão cebtral com níveis de decisão descentralizados ou
regionalizados, nos quais as escolhas são determonadas pela
função preferencia e da procura de serviços públicos por parte
dos residentes nas diversas regiões.
S A desconcentração da intervenção pública difere da

descentralização/regionalização/municipalização pois embora
ambas possam responder à procura local nesta há autonomia
política.
S Não vamos tratar da desconcentração de serviços público, mas

apenas da descentralização/municipalização das escolhas com
autonoia política
Centralização (definição)

S O poder é tanto mais centralizado quando maior for a

parte dos poderes que pertencem à autoridade com
jurisdição superior.
S A medida mais comum para medir o grau de

centralização de um Estado é o quoficiente de
centralização que corresponde à proporção das
despesas do governo central em face das provincias e
das autarquias, deduzidas as transferencias entre
subsetores, relativamente à despesa total das
Administrações Públicas.
Nível de
descentralização/regionaliza
ção/municipalização
S Em 2005, a Irlanda tinha um quoficiente de concentração

de 81% do PIB, a Grécia de 73% do PIB e Portugal um
quoficiente de concentração de 68% do PIB
S Porém, no mesmo ano, segundo o Eurostat, a Alemanha

tinha um quoficiente de concentração de apenas 31%, a
Espanha de 38% e a França de 42%.
Indicador da despesa local e
regional sobre a despesa total
das Administrações Públicas
S Neste indicador a Grécia tem apenas 6%, Portugal tem

apenas 12%, a Irlanda 20%, enquanto em Espanha
representa 52%, na Alemanha 43% e na Belgica 42%.

S Nossa conclusão : nos Países mais endividados (e que

sofreram o resgate financeiro em 2010/11) da Eurozona há
menor descentralização e a Administração Regional e Local
gasta menos que nos países com Finanças Públicas
sustentáveis.
Argumentos racionais para a
Decentralização/Regionalização/
municipalização
1)

As preferências dos residentes variam de comunidade para
comunidade. Com a descentralizaçao/municipalização é possivel
que a escolha publica se adeque às preferencias de cada
população. Um simples modelo económico sobre as perdas de
bem estar da centralizaçao mostra que o sistema de
regionalização e mais eficiente, pois varios grovernos reginais
estão mais próximos da população que um governo central

1)

A Localização dos benefícios dos bens e serviços públicos
determina a regionalização (em função do nivel de
concentração geográfica desses benefícios): por exemplo
defesa nacional é um bem publico nacional enquanto a polícia
municipal, o saneamento ou a iluminação publica têm benefícios
numa zona geografica restrita
Argumentos racionais para a
Decentralização/Regionalização

3) A existência de economias de escala na produção influencia
também o nível de centralização da intervenção pública.

Se as economias de escala são elevadas, um fornecimento mais
centralizado é melhor em termos de eficiencia.
Quando as economias de escala se esgota rapidamente com o
aumento da área-alvo ou da população-alvo, o fornecimento local
torna-se a opção mais eficiente.
Por maioria de razão no caso de Angola, onde o isolamento e a
interioridade acentuam o esgotamento rápido de economias de
escala
Argumentos racionais para a
Decentralização/Regionalização
4) Controlo Político, transparência e combate à corrupção: o
poder local é mais visível aos cidadãos
5) Concorrência de varias jurisdições pode levar os governos
central provincial e local a concorrerem no interesse dos
cidadãos (problemas de lobbying e de rent-seeking à volta dos
governos regionais e locais);
6) O efeito de imitação de estruturas mais próximas dos
cidadãos
7) Inovação e aprendizagem de formas de gestão mais eficiente
em estruturas diversificadas
Funções dos vários níveis de
Governo
Funções económicas clássicas do Estado são segundo Musgrave:
1. Função de distribuição: as políticas de rendimento têm vantagem em manter-se ao nível de governo
central, por causa da mobilidade dos mais ricos ou dos seus recursos e sedes sociais. A competitividade
fiscal é contudo uma arma a favor do federalismo fiscal. Pode haver políticas complementares de
combate à pobreza e inserção social.
2. Função de Estabização: as políticas de combate ao desemprego ou à inflação com recursos à
emissão de moeda para fomento do investmento público ou do consumo público são por natureza mais
eficientes do lado do governo central; pode haver politicas de complementares de emprego.
3. Função de Afetação: correções de falhas de mercado e as politicas de fomento público (estimulo às
externalidades positivas ou combate às negativas com subsídios e impostos respetivamente).
4. Função de controlo e regulação de conflitos: há vantagem em estar ao nível local.

S O sistema óptimo reside numa combinação de

competências entre poder central, provincial e
local
REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
S A REFORMA DA AP É CARA E DÍFICIL
S A REDUÇÃO DE SALÁRIOS INCENTIVA A

CORRUPÇÃO. O AUMENTO DOS SALÁRIOS
MELHORA O SERVIÇO PÚBLICO (RTS/BM/FMI)
S CORRUPÇÃO E BUROCRACIA (ORGANIZAÇÃO

LEGAL)
S MUDANÇA DE ACTITUDE DOS CIDADÃOS

(INFORMAÇÃO)
FLYPAPER EFFECT

S OS CIDADÃOS NORMALMENTE APOIAM A AS

TRANSFERENCIAS DE PODERES PARA AS PROVINCIAS E
AUTARQUIAS POIS EM FACE DAS TRANSFERENCIAS
INTERGOVERNAMENTAIS A PERCEPÇÃO DO PREÇO FISCAL
DOS BENEFICIOS RECOLHIDOS É MAIS FAVORÁVEL AO
PODER LOCAL.
S MAS ESTE FLYPAPER EFFECT ESCONDE O FACTO DE

PARTE DOS CUSTOS SEREM SUPORTADOS PELO GOVERNO
CENTRAL (DEFESA, REPRESENTAÇAO
EXTERNA, JUSTIÇA, ETÇ) PELO QUE PERMITE A
DEMAGOGIA FISCAL E UMA EXCESSIVA INTERVENÇÃO
PÚBLICA.
ESPECIAL INCIDÊNCIA FISCAL
SOBRE A PROPRIEDADE
S

A PRINCIPAL RECEITA FISCAL DAS AUTARQUIAS VIRÁ DA PROPRIEDADE

S

O AUMENTO DOS IMPOSTOS COMO O IMI (IMPOSTPS SOBRE IMÓVEIS) NO
CASO DE PORTUGAL (AGORA ASSINADO NO PLANO DE RESGATE
FINANCEIRO A PORTUGAL) PODE DIMINUIR SUBSTANCIALMENTE A
COMPETITIVIDADE FISCAL

S

HÁ AINDA O PROBLEMA DO ESGOTAMENTO DO ESPAÇO E DO
SOBREPOVAMENTO NAS ZONAS URBANAS

S

RELAÇÃO ENTRE NECESSIDADES DE RECURSOS PARA AS AUTARQUIAS E A
REVISÃO DOS PLANOS URBANÍSTICOS MUNICIPAIS, CRIANDO RISCOS DE
FALTA DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E CORRUPÇÃO
Mudança
S “A MUDANÇA SÓ SE DÁ NA CONTINUIDADE” (UNAMUNO)
S AS PRÁTICAS E AS CONCEPÇÕES CULTURAIS SÃO

DINÂMICAS E MUDAM COM A FORMAÇÃO E A
INFORMAÇÃO, MAS TAMBÉM COM A MUDANÇA DAS
ESTRUTURAS DE PODER.
S O ESTADO MODERNO CONFORMA A SOCIEDADE E A

REGIONALIZAÇÃO/PODER LOCAL AUMENTA A
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E A MATURIDADE POLÍTICA
DAS POPULAÇÕES E A CIDADANIA
CASO DA MUNICIPALIZAÇÃO
EM ANGOLA

S A MUNICIPALIZAÇÃO EM ANGOLA PARA ALÉM DE

OUTRAS VANTAGENS PODE SERVIR PARA
RECONCILIAR O PODER DE FACTO COM O PODER
RECONHECIDO PELA LEI.
S EM CIENCIA POLÍTICA CHAMAMOS SOFT POWER AO

PODER INFORMAL QUE EXERCEM NAS REGIÕES OS
REGULOS E AS AUTRIDADES TRADICIONAIS
OPORTUNIDADE EM ANGOLA OU O
ENSINAMENTO DA RAINHA GINGA

S MAIS DO QUE A CRIAÇÃO DE NOVAS ESTRUTURAS

DANDO A OPORTUNIDADE DA RENOVAÇÃO POLÍTICA
COM A ENTRADA DE NOVOS PROTAGONISTAS PARA A
SOCIEDADE POLÍTICA – SEM DÚVIDA A OPORTUNIDADE
PARA OS MAIS JOVENS FAZEREM POLÍTICA É UM DOS
MAIORES EFEITOS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PODER
AUTÁRQUICO EM ANGOLA – É DECISIVO QUE SAIBAMOS
INTEGRAR OS PODERES TRADICIONAIS E TRIBAIS (O
PODER DOS MAIS VELHOS) NESTA FORMA DE
ORGANIZAÇÃO POLITICA DE BASE – É O QUE CHAMO O
ENSINAMENTO DA RAINHA GINGA. ELA SOUBE
APROVEITAR O PODER TRADICIONAL PARA O INTEGRAR
NA GLOBALIZAÇÃO COM A CHEGADA DOS
COMERCIANTES EUROPEUS
CASO DA MUNICIPALIZAÇÃO
EM ANGOLA
S MAS AS NOVAS AUTARQUIAS TÊM QUE SABER JUSTIFICAR

OS RECURSOS QUE IRÃO DISPOR E TÊM QUE ASSUMIR UMA
ELEVADA TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA
NO INTERESSE DAS POPULAÇÕES LOCAIS. O EXEMPLO
PODE SER UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA
S ISSO PASSA POR UTILIZAÇÃO EFICIENTE DOS RECURSOS E

PELA PERCEPÇÃO NÃO SÓ DAS POPULAÇÕES MAS TAMBÉM
PELA COMUNIDADE NACIONAL.
S É FUNDAMENTAL A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA. A

UTILIZAÇÃO CONSCIENTE DOS RECURSOS NATURAIS É UMA
RESPONSABILIDADE DO NOVO PODER AUTARQUICO
S TEMOS QUE SABER NOMEADAMENTE IMPLEMENTAR UM

MODELO DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
MAPA DAS AUTARQUIAS
S Não devemos minimizar e nem deixar de abordar questões prévias

necessárias para um processo de municipalização em
Angola, tendo em conta que, infelizmente, alguns municípios
possuem dificuldades em desempenhar funções administrativas
ordinárias, o que dificulta o fornecimento dos serviços as
populações de modo eficaz.
S Temos por outro lado que dimensionar convenientemente a

repartição, distribuição territorial e autárquica, devido a enorme
extensão do território angolano. A dimensão das autarquias locais é
crítica para poder responder às necessidades das populações, mas
obviamente ao dividir o território teremos que levar em conta os
interesses instalados, os poderes tradicionais, as raízes
socioculturais. MAS SEMPRE NUMA BASE DE RECIONALIDADE
E SUSTENTABILIDADE ECONÓMICAS.
CASO DE ANGOLA
S

SE NÃO SE PUDER FAZER TUDO LOGO NO INICIO, COMECE-SE POR UM LADO: POR
EXEMPLO PELA EDUCAÇÃO ESTABELECENDO UM OBJECTIVO DE TER A TOTALIDADE
DA POPULAÇÃO ALFABETIZADA DENTRO DE 10 ANOS E GARANTIR COM COOPERAÇÃO
EXTERNA A INSTALAÇÕES DE UM COLÉGIO SECUNDÁRIO EM CADA MUNICÍPIO, COM
QUALIDADE QUE POSSA SER UM REFERENCIA E ÁFRICA.

S

DEPOIS CUIDADOS MÉDICOS PRIMÁRIOS BÁSICOS

S

PROMOÇÃO DO EMPREGO TURISTICO DE QUALIDADE E A ORGANIZAÇÃO DOS
PRODUTORES AGRICOLAS E DOS PESCADORES E ACTIVIDADE CONEXAS À PESCA – O
PODER LOCAL PODE SER UM DINAMIZADOR DO MERCADO LOCAL ASSEGURANDO
NOMEADAMENTE A AUTONOMIA ALIMENTAR EM CADA REGIÃO

S

PROMOÇÃO DA HORTICULTURA PARA MERCADO INTERNO

S

É CRITICA A ORGANIZAÇÃO DE UM EVENTOS DE NIVEL NACIONAL PARA DAREM
VISIBILIDADE ÀS NOVAS AUTARQUIAS

S

A QUESTÃO DA PROPRIEDADE PODE SER CRÍTICA E A ORGANIZAÇÃO DE CADASTROS
LOCAIS PODE SER O EMBRIÃO PARA FUTURAS POLITICAS PUBLICAS A NVEL NACIONAL.
Conclusões
S Temos que tomar riscos para implementar sistemas mais

descentralizados; E TEMOS QUE SABER QUE em alguns casos valerá
a pena também voltar atrás;
S

O nível ótimo da transferência de poderes e recursos financeiros varia
de caso a caso;

S

Sobretudo neste mundo globalizado onde a migração, a doença e o
dinheiro não têm fronteiras, as respostas locais aos problemas
globais (a chamada glocalização) parecem ser necessárias; É também
um imperativo de Paz.

S Finalmente, deixo um alerta à coesão nacional. Um governo local, por

maior que seja o federalismo orçamental – e mesmo federalismo fiscal
– nunca pode deixar de ter como crítico a ideia de pertença à
comunidade nacional, sobretudo porque alguns bens públicos são
melhor distribuídos por níveis superiores de poder administrativo e
político.
COESÃO
S Com a criação de uma unidade económica e monetária depois

da paz vamos assistir a uma especialização das diversas
regiões de Angola, sendo por isso critico o levantamento das
tendências de cada regiao para assegurar depois a
distribuição de fundos tendo a noção que o crescimento e a
competitividade de cada região será específico e desigual e
que para que exista coesão nacional são necessárias políticas
de coesão.
S A criação de uma Agencia de Desenvolvimento e Coesão de

Angola na esteira do que se está a fazer na Europa pode ser
uma uma resposta administrativa para criar um mecanismo
profissional e técnico capaz de responder ao desafio de
desenvolvimento regional e da coesão..
Agência de
Desenvolvimento e Coesão
S Por exemplo em Portugal o Decreto-Lei n.o 140/2013 de 18 de

outubro criou a Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P.
(Agência, I.P.), que é responsável pela coordenação da política
estrutural e de desenvolvimento regional cofinanciada pelos fundos
europeus, garante uma maior coordenação das opções de macroprogramação financeira, bem como um reforço da racio- nalidade
económica e da sustentabilidade financeira dos investimentos
cofinanciados.
S Relativamente aos fundos das Políticas de Coesão em

Angola(Formação profissional, desenvlvimento regional e
municipal, turismo, agricultura, infra-estruturas etc.), a
concentração, numa única instituição, das funções relativas à
coordenação
global, certificação, pagamento, avaliação, comunicação, monitorização e auditoria de operações, neste caso em articulação com a
uma Autoridade de Auditoria, constituiria um contributo inequívoco
para a racionalização, especialização e eficiência destes serviços
em Angola.
Rui Teixeira Santos
(Lisboa, ISG, 2013)

SMuito Obrigado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalização
Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalizaçãoLiberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalização
Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalizaçãosadantas
 
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado moderno
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado modernoSociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado moderno
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado modernoMiro Santos
 
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...Carlo Romani
 
História Prof. Cláudio Nunes
História   Prof. Cláudio NunesHistória   Prof. Cláudio Nunes
História Prof. Cláudio NunesPré-Enem Seduc
 
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdade
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdadeA uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdade
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdadeGRAZIA TANTA
 
Resumo completo escola fisiocrática
Resumo completo   escola fisiocráticaResumo completo   escola fisiocrática
Resumo completo escola fisiocráticabartolomeu hebert
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedralVítor Santos
 
Revisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºRevisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºeunamahcado
 
Administracao publica-consen
Administracao publica-consenAdministracao publica-consen
Administracao publica-consengrazi87
 
Cap10 1º ano 2013 - política e economia na idade moderna
Cap10   1º ano 2013 - política e economia na idade modernaCap10   1º ano 2013 - política e economia na idade moderna
Cap10 1º ano 2013 - política e economia na idade modernaGustavo Cuin
 
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IV
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IVMaquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IV
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IVAdm Unime
 

Mais procurados (20)

Revisanglo 7 E 8a
Revisanglo 7 E 8aRevisanglo 7 E 8a
Revisanglo 7 E 8a
 
Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalização
Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalizaçãoLiberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalização
Liberalismo, welfare state, neoliberalismo e globalização
 
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado moderno
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado modernoSociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado moderno
Sociologia Capítulo 10 - Como surgiu o Estado moderno
 
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...
Aula sobre a analise de Alexis de Tocqueville para a Franca antes e depois da...
 
História Prof. Cláudio Nunes
História   Prof. Cláudio NunesHistória   Prof. Cláudio Nunes
História Prof. Cláudio Nunes
 
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdade
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdadeA uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdade
A uma democracia de controlo poderá suceder uma democracia de liberdade
 
Revista de História
Revista de HistóriaRevista de História
Revista de História
 
AULAS DO PROFESSOR MARCIANO DANTAS: CAPITALISMO
AULAS DO PROFESSOR MARCIANO DANTAS: CAPITALISMOAULAS DO PROFESSOR MARCIANO DANTAS: CAPITALISMO
AULAS DO PROFESSOR MARCIANO DANTAS: CAPITALISMO
 
História
HistóriaHistória
História
 
Resumo completo escola fisiocrática
Resumo completo   escola fisiocráticaResumo completo   escola fisiocrática
Resumo completo escola fisiocrática
 
Preseed 2014-revisão 8
Preseed 2014-revisão 8Preseed 2014-revisão 8
Preseed 2014-revisão 8
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 
Surgimento do Estado Moderno
Surgimento do Estado ModernoSurgimento do Estado Moderno
Surgimento do Estado Moderno
 
Os modernos estados nacionais
Os modernos estados nacionaisOs modernos estados nacionais
Os modernos estados nacionais
 
Revisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºRevisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1º
 
Administracao publica-consen
Administracao publica-consenAdministracao publica-consen
Administracao publica-consen
 
Cap10 1º ano 2013 - política e economia na idade moderna
Cap10   1º ano 2013 - política e economia na idade modernaCap10   1º ano 2013 - política e economia na idade moderna
Cap10 1º ano 2013 - política e economia na idade moderna
 
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IV
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IVMaquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IV
Maquiavel e a Liderança Moderna - Capítulo IV
 
Disciplina iii unb (texto 5)
Disciplina  iii unb (texto 5)Disciplina  iii unb (texto 5)
Disciplina iii unb (texto 5)
 
Moderna
ModernaModerna
Moderna
 

Semelhante a Poder local e intervenção pública em Angola

Aula absolutismo monárquico 2
Aula absolutismo monárquico 2Aula absolutismo monárquico 2
Aula absolutismo monárquico 2seixasmarianas
 
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...A. Rui Teixeira Santos
 
624583333333333333333333333333333330.pdf
624583333333333333333333333333333330.pdf624583333333333333333333333333333330.pdf
624583333333333333333333333333333330.pdfLEANDROSPANHOL1
 
Teoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoTeoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoPreOnline
 
aula_absolutismo_12.pptx
aula_absolutismo_12.pptxaula_absolutismo_12.pptx
aula_absolutismo_12.pptxRafaelGalvo29
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Denyse Ursulino
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Denyse Ursulino
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Denyse Ursulino
 
Formação dos estados nacionais e o absolutismo
Formação dos estados nacionais e o absolutismoFormação dos estados nacionais e o absolutismo
Formação dos estados nacionais e o absolutismoHallan de Oliveira
 
Estados nacionais absolutismo-mercantilismo
Estados nacionais absolutismo-mercantilismoEstados nacionais absolutismo-mercantilismo
Estados nacionais absolutismo-mercantilismovr1a2011
 
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 História 11ºano ( matéria do 1º período) História 11ºano ( matéria do 1º período)
História 11ºano ( matéria do 1º período)Andreia Pacheco
 
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação  1a parte-Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação  1a parte-
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-GRAZIA TANTA
 
Os 100 anos da República Monárquica
Os 100 anos da República Monárquica Os 100 anos da República Monárquica
Os 100 anos da República Monárquica Joao Fernandes
 
Resumos de História 11º ano
Resumos de História 11º anoResumos de História 11º ano
Resumos de História 11º anoAntonino Miguel
 

Semelhante a Poder local e intervenção pública em Angola (20)

Aula absolutismo monárquico 2
Aula absolutismo monárquico 2Aula absolutismo monárquico 2
Aula absolutismo monárquico 2
 
IDADE MODERNA.pdf
IDADE MODERNA.pdfIDADE MODERNA.pdf
IDADE MODERNA.pdf
 
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...
Princípios de Direito Público Económico - Política Públicas - as Privatizaçõe...
 
624583333333333333333333333333333330.pdf
624583333333333333333333333333333330.pdf624583333333333333333333333333333330.pdf
624583333333333333333333333333333330.pdf
 
Estado Moderno
Estado ModernoEstado Moderno
Estado Moderno
 
modulo-4.pdf
modulo-4.pdfmodulo-4.pdf
modulo-4.pdf
 
Teoria Geral do Estado
Teoria Geral do EstadoTeoria Geral do Estado
Teoria Geral do Estado
 
aula_absolutismo_12.pptx
aula_absolutismo_12.pptxaula_absolutismo_12.pptx
aula_absolutismo_12.pptx
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais
 
Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais Formação dos Estados Nacionais
Formação dos Estados Nacionais
 
Formação dos estados nacionais e o absolutismo
Formação dos estados nacionais e o absolutismoFormação dos estados nacionais e o absolutismo
Formação dos estados nacionais e o absolutismo
 
Estados nacionais absolutismo-mercantilismo
Estados nacionais absolutismo-mercantilismoEstados nacionais absolutismo-mercantilismo
Estados nacionais absolutismo-mercantilismo
 
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 História 11ºano ( matéria do 1º período) História 11ºano ( matéria do 1º período)
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 
Aula estado dominação_poder
Aula estado dominação_poderAula estado dominação_poder
Aula estado dominação_poder
 
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx
752HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH01.pptx
 
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação  1a parte-Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação  1a parte-
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-
 
Os 100 anos da República Monárquica
Os 100 anos da República Monárquica Os 100 anos da República Monárquica
Os 100 anos da República Monárquica
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Resumos de História 11º ano
Resumos de História 11º anoResumos de História 11º ano
Resumos de História 11º ano
 

Mais de A. Rui Teixeira Santos

DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxDireito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxA. Rui Teixeira Santos
 
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfA. Rui Teixeira Santos
 
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....A. Rui Teixeira Santos
 
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...A. Rui Teixeira Santos
 
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...A. Rui Teixeira Santos
 
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...A. Rui Teixeira Santos
 
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...A. Rui Teixeira Santos
 
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)A. Rui Teixeira Santos
 
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOADireito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOAA. Rui Teixeira Santos
 
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...A. Rui Teixeira Santos
 
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...A. Rui Teixeira Santos
 
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01..."O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPA. Rui Teixeira Santos
 
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPA. Rui Teixeira Santos
 
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...A. Rui Teixeira Santos
 

Mais de A. Rui Teixeira Santos (20)

DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
 
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdfSEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
 
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxDireito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
 
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
 
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
 
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
 
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
 
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
 
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
 
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
 
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOADireito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
 
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
 
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
 
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
 
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
 
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
 
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01..."O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
 
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
 
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
 
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
 

Último

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 

Último (20)

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 

Poder local e intervenção pública em Angola

  • 1. Municipalização e Poder Autárquico em Angola Um caso de racionalidade e de afirmação democrática Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa 2013 S
  • 2.
  • 3. Tema A racionalidade económica da intervenção pública orçamental através de vários níveis de governo e não apenas com base no governo central. Ou seja, a racionalidade económica da regionalização e da municipalização (Poder Local)
  • 4. Anarquia e autonomia do poder local na Europa S È preciso ir à idade média europeia para entendermos a natureza experimental do poder local nascido na Época pós-Carolíngia no chamado período de anarquia política e enquadrado nos Estados que nasceram depois do Renascimento do século XII. S No século VIII no Reino Franco e no Reino Visigodo a destruição do poder dá-se porque o Estado é capturado por uma aristocracia que se apodera das riquezas e do poder dos Reis. S Os Reinos Romano Bárbaros são destruídos pelos grandes senhores fundiários que submetem as populações através dos latifúndios agrícolas. Eles vão destruir o Estado com a concentração do poder. S Na desagregação carolíngia o contexto é diverso. A fragmentação é de natureza democrática e há uma nova aristocracia cujo poder se baseia não só na propriedade fundiária mas também na criação da riqueza. Há portanto na fragmentação do século X e XI um poder difuso que marcara a origem do poder local, que em Portugal ficou depois caracterizado pelos Concelho e Municípios, logo criados no Afonso Henriques,
  • 5. Anarquia e autonomia do poder local na Europa S Com o Renascimento Carolíngio no século IX na Europa termina o período bárbaro da Europa Medieval, com um modelo político original cujo racional assenta na ideia de todo o poder é do Imperador e que o atribui delegando a circunscrições territorialmente definidas. S O Imperio Carolíngio encerra as fronteiras e interrompe a integração e experiencias de mistura nas fronteiras, separando o mundo entre os cristãos e os excluídos, os que estavam for a das fronteiras do Imperio. Este era um modelo imposto de cima para baixo que na verdade não funcionou ou que na realidade conviveu com o poder de senhores terratenentes ou militares poderosos. S O Renascimento Carolíngio foi também cultural com a Reforma Escolástica, mais uma vez uma construção intelectual, baseada na procura quase arqueológica dos modelos clássicos.
  • 6. Anarquia e autonomia do poder local na Europa S O Período pós-Carolíngio é usualmente denominado de período anárquico. Nos séculos X e XI, a anarquia nao foi mais que a afirmação de um poder de baixo para cima. Em nosso entender marca o surgimento de novas formas de poder mais adequados à realidade. Verdadeiramente nasce o poder de natureza local, mais próximo da realidade social e cultural, mais próximo das populações e longe do modelo racional do Imperio. S Estes experimentalismo anárquico político vai ser muito criativo e marca em nosso entender o surgimento do poder local – os concelhos e depois, os Estados europeus que se afirmarão mais tarde. S A memória do ideal carolíngio (assegurar ao povo cristão um guia único era a ideologia dominante de Carlos Magno) mantem-se e vai reaparecer no meio da fragmentação pós-carolíngio no Impero Saxão na Alemanha, no séc.. XI. Os imperadores Saxões tem uma ideologia com vocação para definir a autoridade imperial de natureza divina. Os Otonianos abrem as fronteiras da cristandade para além dos limites carolíngios, apesar de não dominar a França ou a Espanha. S A autoridade do Imperador é de natureza empírica. Ele nao impõe um poder um modelo, mas agrega todas as realidades com uma relação de fidelidade. S O projeto é de expansão da cristandade e de respeito pelas estruturas locais na sua diversidade e fragmentação.
  • 7. Anarquia e autonomia do poder local na Europa S O sistema de coordenação de poderes locais estabelecidos vão verificar-se também no sistema de organização dos mosteiros cistercienses, que aglutinam diversos mosteiros em vários territórios, com relações diversificadas com o meio envolvente. Mesmo a Igreja Romana tem esta ideologia: uma realidade unitária com fundamento divino que aglutina a realidade diversificada do povo cristão. Daqui o conflito entre o Papado e o Imperio, pois a Igreja reivindica o poder divino que o Imperador Saxão queria para si. S Este conflito assinala exatamente a fragmentação política, a desagregação do Poder e do Estado no período pósCarolíngio. S A Sociedade Política procede por experimentação.
  • 8. Renascimento do Século XII S A novidade cultural é a liberdade da procura e fontes e a critica as fontes. Constitui-se neste síntese cultural uma cultura europeia, depois da crise da dispersão. S As instituições politicas procuram novos modelos experimentais, com novos instrumentos de poder com base empírica de relação entre poder e território, organizando a autoridade de um modo estatal. S Este renascimento político da racionalidade política do sec XII – quando nasceu Portugal, marca o aparecimento também na sociedade portuguesa dos Forais que vão ser uma forma variada e experimental de adequar o poder real aos direitos das populações e das ordens ou senhores que farão o povoamento do território reconquistado ao Califado.
  • 9. Anarquia e autonomia do poder local na Europa S Nesta desordem do Estado se deve entender um trend expansivo: de crescimento demografico e de crescimento economico.
  • 10. Descentralização S Actualmente a intervenção pública engloba uma elevada complexidade uma vez que o leque de serviços públicos fornecidos é amplo e de natureza diversificada. S A intervenção pública - desde a Defesa Nacional, à Justiça, à Saúde, à Educação, à circulação, transportes ou saneamento básico, etç. - implica graus de rivalidade e níveis de exclusão e de não-regeitabilidade diferentes.
  • 11. Intervenção óptima do Estado S Assim sendo, numa ótica de intervenção óptima do Estado, as condições de procura (congestionamento e exclusão) e de produção (economias de escala) determinam diferentes níveis de intervenção pública de acordo com a dimensão óptima das comunidades que partilham os recursos. S Há bens públicos cuja distribuição é óptima à escala nacional e outros que fazem mais sentido serem distribuidos à escala regional, provincial ou local, pois os benefícios são partilhados por comunidades mais pequenas.
  • 12. Método S Há portanto que analizar as vantagens e desvantagens da opção por uma estrutura mais o menos descentralizada/municipalização, para além das teorias económicas que explicam o aparecimento de governos regionais e locais. S E vale a pena ter em consideração o facto que cada caso da regionalização é um caso e não pode ser transposto sem adaptações para outras situações.
  • 13. INTERVENÇÃO PÚBLICA NO MUNDO OCIDENTAL S De acordo com a nossa definição (Rui Teixeira Santos, 2009) a intervenção do Estado na Economia classicamente justificouse pelas falhas do mercado e teve várias formas desde o reconhecimento jurídico do Estado Moderno Europeu: S Estado Policial ou Estado Mínimo com funções básicas de soberania e caracterizado pelo acto e regulamento administrativo impositório; S Estado Prestador de Serviços Públicos por via contratual ou o Estado dos contratos de concessão; S Estado Prestador de Serviços Públicos por administração directa do Estado em que o interesse publico é substituido pelo interesse geral na economia
  • 14. INTERVENÇÃO PÚBLICA NO MUNDO OCIDENTAL S Estado Regulador e programador ou de Fomento e Planeador S Estado-Garante ou Estado Social de Garantia (depois da crise de 2007/2008) onde a actividade típica é a actividade de garantia (garantia dos depósitos, garantia do emprego, etç) e seguro (Cheque-estudante, chequefuncionário, cheque-seguro, cheque-utente).
  • 15. Intervenção Pública em Estados Trasicionais pós-coloniais S 1ª Fase: Ciclo de independencias substituição ou manutenção das administrações públicas coloniais S Ajudas ao desenvolvimento S Mundo Bipolar: Guerra fria S Falta de transparência e ausencia de políticas de combate à corupção S Clube de Paris para avaliação da dívida
  • 16. Intervenção Pública em Estados Trasicionais pós-coloniais 2ª Fase: Ciclo pós-queda do muro de Berlim (1989): S Implementação de sistemas políticos democráticos S Mundo monopolar S Banco Mundial condiciona os apoios ao desenvolvimento à transparencia ao combate à corupção S Globalização e fim das ajudas ao terceiro mundo S Emergencia de elevados fluxos financeiros e liberalização do comércio mundial
  • 17. Intervenção Pública em Estados Trasicionais pós-coloniais S 3º Ciclo de reconstrução e gestão eficiente: S Após a crise financeira de 2007/2009 S -Criação de estruturas administrativas nacionais e construção S S S S do poder descentralizado – Regionalização e poder local Redução dos fluxos financeros mundiais Redução do comércio mundial e aumento das barreiras alfandegárias Mundo Multipolar Regresso do apoio ao desnvolvimento não na base de EstadoEstado, mas com base no Teceiro Sector (ONG e Fundações) premiando as boas práticas e a gestão eficiente
  • 18. Economia Política da Regionalização/Municipalização S O chamado “Federalismo Orçamental” vem combinar um nível de decisão cebtral com níveis de decisão descentralizados ou regionalizados, nos quais as escolhas são determonadas pela função preferencia e da procura de serviços públicos por parte dos residentes nas diversas regiões. S A desconcentração da intervenção pública difere da descentralização/regionalização/municipalização pois embora ambas possam responder à procura local nesta há autonomia política. S Não vamos tratar da desconcentração de serviços público, mas apenas da descentralização/municipalização das escolhas com autonoia política
  • 19. Centralização (definição) S O poder é tanto mais centralizado quando maior for a parte dos poderes que pertencem à autoridade com jurisdição superior. S A medida mais comum para medir o grau de centralização de um Estado é o quoficiente de centralização que corresponde à proporção das despesas do governo central em face das provincias e das autarquias, deduzidas as transferencias entre subsetores, relativamente à despesa total das Administrações Públicas.
  • 20. Nível de descentralização/regionaliza ção/municipalização S Em 2005, a Irlanda tinha um quoficiente de concentração de 81% do PIB, a Grécia de 73% do PIB e Portugal um quoficiente de concentração de 68% do PIB S Porém, no mesmo ano, segundo o Eurostat, a Alemanha tinha um quoficiente de concentração de apenas 31%, a Espanha de 38% e a França de 42%.
  • 21. Indicador da despesa local e regional sobre a despesa total das Administrações Públicas S Neste indicador a Grécia tem apenas 6%, Portugal tem apenas 12%, a Irlanda 20%, enquanto em Espanha representa 52%, na Alemanha 43% e na Belgica 42%. S Nossa conclusão : nos Países mais endividados (e que sofreram o resgate financeiro em 2010/11) da Eurozona há menor descentralização e a Administração Regional e Local gasta menos que nos países com Finanças Públicas sustentáveis.
  • 22. Argumentos racionais para a Decentralização/Regionalização/ municipalização 1) As preferências dos residentes variam de comunidade para comunidade. Com a descentralizaçao/municipalização é possivel que a escolha publica se adeque às preferencias de cada população. Um simples modelo económico sobre as perdas de bem estar da centralizaçao mostra que o sistema de regionalização e mais eficiente, pois varios grovernos reginais estão mais próximos da população que um governo central 1) A Localização dos benefícios dos bens e serviços públicos determina a regionalização (em função do nivel de concentração geográfica desses benefícios): por exemplo defesa nacional é um bem publico nacional enquanto a polícia municipal, o saneamento ou a iluminação publica têm benefícios numa zona geografica restrita
  • 23. Argumentos racionais para a Decentralização/Regionalização 3) A existência de economias de escala na produção influencia também o nível de centralização da intervenção pública. Se as economias de escala são elevadas, um fornecimento mais centralizado é melhor em termos de eficiencia. Quando as economias de escala se esgota rapidamente com o aumento da área-alvo ou da população-alvo, o fornecimento local torna-se a opção mais eficiente. Por maioria de razão no caso de Angola, onde o isolamento e a interioridade acentuam o esgotamento rápido de economias de escala
  • 24. Argumentos racionais para a Decentralização/Regionalização 4) Controlo Político, transparência e combate à corrupção: o poder local é mais visível aos cidadãos 5) Concorrência de varias jurisdições pode levar os governos central provincial e local a concorrerem no interesse dos cidadãos (problemas de lobbying e de rent-seeking à volta dos governos regionais e locais); 6) O efeito de imitação de estruturas mais próximas dos cidadãos 7) Inovação e aprendizagem de formas de gestão mais eficiente em estruturas diversificadas
  • 25. Funções dos vários níveis de Governo Funções económicas clássicas do Estado são segundo Musgrave: 1. Função de distribuição: as políticas de rendimento têm vantagem em manter-se ao nível de governo central, por causa da mobilidade dos mais ricos ou dos seus recursos e sedes sociais. A competitividade fiscal é contudo uma arma a favor do federalismo fiscal. Pode haver políticas complementares de combate à pobreza e inserção social. 2. Função de Estabização: as políticas de combate ao desemprego ou à inflação com recursos à emissão de moeda para fomento do investmento público ou do consumo público são por natureza mais eficientes do lado do governo central; pode haver politicas de complementares de emprego. 3. Função de Afetação: correções de falhas de mercado e as politicas de fomento público (estimulo às externalidades positivas ou combate às negativas com subsídios e impostos respetivamente). 4. Função de controlo e regulação de conflitos: há vantagem em estar ao nível local. S O sistema óptimo reside numa combinação de competências entre poder central, provincial e local
  • 26. REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA S A REFORMA DA AP É CARA E DÍFICIL S A REDUÇÃO DE SALÁRIOS INCENTIVA A CORRUPÇÃO. O AUMENTO DOS SALÁRIOS MELHORA O SERVIÇO PÚBLICO (RTS/BM/FMI) S CORRUPÇÃO E BUROCRACIA (ORGANIZAÇÃO LEGAL) S MUDANÇA DE ACTITUDE DOS CIDADÃOS (INFORMAÇÃO)
  • 27. FLYPAPER EFFECT S OS CIDADÃOS NORMALMENTE APOIAM A AS TRANSFERENCIAS DE PODERES PARA AS PROVINCIAS E AUTARQUIAS POIS EM FACE DAS TRANSFERENCIAS INTERGOVERNAMENTAIS A PERCEPÇÃO DO PREÇO FISCAL DOS BENEFICIOS RECOLHIDOS É MAIS FAVORÁVEL AO PODER LOCAL. S MAS ESTE FLYPAPER EFFECT ESCONDE O FACTO DE PARTE DOS CUSTOS SEREM SUPORTADOS PELO GOVERNO CENTRAL (DEFESA, REPRESENTAÇAO EXTERNA, JUSTIÇA, ETÇ) PELO QUE PERMITE A DEMAGOGIA FISCAL E UMA EXCESSIVA INTERVENÇÃO PÚBLICA.
  • 28. ESPECIAL INCIDÊNCIA FISCAL SOBRE A PROPRIEDADE S A PRINCIPAL RECEITA FISCAL DAS AUTARQUIAS VIRÁ DA PROPRIEDADE S O AUMENTO DOS IMPOSTOS COMO O IMI (IMPOSTPS SOBRE IMÓVEIS) NO CASO DE PORTUGAL (AGORA ASSINADO NO PLANO DE RESGATE FINANCEIRO A PORTUGAL) PODE DIMINUIR SUBSTANCIALMENTE A COMPETITIVIDADE FISCAL S HÁ AINDA O PROBLEMA DO ESGOTAMENTO DO ESPAÇO E DO SOBREPOVAMENTO NAS ZONAS URBANAS S RELAÇÃO ENTRE NECESSIDADES DE RECURSOS PARA AS AUTARQUIAS E A REVISÃO DOS PLANOS URBANÍSTICOS MUNICIPAIS, CRIANDO RISCOS DE FALTA DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E CORRUPÇÃO
  • 29. Mudança S “A MUDANÇA SÓ SE DÁ NA CONTINUIDADE” (UNAMUNO) S AS PRÁTICAS E AS CONCEPÇÕES CULTURAIS SÃO DINÂMICAS E MUDAM COM A FORMAÇÃO E A INFORMAÇÃO, MAS TAMBÉM COM A MUDANÇA DAS ESTRUTURAS DE PODER. S O ESTADO MODERNO CONFORMA A SOCIEDADE E A REGIONALIZAÇÃO/PODER LOCAL AUMENTA A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E A MATURIDADE POLÍTICA DAS POPULAÇÕES E A CIDADANIA
  • 30. CASO DA MUNICIPALIZAÇÃO EM ANGOLA S A MUNICIPALIZAÇÃO EM ANGOLA PARA ALÉM DE OUTRAS VANTAGENS PODE SERVIR PARA RECONCILIAR O PODER DE FACTO COM O PODER RECONHECIDO PELA LEI. S EM CIENCIA POLÍTICA CHAMAMOS SOFT POWER AO PODER INFORMAL QUE EXERCEM NAS REGIÕES OS REGULOS E AS AUTRIDADES TRADICIONAIS
  • 31. OPORTUNIDADE EM ANGOLA OU O ENSINAMENTO DA RAINHA GINGA S MAIS DO QUE A CRIAÇÃO DE NOVAS ESTRUTURAS DANDO A OPORTUNIDADE DA RENOVAÇÃO POLÍTICA COM A ENTRADA DE NOVOS PROTAGONISTAS PARA A SOCIEDADE POLÍTICA – SEM DÚVIDA A OPORTUNIDADE PARA OS MAIS JOVENS FAZEREM POLÍTICA É UM DOS MAIORES EFEITOS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PODER AUTÁRQUICO EM ANGOLA – É DECISIVO QUE SAIBAMOS INTEGRAR OS PODERES TRADICIONAIS E TRIBAIS (O PODER DOS MAIS VELHOS) NESTA FORMA DE ORGANIZAÇÃO POLITICA DE BASE – É O QUE CHAMO O ENSINAMENTO DA RAINHA GINGA. ELA SOUBE APROVEITAR O PODER TRADICIONAL PARA O INTEGRAR NA GLOBALIZAÇÃO COM A CHEGADA DOS COMERCIANTES EUROPEUS
  • 32. CASO DA MUNICIPALIZAÇÃO EM ANGOLA S MAS AS NOVAS AUTARQUIAS TÊM QUE SABER JUSTIFICAR OS RECURSOS QUE IRÃO DISPOR E TÊM QUE ASSUMIR UMA ELEVADA TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA NO INTERESSE DAS POPULAÇÕES LOCAIS. O EXEMPLO PODE SER UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA S ISSO PASSA POR UTILIZAÇÃO EFICIENTE DOS RECURSOS E PELA PERCEPÇÃO NÃO SÓ DAS POPULAÇÕES MAS TAMBÉM PELA COMUNIDADE NACIONAL. S É FUNDAMENTAL A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA. A UTILIZAÇÃO CONSCIENTE DOS RECURSOS NATURAIS É UMA RESPONSABILIDADE DO NOVO PODER AUTARQUICO S TEMOS QUE SABER NOMEADAMENTE IMPLEMENTAR UM MODELO DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
  • 33. MAPA DAS AUTARQUIAS S Não devemos minimizar e nem deixar de abordar questões prévias necessárias para um processo de municipalização em Angola, tendo em conta que, infelizmente, alguns municípios possuem dificuldades em desempenhar funções administrativas ordinárias, o que dificulta o fornecimento dos serviços as populações de modo eficaz. S Temos por outro lado que dimensionar convenientemente a repartição, distribuição territorial e autárquica, devido a enorme extensão do território angolano. A dimensão das autarquias locais é crítica para poder responder às necessidades das populações, mas obviamente ao dividir o território teremos que levar em conta os interesses instalados, os poderes tradicionais, as raízes socioculturais. MAS SEMPRE NUMA BASE DE RECIONALIDADE E SUSTENTABILIDADE ECONÓMICAS.
  • 34. CASO DE ANGOLA S SE NÃO SE PUDER FAZER TUDO LOGO NO INICIO, COMECE-SE POR UM LADO: POR EXEMPLO PELA EDUCAÇÃO ESTABELECENDO UM OBJECTIVO DE TER A TOTALIDADE DA POPULAÇÃO ALFABETIZADA DENTRO DE 10 ANOS E GARANTIR COM COOPERAÇÃO EXTERNA A INSTALAÇÕES DE UM COLÉGIO SECUNDÁRIO EM CADA MUNICÍPIO, COM QUALIDADE QUE POSSA SER UM REFERENCIA E ÁFRICA. S DEPOIS CUIDADOS MÉDICOS PRIMÁRIOS BÁSICOS S PROMOÇÃO DO EMPREGO TURISTICO DE QUALIDADE E A ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES AGRICOLAS E DOS PESCADORES E ACTIVIDADE CONEXAS À PESCA – O PODER LOCAL PODE SER UM DINAMIZADOR DO MERCADO LOCAL ASSEGURANDO NOMEADAMENTE A AUTONOMIA ALIMENTAR EM CADA REGIÃO S PROMOÇÃO DA HORTICULTURA PARA MERCADO INTERNO S É CRITICA A ORGANIZAÇÃO DE UM EVENTOS DE NIVEL NACIONAL PARA DAREM VISIBILIDADE ÀS NOVAS AUTARQUIAS S A QUESTÃO DA PROPRIEDADE PODE SER CRÍTICA E A ORGANIZAÇÃO DE CADASTROS LOCAIS PODE SER O EMBRIÃO PARA FUTURAS POLITICAS PUBLICAS A NVEL NACIONAL.
  • 35. Conclusões S Temos que tomar riscos para implementar sistemas mais descentralizados; E TEMOS QUE SABER QUE em alguns casos valerá a pena também voltar atrás; S O nível ótimo da transferência de poderes e recursos financeiros varia de caso a caso; S Sobretudo neste mundo globalizado onde a migração, a doença e o dinheiro não têm fronteiras, as respostas locais aos problemas globais (a chamada glocalização) parecem ser necessárias; É também um imperativo de Paz. S Finalmente, deixo um alerta à coesão nacional. Um governo local, por maior que seja o federalismo orçamental – e mesmo federalismo fiscal – nunca pode deixar de ter como crítico a ideia de pertença à comunidade nacional, sobretudo porque alguns bens públicos são melhor distribuídos por níveis superiores de poder administrativo e político.
  • 36. COESÃO S Com a criação de uma unidade económica e monetária depois da paz vamos assistir a uma especialização das diversas regiões de Angola, sendo por isso critico o levantamento das tendências de cada regiao para assegurar depois a distribuição de fundos tendo a noção que o crescimento e a competitividade de cada região será específico e desigual e que para que exista coesão nacional são necessárias políticas de coesão. S A criação de uma Agencia de Desenvolvimento e Coesão de Angola na esteira do que se está a fazer na Europa pode ser uma uma resposta administrativa para criar um mecanismo profissional e técnico capaz de responder ao desafio de desenvolvimento regional e da coesão..
  • 37. Agência de Desenvolvimento e Coesão S Por exemplo em Portugal o Decreto-Lei n.o 140/2013 de 18 de outubro criou a Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P. (Agência, I.P.), que é responsável pela coordenação da política estrutural e de desenvolvimento regional cofinanciada pelos fundos europeus, garante uma maior coordenação das opções de macroprogramação financeira, bem como um reforço da racio- nalidade económica e da sustentabilidade financeira dos investimentos cofinanciados. S Relativamente aos fundos das Políticas de Coesão em Angola(Formação profissional, desenvlvimento regional e municipal, turismo, agricultura, infra-estruturas etc.), a concentração, numa única instituição, das funções relativas à coordenação global, certificação, pagamento, avaliação, comunicação, monitorização e auditoria de operações, neste caso em articulação com a uma Autoridade de Auditoria, constituiria um contributo inequívoco para a racionalização, especialização e eficiência destes serviços em Angola.
  • 38. Rui Teixeira Santos (Lisboa, ISG, 2013) SMuito Obrigado

Notas do Editor

  1. Santos, Rui Teixeira, EconomiaPolítica da Corrupção, Bnomics, 2010