5. O livro é essencialmente uma coletânea de
profecias de Jeremias, dirigidas
principalmente a Judá (2-29), mas também
a nove nações estrangeiras (46- 51);
Estas profecias focalizam principalmente o
juízo, embora haja algumas que dizem
respeito à restauração (especialmente os
capítulos 30-33).
Essas profecias não estão dispostas numa
ordem rigidamente cronológica ou
temática, embora o livro de Jeremias
tenha a estrutura global indicada no
esboço.
Parte do livro está escrita em linguagem
poética, ao passo que outras têm a forma
de prosa ou narrativa.
6. Suas mensagens proféticas estão entrelaçadas
com os seguintes aspectos históricos:
A vida e ministério do profeta (capítulos
1; 34-38; 40-45);
A história de Judá, principalmente
durante o período dos reis:
Josias (capítulos 1-6)
Joaquim (7-20)
Zedequias (21-25; 34)
Inclusive a queda de Jerusalém
(capítulo 39);
Eventos internacionais que envolvia
Babilônia e outras nações (25-29; 46-52).
7. Jeremias
Ministério de
Ações Simbólicas
Pedras Pavimento
de Tijolos de Faraó
(Jr 43.8-13)
Proibição de Casar e
Ter Filhos
(Jr 16.1-9)
O Cinto Podre
(Jr 13.1-14)
Compra do
Terreno na Cidade
Natal (Jr 32.6-15)
O Oleiro e o Barro
(Jr 18.1-11)
Os Dois Cestos
de Figos
(Jr 24.1-10)
O Vaso do Oleiro,
se Fragmentou
(Jr 19.1-13)
A Seca
(Jr 14.1-9)
O Jugo no Seu
Pescoço
(Jr 27.1-11)
8. A compreensão clara que Jeremias
tinha da sua chamada profética
(Jr 1.17),
Juntamente com as frequentes
reafirmações de Deus (Jr 3.12;
7.2,27 28; 11.2,6 13.12,13;17.19,20),
Proclamar com ousadia e fé a
palavra profética a Judá, apesar de
esta nação sempre reagir com
hostilidade, rejeição e perseguição
(Jr 15.20,21).
Após a destruição de Jerusalém,
Jeremias foi levado contra sua
vontade ao Egito, onde continuou
profetizando até a sua morte
(Jr 43 e 44).
10. Para fornecer um registro permanente do
ministério profético de Jeremias e sua
mensagem;
Para revelar o inevitável juízo divino por
ter o povo transgredido o concerto e
persistido em sua rebelião contra Deus e
sua palavra;
Para demonstrar a autenticidade e
autoridade da palavra profética.
Muitas das profecias de Jeremias foram
cumpridas durante a própria vida do
profeta (Jr 16.9; 20.4; 25.1-14; 27.19-22;
28.15-17; 32.10-13; 34.1-5;);
Outras que envolviam o futuro distante,
foram cumpridas posteriormente, ou
ainda estão por se cumprir (Jr 23.5,6;
30.8,9; 31.31-34; 33.14-16).
11. O ministério profético de Jeremias foi
dirigido ao Reino do Sul, Judá, durante os
últimos quarenta anos de sua história
(626-586 a.C.).
Ele viveu para ser testemunha das
invasões babilônicas de Judá, que
resultaram na destruição de Jerusalém e
do templo.
Como o chamado de Jeremias propunha-
se a que ele profetizasse à nação durante
os últimos anos de seu declínio e queda, é
compreensível que o seu livro esteja cheio
de prenúncios sombrios.
O cenário envolve as seguintes localidades:
Babilônia
Judá
Cativeiro
12. BABILÔNIA
Nome de uma região e de sua
capital (BLH n 10.10; 2Rs 20.12).
A cidade foi construída na
margem esquerda do rio
Eufrates, onde agora existe o
Iraque;
Gênesis 11.1-9 conta como a
construção de uma torre ali não
foi terminada porque Deus
confundiu a língua falada pelos
seus construtores.
13. JUDÁ
Reino localizado no sul da Palestina.
Foi formado quando as dez tribos do
Norte se revoltaram contra Roboão e
formaram o Reino de Israel sob o
“comando de Jeroboão I, em 931 a.C.
(l Rs 12).
Durou até 587 a.C. , quando Jerusalém,
sua capital, foi tomada e arrasada pelos
babilônios, e o povo foi levado ao
Cativeiro (l Rs 12-22; 2 Cr 11-36).
14. CATIVEIRO
Situação dos israelitas quando os
moradores do Reino do Norte (Israel)
foram derrotados e levados como
prisioneiros para a Assíria em 722 a.C.
(2 Rs 17.6; 18.11),
E os moradores do Reino do Sul (Judá)
foram derrotados e levados como
prisioneiros para a Babilônia em 586
a.C. (Jr 52.24-30).
Cativeiro é o lugar onde alguém fica
como prisioneiro (Ap 13.10).
15. AUTOR
O autor do livro é indicado com clareza em Jeremias 1.1. seu ministério
abrangeu 40 anos da nação de Judá.
Antes de Jeremias nascer em Anatote, Deus já havia determinado que ele
fosse profeta. Seu nome significa: Jeová é Elevado.
Depois de profetizar vinte anos a Judá, Deus ordenado a deixar a sua
mensagem por escrito. Ditando a Baruque seu secretário (Jr 36.1-4).
Jeremias, que proibido de comparecer diante do rei, enviou Baruque para
ler as profecias no Templo, e Jeudi as leu diante do rei Joaquim.
O monarca demonstrou desprezo a Jeremias e à Palavra do Senhor ao cortar
e queimar o rolo (Jr 36.22,23). Jeremias voltou a ditar suas profecias a
Baruque, e dessa vez incluiu até mais do que estava no primeiro rolo.
Este livro profético revela que Jeremias, frequentemente chamado de “o
profeta das lágrimas”, era um homem coração sensível e quebrantado
(Jr 8.21-9.1).
Nasceu durante o reinado de Manassés, e começou profetizar no décimo
terceiro ano do reinado do bom rei Josias.
16. DATA
Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaquim,
Jeconias e Zedequias.
O seu chamado é datado em 626 a.C., e o seu ministério continuou até
pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C.
Sofonias precedeu ligeiramente a Jeremias, e Naum, Habacuque e
Obadias foram contemporâneos seus. Ezequiel contemporâneo mais
jovem, profetizando na Babilônia de 593 a 571 a.C.
Em 612 a.C., a Assíria foi conquistada por uma coalizão babilônica.
Cerca de quatro anos depois da morte do rei Josias, o Egito foi
derrotado por Babilônia na batalha de Carquemis (605 a.C.; ver
Jr 46.2).
A última invasão babilônica tomou Jerusalém, o templo e a totalidade
do reino de Judá em 586 a.C.
17. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
Sete Aspectos Principais Caracterizam o Livro De Jeremias:
1. É o segundo maior livro da Bíblia, pois contém mais palavras (não capítulos) do
que qualquer outro livro, exceto Salmos;
2. A vida e as tribulações pessoais de Jeremias como profeta são reveladas com maior
profundidade e detalhes do que as de qualquer outro profeta do AT;
3. Está permeado com as tristezas, angústias e prantos do “profeta das lágrimas” por
causa da rebeldia de Judá. Sentia tristeza e quebrantamentos profundos por causa
do povo. Lealdade total a Deus, e sua mais profunda tristeza era a mágoa sofrida
por Deus;
4. Sua palavra-chave é “rebelde” (usada treze vezes), e seu tema perpétuo é o
inescapável juízo divino em retribuição à rebeldia e apostasia;
5. Sua maior revelação teológica é o conceito do “novo concerto”, que Deus
estabeleceria com seu povo fiel num tempo futuro de restauração (Jr 31.31-34);
6. Poesia é tão eloquente e lírica quanto qualquer outra obra poética da Bíblia, com
uso abundante de metáforas excelentes, frases vividas e passagens memoráveis;
7. Há mais referências à nação de Babilônia em sua profecias do que todo o restante
da Bíblia
18. O LIVRO DE JEREMIAS ANTE O NOVO TESTAMENTO
O emprego principal do livro de Jeremias no NT diz respeito à sua profecia
de um “novo concerto” (Jr 31.31-34).
Embora Israel e Judá tivessem transgredido, repetidas vezes, os concertos
com Deus, Jeremias profetizou a respeito de um dia em que Deus faria com
eles um novo concerto (Jr 31.31). Concerto esse instituído com a morte de
Cristo (Lc 22.20; cf. Mt 26.26-29; Mc 14.22-25), sendo cumprido pela igreja
(Hb 8.8-13), chegará ao seu clímax na grande salvação de Israel (Rm 11.27).
Outras passagens messiânicas de Jeremias aplicadas a Jesus no NT são:
O Messias como o Bom Pastor e o Justo Renovo de Davi (Jr 23.1-8; Mt
21.8,9; Jo 10.1-18; I Co 1.30; 2Co 5.21);
O choro amargo em Ramá (Jr 31.15), cumprido na época em que Herodes
procurou matar o menino Jesus (Mt 2.17,18);
O zelo messiânico pela pureza da casa de Deus (Jr 7.11), demonstrado por
Jesus quando purificou o templo (Mt 21.13; Mc 11.17).
19. TEXTO E MENSAGEM
O TEXTO
O livro de Jeremias em seu estado atual é composto de textos em forma
poética e de textos em forma de prosa.
Os textos em prosa apresentam melhor estado de conservação do os
poéticos
Além disso, a tradução grega do AT, chamada Septuaginta, apresenta
um texto mais curto do que o hebraico massorético (2.700 palavras a
menos).
Este fato deve ser explicado em alguns lugares por erros de copistas
(por exemplo, repetição em Jr 39.4-13; 51.44b-49a), em outros lugares
por adições secundárias no texto, ainda não existentes no tempo da
tradução da LXX (cf. Jr 34.14-16).
20. MUDANÇA DE ESTILO
A princípio há uma nota de esperança na mensagem de Jeremias. A reforma
ainda é possível.
O exílio pode ser evitado (Jr 4.3; 6.8). “Melhorai os vossos caminhos e as vossas
obras, e vos farei habitar neste lugar” (Jr 7.3).
Este é o sentido das profecias que precedem ao reinado de Josias (Jr 2-6),
embora de vez em quando haja reconhecimento da gravidade do caso.
Jeremias via a superficialidade da reforma, e como também o ensino era
distorcido no reinado de Jeoaquim, quando as profecias foram escritas.
Nas profecias dos primeiros anos de Joaquim, esperança e desespero alternam.
Ainda se faz a oferta de perdão, mas os discursos do profeta são convincentes
de que as condições de perdão nunca seriam aceitas.
O povo pronuncia a sua própria sentença. Quando Jeová pleiteou com eles:
“Convertei-vos cada um do seu mau caminho, e melhorai os vossos caminhos e os
vossos feitos”. A resposta deles, em obras, e não em palavras, foi: “Mas eles
dizem: Não há esperança, porque após as nossas imaginações andaremos; e
fará cada um segundo o propósito do seu malvado coração” (Jr 18.12).
21. JUÍZO VEM A SER INEVITÁVEL
Do quinto ano de Jeoaquim em diante,
a sentença é lavrada.
Jeremias é proibido de interceder mais
pelo povo (Jr 7.16; 11.14; 14.11).
Porventura poderia haver um aviso
mais terrível do que o seguinte: “Tu,
pois, não ores por este povo, nem
levantes por ele clamor ou oração, nem
me importunes, porque eu não te
ouvirei” (Jr 7.16).
22. ESPERANÇA NO PORVIR
Na agonia da sua nação. O profeta
predisse uma ressurreição para novidade
de vida.
As promessas estão colecionadas no “Livro
da Consolação” (Jr 30- 35); uma série de
profecias que ele foi especialmente
instruído a escrever como recordação do
propósito divino.
Estas profecias incluem os seguintes
pensamentos:
A perpetuação1 de Israel (Jr 4.27;
5.10,18; 10.24; 30.11).
À volta do Exílio (Jr 3.12; 16.14,15;
30.10; 31.20).
O rei messiânico (Jr 23.5,6).
23. O DESTINO DAS NAÇÕES
Ele tem uma mensagem para as nações tanto
como para Israel.
Ele fala de um livro de profecias contra as
nações, alguma parte do qual está
incorporada no existente Livro de Jeremias
(Jr 25.13):
“E trarei sobre esta terra todas as palavras que
disse contra ela, tudo quanto está escrito neste
livro, que profetizou Jeremias contra todas
estas nações”.
Sua mensagem às nações, como a Israel, era
em sua maioria de Juízo (Jr 12.14; 25.29;
25.31; 46.10).
Mas, a mensagem tem palavras de esperança
também (Jr 3.17; 16.19; 33.9; 48.47; 49.6,39).
25. JOSIAS (JEOVÁ CURA)
Décimo sexto rei de Judá, que
reinou 31 anos (640-609 a.C.)
depois de Amom, seu pai (2Rs
21.26).
Promoveu uma reforma religiosa,
baseada no Livro da Lei (2Rs 22-
23).
Foi morto na batalha travada com
o Faraó Neco, em Megido
(2Rs 23.28-30).
26. JEOACAZ (JEOVÁ PRENDEU)
Décimo sétimo rei de Judá, filho
e sucessor de Josias.
Foi mal e, após três meses de
reinado, foi levado, em 609 a.C,
pelo faraó Neco para o Egito,
onde morreu –
Obs. também chamado Salum
(2Rs 23.31; 2Cr 36.1-4).
27. JEOAQUIM (JEOVÁ FIRMA)
Décimo oitavo rei de Judá, filho de
Josias. Reinou 11 anos (609-598 a.C.),
em lugar de Joacaz.
O faraó Neco mudou o seu nome de
Eliaquim para Jeoaquim
(2Rs 23.34-24.5),
Jeoaquim queimou o rolo que
continha uma mensagem de Jeremias
(Jr 36).
28. JOAQUIM (JEOVÁ ESTABELECE)
Décimo nono rei de Judá, que
reinou três meses em 598 a.C.,
depois de Jeoaquim, seu pai.
Foi um mau rei, sendo levado preso
para a Babilônia (2 Rs 24.6-17) e
libertado mais tarde (2 Rs 25.27-30).
Joaquim também era chamado de
Conias (ARA Jr 37.1) e Jeconias (Jr
22.24,28).
29. ZEDEQUIAS (JUSTIÇA DE JEOVÁ)
Vigésimo e último rei de Judá, que
reinou 11 anos (598-587 a.C.) em
lugar de Joaquim, seu sobrinho
(2Rs 24.17).
O rei Zedequias revoltou-se contra
Nabucodonosor, que o derrotou,
castigou cruelmente e destruiu
Jerusalém (Jr 21.1-10; 37.1-21;
38.14-28; 2Rs 24.18-25.7).
30. O PECADO DE JUDÁ
Jeremias denuncia a nação por sua
grande iniquidade.
O pecado estava tão arraigado na
natureza do povo, que a idolatria e a
maldade eram coisas inerentes às
suas vidas.
Por causa da sua infidelidade a Deus,
o povo deixaria sua terra e seria
levado como escravo (Jr 17.1-4).
31. A NAÇÃO
O passado devia ter sido suficiente
para ensinar ao povo a sua loucura
em esquecer-se de Deus, mas não
aprenderam a lição, e assim,
multiplicando as iniquidades de
seus pais, nada lhes restava senão o
juízo.
Jeremias foi levantado para um
tempo como esse, e enfrentou a
situação.
Quando compreendemos o que isso
significa podemos melhor entender
a sua mensagem.
32. OS PECADOS DE ISRAEL
Mas Israel tinha abandonado a Jeová e escolhidos outros deuses, e
dessa falsa crença tinha resultado uma profunda degeneração moral.
“Porque o meu povo fez duas maldades”:
“A mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas,
cisternas rotas, que não retêm as águas ” (Jr 2.13).
“Eu mesmo te plantei como vide excelente, má semente inteiramente
fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada de vide
estranha?” Jr 2.21).
34. O LIVRO
O livro de Jeremias é uma combinação de história, biografia e profecia, que
nos leva ao âmago do século, e delineia o caráter do profeta mais
evidentemente do que qualquer outro livro profético.
A mensagem era de arrependimento e aviso de juízo vindouro.
Como Amós e Oséias, ele baseou seu ensino sobre a relação de Jeová a Israel.
Jeová tinha escolhido Israel e feita aliança com ele; tinha-o trazido do Egito
e conduzido através do deserto. Tinha continuado a instruí-lo pelo ministério
dos seus profetas “ (Jr 7.25).
Como Oséias, Jeremias emprega as figuras de matrimônio e filiação para
descrever a intimidade da relação de Israel a Jeová, e os deveres implicados
nessa relação. (Jr 2.2). Lembro-me de ti. No começo da história de Israel, o
povo de Deus confiava nEle com profunda devoção.
A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a
esposa do Senhor (cf. Jr 3.14; 31.32; Is 54.5).
Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros
deuses (Jr 7.4,5,25; 31.9).
35. O PROFETA E A SUA CHAMADA
Seu livro é uma autobiografia, um volume de
“confissões” pessoais, pelo qual aprendemos a conhecê-
lo, tanto na sua fraqueza como na sua força, e a
simpatizar com ele no seu longo e árduo ministério.
Era sacerdote, e a sua morada era em Anatote, uma
aldeia a quatro quilômetros ao nordeste de Jerusalém.
Seu ministério ativo era exercido na sua maioria em
Jerusalém, mas continuou a morar em Anatote
Era apenas um moço quando “a palavra de Jeová veio a
ele”, e então quis desculpar-se da árdua tarefa (Jr 1.6).
Notemos logo ao começo a sua timidez natural, e sua
relutância para enfrentar o serviço proposto. As
mesmas características reaparecem mais tarde, quando
ele quis fugir para algum lugar solitário (Jr 9.2; 20.9).
Jeremias era o uma escolha de Deus para uma missão
difícil
36. SEUS SOFRIMENTOS
Seu ministério foi um prolongado martírio.
Não somente era na sua natureza um peso que
bem podia ter esmagado o espírito mais forte;
teve de se colocar sozinho contra a nação; era
objeto de amarga perseguição;
Sua vida estava em perigo. Seus vizinhos e
família em Anatote procuravam matá-lo (Jr
11.18; 12.6).
O sacerdote, pô-lo no tronco por profanar o átrio
(como ele pensava) (Jr 28.1; 29.8)
Durante o sitio de Jerusalém, ele foi lançado na
cadeia, acusado de tentar desertar e ir aos caldeus
(Jr 37.14).
Foi arrastado para o Egito pelos homens que o
tinham consultado (Jr 43.1-7).
Segundo a tradição, ele foi apedrejado em
Daphne, no Egito, pelo povo irado.
37. ADORAÇÃO DE ÍDOLOS
Deus proíbe a adoração de qualquer
imagem, seja de um deus falso ou do
próprio Deus verdadeiro (Êx 20.3-6).
As nações que existiam ao redor de
Israel eram idólatras, e Israel muitas
vezes caiu nesse pecado (Jr 10.3-5; Am
5.26-27).
Entre outras, eram adoradas as
imagens de Baal, Astarote e Moloque e
o Poste- ídolo.
38. SUAS QUEIXAS E DENÚNCIAS
Jeremias lastima a sua sorte, e até amaldiçoa
o dia do seu nascimento (Jr 15.10; 20.14).
Ele chega a duvidar da justiça do governo
divino (Jr 12.1), ou mesmo se queixa de ter
sido enganado (Jr 20.7).
Amaldiçoa seus inimigos, e invoca a
vingança divina contra eles (Jr 11.20; 15.15;
17.18; 18.19; 20.11).
Estas imprecações atingem um terrível auge no
texto (Jr 18.19-21), etc.
A provocação era tremenda. Seus esforços a
favor dos seus patrícios foram recompensados
com ciladas contra a sua vida, ou apelos pela
sua morte.
39. OUTRO LADO DO SEU CARÁTER
Não devemos esquecer o outro lado do caráter de Jeremias;
a terna simpatia da sua natureza,
a profunda tristeza com que ele via sua pátria correndo loucamente
para a ruína
“Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração!
O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste
o som da trombeta e o alarido da guerra (Jr 4.19)”.
“Oh! Se eu pudesse consolar-me na minha tristeza! O meu coração
desfalece em mim (Jr 8.18)”
confiado no caráter de Deus, revelado e provado na longa história da
sua proteção ao seu povo.
40. UM TIPO DE CRISTO
Apesar do espírito contrário ao de Cristo
que ele demonstrava quando denunciava
seus inimigos, tem-se discernido em
Jeremias um tipo de Cristo.
O sofredor solitário, difamado e perseguido
pelos chefes religiosos do país, em tempos
quando ele caminhava para a ruína,
Vem a ser uma figura daquele que sofreu
tantas coisas dos anciãos e principais
sacerdotes e escribas quando fez à nação a
última oferta da misericórdia divina para
com um povo rebelde, antes que seu povo
fosse espalhado numa dispersão comparada
com a qual o exílio de setenta anos podia
parecer de poucos dias.
41. MODOS DE AGIR
Jeremias levava a sua mensagem nos lugares públicos, nos átrios do templo,
no palácio real, nas portas da cidade, nos dias de festa ou jejum, quando o
povo da roça vinha à cidade para o culto (Jr 7.2; 17.19; 19.14; 22.1; 26.2;
35.2; 36.5,10).
Vemo-lo empregando um simbolismo que necessitava uma laboriosa viagem
(Jr 13.1-7);
Deduzindo uma lição de aviso ao ver o oleiro trabalhando com a sua roda (Jr
18.1),
levando um grupo de anciãos para o vale de Hinom e quebrando ali um vaso
de barro para ilustrar quão facilmente Jerusalém podia ser destruída (Jr
19.1). Ele toma os recabitas e prova a sua lealdade ao preceito do Pai, para
contrastá-la com o desprezo de Israel para com a Lei de Deus (Jr 35.1).
No último sítio de Jerusalém, ele prova a sua confiança no cumprimento das
suas profecias de uma restauração final, por exercer seu direito, como
parente mais próximo, de resgatar um campo em Anatote, onde, talvez, os
caldeus estivessem nesse momento acampados (Jr 32).
42. SUA MISSÃO
Podemos reconhecer no caráter de Jeremias uma especial aptidão para a
sua missão.
Aquele coração terno e simpático melhor podia sentir e expressar a
inefável tristeza divina sobre o povo culpado, esse amor eterno que
nunca era mais forte do que no momento quando parecia transformado
em ira e vingança.
A missão de Jeremias concernia não somente a Israel, mas às nações; ele
era o expositor do plano divino naquele século de convulsão e
movimento.
Seu serviço havia de ser “arrancar e demolir, para derrubar e destruir”,
mas também “para edificar e plantar” (Jr 1.10).
Em outras palavras, para anunciar a remoção da ordem existente, para
dar lugar à outra.
43. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS DE JEREMIAS
Se perguntarmos como as profecias de Jeremias têm sido cumpridas,
podemos primeiramente apontar para restauração dos judeus à sua própria
terra depois do Cativeiro.
E se esse fraco grupo de exilados voltados, que dificilmente durante os
séculos se manteve em face dos vizinhos inimigos, parece uma insignificante
realização dos brilhantes quadros de prosperidade.
Que diremos? De um lado a incredulidade humana impedia o
desenvolvimento do propósito divino, de maneira que Deus não podia
(digamo-lo com reverência) cumprir toda a sua vontade.
Toda a profecia é condicional, como Jeremias mesmo repetidas vezes afirma.
Do outro lado, não é assim que Paulo ensina que não devemos presumir que
os propósitos de Deus referente a Israel já tenham recebido um completo
cumprimento?
Não podemos dizer dogmaticamente como, quando ou onde, mas ainda
esperamos a consolação de Israel. (Rm 11.25 )”.
44. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS DE JEREMIAS
Mas se nos parece que falta alguma coisa no cumprimento das promessas da
restauração de Israel, é muito diferente com essas outras bem características
profecias de Jeremias.
A Nova Aliança tem sido estabelecida na dispersão espiritual do evangelho,
numa lei escrita pelo Espírito nos corações dos homens; e, na nova revelação,
os meios de perdão e purificação têm sido fornecidos e declarados aos homens.
Na encarnação, Deus veio habitar entre os homens de maneira muito mais
íntima do que Jeremias podia ter antecipado.
Tudo, e mais do que tudo do essencial espírito do justo Renovo cumpre-
se em Cristo, o verdadeiro herdeiro da linhagem de Davi. Nele fica
demonstrado o profundo sentido do nome de Deus com incessante
intercessão.
Para Ele todas as nações são congregadas, e sua Igreja, que é o seu
corpo, a plenitude daquele que enche tudo, é a atual testemunha ao
mundo (infelizmente com muitos defeitos e fracassos!) da verdade que
Ele revelou: “O Senhor é a nossa justiça “