1) O documento discute a teologia do Antigo Testamento, sua origem e desenvolvimento. A fé de Israel representou um rompimento com o politeísmo sob a orientação de Moisés.
2) A teologia do AT atualmente passa por um debate intenso sobre sua natureza, função e método. Há diversas abordagens recentes sobre o tema.
3) A revelação divina é progressiva e encontra seu ápice em Jesus Cristo. Deus se revela de forma natural através da criação e de forma especial nas Escrituras sob a orientação do Esp
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
IBADEP MÉDIO - TEOLOGIA BIBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO - AULA 1.pptx
1. TEOLOGIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO
IBADP MÉDIO - Aula 1 - Teologia do AT e Revelação de Deus
2. “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia
a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e
uma noite mostra sabedoria a outra noite”.
Salmo 19.1-2
3. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Reavivou-se nos últimos anos o interesse
pela teologia do AT, tendo, em muitos países,
vindo a lume, em rápida sucessão, numerosas
obras dedicadas a esse tema.
O trabalho da crítica vez e meia secular
realçou a diversidade do AT e induziu ao
estudo da história da religião de Israel.
Vem sendo reconhecido que as primitivas
crenças e práticas de Israel não eram idênticas
às do judaísmo que prevalecia no limiar da
era cristã.
Daí, o ter-se sugerido às vezes que o AT
deixara de ter importância para os homens.
Daí a importância de iniciarmos nossos
estudos com a origem histórica da fé de Israel.
5. A ORIGEM DA FÉ DE ISRAEL
Israel nasceu no ambiente histórico de três mil anos da
civilização do Oriente Médio.
Os templos de Tepe Gawra e Egidu, descobertos na
Mesopotâmia, pertencem ao período Obeide, cerca de 4.000
a.C.
As nações antigas já haviam desenvolvido as suas culturas,
com a produção de um enorme volume literário.
Tinham progredido além do animismo, e outras formas
primitivas de religião, jactando-se dos sistemas elaborados de
seu culto politeísta.
6. ANIMISMO
1. FILOSOFIA: cada uma das doutrinas que afirmam a
existência da alma humana, considerada como princípio e
sustentação de todas as atividades orgânicas, especialmente
das percepções, sentimentos e pensamentos.
2. ANTROPOLOGIA: primeiro estágio da evolução religiosa
da humanidade, no qual o homem primitivo crê que todas as
formas identificáveis da natureza possuem uma alma e agem
intencionalmente.
7. A ORIGEM DA FÉ DE ISRAEL
Debaixo da orientação de Moisés, como o profeta de Yahweh,
ou Jeová, a fé de Israel representa um rompimento definitivo
com o politeísmo, e não um desenvolvimento que resultou
finalmente no monoteísmo dos profetas.
Após varias discussões e estudos críticos da narrativa bíblica
sobre a libertação dos israelitas da escravidão, os
historiadores não tem mais duvidas quanto aos fatos
fundamentais da narrativa.
Hoje entende-se que não há compreensão do AT, à luz das
ciências bíblicas sem reconhecer a mutação, ou revolução
radical da religião que resultou das experiencias israelitas
com Yahweh.
8. A ORIGEM DA FÉ DE ISRAEL
Desde o período patriarcal os hebreus tinham certeza das suas
comunicações com Yahweh (Gn. 12.1-3; 17.1-27)
Os escritores bíblicos reconheceram o significado da fé de
Abraão, mas deram muito mais importância à aliança de
Yahweh no monte Sinai, sendo escolhido como povo do seu
Deus.
Está fé bíblica se distingue de tudo que se havia visto antes a
respeito de religião, fé nas promessas do amor eterno do
Senhor da Aliança
9. A ORIGEM DA FÉ DE ISRAEL
Para os escritores inspirados da Bíblia a religião pertencia a
vida inteira e relacionava-se com todas as experiencias da
vida.
A libertação dos israelitas do poder do Egito, o êxodo, e a
formação da vida nacional ficaram firmemente estabelecidos
nas suas tradições.
Os israelitas deveriam guardar a Páscoa como memorial de
sua libertação.
As suas doutrinas teológicos nasceram de suas comunicações
com Yahweh, a iniciativa sempre partiu de Deus.
10. A ORIGEM DA FÉ DE ISRAEL
Uma leitura atenta do Pentateuco nos mostra que, atrás da
história de Moisés, como guia do seu povo, havia sempre a
orientação de Deus.
A escolha de Israel para ser o povo santo e sacerdotal do
Senhor foi-lhe anunciada por Moisés, o mensageiro de Deus e
o profeta do seu povo. O povo creu na veracidade da
mensagem e aceitou a incumbência divina.
É preciso dizer, é claro, que as experiências posteriores com o
mesmo Deus, justificaram a sua fé.
A escolha de Israel, portanto, não foi devida ao seu mérito,
mas única e exclusivamente à graça divina, ao amor imerecido
de Yahweh.
11. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
A teologia do AT atual está inegavelmente em crise.
Monografias e artigos recentes de estudiosos europeus e
americanos mostram que os temas fundamentais e questões
decisivas não estão decididos no presente.
Na realidade fazem parte de um intenso debate.
Mesmo existindo há centenas de anos, a Teologia do AT atual
está incerta a respeito de sua verdadeira identidade.
Na história da teologia do AT, nunca, um período de tempo
tão curto produziu tantas teologias veterotestamentárias
quanto os anos de 1978 a 1981.
Nesse período, nada menos de sete volumes sobre teologia do
AT foram publicados em inglês ou alemão, de autoria de
estudiosos da Europa e da América do Norte
12. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Devemos admitir que essas importantes contribuições recentes
indicam que o debate sobre a natureza, a função, o método e a
forma da teologia do AT continua movimentado.
As recentes teologias do AT demonstram que todo o
empreendimento da teologia veterotestamentária e, mais
amplamente, da teologia bíblica permanece fluindo.
Desdobramentos recentes tornaram a situação ainda mais
complexa do que antes.
Todo teólogo responsável deverá continuar as investigações
quanto as questões básicas que determinam o caráter da
teologia do AT (e do NT) e, por conseguinte, da teologia
bíblica.
13. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Nosso manual não visa a esgotar o assunto ou ser completo, mas
procura abordar aqueles fatores e assuntos que parecem mais
importantes.
Tentamos enfocar a origem e o desenvolvimento da teologia
bíblica e, depois, do AT a fim de realçar raízes importantes de
questões básicas no atual debate sobre teologia
veterotestamentárias.
Nosso foco em questões cruciais que estão no centro dos
problemas fundamentais no presente debate tem, portanto, um
amplo fundamento.
14. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Sabemos ainda que nenhum livro do mundo tem sido
estudado com tanto carinho, em tantas línguas, e por tanto
tempo, como a nossa Bíblia Sagrada.
Basta observarmos a quantidade de obras mencionadas
acima. Todas surgidas nos anos mais recentes e com peso
teológico profundo. Por isso, podemos dizer ainda, que
nenhum outro livro tem provocado a produção de tantas
obras literárias.
O que se tem observado é que vai se mudando o centro de
interesse na Bíblia, de acordo com as controvérsias teológicas
de época em época.
15. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Concílio de Trento decretou dogmaticamente a Bíblia Latina como
sendo o texto autoritário para a Igreja Católica Romana.
Contudo, antes da Reforma Protestante, alguns eruditos já
haviam iniciado o estudo dos textos hebraicos e gregos da Bíblia.
Assim, as primeiras controvérsias surgiram em torno do
verdadeiro texto da Bíblia e de sua interpretação.
Todavia, não havia discórdia a respeito de sua natureza essencial e
de sua inspiração divina.
Após o século XVIII surgiram novos métodos de estudar a Bíblia e
até mesmo sua autoridade foi questionada.
Os novos intérpretes deram ênfase à produção humana das
Escrituras. Levantaram dúvidas sobre as datas e os autores
tradicionais de vários livros do Antigo Testamento.
Para muitos a Bíblia tornou-se apenas um documento humano.
16. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Com o novo conhecimento das ciências bíblicas, vai-se mudando a
defesa da Bíblia como a mensagem de Deus.
À luz do novo conhecimento da história dos povos
contemporâneos, verificam-se os fatos mais importantes da
história dos hebreus.
Reconhece-se que a sociedade patriarcal apresentada no livro de
Gênesis é semelhante à dos hurianos, um povo contemporâneo de
Abraão, Isaque e Jacó.
Até mesmo os costumes e as práticas dos dois povos eram
semelhantes.
Outros fatos e evidências arqueológicas têm surgido e, com isso, as
dúvidas vão sendo lançadas por terra.
17. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
Para nós, a Teologia é, e sempre será, a ciência que trata da
natureza de Deus, e da sua relação com o universo.
A Teologia do Antigo Testamento, portanto, é o estudo dos
atributos de Deus, e o propósito das suas atividades na
história e na vida do povo hebreu, de acordo com a doutrina
da revelação divina nos livros sagrados deste povo.
Nossa definição, dada acima, limita, dessa forma, a fonte do
material desta primeira divisão da Teologia Bíblica aos livros
canônicos dos judeus e cristãos evangélicos, ao passo que
alguns destes são superiores a outros no valor dos seus
ensinos teológicos.
18. TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO
As ideias teológicas que encontramos nos livros apócrifos
têm pouca importância para a ciência e, por outras razões,
é melhor serem deixados de fora, embora tenham algum
valor no estudo de outros assuntos bíblicos.
É assim que, a ciência da Teologia do Antigo Testamento
propriamente se limita ao estudo dos ensinos
característicos, distintivos e persistentes dos veículos da
revelação divina.
19. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
1. Em que tipo de ambiente surgiu a religião de Israel:
B. No ambiente politeísta.
2. O que é Yahweh?
B. Yahweh é a transliteração do Tetragrama Hebraico,
YHWH, que representa o Nome inefável de Deus.
3. Em que consiste basicamente a fé bíblica?
A. A fé bíblica é uma fé nas promessas do amor eterno do
Senhor da Aliança.
QUESTIONÁRIO Pg. 23
20. Marque C para CERTO e E para ERRADO:
4. O Concílio de Trento decretou dogmaticamente a Bíblia
Latina como sendo o texto autoritário para a Igreja
Católica Romana.
5. A Teologia do Antigo Testamento se limita ao estudo dos
ensinos característicos, distintivos e persistentes dos
veículos da revelação divina.
QUESTIONÁRIO Pg. 24
C
C
22. O SIGNIFICADO BÍBLICO DE REVELAÇÃO
É descobrir, despir, tornar a verdade conhecida”. Ora,
Deus é Espírito, Jo. 4.24, por isso, é imperceptível aos sentidos
físicos; todavia ele pode ser conhecido pela revelação que faz de
si mesmo aos homens.
Revelação é o desvendamento que Deus faz de si mesmo,
girando em torno da pessoa de Jesus Cristo, através da criação,
da história, da consciência humana e das Escrituras.
23. O SIGNIFICADO BÍBLICO DE REVELAÇÃO
A revelação divina é progressiva; trata-se da evolução das
doutrinas bíblicas que, tendo a sua gênese no Antigo Testamento,
culminaram no Novo.
A doutrina da justificação, por exemplo, nascendo com a
chamada de Abraão, encontra o seu ápice na Epístola de Paulo
aos Romanos. O texto áureo da revelação progressiva acha-se
em Hebreus 1.1,2.
24. A REVELAÇÃO DIVINA NAS ESCRITURAS
Revelação = Tirar o Véu
Linha do Tempo
Deus se revela de 2 formas:
1. Natural/geral
2. Especial (Hb. 1.1)
Qual o grau de
conhecimento que
Abraão tinha de Deus?
Gn.
Êx.
Lv.
Nm.
Dt.
Js.
Jz.
Rt.
1Sm.
2Sm.
1Rs.
2Rs.
1Cr.
2Cr.
Ed.
Ne.
Ap.
25. O DEUS QUE
SE REVELA
A REVELAÇÃO
GERAL DE DEUS.
Qualquer ser humano
pode perceber a
existência de um Deus
criador através de sua
criação e sua
consciência
A REVELAÇÃO
ESPECIAL.
A revelação especial é a
revelação sobrenatural
de Deus, através da
qual o pecador toma
conhecimento de como
Deus resgata
pecadores, por meio de
Jesus Cristo, para a
sua glória.
A REVELAÇÃO NATURAL:
Podemos ver o caráter de Deus
através de sua criação. Salmos 19.1
A REVELAÇÃO MORAL:
Todos nós temos um senso de
moralidade, uma ideia do que é certo e
errado, isso indica que existe um ser
acima de nós que implantou isso em
nossos corações. Romanos 2.14,15
A Comunicação Verbal:
Deus falando como homem
A Revelação Por Sonhos:
Deus falando em sonhos com o homem
A Revelação Por Milagres:
Deus faz milagres e mostra que é Deus
A Revelação Escrita:
Deus se revela pela Bíblia, sua palavra
26. AUTORIDADE DE DEUS
Ela é, sempre, uma palavra final, soberana e eterna –“Pois toda carne é como a erva, e
toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do
Senhor, porém, permanece para sempre” (I Pedro 1.24,25). O que procede de Deus é
imutável e permanente, o que se origina no homem é efêmero e precário.
JESUS – A PALAVRA FEITA CARNE
Leia Hb. 1.1-2, a autoridade do filho de Deus na historia do homem. Leia Jo. 1:1-14.
Jesus é o Verbo, a Palavra de Deus por excelência – Jo. 3:34. Na Bíblia nós
encontramos de Gênesis ao Apocalipse testemunhos sobre a pessoa e a obra de Jesus, e
por isso que dizemos que a bíblia tem a Cristo como seu centro.
O PROPÓSITO DA PALAVRA DE DEUS
Leia II Timóteo3.15-17
A PALAVRA DE DEUS PRODUZ
VIDA – I Jo. 6.63 ; FÉ – Hb. 11.3 ; LIMPA – Jo. 15.3 ; LUZ - II Pd. 1.19 ;
ENTENDIMENTO – Sl. 119.105 ; FIRME SEGURANÇA – Mt. 7.24,25 ;
REGENERAÇÃO – I Pd. 1.23 ; A PALAVRA É ETERNA - I Pd. 1.24,25
A PALAVRA REVELADA DE DEUS
A
B
Í
B
L
I
A
É
A Bíblia deve ser o nosso alimento espiritual diário se desejarmos ser fortes e vigorosos na fé que professamos
DEUS SE REVELA PELA BÍBLIA QUE É A SUA PALAVRA, LER E ESTUDA-LA É CONHECER A DEUS
27. No hebraico bíblico não existe um substantivo que possua o
significado de “revelação”.
Existe, contudo, o verbo gālâ, que significa “revelar”.
A raiz ocorre cerca de 180 vezes no Antigo Testamento.
Ela contém dois conceitos básicos: “desvendar”, “revelar” e “ir
para o exílio”.
No Antigo Testamento o vocábulo é predominantemente utilizado
no sentido comum de “ir embora”, “ser aberto” (Jr. 32.11, 14).
Em alguns casos refere-se à revelação do próprio Yahweh.
É utilizada em Gênesis 35.7 em referência à ocasião em que Deus
apareceu a Jacó em Betel, quando este fugia de Esaú.
Na Bíblia Hebraica, o termo limita-se à revelação do próprio Deus
e dos mistérios divinos que o ser humano é incapaz de descobrir.
NO HEBRAICO
28. É utilizado como “a manifestação” ou “a revelação” .O vocábulo
“revelar” significa “tirar o véu” ou “remover a coberta que
esconde um objeto para expor à vista”.
Outros autores concordam que o termo gālâ é utilizado também
para designar a revelação:
Da palavra de Yahweh (1 Sm 2.27);
De Sua glória (Is 40.5);
De Seu braço (Is 53.1);
De Sua salvação (Is 56.1);
Das coisas secretas (Dt 29.29; Am 3.7);
Do mistério (Dn 2.19, 22, 28, 29, 30, 47).
NO HEBRAICO
29. O AT não faz distinção entre a revelação geral ou natural, e a
revelação especial, aquela direta aos escritores da Bíblia.
Os teólogos, em geral, têm várias opiniões a respeito da revelação
de Deus na natureza.
Karl Barth afirma dogmaticamente que não há uma
revelação geral.
Emil Brunner crê firmemente na revelação divina nas obras
da natureza, mas pensa que não é veículo da graça
salvadora.
A REVELAÇÃO DE DEUS NAS OBRAS DA CRIAÇÃO
30. Na exposição do Evangelho da graça de Deus em Jesus Cristo, o
próprio apóstolo Paulo apela, em Atos 14.15-17:
Ao testemunho das obras do céu e da terra à revelação divina,
À providência divina em dar aos ouvintes estações frutíferas,
enchendo os seus corações de mantimentos e alegria.
Também em Romanos 1.18-23, o mesmo apóstolo declara que os
gentios, ignorando a revelação de Deus nas obras da criação,
ficam inexcusáveis por se entregarem à idolatria.
A REVELAÇÃO DE DEUS NAS OBRAS DA CRIAÇÃO
31. É assim que, a revelação natural não é necessariamente
comunicada à humanidade por intermédio de homens inspirados
em situações especiais da história, ao passo que a revelação bíblia
– revelação especial – é histórica, relacionando-se sempre com
uma série de pessoas e eventos históricos.
O exército de Israel reconheceu o auxílio divino na trovoada
sobre os filisteus (1 Samuel 7.10).
No hebraico não há a palavra natureza, mas as obras do mundo
físico, segundo os escritores bíblicos, dependem absoluta e
totalmente de Deus, o seu Criador e Sustentador.
A REVELAÇÃO DE DEUS NAS OBRAS DA CRIAÇÃO
32. O propósito ou a finalidade da revelação de Deus vai muito além
do que o esclarecimento intelectual, ou da instrução do povo em
doutrinas teológicas.
O propósito está ligado ao estabelecimento de:
Uma relação pessoal entre Deus e os homens (Lv 26.12).
Deus revelou o seu amor na aliança que fez com os patriarcas
(Gn 17.1-6),
Mais tarde com Israel no Monte Sinal (Êx 19.4-6).
O PROPÓSITO DA REVELAÇÃO
33. O Senhor demonstrou o seu amor imutável (hesed) nas atividades
persistentes em favor de Israel através de sua história, e
especialmente em períodos de crise e de calamidade.
Inobstante a desobediência obstinada, e as seguidas revoltas do
povo hebreu contra a “palavra de Deus”, o Senhor, pelos
maravilhosos recursos do seu hesed, Yahweh disciplinou e guiou o
seu povo escolhido, segundo a justiça divina, no desempenho da
sua missão sacerdotal no mundo (Êx 19.6; Is 2.1-3; 49.6).
O PROPÓSITO DA REVELAÇÃO
34. No Antigo Testamento Deus se revela de
muitas e várias maneiras. Israel pode
experimentar a presença e a atividade
divina e também ouviu a sua voz na
história de seu passado como nação.
Além disso, o povo esperava
experimentá-la no futuro. John
Glodingay afirma que Israel
experimentava “em seu presente, na
natureza, na experiência pessoal no
culto, na teofania, no ouvir e no
pronunciar a palavra profética, em sua
consciência moral, na lei, em suas
instituições e ordenanças”.
OS MEIOS DE REVELAÇÃO
35. Para os fins aqui pretendidos, podemos
mostrar, ainda que de forma sucinta, alguns
meios pelos quais Deus se faz conhecido.
Um dos meios comuns pelos quais o Senhor
se revela no AT é através de suas aparições
– teofanias e epifanias.
Basta observarmos que Adão e Eva, por
exemplo, ouviram o som de Deus andando
no jardim no frescor do dia (Gn 3.8).
O Senhor apareceu aos patriarcas Abraão,
Isaque e Jacó (Gn 15.1-21; 17.1-21; 18.33;
26.2-5, 24; 28.12-16; 32.24-32).
TEOFANIAS E EPIFANIAS
36. Alguns estudiosos preferem referir-se a todas as aparições de Deus
no AT como teofanias. Outros, contudo, fazem distinções entre
teofanias e epifanias.
Há quem refira-se à aparições de Deus aos patriarcas como:
“visitações epifânicas” porque em geral não se acompanham de
manifestações da natureza como terremoto, fogo, nuvem, vento,
trovão e/ou fumaça como ocorre em outras teofanias notáveis.
Podemos afirmar com plena segurança que as teofanias mais
notáveis no AT são:
A sarça ardente (Êx 3),
O estremecimento do Sinai (Êx 19-24),
O chamado de Isaías (Is 6)
O chamado de Ezequiel (Ez 1),
O redemoinho (Jó 38).
TEOFANIAS E EPIFANIAS
37. O Deus-redentor de Israel vem a aparece (epifania) para socorrer o seu
povo. O agir divino é um advento para dentro de uma situação aflitiva.
Nos primórdios este advir era acompanhado de manifestações
grandiosas da natureza, como, por exemplo:
No mar dos Juncos ou nas batalhas ocorridas na era dos Juízes
(Jz. 5.4, 5).
Nas súplicas do povo também encontramos a solicitação da
manifestação divina (Sl. 80.2, 3; Hc. 3.3-13).
Tempos depois, o mesmo Deus, em epifania, aparece para julgar o seu
povo.
Finalmente, somos informados de que haverá a epifania do juízo
universal.
TEOFANIAS E EPIFANIAS
38. Podemos dizer que epifanias e teofanias são revelações diferentes do
mesmo Deus.
Elas devem, no entanto, ser distinguidas do simples falar de Deus não
acompanhado de visão, como quando se diz simplesmente: “Deus disse
a Abraão”.
Assim, não faltam a Deus recursos para se comunicar ao homem:
Sonhos,
Visões,
Sinais,
Mensageiros,
Mas nem tudo precisa ser chamado de revelação. Não convém falar em
revelação exclusivamente mediante a história, nem mediante a palavra.
TEOFANIAS E EPIFANIAS
39. A teologia cristã em geral pensa na Bíblia como a “Palavra de
Deus”, embora, segundo estudiosos, um título mais adequado seria
“os Atos de Deus”.
A Palavra com toda certeza está presente na Bíblia, contudo,
raramente é dissociada dos Atos Divinos.
Há quem defina a teologia bíblica como “o recital confessional dos
atos redentores de Deus numa história em particular, porque a
história é o principal meio de revelação”.
Disso, podemos afirmar que a revelação no AT é, de fato,
principalmente histórica.
É uma revelação histórica nos seguintes sentidos: Deus revelou-se
em eventos e no ambiente da história do AT.
A REVELAÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA
40. Os eventos, experiências e encontros reveladores ocorreram
num longo período de tempo.
O conhecimento de Deus no AT deve ser um conhecimento
mediado, porque Deus é apresentado como fogo consumidor.
Ninguém pode ver a Deus e viver (cf. Êx. 33.20).
Sempre é bom lembrar que Deus “existe” em um nível,
enquanto os seres humanos, num nível inferior (Jó. 9.33).
Um modo de transpor o abismo entre Deus e o ser humano é
justamente mediar a revelação por meio de atos históricos.
A REVELAÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA
41. A palavra divina, no desenrolar das páginas do AT, adota diversas
formas de acordo com a função que cumpre relativamente a Deus e
ao homem.
Poderíamos classificar a quantidade destas palavras em mensagens
referentes à vida de cada dia e ao culto divino, quando ela é, por
exemplo, pronunciada aos ouvidos dos que se congregaram num
lugar especial e em tempo determinado com a intenção declarada
de escutar a palavra de Deus, formando o tempo santificado e a
sacralidade do lugar o ambiente propício à escuta da palavra.
De acordo com o conteúdo, a palavra, quer profecia, quer lei, pode
ser ou anunciadora ou instrutiva.
O cerne da palavra anunciadora é a profecia, embora não
exclusivamente, visto que ocorre também nos livros históricos. Ela
anuncia tanto a salvação quanto o juízo.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
42. A palavra instrutiva, isto é, a Torá, tomada no sentido de
instrução. Em tempos mais recentes a Torá, foi identificada
exclusivamente com a Lei.
A palavra cultual de Deus situa-se no contexto de ação sagrada
na presença da assembleia cultual, funcionando o sacerdote
como intermediário da proclamação desta palavra.
Uma das palavras típicas deste gênero é a bênção, isto é, a
palavra sacerdotal comunicando a bênção divina, garantindo
dom imediato, em oposição à palavra profética que visualiza o
futuro, ou ao preceito e à lei que constituem um imperativo.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
43. Os três tipos de palavra relacionam-se entre si.
Quando damos ênfase demasiada a uma função, negligenciando
as outras, podemos gerar equívocos.
Um exemplo bastante comum é que os cristãos, em geral, dão
ênfase à função preditiva da profecia, excluindo a sua função
legal ou instrutiva.
Neste caso, o AT se torna um livro sujo valor principal é a
predição da vinda de Cristo.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
44. Os judeus, a seu turno, fazem da lei o aspecto mais importante
do Antigo Testamento.
Nenhuma dessas funções da palavra de Deus no AT pode
tornar-se absoluta à parte das outras.
Toda perspectiva unilateral da palavra de Deus no AT pode ser
rebatida pelo fato de que só juntas as três funções da palavra,
anúncio, instrução e culto, expressam o que a palavra de Deus
é, realmente, no AT.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
45. O principal termo hebraico traduzido por “palavra” é dābār.
Este vocábulo pode significar:
“Estar atrás e empurrar”;
Consequentemente, dābār é algo que está atrás (no coração)
É projetado para fora através de palavras.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
46. Na Bíblia Hebraica a dābār (palavra) é, dinâmica, poderosa.
Ela é uma força que ocorre ou sobrevém a alguém.
É um fogo destruidor (Jr 5.14).
A palavra dura par sempre (Is 40.8).
Os Dez mandamentos são chamados, na Bíblia Hebraica, as
“dez palavras” (Êx 20.1; 24.3, 4, 8; 34.1, 27, 28).
Essas “palavras” constituem uma revelação de Deus.
Nelas Yahweh afirma ser Senhor.
Elas encerram a autoridade do próprio Deus, de modo que
nenhum profeta verdadeiro jamais sonhou questionar-lhes a
autoridade.
A REVELAÇÃO DE DEUS E AS PALAVRAS
47. ASSINALE COM X AS ALTERNATIVAS CORRETAS:
6. Qual o significado de “revelar”?
A. O vocábulo “revelar” significa “tirar o véu” ou “remover a
coberta que esconde um objeto para expor à vista”.
7. Qual a finalidade da revelação de Deus?
A. Está ligado ao estabelecimento de uma relação pessoal entre Deus e
os homens (Lv 26.12).
8. Quais os principais meios de revelação divina?
B. Teofanias, epifanias, palavras e história.
QUESTIONÁRIO Pg. 33
48. Marque C para CERTO e E para ERRADO:
6. Deus revelou-se em eventos e no ambiente da história
do Antigo Testamento.
7. Deus não revelou-se em eventos e no ambiente da
história do Antigo Testamento.
QUESTIONÁRIO Pg. 34
C
E